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O que fazer em Lisboa: roteiro de 3 dias

Eu já moro em Portugal há mais de dois anos e há algumas semanas que nos demos conta que apesar dos diversos posts sobre Lisboa aqui no blog, nunca tinha escrito um roteiro detalhadinho sobre o que fazer em Lisboa. Então aqui estou eu pagando minha dívida com vocês. A definição do roteiro de três dias é porque eu considero esse o mínimo necessário para visitar as coisas por lá.

Mas acredite, Lisboa rende mais do que isso! Então, ao longo do roteiro e no final do texto, dou mais dicas para quem quer ficar lá mais tempo. E quem quiser fazer as coisas com mais calma, pode dividir os passeios que eu sugiro em mais dias.

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Leia também: Onde ficar em Lisboa – melhores bairros

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No mais, prepare um bom tênis de caminhada e disposição para subir e descer ladeiras. E clique nos links ao longo do post para ler os posts específicos que já escrevemos sobre os pontos turísticos de Lisboa.

Dia 1: Centro Histórico, Bairro Alto e Alfama

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Comece o dia na Praça do Comércio, cartão postal da cidade. Para quem não sabe, boa parte do centro histórico de Lisboa foi destruído pelo terremoto de 1755. Essa praça, o Terreiro do Paço, à beira do Tejo, era um ponto de desembarque de navios e local de residência real. Depois do desastre, o Marques de Pombal mandou fazer uma praça nova, simbolizando a nova fase da cidade. Ali ao centro, mandou colocar uma grande estátua em homenagem ao rei D. Jose I. No entorno, prédio públicos, que hoje funcionam voltados para o turismo.

Saiba mais: A história da Praça do Comércio

E a frente, seguindo para a baixa, o Arco Triunfal da Rua Augusta, que é a entrada para as ruas retas e planejadas por Pombal. Além de observar os Arcos da Augusta de baixo, é possível também subir o monumento, por uma entrada lateral. Custa €2,50. Quem quer uma ideia de passeio extra, pode ir visitar o Lisboa Story Center, um museu interativo que conta toda a história da cidade, inclusive com um filme em 3D do terremoto.

Outro passeio para quem tem mais tempo na cidade é o gratuito Museu do Design e da Moda (MUDE), que fica no mesmo quarteirão dos Arcos.

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Siga então pela Rua Augusta, sempre movimentada. No cruzamento com a rua de Santa Justa, não deixe de dar uma olhada para a esquerda para ver e fotografar o famoso Elevador de Santa Justa – sinceramente, é bobagem pagar para subir, mas vale a espiada de fora.

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No final dos longos quarteirões fechados para pedestres, você chegará na Praça do Rossio e logo ao lado fica a Praça da Figueira. Após apreciar a arquitetura dos prédios no entorno dessas praças, em especial a estação de trem do Rossio, é hora de seguir. Mas antes fica aqui uma dica para quem estiver por ali perto da hora do almoço. Já escrevi um post aqui no blog sobre o restaurante O Bacalhoeiro/A Licorista, como uma dica para quem quer um excelente bacalhau português, com um excelente preço.

Siga caminhando pelas ruas da Baixa (e apreciando os prédios e o movimento, afinal, o melhor de Portugal são as ruas) na direção do bairro Alfama. Esse bairro já foi o grande núcleo urbano na época do domínio árabe, inclusive a igreja que indico  a seguir, era uma mesquita: mas a Sé de Lisboa hoje nada lembra seu passado, é sim uma grande catedral católica. A entrada é gratuita.

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De lá, suba mais um pouco até a atração mais visitada da cidade: o Castelo de São Jorge! O castelo também foi construído pelos muçulmanos e somente no século 14 tornou-se residência dos reis portugueses e ganhou seu nome bem católico. A visita vale a pena tanto pelo monumento histórico, quanto pela vista incrível que se tem da cidade ali.

Leia também: A história do Castelo de São Jorge

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Caminhe pelas ruas de Alfama sem muita pressa: o bairro é uma delícia, casa de muitos bares e da tradicional música portuguesa, o fado. Um bom local para se ter uma vista incrível de toda essa região é o miradouro das Portas do Sol. Pare ali para uma foto, um vinho, um lanche. Depois, siga pelas ruas do bairro acima até o Panteão Nacional, monumento que parece uma igreja (e costumava ser, até 1910), mas foi transformada em monumento em homenagem a cidadãos portugueses de prestígio.

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Outro passeio extra para quem quiser aproveitar mais o bairro de Alfama é o Museu do Fado. Pequeno e bem montado, o museu conta a história desse estilo musical de forma interativa e claro, com muita música.

Se você estiver cansado, essa é uma boa hora para pegar o metrô: na Estação Santa Apolônia, pegue a linha azul até a Baixa/Chiado. Se quiser, também dá para ir andando, são só 2 km, mas será uma boa subidinha.

É hora de conhecer o Convento do Carmo, que na verdade é um museu arqueológico com as ruínas de um antigo convento do século 14 que foi destruído durante o terremoto. Esse passeio só será possível se você tiver começado o dia cedo, porque o local fecha às 18h.

Saiba mais: O que fazer no Centro Histórico de Lisboa

Mas tudo bem, porque a região seguinte a ser visitada é muito mais interessante no fim da tarde e noite a dentro, o Bairro Alto. Suba a Rua Garret, cheia de lojinhas e cafés até o Largo do Chiado/Praça de Camões. Dali, é só seguir pelas ruelas, a esquerda e a direita, lotadas de bares, restaurantes e pessoas.

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Para sair um pouco do ambiente turístico do Bairro Alto, a noite no bairro Rato é muito bem recomendada pelos meus amigos portugueses.

Dia 2: Belém e Cais de Sodré

O segundo dia é do outro lado da cidade. Comece o dia no Palácio Nacional da Ajuda, um museu/palácio pouco visitado, que foi construído em 1761 pela família real, depois do terremoto e viveu os períodos das invasões napoleônicas, fuga da nobreza para o Brasil, idas e vindas até 1910, com a instação da república. É lindo e muito interessante. De lá, desça alguns quarteirões (cerca de 2km) até chegar no Jardim de Belém e no bairro de onde partiram os navios para descobrir o Brasil.

Leia também: 5 museus para conhecer em Lisboa

Onde ficar em Lisboa - Belém

O primeiro monumento por ali é o Mosteiro dos Jerônimos, um prédio histórico maravilhoso, cuja construção iniciou em 1501 e onde estão enterrados Vasco da Gama, Luis Vaz de Camões e Fernando Pessoa. Logo em frente também está o Padrão dos Descobrimentos, um monumento recente e grandioso, para comemorar os feitos antigos da navegação portuguesa. É possível subir até o terraço.

Caminhe alguns metros até a Torre de Belém, outra construção famosa da cidade e cartão postal, que foi inaugurada em 1520, como parte do sistema de defesa do Rio Tejo. Por fim, é hora de provar os famosos Pastéis de Belém (no resto da cidade, o nome é pastel de nata!)

Saiba mais: Belém, em Lisboa: onde nossa história começou

Rosa dos Ventos de Belém

Levando em consideração que Belém é relativamente longe do centro, há três museus nessa região que merecem sua atenção caso tenha tempo: dá para conhecer gratuitamente o Museu Coleção Berardo, dedicado a arte moderna e contemporânea. Se você preferir uma exposição mais histórica, tem o Museu Nacional dos Coches, que trata da história das carruagens por três séculos. Por fim, ainda não conheço, mas tem o novíssimo MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.

Outra parada extra, para quem curte cultura urbana, arquitetura, música e modernices é a LXFactory, uma antiga fábrica transformada em espaço de artes, design, moda, restaurantes, etc. Para chegar lá será preciso pegar um autocarro (ônibus) ou trem, partindo de Belém até Alcântara-Mar.

Depois, é hora de seguir para o Cais de Sodré, uma região renovada de Lisboa. Por ali, há dois pontos interessantes de serem visitados. Em primeiro lugar, bem em frente a estação de trem está o Mercado da Ribeira. Um espaço gastronômico, com restaurantes de chefs famosos e outras comidinhas boas a preços justos.

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Em seguida, um excelente local para apreciar o pôr-do-sol ou simplesmente tomar um vinho e ver pessoas é a Av. Ribeira das Naus, que fica a beira do Tejo. Ali há uma espécie de prainha, com cadeiras, alguns bares e muita gente aproveitando o dia. Se você quiser curtir mais da noite em Lisboa nessa região, tem várias boates no Cais. E também tem bares e muita gente na região da Rua Nova do Carvalho, cujo chão é pintado de rosa, bem difícil de errar.

Dia 3: Parque das Nações e Miradouros

O dia será de passeio na região do Parque das Nações, que foi construído especialmente para a Expo 98 e teve como tema o mar, os 500 anos do descobrimento e a apresentação de uma Lisboa moderna. Eu já fiz um post bem detalhadinho com um passo a passo do que visitar por lá. Corre para ver!

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Por aqui, um resumo da lista: a Estação Oriente, o Oceanário, o Pavilhão do Conhecimento, os jardins e o teleférico. Espere gastar uma manhã inteira por lá. Se estiver com pressa, vá somente ao Oceanário, que é realmente um passeio incrível: dura umas 2 a 3 horas a visita.

Terminada essa visita você tem como opção ir conhecer o Jardim Zoológico de Lisboa – pegue o metrô até Sete Rios. Eu nunca escrevi sobre o local aqui no blog (sorry) mas é uma visita muito interessante porque o lugar participa de um programa Europeu de conservação de espécies ameaçadas e reintrodução de animais no habitat natural. Desde as jaulas diferenciadas até a forma que os animais são alimentados, é um espaço que realmente demonstra se preocupar com os bichos e não somente com o entretenimento das pessoas. E outra coisa bem legal da visita é que tem um teleférico que circula no alto do zoológico por 20 minutos, permitindo uma vista panorâmica dos animais.

Se você não quiser ir ao Zoo, siga direto para a Av. Liberdade (metro Avenida), a avenida mais chique de Lisboa, com lojas luxuosas daquelas marcas que quase ninguém pode pagar. A avenida também é muito bonita e agradável para uma caminhada.

Depois de passear por ali, sugiro uma coisa bem típica de Lisboa! Na esquina da Liberdade com a Calçada da Glória, entre na fila para pegar o Ascensor da Glória, um bondinho que circula apenas nessa rua, levando as pessoas de cima para baixo, desde 1885. É um dos quatro da cidade que servem a essa função (também tem o Elevador de Santa Justa, o Ascensor da Bica e Ascensor do Lavra). O bilhete é adquirido a bordo.

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Caso resolva subir a pé, prepare as pernas. Porque a próxima parada fica lá no alto, bem na paragem do ascensor: o Miradouro São Pedro Alcântara, um local com vista panorâmica da cidade, onde dá para sentar e aproveitar o fim do dia. Você também já estará na parte alta do Bairro Alto, caso queira aproveitar mais uma noite em Lisboa.

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Mais passeios para fazer em Lisboa

Veja bem, além desse roteiro de 3 dias com o que fazer em Lisboa, é claro que várias coisas ficaram de fora, inclusive o meu programa favorito, que é andar sem pressa, sem hora marcada, só observando as ruas, os azulejos, as pessoas e os cheiros.

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Mas claro, tem muito mais para ver. Entre os museus, por exemplo, falta o Museu Nacional do Azulejo, o Museu Calouste Gulbenkian, entre vários outros. Igrejas? A Basílica da Estrela e seus jardins, que também são um miradouro frequentado pelos locais, a Igreja de São Domingos e muitas mais.

E claro, não podemos deixar de lado os Miradouros: há várias outras vistas panorâmicas para sentar e ver a vista de uma das cidades mais bonitas do mundo.

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Por: 360meridianos

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