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Daredevil 1×06: Condemned


Matt Murdock e Wilson Fisk finalmente se encontram, ou quase isso.


Durante seis episódios a tensão foi construída em cima do possível encontro entre Matt e Wilson Fisk, que lá no começo era apenas conhecido como “o empregador”. Como prova definitiva de que Demolidor sabe trabalhar a tensão e conduzir seus momentos chave sem pressa, finalmente tivemos a primeira conversa entre “herói” e “vilão” (entre aspas mesmo).


E a série já começa a separar Matt de Fisk, com a mesma agilidade que os trouxe cada vez mais próximos um do outro. Vocês repararam que Matt só consegue lutar contra os policiais quando ele percebe que aqueles homens trabalhavam, na verdade, para o Fisk? Só quando a ordem de eliminar as testemunhas vem que ele se mostra disposto a ferir homens da lei, como ele. Ordens para eliminar riscos, mesmo os mais inofensivos (aparentemente), colocam Fisk mais perto da categoria vilão, muito mais do que ele já esteve desde que arrancou a cabeça de Anatoly com a porta do carro.


Nosso Demolidor é apenas um homem e o nível de realidade que a série apresenta é realmente um dos pontos mais fortes. Matt desmaia, sofre, sangra e Charlie Cox fez um excelente trabalho representando todo o sofrimento que o vigilante precisa suportar. Em alguns casos eu quase peço para que a cena acabe logo e o cara possa ir para casa descansar, não é fácil. Murdock não tem medo, mas a série não poupa esforços para nos transmitir esse sentimento. Melhor ainda quando tudo está se limitando a boa e velha cena dentro do galpão abandonado, demonstrando que até os clichês mais comuns, quando bem empregados, fazem total diferença.


Outro aspecto que eu tenho valorizado bastante em Demolidor é a maneira com que ela avança a trama e aprofunda os personagens. Não é fácil dedicar tempo para criar personalidade quando você está preocupado com cenas de luta, explosões e tiroteios. Mas a série sabe como fazê-lo, sabe construir tensão e a cada fala expor a vulnerabilidade dos personagens, sem que todos os outros elementos sejam diminuídos, ou prejudicados. Por exemplo, vejam como atingimos no episódio anterior o ápice e neste a conclusão da história dos russos.


O final é uma recompensa para quem estava esperando que Fisk e o vigilante se encontrassem, que veio com um desenvolvimento lento e preocupado por parte do roteiro, que já vinha sendo desenvolvido por cinco episódios. Não tem como negar que a escrita do texto de Demolidor foi extremamente afiada em Condemned, até mesmo nas falas mais carregadas de palavrões entre Matt e Vladimir, que convenhamos, sempre foi o irmão mais esquentado e se portou exatamente como o esperado. Vê-lo sangrando, pedindo clemência, ou aceitando ajudar como se tudo fosse preto no branco, teria sido incongruente com tudo o que a série já passou. Logo, parabenizo a equipe pela capacidade em manter-se constantemente em evolução, mas sem perder os traços das personagens.



Porém, o universo MCU já começa a delimitar seu território para com os justiceiros mascarados. Não podemos nos esquecer nunca de que Demolidor existe em um universo povoado por outros vigilantes, outros heróis mascarados, alguns com a identidade aberta ao público, outros não. Transformar o Homem de Preto no inimigo de número um de Hell’s Kitchen foi uma das jogadas mais inteligentes de Wilson Fisk. É bem próximo a tudo o que vários heróis e heroínas já passaram nos quadrinhos, não deveria ser diferente aqui. As opiniões estão divididas, existem as pessoas que foram resgatadas pelo mascarado e aquelas que acreditam que ele é o responsável por tudo o que existe de errado na Cozinha do Inferno. O cerco aperta e a tendência é que tudo se complique cada vez mais para Matt Murdock. E sabem o que isso significa? Mudança de fantasia.


O mundo continua apertando e as interações permanecem válidas. Condemned age como uma “homenagem” para quem já assistiu Batman: Year One, com o herói preso e cercado pela SWAT, apesar de terminar com um resultado bem mais favorável para o Demolidor. E o melhor de tudo? O vigilante fica o episódio inteiro, ou pelo menos 99% dele, mascarado. Charlie Cox está realmente fazendo um excelente trabalho no papel de Demolidor e olha que só temos seu queixo para medir o nível de atuação. Mas não apenas o ator, o episódio inteiro foi exibido praticamente dentro do armazém, mas não perdeu em nenhuma de suas cenas a tensão e antecipação que eu sentia a cada segundo.


Easter eggs e outas informações


- Todo o clima de corrupção policial em Demolidor nos deixa mais próximos da criação de outro “herói”, o Justiceiro. Na versão ‘Ultimate Punisher’, Frank Castle é um policial que vê sua família sendo ameaçada quando ele se recusa a participar da sujeira da corporação.


- A WHIH, responsável pela cobertura dos incidentes na Cozinha do Inferno já apareceu antes, em outras produções da Casa das Ideias. Foram elas: Homem de Ferro 2, Incrível Hulk e Agente of S.H.I.E.L.D.


- O momento em que eu prendi a respiração, imaginando que o sniper mascarado fosse, na verdade, o Mercenário.



- As próprias cartas utilizadas por Ben Urich são um grande prelúdio do Mercenário, que as adora utilizar como armas e também para a jogatina. E não é que na bolsa do sniper existia uma?


- Os comentários do Foggy a respeito da máscara do justiceiro servem para não nos deixar esquecer que, no futuro bem próximo, Guerra Civil explodirá.





Por: Série Maníacos

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