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Sobre aprender a dizer sim e não

Eu estava lendo o blog da Adventurous Kate, uma das minhas blogueiras gringas favoritas, e ela fez um post recente sobre “Como eu escolho para onde vou na próxima viagem”. Me peguei pensando sobre isso. Se vocês ainda não leram, podem dar uma olhada num post que a Naty fez há tempo respondendo essa pergunta, com dicas para vocês escolherem o próximo destino.

Mas eu me peguei pensando no tema porque me dei conta que este ano, estranhamente, eu não escolhi ou planejei nenhuma viagem por minha conta. E assim como eu acho ótimo estar sempre aberta as possibilidades que surjam por aí e adore pregar isso aqui no 360, ando sentindo falta de organizar “a minha viagem”. E acabei levando esse questionamento também para minha vida em geral.

Não viajei pouco e nem posso reclamar dos lugares que conheci e amei ou das boas companhias que tive, mas a verdade é que 2016 está sendo um ano em que eu estou me sentindo num barco meio sem rumo, de lá para cá, sem norte. Fiz passeios e viagens excelentes, mas nenhum por decisão e planejamentos meus. Inclusive, a minha próxima viagem, para a Itália, com a minha mãe, foi 100% organizada por ela. Eu mal sei os nomes das cidades que vamos. Sim, eu sou uma blogueira sem vergonha!

A verdade é que é bem estranho se dar conta de que as suas decisões ao longo de mais de seis meses não foram exatamente suas. Não que um robô estivesse me controlando, mas, seja com viagens, seja com outras decisões, as vezes a gente se pega fazendo o que os outros querem. Ou o que os nossos trabalhos pedem. Ou o que as pressões da vida nos levam a fazer. E, de repente, estamos 100% comprometidos com coisas que talvez nem sejam ruins, mas não eram necessariamente o que a gente queria.

Boa parte dos meus estados de agonia vem quando eu olho para a minha agenda e ela está lotada de coisas que eu me comprometi com os outros. O problema é que além dos compromissos com trabalho e estudo, na hora de dizer sim para um pedido da sua mãe que você não vê há meses, da sua amiga que você tanto ama, do crush que faz um convite imperdível, é fácil. Mas nem sempre é o caminho mais saudável para você mesmo.

Sim, a vida adulta é feita de compromissos e questões que não temos escolha, muitas vezes. Ao mesmo tempo, tem hora que dizer não é necessário – e encontrar a medida disso é bem complicado. Porque na maioria dos casos, com o excesso de sim para os outros achamos que estamos agrando a nós mesmos também. Só que uma hora essa conta pesa e a gente surta. O grande balanço é aprender a dizer não, ou foda-se, para aqueles pequenos compromissos que parecem não tomar tempo, ou para aquelas pessoas que não importam tanto. Quantas vezes eu disse sim para quem não devia e depois isso me custou um não para quem não merecia?

Eu acho que é por isso que eu prego tanto que viajar sozinha(o) é tão bom. Porque naqueles dias de jornada solo, esses compromissos, pequenos ou grandes, somem. Todas as escolhas, naquela janela do tempo, são só suas. Isso não dura para sempre, mas te ajuda a lembrar que por mais que você não seja o centro do universo, valorizar mais como você distribui os “Sim e Não” ao longo da vida é um exercício de sanidade.

Crédito imagem destacada: Shutterstock

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Por: 360meridianos

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