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Passeio pelo mangue seco e Tatajuba, em Jericoacoara

Bastam dois suportes, que podem ser árvores de um mangue ou troncos de madeira fincados dentro da água esverdeada de um lago, para que Jericoacoara mostre o que tem de melhor: convidar todo viajante a descansar. O destino turístico mais importante do Ceará tem atrações para pelo menos quatro dias de viagem, mas quem fica mais não reclama. Relaxa.

Além de curtir a Praia de Jericoacoara, conhecer as lagoas Azul e Paraíso e caminhar até a Pedra Furada, outro passeio tradicional de Jeri, vendido por todas as agências de viagem da vila, é conhecer o Mangue Seco, a Lagoa da Torta e a Vila de Tatajuba.

Esse foi meu passeio favorito por lá. O tour dura cerca de cinco horas e custa pouco mais de R$ 100 por pessoa. É feito num buggy, com motorista, que leva até quatro passageiros. Optei por dividir a viagem com uma amiga e dois desconhecidos. Quem prefere um passeio privativo paga mais, óbvio.

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quando ir a jericoacoara

Como é o passeio pelo mangue seco e Tatajuba

O buggy parou em nossa pousada no começo da manhã. Depois de uma pequena pausa em outro hotel, para pegarmos os dois viajantes que dividiriam o passeio conosco, seguimos para fora da vila de Jeri. A primeira parada era opcional e tinha um custo a mais, R$ 10, mas todo mundo fez.

Jeri é um berçário de cavalos marinhos, espécie ameaçada em todo o mundo. Um braço de mar que entra no rio Guriú é o local para encontrar os bichos, na comunidade de Mangue Seco. Moradores locais levam turistas até o berçário dos cavalos marinhos, que podem ter até 500 filhotes de uma vez. Poucos sobrevivem e alcançam a vida adulta.

Jericoacoara, Ceará

Coloridos, monogâmicos e diferentes, os cavalos marinhos de Jeri foram alvo de tráfico durante décadas. Segundo essa reportagem do Diário do Nordeste, cada bicho valia R$ 1. Eles eram vendidos vivos, para ocupar aquários mundo afora, ou mortos, como amuletos. Prática que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade lutou para coibir. Hoje, a atividade turística é fiscalizada pelo instituto, que treinou pessoas da comunidade, mostrando a importância da preservação ambiental.

Jericoacoara, ceará

Os visitantes pagam a taxa, entram numa canoa e são levados até onde estão os animais. Depois da explicação, um cavalo marinho é retirado da água, sempre com um recipiente de vidro (jamais com as mãos). Minutos depois o bicho é devolvido para o mesmo lugar. É tudo rápido, mas vale a pena, ajuda a comunidade e os cavalos marinhos são preservados. Se entrar na água, não esteja de protetor solar, já que o produto pode ficar na água e fazer mal aos animais.

viagem para Jericoacoara

Travessia de balsa

Deixamos os cavalos marinhos para trás, entramos numa balsa e cruzamos o rio Guriú. A próxima parada foi no cenário que dá nome para essa comunidade: o Mangue Seco. O local é lindo. Vendedores ambulantes oferecem água de coco e não faltam redes para relaxar.

Mangue seco em Jeri

Quanto custa viajar para Jericoacoara

O vento tem um papel enorme na região de Jeri, Foi ele que tornou a praia famosa, ao criar dunas, balançar redes e empurrar as velas dos praticantes de esportes náuticos. Mas também foi o vento que empurrou dunas para cima da antiga Vila de Tatajuba, que foi soterrada na década de 80.

Vila de Tatajuba

É possível ver as ruínas da antiga vila e conversar com uma moradora local que testemunhou o dia em que a areia venceu o homem. A Dona Delmira passa o dia num quiosque onde ficava a antiga vila, contando suas histórias para visitantes interessados. E saiba que cidades serem soterradas por dunas não é algo tão incomum assim. Isso também aconteceu em Itaúnas, uma vila linda que fica no norte do Espírito Santo.

O que fazer em Jericoacoara

Dona Delmira

Saímos da antiga vila de Tatajuba para conhecer outro lado das montanhas de areia que tomam conta da região. Seguimos para a Duna do Funil, escolhida para sediar a iniciação na arte do esquibunda. Você leva segundos para descer areia abaixo. E precisará de alguns minutos para fazer o caminho de volta, com ajuda de uma corda.

O que fazer em Jericoacoara

Os mais preguiçosos, digo, mais sábios, pagarão pelo serviço de buggy-táxi mais importante de Jeri. Um motorista te pega no pé da duna e te leva de volta ao topo, onde seu grupo está aguardando. A descida também é paga separadamente, mas o preço é baixo (entre R$ 5 e R$ 10).

quando ir a jericoacoara

A última etapa do passeio é na Lagoa da Torta. Ela não é tão bonita quanto as lagoas do litoral leste de Jeri, mas mesmo assim foi minha favorita. As famosas redes mergulhadas na água estão lá. O preço da comida e da bebida é honesto, o vento sopra forte e a vontade de ficar é enorme, mas infelizmente é vencida. O passeio termina ali, depois de uma pausa para almoço. Quem tem tempo volta por conta própria nos dias seguintes.

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Por: 360meridianos

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