O fim de mais uma épica aventura, mas agora com outras à vista.
A continuação da grande aventura da ISIS concluiu com maestria e muito humor o sexto ano de Archer. Em um ano de muitas missões fadadas ao fracasso por diversos motivos – em especial a CIA adorando sacanear Mallory e companhia – não poderiam acabar a temporada com tudo dando certo para a equipe.
I’d still bitch about it. And I think I’ve earned that right!”
- Sterling
Partir do começo da jornada dentro do corpo do Dr. Kovacs foi o momento ideal para continuar o arco iniciado no penúltimo episódio, Krieger e o incidente com seu surto psicótico influenciaram muito no sucesso do episódio, mas nem tanto no da missão. A descoberta da equipe e o desespero pelo tempo limitado da miniaturização não afetaram muito os membros da ISIS, já Slater mostrou bastante seu descontentamento e fez cenas excelentes.
Era mesmo de extrema importância destruir o coágulo no cérebro do cientista da CIA? Talvez, mas foi bem discutível atribuírem a tarefa a ISIS que não obteve sucesso em nenhuma de suas empreitadas nesse contrato governamental. Como forma de transição da Vice e o tráfico de cocaína, a CIA foi imprescindível para dar sentido no retorno da agência as atividades de inteligência; no entanto, talvez uma vitória poderia ter estendido a trama de melhor forma, Slater e a CIA foram atrativos nessa temporada.
Com a dificuldade criada por Krieger, as situações dentro da nave poderiam ter sido muito mais engraçadas e melhor aproveitadas, logo na season finale era exatamente essa a expectativa; a falta de mais mais momentos arriscados ou típicas cenas de Pam e Cheryl foram bem perceptíveis. Então aí entra tv’s Michael Gray e tenta fazer algo semelhante ao que os funcionários da Mrs. Archer sempre acabam fazendo, porém não foi hilário como seria com uma delas, foi apenas pífio.
O único momento de ação propriamente dito foi satisfatório, adorei a recusa do Sterling em formar dupla com a Lana por conta da AJ – em parte o amor por ela também contou – e Pam foi a melhor candidata para a tarefa. O entrosamento de Archer e Pam é tão interessante, chega a ser incrível o quão divertida e “habilidosa” essa parceria chega a ser. Quando quase foram bem sucedidos, a desconfiança passou momentaneamente, mas com a CIA envolvida e Krieger a solta o sentimento não durou muito tempo.
A fuga pelo duto ocular do Dr. Kovacs parecia certeira, o atraso pelo deslize de Archer e Pam foi completamente previsível e as cenas rendeu ótimos momentos dos dois esperando o sangue esvair. A missão não tinha sido um total fracasso, o processo de miniaturização foi eficiente e seria um game changing no campo da espionagem. Mas eis que o surto do Krieger dizimou as chances da Mallory convencer a CIA a manter o contrato.
Entre as tramas que não funcionaram, aleijar Ray over and over again agora já não tem tanta graça como antes, se o plot do humano meio ciborgue sempre recorrer à isso o melhor a ser feito é dá-lo o mesmo fim que Brett. Além dessa ação repetitiva, Krieger foi outro que decepcionou se repetindo e destruindo tudo, é impossível não pensar em como não o prenderam ou o expulsaram da base afim de evitar coisas como essas; é quase um insulto à lógica e mesmo não sendo tão radical nesse quesito em comédias, ainda mais as animadas, incomodou um pouco.
Mesmo com alguns plots que não funcionaram, essa season finale valeu muito pelo tema abordado. Quando uma comédia resolve explorar de forma engraçada e cética uma das maiores ambições da ficção científica a visão fica curiosa e envolvente, vários fatores faltaram e fizeram muita falta, mas as tramas foram bem encaminhadas para o sétimo ano.
Lady, you got problems! Also, TV’s Michael Gray is staring right at us!”
- Slater
O que mais ansiou foi o pequeno clifffhanger que o Sterling sugeriu brevemente no final, a próxima “missão” e aventura da ISIS de forma inédita e inesperada. No que Sterling Archer e sua turma possivelmente vão se meter é o grande mistério, que pode mudar todo o conceito formado na série até o momento, a única certeza é a de que espero logo descobrir.
Danger Zone 1: Mallory e AJ foram um humor a parte, a insistência da grandma em encaixá-la no sistema anoréxico de beleza é hilária.
Danger Zone 2: não foi claro se Archer e Lana ainda estão juntos, não achei um propósito nessa incerteza e espero que esclareçam logo.
Danger Zone 3: apesar de ansiosa pela mudança de campo, de novo, da ISIS, quero a volta do Slater em alguma storyline.
Por: Série Maníacos
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