O belo casarão de arquitetura renascentista no bairro Palermo guarda, em seus três andares, a vida de uma das personagens mais importantes da história recente da Argentina. Não tem jeito: para entender de verdade o atual contexto político e social da Argentina, é preciso conhecer a história de Evita Perón, e nenhum lugar é melhor para isso que o Museu de Evita, inaugurado em 2002, cinquenta anos após sua morte. Quando ainda estava viva, o local funcionava como um lar para crianças pobres, sendo posteriormente transformado na sede da Fundação Evita Perón, antes de se tornar museu.
Estrela do rádio com carreira meteórica, Evita casou-se com com o então vice-presidente Juan Domingo Perón, que, mais tarde, acabou sendo eleito presidente do país e conquistou milhares de seguidores devido às políticas sociais e trabalhistas que adotava. No entanto, foi Evita quem realmente passou a ser adorada pelas multidões. Figura chave na luta pelo direito de voto feminino, chegou a ser implorada pelo povo para juntar-se à chapa política de seu marido como candidata à vice-presidência. Em casas peronistas, não era raro encontrar uma imagem de Evita em um altar, como se fosse Nossa Senhora.
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Apontado como o museu mais visitado do país por uma pesquisa da Secretaria de Turismo de Buenos Aires, o Museu de Evita recebe, em média, 150 visitantes por dia, a maior parte deles de estrangeiros curiosos em busca das fotos, documentos, áudios e vídeos sobre a ex-primeira dama. O museu percorre a trajetória de vida da mulher, de sua infância no interior até a morte, aos 33 anos, com ênfase em sua carreira musical e na sua atuação política e social.
O acervo inclui ainda roupas, sapatos, móveis, artigos publicados em jornais e revistas da época, além de exposições temporárias de artistas locais que a homenageiam através de suas obras. No segundo piso, uma sala exibe um documentário que mostra os esforços dos militares em se livrar do corpo dela, na tentativa de apagar um pouco do fenômeno Evita. O cadáver foi sequestrado, golpeado e enterrado na Itália sob um nome falso, mas tudo foi em vão: seu mausoléu, no cemitério da Recoleta, é até hoje um dos mais visitados.
O local conta ainda com uma loja de souvenires e um restaurante famosinho e pra lá de bonito, perfeito para uma parada para o almoço, e uma biblioteca com livros e documentos sobre ela.
Museu da Evita Perón – Serviço
Lafinur 2988, pertinho do Zoológico e da avenida Las Heras.
De terça a domingo, das 11 às 19h.
Ingresso: 50 pesos
http://museoevita.org
Fotografias dentro do museu são proibidas (mesmo sem flash).
Como chegar:
Ônibus que passam na Santa Fe: 12, 29, 36, 39, 55, 68, 111, 152
Ônibus que passam na las Heras: 10, 15, 37, 41, 59, 60, 64, 93, 95, 108, 110, 118, 128, 141, 160 e 188.
Metrô: linha D – estação Plaza Itália
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