Gotham 1×17/1×18: Red Hood/Everyone Has a Cobblepot


Com Jim Gordon e Harvey Dent para uma Gotham limpa e honesta.


A onda de crimes em Gotham continua estável, a cidade está à mercê de atos ilícitos e não há ninguém para combater os criminosos – ainda – além de Jim Gordon. Com toda a mitologia do Dark Knight sendo construída antes mesmo de Bruce Wayne criar essa identidade, os criminosos de Gotham aproveitam o caos e a corrupção pra agirem sem esperar a punição.



Discipline, skill and hard work are effective”



- Alfred


O Gotham Bank é um alvo grande para uma quadrilha amadora, mas o bandido do Red Hood parece ter uma influência estranha da máscara e com sua oratória marota seguiu sem grande estardalhaço por parte dos reféns. A primeira “encarnação” do Red Hood poderia muito bem ter durado mais do que dez minutos, ele se destacou nesse meio tempo e sua estratégia para fugir da polícia foi divertida e bem pensada.


Em uma gangue do tipo, a liderança é disputada e a ilusão da máscara foi tão poderosa que acabou atrapalhando as atividades deles mais do que o Jim e o GCPD. A conclusão e a linha de investigação seguida por Gordon e Bullock foi perspicaz e efetiva. O caso foi um dos mais monótonos até agora, mas a divisão de tempo entre ele e o restante das tramas foi muito boa; o andamento da investigação não teve nada desnecessário para ocupar o tempo do episódio.


Bruce e Alfred foram deixados de lado em vários episódios, nem sempre podem aproveitar personagens que por enquanto estão longe do combate à criminalidade na cidade. No entanto, quando resolvem inserir o Mr. Wayne e seu butler nos episódios as tramas são habilmente trabalhadas e envolventes. Mesmo sendo uma série focada em James Gordon, não podem esquecer que Bruce Wayne fez todo mundo se interessar e o personagem na infância nunca foi amplamente explorado como aqui o é.


O passado de Alfred é fascinante, essa retratação dele na série é, de longe, a melhor que já vi do personagem; o ator impõe força, sabedoria e respeito em um personagem que as vezes pode parecer apenas um dear friend do Bruce/Batman. Os velhos tempos de Alfred e Reg Payne foram bem aproveitados na linha que seguiram para mostrar um pouco do Alfred do passado e o do presente; o amor do Alfred pelo Bruce é lindo e o que ele disse ao Reg sobre ele ser uma pessoa melhor por conhecer o Bruce foi muito real.


Alguns dos movimentos que Payne mostrou ao Bruce lembraram bastante uns que o Batman usa, mas obviamente incomodaram o Alfred por não serem honestos e “certos” como os que ele quer ensinar ao Bruce educando-o para agir como um homem de bem. O desfecho da estadia do Reg na Wayne Manor foi espetacular, os motivos do Payne sendo obscuros e tendo a Wayne Enterprises financiando-o seguiu naturalmente e conectou de maneira brilhante as tramas do Bruce com o Alfred.


A cena do Wayne encontrando Alfred esfaqueado foi triste, mas ele se mostrou firme diante o acontecido e já dá pra perceber a evolução que ele está passando para se tornar o protetor de Gotham City. O apoio de Jim ao Bruce não passou despercebido, mesmo tendo se decepcionado com o Gordon e o afastando de sua vida, Bruce ainda precisa de pessoas como ele ao seu redor. Selina também não conseguiu deixar seu afeto pelo Bruce de lado na hora que ele mais precisou, a visita dela foi inesperada e por isso tocante também.


É muito não convencional a storyline que estão montando para a Cat junto com a Barbara, mas ela funciona para as duas de maneira propícia ao momento que elas estão passando. Selina rebatendo a dica da Barbara sobre beleza foi excelente, trouxe reflexão para a autodestruição que ela tanto se empenha em continuar.


Fish e sua nova trama são entediantes, ela tomando o porão a força é muita sorte pra uma recém chegada. Já suas exigências em troca dos órgãos no porão são bem coerentes com a personagem, ela é esperta e sabe tirar proveito até das piores situação; pior do que ser uma fornecedora de “peças” ainda está pra existir. As cenas da Fish com o “assistente” do Dollmaker foram fortes e bem apuradas, a coragem dela em arrancar os próprios olhos foi extraordinária e inesperada, funcionou exatamente como ela queria.


O posicionamento do Jim quanto ao Commissioner Loeb era lógico, envolver-se em algo que poderia acabar com a sua carreira definitivamente foi arriscado até para o padrão do Gordon e é isso que o faz um grande protagonista. A nova participação do Dent foi uma boa surpresa, o personagem é muito bem interpretado pelo Nicholas e adoro ver mais dessa parceria do Dent/Gordon.


Flass sendo liberado pelo Bullock foi uma jogada muito esperta para construir o enredo do episódio. A noção de que todo mundo no GCPD tem um Cobblepot foi implícita desde a situação no píer e finalmente tratar do assunto abertamente foi ótimo. O dossiê do Loeb é uma estratégia muito baixa para exercer poder sobre os outros – conhecimento é poder, mas usá-lo assim é apenas covarde – e sair impune das falcatruas que ele faz.


A investigação do Jim/Dent foi o auge do episódio, a cena no restaurante chinês conseguiu ser engraçada e útil; eles chegando autoritários lá foi hilário. A fuga foi intensa, serviu muito bem como a ação do episódio e a chegada do Bullock para resgatá-los foi incrível. A entrada do Bullock na investida de derrubar o Loeb contribuiu muito pro andamento desse plot, a tática dele ao “intimidar” o ex-parceiro do Loeb era inimaginável pro Jim e pro Dent.


A ajuda do Cobblepot para descobrir a arma contra o Falcone e o Loeb foi imprescindível, mas as besteiras dele também eram prováveis. A empreitada dos três na casa dos idosos “inofensivos” foi instigante, a descoberta sobre a filha do Loeb foi tudo o que o Jim precisava e como ele resolveu usar essa informação fez todo o diferencial. De nada adiantaria forçar a saída de Loeb, a grande maioria dos policiais de Gotham são corruptos e não dava pro Jim prever o que o sucessor faria.


Muitas informações em dois episódios, o progresso das tramas do Bruce e do Jim foram grandes nesses oitenta minutos. A polícia de Gotham está ainda mais próxima de ser limpa com as ações do Det. Gordon, mesmo que seja um trabalho pra muito tempo. Bruce e Alfred correm riscos com o Mr. Wayne procurando as sujeiras da sua empresa, mas nada disso vai impedir o Bruce de prosseguir. As duas tramas são as mais envolventes em toda a série no momento e foram bem destacadas e trabalhadas nesses dois episódios pré-hiato.



It’s a new day in the GCPD”



- James


Os personagens têm sido desenvolvidos cuidadosa e metodicamente, a cautela do Mr. Heller ao conduzir a série é muito bem recebida pela história do Batman ser adorada por muitos fãs de comic books, mas não será inesperado quando ele resolver fazer um grande twist (The Mentalist está de prova sobre a paciência dele). Ainda assim, Jim Gordon se prepara pra limpar as ruas, a polícia e a corrupção em Gotham, enquanto se prepara para as eleições do sindicato do GCPD. Gotham evoluiu como série e se torna, cada vez mais, imperdível.


Heads or Tails 1: as histórias do Alfred no Special Air Service foram demais. Ele é o personagem mais interessante da série, meu preferido.


Heads or Tails 2: Bruce e sua admiração pelo Alfred é a minha coisa favorita sobre a relação deles.


Heads or Tails 3: apesar de estranho os olhos diferentes da Fish combinaram com a personalidade dela.


Heads or Tails 4: gosto do Nygma, mas essa storyline dele com a Ms. Kringle já foi muito estendida.


Heads or Tails 5: o Penguin fazendo aquele joguinho com o casal da farm do Falcone foi muito genial. Engraçado pelo jeito psicótico dele.





Por: Série Maníacos

Nenhum comentário:

Postar um comentário