Vinte e três cobranças de pênalti, um gol irregular, duelo de goleiros, dribles de efeito... Foi um clássico intenso no Estádio Nilton Santos - como o Botafogo rebatizou o Engenhão. Melhor para o Alvinegro, que terminou o sábado como o primeiro finalista do Campeonato Carioca após a vitória sobre o Fluminense por 2 a 1 no tempo normal e por 9 a 8 na disputa na marca da cal, em jogo que teve ainda show de Rodrigo Pimpão, travessão estraga prazer, trapalhada com bandeirinhas, além de muitas cãibras e lesões. O time de René Simões agora espera pelo seu adversário sair do confronto Flamengo x Vasco deste domingo, enquanto a equipe de Ricardo Drubscky só volta a campo pelo Brasileirão, dia 9 de maio, contra o Joinville, no Maracanã.
O jogo foi Botafogo x Fluminense, mas também poderia ter se chamado Renan x Cavalieri. Os dois goleiros foram os personagens principais do clássico. No tempo normal, o alvinegro poderia ter saído com vilão ao cometer pênalti em Kenedy, e o tricolor poderia ter virado herói com defesas como a que fez na bomba de Jobson. Mas o roteiro virou nas penalidades máximas. Cada um defendeu duas cobranças e, quando precisaram bater, o reserva de Jefferson converteu, enquanto seu companheiro de posição bateu algo parecido com um tiro de meta.
Apesar da vitória, o Botafogo foi dominado no segundo tempo e sofreu para segurar o resultado que levou a decisão para os pênaltis. Muito em função do condicionamento físico de alguns dos seus jogadores. Nos minutos finais, Carleto, Marcelo Mattos e Bill sentiram cãibras e mal se aguentavam em pé. E para piorar a situação de René, o técnico precisou fazer duas substituições forçadas durante os 90 minutos: perdeu Elvis, lesionado logo nos primeiros segundos de jogo, e Fernandes, com um corte no supercílio.
O primeiro gol do Botafogo na partida foi irregular. Quando Bill desviou de cabeça para trás o lançamento de Marcelo Mattos, Rodrigo Pimpão estava adiantado em relação a Gum e Marlon, últimos homens do Fluminense à frente de Cavalieri. O auxiliar Michael Correia não viu e deixou seguir o lance, que terminou com a bola na rede de Fernandes.
Surpresa de René na escalação, no lugar de Jobson, Pimpão estava inspirado e foi o maestro do Botafogo no primeiro tempo, enquanto teve pernas. Após ter brilhado contra o Fluminense pelo América-RN, na Copa do Brasil de 2014, o atacante voltou a ser carrasco do Tricolor. Desta vez com assistência para o gol de Fernandes e jogadas de efeito que levantaram a torcida, como um voleio na área e um chapéu de chaleira em Wellington Silva. Só faltou balançar a rede, o que quase conseguiu de letra, mas acabou furando a tentativa.
Sem Fred - suspenso pelo TJD-RJ após declaração contra a arbitragem do estadual -, o Fluminense perdeu em força no jogo aéreo. Conseguiu assustar o Botafogo apenas quando Gum subiu ao ataque nas bolas paradas, mas nas duas ocasiões criadas o zagueiro tricolor parou no travessão. Faltou caprichar na pontaria.
Nos minutos finais do clássico, Jobson, que entrou no lugar de Pimpão no segundo tempo, era um dos poucos que ainda tinha perna para correr. Só que estava difícil criar jogadas sozinho. Mas quando evitou uma saída de bola pela lateral, vislumbrou uma chance, deu um tapa à frente e disparou na velocidade, mas acabou atrapalhado pelo bandeirinha Dibert Pedrosa Moisés, que ficou em seu caminho.
Por: futebol
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