Se o Campeonato Pernambucano 2015 estava insosso, mesmo na fase semifinal, o Salgueiro tratou de temperá-lo. O Carcará não temeu o Sport, no estádio Cornélio de Barros. Jogou de forma aplicada, fechou os espaços do adversário e, ao final, comemorou a vitória por 2 a 0, com dois gols marcados pelo zagueiro Rogério Paraíba, cobrando pênalti. Uma vantagem muito boa para o time do técnico Sérgio China conseguir algo histórico: chegar à final do Estadual.
Para isso, o Carcará pode perder até por um gol de diferença, na Arena Pernambuco, na próxima semana. Está com a faca e o queijo na mão. Mas não vejo a parada como definida. O Sport tem condições de reverter o quadro. No entanto, precisa fazer algo que não fez muitas vezes na temporada: jogar futebol.
O Salgueiro não mostrou um futebol brilhante. Longe disse. Foi apenas uma equipe determinada, disposta a colocar em prática o que o técnico Sérgio China havia pedido durante a semana de treinos. O Carcará jogou fechado, anulando as peças ofensivas do Leão e buscando o contra-ataque em velocidade. Simples. Nada de inventivo. Jogou como deve ser jogado, sabendo que estava diante de uma equipe melhor tecnicamente.
O primeiro tempo foi do Sport. O time rubro-negro teve mais volume de jogo e as melhores chances para abrir o placar. Mesmo assim, o Leão não apresenta um futebol convincente. O torcedor olha a equipe atuando e não tem a confiança de que o objetivo vai ser atingido. Isso não aconteceu apenas contra o Salgueiro. Foi assim contra a maioria dos adversários. Afinal, o time joga num banho-maria impressionante. Mostra displicência. O time atua como se tivesse esperasse a vitória cair do céu. Por isso, tem dificuldade para superar o bloqueio advesrário.
O Salgueiro criou essa dificuldade porque é um time que vem trabalhando forte com o técnico Sérgio China desde o início da temporada. Não evoluiu no sentido técnico, mas tático, sim. E a equipe encarou a partida contra o Sport como se fosse a grande final. Como se deve ser. No segundo tempo, o time saiu mais um pouco para o ataque e deu um certo trabalho ao Leão. Um lance mostrou isso: uma bola lançaca de longa distância, Magrão saiu do gol, perdeu o tempo da bola e, com a mão, mandou a bola para a lateral. Era o sinal de alerta: time aberto no ataque e defesa mal posicionada para esperar os contra-ataques.
Mas antes, o Sport teve chances de abrir o placar. Logo no início do segundo tempo, Felipe Azevedo ficou cara a cara com o goleiro Luciano, ficou sem ângulo e acabou chutando para fora. Depois, o jogo ficou truncado e o Leão sem sair da marcação. Até que aos 31 minutos, Emerson Sobral marcou pênalti a favor do Salgueiro. Para mim, a bola bateu na mão do zagueiro Durval. Lance involuntário e, portanto, não houve o pênalti. Mas a bola estava na cal e Rogério Paraíba não temeu Magrão, abrindo o placar. Depois, já no finalzinho, Rithely acertou o travessão. E, no minuto seguinte, cometeu um pênalti desnecessário que Rogério Paraíba cobrou com maestria, ampliando o placar.
O Salgueiro mereceu a vitória porque lutou, com todas as forças, pelo seu objetivo. Diante da sua limitação, não temeu o adversário. Acreditou até o minuto final da partida. Já o Sport, mesmo tendo as melhores chances e maior volume de jogo, não mostrou vibração e determinação que uma semifinal cobra. Mas, como já escrevi, nada está definido. O Leão pode reverter o quadro na Arena. No entanto, o time rubro-negro se doar mais em campo. Do contrário, será surpreendido.
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Por: futebol
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