Dunga queria a seleção olímpica, e CBF temia problema com Gallo campeão

Desde que assumiram a seleção brasileira, em julho de 2014, Gilmar Rinaldi, como coordenador, e Dunga, o treinador, pensavam que o melhor era o técnico também acumular o cargo no time olímpico, o sub 23.

Como alguns jogadores com esta idade farão parte da seleção principal, casos de Fabinho e Marquinhos atualmente, e nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 haverá ainda três jogadores acima dos 23 anos, um deles Neymar, era natural a ambos que os trabalhos se completavam.

Havia um problema: Alexandre Gallo. Adorado pelo então presidente da CBF José Maria Marin, e um pouco menos pelo presidente eleito Marco Polo Del Nero, Gallo reinava na base.

Era o técnico do time olímpico, do sub-20 e coordenava toda o departamento, indicando os técnicos do sub 17 e sub 15. Em menos de três meses perdeu tudo isso.

Gallo deixa comando da seleção olímpica e Dunga assume

Duas situações com relação a Gallo incomodavam a dupla que manda na seleção.

Primeiro que Gallo não tem pedigree em categoria de base. O ex-volante pouco havia trabalhado com garotos até assumir o cargo, em janeiro de 2013 deixando cargo de técnico principal do Náutico.

Tanto que foi Erasmo Damiani, executivo do futebol especializado na base, quem assumiu a coordenação em fevereiro, quando Gallo ficou apenas como técnico.

Antes da demissão de Gallo, Damiani já havia trocado os técnicos do sub 15 e sub 17, ligados a Gallo, por treinadores especializados nas categorias inferiores.

O segundo incômodo para a dupla era a caixa preta que, para eles, havia no departamento.

Um caso recente pode ter sido determinante para a queda de Gallo. Ele não chamou o meia Gerson, do Fluminense, para o Mundial sub-20, que começa em 30 de maio na Nova Zelândia.

Internamente, Gallo disse que o jogador não queria ser convocado, mas o estafe do atleta negou á dupla da CBF que o atleta não queria ir.

Um fórum de debate sobre o futebol de base, há alguns meses na CBF, também fez com que a relação de Gallo com a dupla forte da seleção ficasse abalada. O então coordenador da base não chamou Rinaldi e Dunga, que aparecerem de surpresa no evento.

Demitir Gallo três dias antes de o time sub 20 se apresentar para o Mundial foi necessário, para a dupla, porque era uma decisão que já estava tomada e aprovada por Del Nero e, caso Gallo fosse bem no Mundial sub 20, seria difícil explicar uma demissão após título, por exemplo.

Também mostra a força de Dunga.

Dunga sempre quis treinar o time olímpico nos Jogos em casa. Acha que pode ganhar o título e a torcida para a Copa de 2018.

E com o outo inédito entraria de vez para a história da seleção também como treinador. Algo que achou injusto não conseguir na Copa de 2010, eliminado nas quartas de final para a Holanda.


Por: Blog da Seleção

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