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Passeio de barco em Belém do Pará

Eu adoro ver o mundo a partir da água. Vai ver é porque Belo Horizonte, minha cidade natal, não tem mar, rio ou uma lagoa limpa e navegável. Por isso, assim que cheguei em Belém, no Pará, fazer um passeio de barco pela Baía do Guajará se tornou minha obsessão.

E no caso paraense havia um diferencial, algo que faria qualquer turista correr para a Estação das Docas, de onde saem os passeios mais tradicionais. É que os rios que cortam o estado são amazônicos, com todos os superlativos que isso representa. Rios com ondas, com vida e com cara de avenida, de quintal e área de lazer para a população de Belém. Um oceano fluvial.

Belém, Pará

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Durante a semana que passei no Pará, naveguei diversas vezes pelos rios da Amazônia. Fiz isso para cruzar a baía e almoçar do outro lado da água, na Ilha do Combu, que fica de frente para Belém. Nadei nas praias fluviais da Ilha do Mosqueiro. Cruzei rios durante horas, para alcançar a Ilha do Marajó. E em alguns momentos era impossível ver as margens de um rio que tende ao infinito.

Minha dica para você: coloque as águas de Belém como o centro de sua viagem. Na verdade, elas já são, afinal até atrações em terra firme ficam de frente para o rio, como a Estação das Docas e o Ver-o-Peso.

passeio de barco em belem

Mesmo que você pretenda navegar até a Ilha do Marajó, vale a pena reservar uma hora para fazer um passeio mais curto, pela Baía do Guajará, uma forma simples de começar a conhecer os rios da Amazônia.

Veja também: Estação das Docas, o porto que virou ponto turístico

Passeio pela orla de Belém

Os passeios são organizados por uma empresa chamada Vale Verde Turismo, que tem uma loja na Estação das Docas. Eu fiz o mais tradicional deles, no dia em que cheguei em Belém. O barco sai da estação e percorre toda a orla, passando por pontos importantes da cidade, como o Ver-o-Peso e o Forte do Castelo.

passeio de barco em Belém

O passeio dura uma hora e meia. Um guia explica aos turistas o que eles estão vendo, enquanto artistas apresentam danças folclóricas. Há duas versões, ao entardecer e durante a manhã. Eu fiz a primeira, na hora do pôr do sol, e recomendo. Paguei R$ 40 e não foi preciso reservar. Basta comprar na hora que você chegar lá.

O passeio na hora do pôr do sol tem saídas de terça a domingo, às 17h30, enquanto o matinal ocorre apenas aos domingos, sempre às 10h30 da manhã.

ver-o-peso-belem

Veja também: Onde ficar em Belém, no Pará

Depois que você se acostumar com as belezas de Belém passando ao seu lado, preste um pouco de atenção nos artistas, que apresentam a cultura musical de Belém. A apresentação é de Carimbó, uma dança de origem indígena que se misturou com elementos africanos e europeus, durante a colonização. Desde 2014 o Carimbó é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

passeios em belém

O passeio termina na mesma Estação das Docas, mas com o céu com outras cores e no começo da noite. Uma ótima oportunidade para descer do barco e tomar uma cerveja, de preferência da Amazon Beer. Ou um sorvete da Cairu. Ou os dois. Várias vezes.

Estação das Docas, belém

Outras opções de passeios de barco em Belém

Esse não é o único passeio que você pode fazer, embora seja o mais tradicional. As outras opções são mais caras, mais demoradas e elaboradas.

Passeio para a Ilha dos Papagaios – Eu não fiz por falta de tempo, mas esse foi o que mais me interessou. O passeio sai de madrugada, às 4h30, e te leva para uma ilha repleta de papagaios. A ideia é que você veja o despertar deles, com uma revoada que, dizem os que já viram, é inesquecível. Custa R$ 160 e dura cerca de cinco horas. As saídas são toda terça, quinta e sábado, mas depende da quantidade de interessados. Inclui o transfer entre o hotel e a Estação das Docas.

Ilhas e Trilhas – Com saídas somente aos finais de semana, esse passeio tem duração de seis horas. Você terá a possibilidade de conhecer de perto um pouco da Amazônia que cerca Belém. Custa R$ 100. Há uma parada para almoço, que está incluído no preço, e apresentações de dança no barco.

Furos e Igarapés – Opção ainda melhor para entrar em contato com a Amazônia. Além de passar por igarapés, que são pequenos cursos d’água amazônicos, você irá até uma vila e conhecerá um pouco da comunidade local. Ocorre segunda, quarta e sexta, com duas saídas diárias: 8h30 e 14h30. Custa R$ 150 e dura 3h30.

Há tours que levam até a Ilha do Marajó, mas acho que esses podem ser feitos por conta própria, de ferry e com tempo de sobra para conhecer esse canto do Pará.

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Por: 360meridianos

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