O despertar de um pequeno gigante.
Há algum tempo venho falando sobre a evolução de Axl e também sobre a construção impecável de Sue, e nem acho que esteja na hora de parar de rasgar seda para os dois, mas sim de perceber que é hora de voltar os holofotes para o Brick. Aquele menino estranho que nos cativou desde os primórdios da série (saudoso 2009, mesmo chegando tantas contas para pagar).
Brick teve um tempo perdido na série, sem plots dignos do personagem e muitas vezes deixado de lado pelo roteiro. Seja pela tomada de protagonismo por Sue ou por tantas tramas a serem desenvolvidas, o pequeno Heck passou por maus bocados especialmente durante a quinta e o início desta sexta temporada. Aliás, em uma review passada, ele foi definido perfeitamente num comentário que dizia que ele estava assemelhando-se ao Scratch, do filme A Era do Gelo, que aparecia algumas vezes para uma piada aleatória mas que para a história não acrescentava muito.
Mas felizmente isso já está mudando. Com Axl já há um tempo fora e Sue seguindo o mesmo caminho, teremos o Heck caçula sozinho com os pais na próxima temporada, e Food Courting foi uma prévia do que podemos esperar a respeito disto. Brick já é adolescente e, nesta semana, pisou forte neste mundo confuso dessa fase da vida. Confesso que de início me senti um tanto desconfortável com suas atitudes, de um novo Axl, mas logo tive a mesma percepção de Frankie: Brick é mais esperto, então tem potencial pra ser mais “aborrescente” que o irmão mais velho.
O adolescer de Brick (que já vinha sendo meticulosamente preparado e apresentado a nós) rendeu ótimos momentos, principalmente em sua tarefa frustrada de escrever um artigo com as razões da importância de respeitar a mãe. E a química entre Patricia Heaton e Atticus Shaffer esteve afiadíssima. Não consegui tirar os olhos da tela nem por um instante quando os dois estavam interagindo. O que foi aquela punição do sorvete? Já estou ansioso para ver mais disso na próxima temporada.
Outra dupla que rendeu ótimos momentos foi Mike e Axl. Voltei mil vezes naquela discussão absurda sobre ir ou não beber cerveja juntos. Foi genial! E um clássico dos homens da família Heck, que agora também atinge Axl, que sempre manda bem no papel de cabeça dura, como o pai ou o avô. Me identifiquei na hora, quando Mike soltou “a voz de pai” contra Axl. Muito temi aquele tom na minha infância. E ainda fomos presenteados com uma pequena, porém ótima participação de Sean e nossa querida Doris, que bem que mereceria passar um tempinho nos Donahues novamente, para aproveitar um pouco.
Mesmo sem tanto destaque, Sue consegue manter-se muito bem nos episódios, e nesta semana não foi diferente. O dilema entre qual emprego escolher já nos mostra grande evolução da personagem, que antes não era escolhida para nada e agora é disputadíssima como funcionária exemplar. Mas nada superou o pequeno surto quando ela percebe que o alcoolismo está destruindo a família. Eden Sher e seu timing cômico mais que perfeito.
E assim a reta final desta temporada em The Middle continua a todo vapor. Em poucas semanas ela chega ao fim e já é claro que com um saldo super positivo. Infelizmente esta contagem regressiva para o fim da temporada já está deixando saudades, mas é certo que alguns meses mais tarde estaremos todos acompanhando esta família novamente, porque… Bom, porquê sim e ponto final.
Por: Série Maníacos
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