*Texto e fotos de Michel Zylberberg, autor do blog Rodando pelo Mundo.
Cheguei em Varanasi pouco antes do pôr do sol de um lindo dia do inverno indiano. Estava há alguns dias no país e já tinha me acostumado ao caos típico das cidades, mas nada conseguia atrapalhar a minha excitação de jogar o mochilão no albergue e correr para os ghats – escadarias que beiram o sagrado rio Ganges.
Quando planejo minhas viagens, como gosto de fotografar, eu costumo olhar as fotos dos destinos na internet para ter uma ideia – e, antes dessa aventura, as fotos só confirmaram o meu antigo fascínio por esse mundo incrível que é a Índia, especialmente Varanasi.
Mas aos chegar nos ghats com o sol se pondo, percebi que muita daquela espiritualidade tinha um preço, pois vários (ou todos) dos famosos “gurus” pediam dinheiro para serem fotografados. Até entendo e acaba sendo uma prática natural em destinos fotogênicos, mas abri mão das fotos mais “marcantes” que havia visto e tentei buscar sinais de que a verdadeira essência, tradição e devoção ainda resistiam.
Ao contrário de outros turistas que estava ali, não paguei ninguém e procurei buscar exemplos sinceros e originais de cultos e rezas – representados nas fotos deste post. Deixo que as imagens tragam detalhes que não seriam os mesmos se apenas os descrevesse aqui.
Mesmo ao ver corpos sendo cremados a céu aberto em alguns ghats, caminhar pelas escadarias e vielas de Varanasi foi uma experiência fantástica e até mesmo surreal. Espero que as fotos despertem ainda mais a sua vontade de conhecer novos lugares, povos e culturas. Se o mundo é mesmo um livro, a página de Varanasi tem cores únicas e inesquecíveis.
Acompanhe o trabalho do Michel no blog Rodando pelo Mundo e também na página dele no Facebook e no Instagram.
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Por: 360meridianos
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