A contundente verdade posta na mesa de jantar.
The Americans entrega em mais um episódio magistral um acontecimento aguardado ansiosamente pelos telespectadores desde a segunda temporada.
Em momento de virada surpreendente, Stingers explodiu com minha mente. Não que o fato em si tivesse sido simplesmente jogado na tela. A base e o desenvolvimento da trama de Page estavam bem contextualizados há tempos já. É que simplesmente não esperava que fosse acontecer ali, que aquela ligação atendida por Philip fosse a gota d´água para a garota. No desenrolar de toda a sequência minha expectativa crescia, com grau e intensidade de nervosismo equiparáveis ao casal em cena.
Aliás que sequência bem executada, sem pressa alguma, com toda a dramaticidade necessária e sutil para transmitir a mensagem. Quando a gente acha que a série não poderia superar o diálogo entre Elizabeth e a senhora no último episódio, The Americans trata sempre de nos surpreender positivamente. Curioso e interessante notar também a diferença na abordagem de discurso de Philip e Elizabeth para com a garota. Liz ainda crê em um ideal de bem maior que o regime político e econômico de seu país natal possa trazer e contribuir para a humanidade, de maneira geral. Já Philip é mais pragmático, simplista e objetivo em seu discurso.
A cena faz com que Stingers seja simplesmente o melhor episódio da série, até aqui, é claro. Isso tudo dias depois do anúncio oficial pelo FX da renovação da série para uma muitíssimo bem-vinda quarta temporada. Agora só nos resta aguardar ansiosos as futuras ações de Paige, que ainda deve ser observada de perto pelos pais, que acreditam, em parte, em seu bom senso de não denunciá-los.
Os outros núcleos ficaram pequenos depois dessa grande revelação. Entretanto ainda merecem comentários. A subtrama da refugiada russa Zinaida nos leva a crer que ela é realmente uma espiã dupla. Mas ainda é cedo para fazer uma aposta certa se Stan tem ou não razão em suas suspeitas.
Nina segue na Rússia apostando em seus dotes femininos, em uma visão sexista e machista, para conseguir concluir sua missão e adquirir sua prometida liberdade. O cientista que se mostrava inflexível no começo das interações, já demonstrou abertura ao ouvi-la falando em inglês. Fórmula óbvia de desenvolvimento para induzir o telespectador a acreditar que ela possui chances de completar a tarefa, o que parece totalmente possível e plausível, embora previsível.
A relação perigosa de Philip com Kimberly parece que não cruzará a linha tabu e polêmica da pedofilia. Acredito ser uma decisão acertada, embora conservadora, adotada pela série, já que se trata de assunto tratado com seriedade e ao mesmo tempo com repúdio e aversão pela sociedade norte-americana. O que saliento aqui, serem reações devidas e compreensíveis diante de tal crime.
Henry ganhou aqui mais tempo de tela com suas interações com Stan. Porém não vi ali nenhum potencial de importante futuro desenrolar de trama, mas também não considerei um total desperdício de metragem de episódio. A trama CIA/Afeganistão também obteve desenvolvimento, mas um tanto ofuscado pela revelação principal contida no capítulo.
Stingers provou-se como mais um excelente episódio dessa terceira temporada de The Americans. Numa crescente de ótimos episódios que nem o mais incompetente roteirista parece ser capaz de interromper, fico feliz por ainda ser telespectador assíduo dessa série, que adicionei despretensiosamente em minha watchlist completamente alienado de todo buzz, hype e expectativas (frustradas) envolvendo seu lançamento em janeiro de 2013. Tudo isso graças à minha simpatia pelos atores das excelentes séries Felicity e Brothers & Sisters.
Por: Série Maníacos
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