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Vikings 3×10: The Dead [Season Finale]

Cada temporada tem a season finale que merece.

Se olharmos em retrospecto essa temporada de Vikings, veremos que em muitas vezes, individualmente, os episódios foram bons e nos trouxeram acontecimentos importantes para o desenvolvimento da trama e dos personagens, mas se analisados em conjunto, também veremos que faltou algo, um fator que desse uma fluidez para o andamento da temporada, ou seja, um fio condutor. Muitos episódios bons também foram prejudicados com a inserção de tramas irrelevantes, ou, pelo menos, desinteressante diante de outros acontecimentos mais empolgantes. Foi muito tempo desperdiçado com a infelicidade da Porunn, com o “Casos de Família” de Wessex, com passagens de Kattegat que em nada acrescentavam para que a temporada se solidificasse de fato.

O ápice desse problema se apresenta neste The Dead, que isoladamente é um bom episódio, mas não tanto se pensarmos que é season finale e que ele deveria ter nos deixado com expectativas altas para a próxima season. Se na temporada passada o episódio final estava recheado de insegurança e surpresa, com o ótimo embate entre Rei Horik e Ragnar, neste não houve nenhum acontecimento que nos deixasse vidrados na frente da tela esperando o que aconteceria a seguir. A situação crítica, quase terminal de Ragnar, não gera em nenhum momento no espectador o sentimento de angústia ou sofrimento pelo personagem, pois sabíamos que muito dificilmente ele realmente bateria as botas. E se no miolo do episódio não aconteceu nada que nos desestabilizasse de alguma forma, os momentos finais não nos surpreendem de fato, e os cliffhangers deixados só conseguem nos deixar com a sensação de déjà vu.

A possibilidade de Rollo lutar contra o irmão já foi visto, e o desfecho, como todos se lembram, foi… decepcionante. Ele jurou nunca mais erguer seu machado contra o Ragnar novamente, e sinceramente, ainda acredito nisso, então imagino que ele deva estar usando algum estratagema e não traindo seu irmão de fato. Mas mesmo que ele tenha interpretado mal as palavras do Seer e lute mesmo contra Ragnar, nós já vimos isso e só pelo fato do plot ser repetitivo já dá uma canseira de pensar em acompanhar empolgado qual será a resolução disso.

Ao menos uma coisa que já vemos de diferente em relação ao episódio anterior é que este foca toda a sua narrativa em Paris, nos livrando de ver o que acontece em núcleos menos interessantes. Ainda assim ele é bastante entrecortado, mostrando Paris e o cerco nórdico, e isso por vezes prejudica o ritmo do mesmo.  Ele começou a ganhar mais fluidez justamente quando os dois arcos se encontram, na cena do “enterro” de Ragnar dentro de Paris. Aliás, essa foi, de longe, a melhor coisa do episódio, esta sim uma das cenas dignas de entrar no hall das melhores da série. Caraca, o Ragnar todo estropiado e com meia dúzia de homens foi mais eficiente que a tropa inteira nas tentativas anteriores. A cena só não foi ainda melhor porque essa estratégia estava manjada a tempos, de modo que não nos surpreendeu. Ainda assim não há como negar que ela foi muito bem executada tecnicamente, o que não é nenhuma surpresa em Vikings.

Este é outro ponto predominante na temporada: o aspecto técnico se sobressai ao restante, e seria mais importante que ela fosse um deslumbre a mais, e não a atração principal. As atuações estão boas e condizentes com o tom de cada personagem, isso é visível, mas assim como foi abordado na review passada, muitos desses personagens perderam a força e o brilho nessa terceira temporada, o que, ao menos para mim, foi o pior erro de todos. Episódios e temporadas medianas quase toda série produz, e é fácil entrar nos eixos novamente, mas recuperar a confiança em um personagem é mais complexo. Vão ter que dar uma baita trama para eles voltarem a brilhar.

Apresentando um episódio com características de meio de temporada e não season finale, Vikings encerra sua terceira temporada deixando poucas expectativas ou rumos claros a seguir. Mas bola pra frente, que venha logo a quarta temporada, para vermos a recuperação (ou não) de Ragnar, a traição (ou não) de Rollo, a volta por cima (ou não) de Lagertha e Floki, o retorno (ou não) da Porunn e essas coisas que ficaram em aberto, mas que poderiam ser mais impactantes.

Em tempo 1: A cena mais comovente do episódio foi os personagens se despedindo de Ragnar, em especial o Floki. Cena bastante complexa de se executar, parabéns aos atores.

Em tempo 2: Conde Odo Christian Grey, o que acharam?

Em tempo 3: O final em aberto, no meio da frase, parece edição do SBT para os comerciais. Sério mesmo que isso era para nos deixar roendo as unhas para ano que vem? Como vocês acham que vai terminar a frase “Floki, você matou Athelstan…”? Escrevam nos comentários ;)

Em tempo 4: Curtiram a temporada? Também acham que ela poderia ter entregado um pouco mais? Não esqueçam de comentar, o espaço abaixo é todo de vocês.


Por: Série Maníacos

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