The Flash 1×18: All star team up


Aquele em que todo mundo sabe, menos a Iris.


Às vezes eu acho que consigo inserir um título a lá Friends em qualquer episódio de The Flash. Especialmente quando a série apresenta, às portas da season finale, um episódio que teve pouca conexão com o plot central da temporada, que pelas minhas contas, ainda deve ser o Reverso. All star team up não é um episódio ruim, mas deixa um pouco a desejar quando levamos em conta o número que ele representa. Faltam apenas cinco episódios e depois de ter uma temporada inteira inserindo apenas fragmentos do vilão central, eu esperava um tratamento diferente. No lugar, ficamos com o usual drama da mulher traída, a aquela que é sempre a última a saber. Quando tudo o que eu queria, era mais da história de um certo Eobard. É pedir muito?


Engraçado como a série gosta de ficar soltando pequenas referências ao Batman, o bilionário herói extravagante. Tudo bem, Oliver também já teve seus momentos de fortuna e todo mundo sabe, um milionário quando empobrece, fica rico. Mas quem realmente pensa em Oliver Queen quando essas menções são feitas? Tudo o que eu ainda espero, é pelo dia em que algum personagem saído diretamente do cânone do morcego fará uma pequena participação em Central City, a cidade divertida. Já tivemos promessas do Asa Noturna, mas como o relacionamento entre série e filme na DC/Warner não é sempre amistoso, com várias restrições, só nos resta ter fé.


Entrando no episódio, o descontentamento do Eddie só cresce, quer seja por ter o Flash/Barry atrapalhando seu relacionamento, ou pela ajuda que o corredor anda prestando para a polícia. O que deve estar fazendo um mal danado para o ego do detetive. Se eu achei extremamente divertido ver o Joe rindo da situação e amando tudo o que estava acontecendo, eu achei os olhares do Eddie bem carregados de descontentamento e reprovação. O mesmo olhar de reprovação que eu joguei para os efeitos de raios saindo da roupa do Barry, uma tentativa bem carnavalesca de representar um desfibrilador.


Agora vamos falar da situação da identidade secreta daquele que um dia foi o misterioso borrão vermelho e azul. Todo mundo já reclamou, pelo menos uma vez, ou esboçou descontentamento com a frequência que o Flash revela seu rosto para qualquer um, quer seja mocinho, ou vilão potencial. E ele não é o único, agora Felicity aparece na cidade, diz que contou o segredo do rapaz para o atual namorado e o que ele diz? Nada. Absolutamente nada, nem um pingo de desconfiança. Para uma pessoa que antes estava preocupada em se mostrar e colocar outros em perigo, não aparenta estar se ligando de verdade nas ameaças que envolvem os vilões da cidade, ou os amigos, tendo conhecimento de seu segredo. Até porque o Cisco já provou não aguentar muita tortura, tá, colocaram o irmão dele na jogada, mas é sobre isso que estou falando. E nem quero falar nada do Capitão Frio, que está solto, tocando o terror.


Sabe o que deixa tudo pior? Quando todo mundo sabe, menos a Iris. Muitas pessoas me questionaram várias vezes a respeito do “ódio” que sinto pela personagem. Primeiro não é ódio, é desprezo. Iris não acrescenta em nada na série, ela existe meramente para cumprir a cota de mocinhas destino. Mocinhas destino são aquelas que precisam desenvolver um romance com o protagonista. O motivo? O cânone pede assim. Quando analisamos sua real função dentro do roteiro, percebemos que elas poderiam ser facilmente riscadas, ou trocadas por qualquer outro tipo de personagem com conexão com o protagonista, algo que surtiria o mesmo efeito. Então, se a série não vai fazer uma força para que eu goste da Iris, não vejo motivos para que eu faça.


Barry precisava de uma sacudida e foi bem coerente com o texto colocá-lo desconfiando de tudo e todos. Ele que antes confiava no Wells como um verdadeiro aprendiz acredita no mentor, teve sua confiança abalada. Nada mais justo do que sentir exatamente a mesma suspeita com Cisco e Caitlin. Você sempre escuta que o amor é o sentimento mais puro, pois eu acho que não existe mais puro do que uma boa dose cavalar de desconfiança. E é preciso uma Felicity na sua vida para te fazer entender o panorama geral. Isso ou uma abelha robótica.



Apesar de ter gostado do visual da moça abelha, especialmente quando ela está sentada e envolta pelos pequenos robôs, ainda ficou aquela boa e velha impressão patenteada pela série de que falou algo a mais. Ray utilizando seu traje para mergulhar e percebendo que ele não é a prova d’água foi só um dos detalhes. Ou seja, para vencer o Átomo basta um balde. E ele só percebeu isso agora? Que tipo de herói não sai de casa para proteger os inocentes quando está chovendo? Tem episódios de The Flash em que nossa paciência é testada. Mas como o traje também está em fase de testes, vou esperar que tenha sido apenas um erro de cálculos.


Entretanto, tal erro conseguiu colocar Ray e Cisco no mesmo laboratório e eu achei uma delícia. Os dois personagens são bem parecidos, nada mais aceitável do que deixá-los juntos para trabalhar em um pandemônio de momentos nerd. Assim como a Felicity, que como sempre foi destruidora em sua participação. É muito bom ter a personagem de volta a seu elemento divertido e mais leve, estava sentindo falta. Só pontos positivos quando o Ray está do lado, que se encaixou bem em Central City, de uma forma que ele nunca conseguiu em Star.


Colocando na balança, All star team up foi um episódio bem organizado, mas que pecou por deixar o fator plot central para os minutos finais. Cisco está desenvolvendo algum tipo de memória causada pela ruptura do tempo e espaço, e essa explicação foi suficiente para que ele acreditasse em tudo o que o Barry disse. Teria sido bem melhor dedicar um episódio para esse momento, mas como já estamos bem próximos do final da temporada, agora começa a corrida pelos pontos chave e respostas esperadas. Faltou um pouco mais de team up nesse time de superestrelas. E no final toda a temática de confiança e comunicação teve seu charme, mas eu queria muito mais. Sei que The Flash tem capacidade de entregar ótimos episódios, só não sei ainda o motivo que os fazem se contentar com o quase.


Easter eggs e outras informações


- Cisco fez uma pequena menção a uma frase dos Caçadores da Arca Perdida, onde a frase: Cobras, por que tem que ser cobras? Deu lugar as abelhas.


- Tá, essa foi fácil. É um pássaro, um avião, não é o ator que viveu o Superman e quase perdeu a carreira por isso.


- O traje do Átomo está cada vez mais próximo da sua versão nos Novos 52.


- Brie Larvan é conectada a outro personagem da DC Comics, Bertram Larvan, também conhecido como Olho de Inseto. Larvan tem história com o Átomo, por isso a participação no episódio em que Ray decide fazer uma visita a cidade de Central City.


- Mais Tina McGee, nunca é demais.


- Cisco nos quadrinhos é conhecido como o herói Vibro, e não é surpresa nenhuma que a causa da sua (primeira) morte e ressurreição tenha sido vibração causada por velocidade.


- Olha a teoria da conspiração. No episódio 18 da primeira temporada de Smallville, o tema foi… Abelhas assassinas. Assim como no décimo oitavo de Flash, além dessa pequena coincidência, ambas as séries tiveram um “Clark Kent”, ou melhor, um ator que já interpretou o personagem.





Por: Série Maníacos

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