República Tcheca, Áustria e Hungria são países muito próximos. Suas histórias e culturas tem também. Apesar das várias diferenças, há notáveis relações. Os três eram parte do Império Austro-Húngaro que era dividido em duas unidades administrativas: a Áustria e a Hungria. A região que hoje é a República Tcheca estava sob o domínio da administração austríaca e era chamada de Reino da Boêmia. Anos depois, nos tempos da Guerra Fria, Hungria e República Tcheca (na época, Checoslováquia) faziam parte da área de influência da URSS e eram signatários do Pacto de Varsóvia.
Esse post é parte de uma série de roteiros especiais pelo Leste Europeu. Não deixe de ler todos os posts da série.
Mochilão de 30 dias pelo Leste Europeu
Roteiro de 20 dias pelos Bálticos
Mochilão de 10 dias pelo Leste Europeu
Praga – Viena – Budapeste
Ponte Charles Bridge – Praga
Comece a viagem por Praga e fique lá por quatro dias. A cidade não é uma megalópole, então, se você se hospedar na região central, chamada de Praga 1, conseguirá visitar quase tudo caminhando (leia também: Onde ficar em Praga). Com esse tempo, é possível ir em todos os principais pontos turístico da capital Tcheca e ainda sair à noite.
A partir daí, siga viagem para a capital da Áustria: Viena. Acredito que o ônibus seja a melhor opção nos quesitos tempo, custo e conforto. A empresa Eurolines Tcheca faz o trecho, com saídas diárias às 8h da manhã e a preços amigáveis. A viagem dura em torno de 4 horas. As rodoviárias em ambas cidades são conectadas ao transporte público através de estações de metrô – Erdberg, em Viena, e Florenc em Praga. Atente-se ao fato de que, em alguns países, é necessário fazer check in no guichê da companhia entre 30 a 60 minutos antes do horário de saída.
Viena, Áustria
Fique dois ou três dias em Viena. Quando lá fui, queria descansar um pouco da vida de hostel e fiquei em um hotel de que gostei bastante, chamado Donauwalzer. O café da manhã deles é mara, o quarto muito confortável e a diária bem razoável. Quanto a localização, para quase tudo tive que pegar bondinho ou metro, o que era bem rápido. Já um amigo meu, com quem viajei, ficou em hostel e disse que gostou do muito do lugar, o Hostel Ruthensteiner.
Não deixe de visitar a região central de museus, a Museumsplatz e os jardins a sua volta – como o Volksgarten. O edifício do Parlamento Austríaco, a Igreja Votive, a parte mais antiga da cidade e suas ruas só para pedestres, a Catedral de Santo Estevão (Stephansdom), o Palácio de Belvedere e seu jardim, e o edifício Rathaus – sede do município e estado de Viena. Parece muita coisa para pouco tempo, mas grande parte de tais lugares são um ao lado do outro.
Budapeste, Hungria
Depois, vá para Budapeste, também de ônibus, usando a Eurolines Húngara. A viagem dura 3 horas e há saídas diárias às 11h, 13h, 15h, 17h e 19h30. Se a passagem for comprada com muita antecedência pela internet, é possível achá-la pela bagatela de 30 reais! Há também a opção de trem, mas está demorará mais ou sairá mais caro. Para se ter noção, o trem de alta velocidade que faz o trecho demora em torno de 2 horas e 50 minutos e custa a partir de 45 euros. A rodoviária de Budapeste tem estação de metrô de mesmo nome – Népliget. Não jogue fora seu bilhete de metrô até que saia da estação, pois existem vários fiscais. Caso você não tenha o tíquete (VALIDADO!), é bem provável que recebe uma multa salgada (e desnecessária). A dica, na verdade, vale para qualquer cidade européia.
Nas duas vezes que fui a Budapeste, tive muita sorte em relação a hostels e os indico para todo mundo. O Lavender Circus é um dos albergues mais fofos que já fiquei na vida e ideal para quem quer um pouco mais de conforto. Possui somente quartos privativos. Já para aqueles que desejam gastar bem menos e não se importam de dormir em dormitórios, indico o Goat Hostel. Recentemente, mudou de endereço e agora está localizado no distrito judeu perto dos ruin pubs (yey!).
Para a nossa felicidade, o país tem custo de vida bem mais baixo se comparado ao Brasil e a países europeus ocidentais, ou até mesmo a alguns da região. A moeda deles tem muito mais zeros do que estamos habituados, então tome muito cuidado ao pagar e, principalmente, ao receber troco. Temos alguns posts sobre a cidade, você pode conferir aqui.
Mochilão de 15 dias pelo Leste Europeu
Praga, Viena, Budapeste e Cracóvia
Se tiver um pouco mais de tempo, fique um dia a mais em uma das três cidades do roteiro anterior – eu escolheria Budapeste – e vá de ônibus para a Cracóvia. Utilize a Eurolines Húgara. Além da passagem ser barata, o trecho dura apenas 7 horas. Lembrando: quanto maior a antecedência da compra, mais barato sai! Fique atento aos horários disponíveis em cada época do ano, pois nos meses de baixa temporada, como janeiro e fevereiro, não há ônibus todos os dias da semana. A rodoviária, na Cracóvia, fica ao lado da estação de trem, que por sua vez fica ao lado de um shopping chamado Galeria Krokowska. Lembre-se de tais pontos de referência, pois a sinalização na rodoviária é péssima.
Existe uma rede de hostels muito boa na cidade chamada Greg & Tom com opções de hospedagem para diferentes perfis. No meu caso, como queria dormir também, fiquei no Home Hostel deles que, por sinal, está localizado bem próximo da rodoviária, na mesma rua da Galeria Krokowska, a rua Pawia. Duas coisas lindas de tal hostel, que nunca vi em outro, são o café da manhã e janta de surpreendente qualidade inclusos na diária.
Dos quatro dias na Cracóvia, tire um para visitar Auschwitz, o que durará uma manhã ou tarde inteira. Como o campo de concentração fica fora da área da cidade e nele há mais de uma unidade, a forma mais prática de visitá-lo é comprando o tour com ingresso e transporte inclusos, no próprio hostel ou em uma agência de viagem. Leia mais sobre a visita aqui. Outro passeio que pode ser interessante é o da mina de sal de Wieliczka, cidade próxima da Cracóvia.
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Por: 360meridianos
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