Felipe Massa, da Williams (Foto: Reprodução)
A cada treino vai ficando mais claro para Felipe Massa que Ferrari não só deixou sua equipe, a Williams-Mercedes, para trás como está ampliando a vantagem. Nesta sexta-feira, os mais rápidos no primeiro dia de treinos do GP de Bahrein foram os pilotos da Mercedes, como já era esperado, com Nico Rosberg reagindo na luta com o companheiro, Lewis Hamilton.
Mas a seguir vieram Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, a dupla da Ferrari. Ao menos nas sessões de classificação, ou seja, na disputa por velocidade numa única volta, a Williams vinha se mostrando mais veloz que a Ferrari. No Circuito de Sakhir, contudo, a história pode ser outra. Massa comentou: “O forte da Ferrari é na corrida, mas aqui estão bem rápidos também na volta lançada”.
Massa obteve apenas o décimo tempo na sessão da tarde, a que foi realizada a partir das 18 horas em Bahrein, quando a noite começou a cair. Será nesse horário, 12 horas em Brasília, que será disputada, hoje, a definição do grid, bem como começará a corrida, amanhã. “Não fiquei contente com o meu carro, hoje. Médio. O meu long run não foi muito bom. O meu companheiro (Valtteri Bottas) esteve melhor”, explicou Massa.
Bottas registrou o quinto tempo, a 633 milésimos de Roberg, enquanto Massa ficou a 1 segundo e 237 milésimo do alemão. Todos com os pneus macios da Pirelli. O outro na quarta etapa do calendário é o médio. “Sofri com o acerto do carro. Tenho trabalho até amanhã, mas acredito que vamos melhorá-lo. Tomara que nós possamos estar mais perto da Ferrari e da Mercedes em relação às últimas corridas”, comentou Massa. Sua maior dificuldade se concentrou no correto funcionamento dos pneus traseiros. “Precisamos de mais equilíbrio na traseira.”
Felipe Massa em ação no GP do Bahrein (Foto: Divulgação)
Pressionada pelo avanço da Ferrari e a liderança isolada da Mercedes, Pat Symonds, diretor técnico da Williams, decidiu usar já um novo aerofólio dianteiro, componente de grande importância do conjunto aerodinâmico. “Testamos várias configurações com essa asa, mas é muito difícil ter uma certeza (quanto a representar um avanço) por os pneus mudarem muito o comportamento do carro. Vamos avaliar os números para entender melhor”, disse Massa.
O piloto vai usar toda sua experiência de já ter obtido a pole position nos 5.412 metros do Circuito de Sakhir, em 2007, e ter vencido a prova em 2007 e 2008, sempre com Ferrari. Mas já sabe que a degradação dos pneus médios e macios será elevada. “Aqui motor, freios e pneus são sempre muito solicitados.” Não será fácil, imagina, os pilotos completarem as 57 voltas da corrida com apenas dois pit stops.
Ferrari de Sebastian Vettel (foto) e Kimi Raikkonen abre vantagem para Williams de Massa (Foto: AP)
Um dado importante desse GP do Oriente Médio é a impressionante variação de temperatura do asfalto entre a sessão da tarde e do início da noite: 52 e 34 graus. E no decorrer do treino da noite, de 35 para 31, o esperado para a classificação e a corrida. Normalmente a temperatura do asfalto cresce, não cai. “Esse é um fator que pode induzir diferenças importantes nas reações do carro”, explicou Symonds. “Os engenheiros tentam antecipar o comportamento dos carros na nova realidade da prova.” A maior adaptação à condição distinta pode significar menor desgaste dos pneus.
Como Massa destacou, o acerto de Bottas desta vez se mostrou mais eficiente. “Começamos a sexta-feira melhor que das outras vezes”, afirmou. Desta vez o engenheiro do finlandês, Jonathan Eddolls, repassará mais informações ao engenheiro de Massa, Dave Robson. É mais comum ocorrer o contrário. Se Massa estava até um pouco apreensivo, Bottas fugiu o seu padrão ao expor seu otimismo.
Valtteri Bottas no 2º treino livre para o GP do Bahrein (Foto: Getty Images)
"O desgaste dos nossos pneus traseiros é, em gera, maior que o da Ferrari e da Mercedes. Mas aqui parece não ser o caso. Acredito ser possível usarmos melhor os pneus macios, o que não foi possível, por exemplo, na China.” O fato de Bottas e Massa estarem a maior parte do tempo, em Xangai, com pneus médios, em vez dos macios de Ferrari e Mercedes, ajudou a explicar a enorme diferença entre eles no fim da corrida. Antes do safety car, a duas voltas da bandeirada, Massa, quinto, o melhor da Williams na classificação, estava a 30 segundos de Raikkonen, quarto, e um minuto de Hamilton, líder.
Se, de fato, a Williams puder explorar mais os pneus macios no Circuito de Sakhir, como disse Bottas, pode ser que a diferença para a Ferrari e Mercedes seja menor que a de Xangai.
Por: formula 1
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