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Madam Secretary 1×20: The Necessary Art



A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”



- Sun Tzu


A democracia é, evidentemente, a arte necessária para se chegar à paz. No entanto, antes de alcançá-la, precisamos percorrer um longo caminho repleto de conflitos, disputas, concessões, blefes, além de demonstrações de força e de poder, e, para isso, habilidades como paciência, bom senso, cautela e perseverança são imprescindíveis. No jogo democrático, assim como na vida, precisamos lutar incessantemente por aquilo que acreditamos. Diante das adversidades, a necessidade imperativa de proteger tudo o que nos é mais valioso deve sempre prevalecer.


Talvez soe um pouco estranho tal comparação entre “A Arte da Guerra” (um tratado de estratégia militar do século IV A.C.) e a nossa moderna democracia, porém não podemos negar que o nosso atual sistema ocidental, principalmente no que concerne à política institucionalizada, trata-se de uma verdadeira “arena” onde se digladiam interesses, causas e, principalmente, egos. E, neste episódio em particular, nenhum ego foi maior do que o do presidente e Comandante Supremo da Rússia Pavel Ostrov. A exemplo de seu equivalente na vida real, o presidente Vladimir Putin, Ostrov é o arquétipo do líder infalível, vigoroso e decidido (pelo menos é isso que ele tenta transmitir ao povo através de sua propaganda institucional), entretanto, o que mais transparece dessa falsa imagem autoprojetada, é a caricatura de um suposto “líder de massas” que se impõe, não pelo amor, mas sim pelo temor.


E nada melhor, quando o tema é ego inflado, do que tratar de um conflito entre Estados Unidos e Rússia, os dois eternos “duelistas” da Guerra Fria. Como a história nos ensina, os Estados Unidos venceram o duelo e tiveram que enfrentar sozinhos a “solidão” da vitória, enquanto que a “Mãe” Rússia entrou em uma grave recessão da qual ainda hoje existem reflexos. Apesar de tudo o que aconteceu, a Rússia tenta manter a sua influência sobre os países que outrora fizeram parte da antiga União Soviética, por outro lado, a “galerinha” da OTAN tenta trazer esses países para a sua zona de controle, o que gera um grande desconforto na diplomacia entre os dois países. Neste episódio, vemos a disputa pela Letônia, uma das três repúblicas bálticas. Esta aparente simples disputa faz com que a Rússia mostre a sua força invadindo o território marítimo americano perto do Alasca com um submarino nuclear carregado de ogivas, o que, por sua vez, leva os EUA a querer invadir o Mar Negro, ou seja, há uma escalada perigosa de ameaças que pode desembocar em um conflito militar sem precedentes. Diante desse caos instaurado, temos a curiosa presença do dedicado pai de família e marido fiel Henry.


É interessante ver como o personagem Henry McCord é inserido dentro da trama do episódio. Primeiramente temos a impressão de que Henry vai à Rússia apenas por mero capricho do roteiro, para que ele possa servir como um instrumento de conciliação entre as duas partes litigantes, porém, no decorrer do episódio, temos a explicação de que a sua presença em Moscou foi arquitetada pelo presidente russo Ostrov. Antes uma conveniência fundamentada do que uma mal explicada, não é mesmo!?


Henry, como sempre, faz muito bem o seu trabalho de mediador, assim com a sua esposa Elizabeth, que precisa conter a insânia dos homens de poder, levá-los a compreender que nem tudo pode ser resolvido através da força “bruta”. Como sempre a secretária de Estado consegue vencer o “inimigo” usando a sua perspicácia e o seu bom senso, além do seu “charme diplomático” é claro.


E já que falamos acima em bom senso, não poderíamos nos esquecer de Stevie que precisou tomar uma difícil decisão neste episódio. A simpaticíssima Stephanie, pertencente ao “clã” McCord, teve que decidir se continuava ou não o seu namoro com o “velho” Arthur Gilroy. Se ela continuasse namorando com Arthur, haveria certas repercussões midiáticas indesejáveis que poderiam afetar negativamente a carreira de sua mãe e também acabar com a vida profissional de Arthur. Tendo avaliado bem a situação, Stevie decide por um fim na relação. Cabe agora, a nós telespectadores, torcer para que apareça um bom partido para a moça, alguém mais jovem e que tenha uma “química” maior com ela.


Estamos nos aproximando do final desta primeira temporada de Madam Secretary, faltam apenas dois episódios. Provavelmente a série voltará ao tema da “sumida” agente da CIA Juliet, pois o pedido dela, feito por e-mail, para voltar ainda precisa ter uma resposta por parte de Elizabeth. Torçamos para que a série pegue “fogo” nesta reta final. Nada como um excelente encerramento para coroar essa satisfatória primeira temporada de Madam Secretary.


P.S.: Eu queria mudar um pouco o estilo da foto de capa desta review, pois na maioria das vezes é sempre a atriz Téa Leoni. Eu sei que essa foto foge um pouco do tema principal do episódio, no entanto não podemos negar que Stevie puxou à mãe, ela sabe fazer o que é necessário quando necessário.





Por: Série Maníacos

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