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Argentina, Macri, câmbio paralelo e o que muda para o turista

Como muita gente deve ter visto por aí, a Argentina tem um novo presidente, Maurício Macri, que assume o controle do país no próximo dia 10 e coloca fim a 12 anos de governo peronista. Por aqui, acompanhei todo o paranauê do segundo turno, o debate acalorado entre os governistas, a oposição e quem achava que podia colocar todo mundo no mesmo saco e jogar fora.

Apesar do resultado apertado, as urnas confirmaram o sentimento que eu tinha de que o país optaria pela alternância, uma vez que a gestão da Cristina já estava bastante desgastada. Mas deixando minhas opiniões de lado, porque eu não discuto política alheia, fica a pergunta: o que muda para nós, turistas, com o novo governo?

Uma das medidas mais anunciadas por Macri e comentadas por todos é o fim do famoso câmbio paralelo. Se você não sabe se isso é de comer ou passar no cabelo, temos um post explicando como funciona, mas, basicamente, o câmbio paralelo é uma cotação da moeda não oficial, praticada por casas de câmbio e agentes clandestinos. Ele existe porque o governo impôs um limite para a compra de dólares pelos argentinos, a fim de evitar que todo mundo trocasse seus suados pesos por moeda estrangeira e tirasse dinheiro do país.

Uma medida polêmica, que até tem lá suas razões de existir, mas que certamente incomodava os argentinos, que passaram a trocar dinheiro com esses agentes, pagando uma cotação diferente da adotada pelo governo. É com esse limite que Macri vai acabar, o que, consequentemente, elimina a necessidade de comprar dólares em casas clandestinas.

Macri, Argentina

Para os turistas, o câmbio paralelo representa uma viagem até 50% mais barata que a mesma viagem feita com base no câmbio oficial. Isso, no entanto, implica algumas limitações. A principal e mais chata delas é o “impedimento” de usar o cartão de crédito, uma vez que as compras são calculadas com base no câmbio oficial.

Além disso, era preciso sempre ir atrás de alguma agência confiável para trocar dinheiro, ter que andar com aquele monte de notas de 100 pesos, se preocupar se não recebeu nota falsa, etc, etc, etc.

Com o fim do câmbio paralelo e de suas vantagens, pagar as coisas no débito ou no crédito não fará tanta diferença (só pelo IOF) e você também vai poder chegar em Buenos Aires já com os pesos todos em mãos, já que fazer a troca em casas de câmbio no Brasil será uma opção viável. O que não se sabe, no entanto, é se isso vai representar um aumento nos custos da viagem para a Argentina, que já não está assim tão barata.

Se o peso continuar com a mesma cotação oficial de hoje, sim, vir para a Argentina vai pesar um pouco mais no bolso, pois em vez de comprar entre 3,60 e 3,80 pesos por real, vamos comprar apenas 2,60. Mas economia é uma caixinha de surpresas, ainda mais para essa humilde pessoa de humanas que só manja mesmo é da flutuação dos preços das miçangas.

Há quem acredite que, com o fim do limite para compra de dólares, o peso tende a se desvalorizar. Pode ser que chegue no patamar que hoje está o paralelo ou que pare em algum ponto intermediário entre as duas cotações. Mas, para isso, é preciso esperar para ver.

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Por: 360meridianos

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