A apenas 35km do centro de Buenos Aires, Tigre e a região do delta do Paraná é o escape de final de semana preferido dos portenhos. A pequena cidade, cortada por diversos canais que enfeitam as ruas e construções que relembram o estilo belle-époque, é um reduto de tranquilidade perto do burburinho da metrópole.
Tanta água e refinamento rendeu ao lugar o título (cafona, diga-se de passagem) de Veneza Argentina. No entanto, as águas do rio estão longe de parecer o paraíso cristalino que você pode ter em mente. Ricas em ferro que é carregado pelas águas de outras regiões do país, as águas do delta do Paraná são amarronzadas, cor de lama e, por isso, pouco convidativas para um mergulho. Isso, claro, não impede que as famílias hospedadas ou que vivem ao longo do delta se esbaldem nelas durante o verão. Mais próximo do centro da cidade, é fácil ver gente de lanchas, canoas ou kayak pelos canais. É possível contratar empresas para esse tipo de atividade mais radical na orla do rio.
Os passeios de barco pelo delta do Paraná são a principal atração de Tigre. Ao caminhar pela orla do canal principal, é fácil encontrar diversas empresas que oferecem o tour. Não compre de primeira. Pesquise um pouco e procure por agências mais afastadas da ponte para conseguir um melhor preço. A dica é: antes de comprar, faça uma caminhada pela orla e vá perguntando o preço em todas as empresas. Há também diferenças nas opções de barcos, alguns com bar e restaurante e outros mais simples. Esse tipo de regalia pode influenciar bastante no preço.
Mas o que, afinal, é esse delta do Paraná? É uma rede de cursos d’água com mais de 300 km de extensão, que vai desde o centro da Argentina até desembocar no Rio da Plata. Perto de Tigre, o lugar se tornou um refúgio de luxo, com diversas mansões construídas às margens dos rios que só são acessíveis pela água, além de clubes requintados e spas. O passeio te leva ao longo dessa região e te permite, além disso, ver a bela natureza ao redor.
Outra opção legal de passeio em Tigre – o meu favorito – é a visita ao Puerto de Frutos, um grande mercado a céu aberto que vende não apenas frutos, mas também artesanato, flores e plantas, comidas, doces, brinquedos e o que mais você imaginar. Um boa pedida é passar por ali na hora do almoço e sentar-se em um dos restaurantes na beira do rio. O Puerto de Frutos está a apenas 10 minutos de caminhada da estação Delta, onde desembarca quem vai pelo Tren de la Costa.
Outras atrações em Tigre
Museu de Arte Tigre, Paseo Victorica 972, (www.mat.gov.ar).
Isla El Descanso, Rio Sarmiento (islaeldescanso.com) – Um resort localizado dentro de uma ilha do Delta.
Parque de la Costa (parquedelacosta.com.ar) um parque de diversões com atrações aquáticas logo em frente à estação Delta do Tren de la Costa.
Como chegar em Tigre
A forma mais fácil é pegando um trem na Estação Retiro, em Buenos Aires, com destino a Tigre. Os trens saem umas três vezes a cada hora e custam apenas 4 pesos. Outra opção é pegar o Tren de la Costa, um trajeto cênico que atrai muitos turistas pela possibilidade de descer em outras estações interessantes do percurso. Para isso, é preciso pegar um Tren no Retiro e descer na estação Mitre (ou ir direto para ela de outra forma). De lá, basta atravessar uma ponta para a estação Maip, de onde sai o Tren de la Costa. Nesse caso, você precisa descer na estação Delta.
Eu não sei porque alguém iria preferir ir de ônibus, mas se você tiver pânico de locomotivas ou outro motivo qualquer, basta pegar o coletivo 60. A viagem demora 1h30, em média.
Onde ficar em Tigre
Tigre é, em geral, um passeio de um dia, mas se você tiver mais tempo e for com família ou grupos de amigos, pode valer a pena ficar um pouco mais, em especial se é tranquilidade que você procura. Dá para ficar em hotel, alugar uma casa ao longo do Delta ou até mesmo se hospedar em spas e resorts. Aqui você encontra as melhores opções de hospedagem em Tigre.
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Por: 360meridianos
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