Considerado o trekking mais bonito do Brasil, vencer a travessia do Vale do Pati não é lá a coisa mais simples do mundo. Para enfrentá-la é preciso deixar-se imergir por completo em uma natureza ainda selvagem; privar-se do contato com o mundo exterior; encarar dias de esforço físico intenso e nenhum luxo, aprendendo com um modo de vida simples que remonta a outros tempos e, ainda, mergulhar em si mesmo. Mas quem aceita o desafio tem como recompensa uma experiência transformadora (e, por que não, até espiritual) que só o contato profundo com o coração da Chapada Diamantina pode proporcionar. Tudo isso tendo como pano de fundo alguns dos cenários mais incríveis que você vai encontrar nessa vida.
Essa foi minha primeira trilha de longa duração, e a sensação que tenho é que eu não poderia ter escolhido lugar melhor.
Cachoeirão por cima
O que é e onde fica o Vale do Pati
Localizado dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Vale do Pati tem quatro acessos principais: a partir do Vale do Capão (Palmeiras), o Beco do Guiné e os Aleixos (Guiné, distrito de Mucugê) e a Ladeira do Império (Andaraí). Ao contrário do restante da Chapada Diamantina, que viveu períodos de abundância com a exploração diamantífera, as cerca de 400 famílias que habitavam o Vale no passado tiram seu sustento da agricultura e da criação de animais. As trilhas que percorremos hoje foram desenhadas por eles como o caminho para escoar o café, principal produto do Pati.
Veja também: Como planejar uma viagem pela Chapada Diamantina
Com o declínio da atividade cafeeira, muitos dos moradores dali acabaram migrando para cidades próximas, e a população do Vale ficou restrita a algumas poucas famílias. Hoje, são eles que abrem as portas de suas casas para os visitantes, e é a presença dos turistas que possibilita a permanência deles no Vale. Graças a isso, além das paisagens belíssimas que encontramos pelo caminho, entre campos, rios, cachoeiras, mirantes, montanhas e florestas, a imersão no Vale proporciona também a experiência única de troca cultural com os nativos da região, que há décadas preservam o estilo de vida rural, tradições e saberes tradicionais.
Principais atrativos do Vale do Pati
Mirante do Vale do Pati
Mirante com névoa
Uma das primeiras paradas da maior parte das trilhas, esse é um dos lugares mais fotografados do parque – com vista clássica da Chapada. Pode ser visitado em um passeio bate-volta, sem a necessidade de fazer a travessia completa, em um tour de um dia.
Cachoeirão por cima
A vista do mirante do Cachoeirão é tão bonita que, ao chegar lá, dá aquele misto de vertigem com emoção. Quando há chuva suficiente, o paredão chega a formar 13 quedas d’água de 250 metros de altura, com o vale ao fundo.
Morro do Castelo
Com 1.200 metros de altitude, o Morro do Castelo se ergue no meio do vale e proporciona vistas incríveis emolduradas por suas janelas. A subida até o topo é considerada a parte mais difícil da trilha.
Como é a hospedagem no Vale do Pati
Com a transformação da Chapada Diamantina em um Parque Nacional, em 1985, e a crescente atividade turística no Vale na última década, as casas – inclusive o local onde ficavam a Igreja e a Prefeitura -, foram adaptadas para receber hóspedes, sem perder a característica simples e rural da região.
Igrejinha, um dos locais de hospedagem no Vale do Pati
Por isso, não espere encontrar ali luxo e grandes comodidades. Não há sinal de telefone ou de internet e a energia elétrica, solar, é limitada. É tudo muito rústico, o que favorece a experiência autêntica e a troca cultural com os nativos do Vale. Os quartos são, em geral, compartilhados com outros viajantes, como em um hostel. Há poucos quartos privativos para casais e algumas das casas também têm área de camping e cozinha para uso dos hóspedes. Os banheiros são compartilhados e o banho é frio mesmo, com água que vem direto das nascentes da região. Há pouquíssimas tomadas para carregar eletrônicos, por isso é bom racionar o uso das baterias (deixando o celular em modo avião, por exemplo) e levar um power bank e um benjamin.
A diária completa dos quartos inclui café da manhã e jantar. A comida é caseira, farta e saborosa, com temperos típicos da região. Quem preferir levar e preparar sua própria comida ganha desconto na hospedagem, mas terá que carregar esse peso todo na mochila e, na minha opinião, perde uma parte importante da experiência. O almoço, em geral um lanche feito à beira de alguma cachoeira no meio do dia, era responsabilidade do guia que contratamos e incluía pão, queijo, salame, nutella, frutas, biscoitos, chocolates e guloseimas, castanhas e barrinhas de cereal. Era tanta comida que sempre acabávamos voltando com um pouco para casa, e comíamos enquanto esperávamos a janta e bebíamos aquela cervejinha.
Todas as casas têm uma espécie de bar/vendinha com alguns itens básicos que você pode precisar. O mais óbvio é a bebida do fim do dia, mas também há água mineral, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes e alguns itens de higiene pessoal. Os preços costumam ser mais altos que o normal, porque ali qualquer mercadoria só chega de mula. Uma latinha de cerveja, por exemplo, custa entre R$ 8 e R$ 10.
Vista da Casa de Dona Léa
Há diversas casas de hospedagem espalhadas pelo Vale e a escolha delas depende do trajeto, da disponibilidade de lugar e, muitas vezes, do gosto do guia. Algumas delas são mais procuradas que outras. A Igrejinha, primeira casa para quem começa pela Guiné, costuma estar sempre cheia. Se você ficar por ali, peça uma cachaça curtida no gengibre, com mel e limão. Eu nem sou de destilados, mas essa dose vale a pena! Dona Raquel, que tem um bar animado e filhos que às vezes tocam forró, também costuma ser concorrida. A minha comida favorita foi na casa de Dona Léa, mas o pessoal mais simpático era o da casa sr. Joia, onde ficamos no último dia, que serviu jarras e mais jarras de drinks com cachaça por conta da casa e acendeu uma fogueira pra gente se aquecer enquanto admirávamos as estrelas.
Depois de tomar aquele banho gelado para tirar o suor e a lama da trilha, nos sentávamos no espaço comum para conversar com outros viajantes. Era uma das minhas partes favoritas do dia. O jantar era servido às 19h, e antes das 22h já estava todo mundo na cama. Lembre-se que essa é a casa dessas famílias por décadas, não um hotel. Respeite os costumes e as regras locais.
Quais são os percursos? Quantos dias dura a travessia?
Há diversos caminhos a serem percorridos no Vale do Pati, e cada guia cria sua própria variação da aventura. As agências de Lençóis ofertam pacotes do trekkings com três ou cinco dias de duração, sendo o de cinco considerado o passeio completo. O mais curto entra pelo distrito de Guiné, passa pelas Gerais do Rio Preto até o Mirante do Vale do Pati, Morro do Castelo, Cachoeira dos Funis, Cachoeirão por cima e pega o caminho de volta para Guiné, não completando a travessia. O roteiro de cinco dias faz a travessia completa, passando pelo Pati de baixo, e incluindo o Poço da Árvore e a subida do Império, que era parte da antiga Estrada Real.
Quem contrata guias independentes tem mais flexibilidade nesse roteiro, podendo criar trilhas personalizadas que podem ir de um (em geral apenas com o Mirante do Vale do Pati) a sete dias.
Mesmo nos pacotes da agência, o percurso lá dentro do vale costuma variar de acordo com o guia e a época do ano. No meu caso, o trajeto feito pela agência Chapada Adventure Daniel, foi:
Dia 1. Travessia das Gerais do Rio Preto e Gerais da Vieira. Almoçamos à beira do Rio Preto e, em seguida, paramos no Mirante do Pati, mas tivemos azar e a vista estava coberta por uma neblina densa. Descemos a rampa e caminhamos os cerca de dois quilômetros que faltavam até a Igrejinha, onde pernoitamos. No total, percorremos oito quilômetros, de dificuldade leve. A única parte complicada foi a descida da rampa, porque o terreno estava bastante escorregadio.
Dia 2. Saímos da Igrejinha levando apenas a mochila pequena e o necessário para passar o dia. Caminhamos até o Mirante do Cachoeirão. Nesse dia tivemos mais sorte. O céu estava cinzento, mas a vista estava limpa. Almoçamos na beira de um rio e os mais animados mergulharam, apesar do friozinho que fazia. Depois, pegamos o caminho de volta para a Igrejinha, onde dormimos pela segunda noite. Caminhamos, no total, 17 quilômetros, mas o trecho era tranquilo.
Vista do Cachoeirão
Dia 3. Saímos da Igrejinha levando todos os nossos pertences e caminhamos até a Cachoeira da Bananeira e do Funil. O trajeto estava bem escorregadio e enlameado, o que o tornava um pouco difícil, em especial nos momentos em que a mata era mais fechada. Almoçamos ali e passamos um bom tempo nadando na cachoeira. Depois, seguimos até a Casa de Seu Agnaldo, onde deixaríamos nossas coisas para enfrentar a difícil a subida até o Morro do Castelo.
Muitos guias que encontramos pelo caminho abortaram essa etapa do trajeto, pois o trecho ficava bem escorregadio e perigoso. Como meu grupo era pequeno e já não chovia, o Nelson, nosso guia, decidiu que dava para ir. Eu preferi ficar na base, porque me sentia estranha e febril. E acredito que, apesar de ter perdido um dos pontos altos da trilha, foi uma sábia decisão para preservar minha saúde. Descansei um pouco e segui para a Casa de Dona Lea, vizinha de Seu Agnaldo e nossa base para a terceira noite. Tive febre durante a madrugada, mas acordei sentindo-me bem. Ao todo percorremos 13 quilômetros esse dia.
Dia 4. Saímos da Casa de Dona Lea rumo à Casa de Seu Joia, nossa última parada para pernoite. No caminho, passamos por um campo de onde se tinha uma boa vista do Morro do Castelo. Paramos no Poço da Árvore para banho e seguimos até uma ponte, outro local bom para fotos. Mais oito quilômetros vencidos.
Dia 5. Acordamos às 4h20 da manhã para evitar pegar sol no Morro do Império. Lá de cima, tivemos a última visão do Vale, e começamos a descer rumo a Andaraí. A trilha era tranquila, apesar de que a descida exige uma atenção extra para não escorregar. Completamos os 22 quilômetros por volta das 14h e seguimos direto para a sorveteria da cidade, única opção possível para celebrar aquele momento.
Qual o nível de dificuldade da trilha?
A dificuldade da trilha do Vale do Pati é considerada entre moderada e difícil. Embora não haja muitos trechos de grande inclinação, é preciso percorrer 70 quilômetros em cinco dias caso você opte pelo roteiro completo. A subida até o topo do Morro do Castelo, um trecho íngreme que exige escalaminhada, é considerada a mais difícil do trajeto. Por tudo isso, a travessia exige um bocado do corpo, mas não é uma caminhada impossível. Eu, que sou uma pessoa de hábitos bastante sedentários e com um preparo físico risível, consegui concluir o trajeto sem sofrer (muito).
Acordava todos os dias como se um caminhão tivesse passado sobre mim durante a noite. Mas tomava um ibuprofeno, calçava a bota e ia. Com o corpo quente, durante a caminhada, a dor muscular desaparecia e eu só me lembrava dela outra vez quando chegava à base no fim do dia. Tomava um banho frio – que, além de ser a única alternativa, ajudava a relaxar os músculos -, outro analgésico, fazia massagem com o gel de arnica, bebia uma cerveja geladinha e pronto.
Na noite do terceiro para o quarto dia, cheguei a ter febre, e nada me tira da cabeça que foi provocada pelo esforço fora do comum que impus ao meu corpo. No quarto dia, apesar de ser o mais leve – percorremos apenas oito quilômetros -, voltei a me sentir febril no fim da trilha e penei para concluir. Acho que foi o momento de maior dificuldade para mim. Tive medo de como eu estaria no dia seguinte, já que era preciso colocar o despertador para às 4h30 e percorrer os 22 quilômetros até a saída do Vale em Andaraí. Mas acordei ótima, como se minhas energias tivessem se renovado. A jornada mais longa de todo o trajeto foi, na verdade, uma das mais tranquilas, apesar de ter terminado a trilha mancando bastante e com o tornozelo inchado pela pressão da minha bota, acredito. O sentimento de superação e vitória que se tem ao terminar a trilha inteira e as experiências vividas ali compensaram qualquer dorzinha nas pernas.
Botas enlameadas depois de quatro dias de trekking
Quanto custa?
Fiz a travessia com a agência Chapada Adventure Daniel, por indicação da Luísa Ferreira, do blog Janelas Abertas, e paguei R$1.573 pelos cinco dias de trekking, incluindo hospedagem (que, sozinha, custa R$120 a diária com meia pensão), todas as refeições, o serviço do guia e o transporte de ida e volta de Lençóis para o Vale do Pati. Esse valor está com desconto, porque optei pelo pagamento à vista. O preço cheio é R$1.710. O valor do pacote para o roteiro de três dias é de R$1.170 por pessoa. Viajantes com quem eu conversei e que contrataram o serviço com outras agências e guias pagaram quantias semelhantes.
Contratar uma agência vale a pena para quem viaja sozinho ou em casal. As saídas são garantidas e você não fica na expectativa de formar um grupo. Além disso, é uma boa forma de conhecer outros viajantes na mesma situação que você. Meu grupo começou com apenas duas pessoas e, nos últimos dias, uma terceira, dissidente de outro grupo, se juntou a nós. Tivemos muita sorte porque nos demos bem logo de cara, e o fato do grupo ser pequeno fez com que tivéssemos sempre muita atenção do guia.
Quem viaja com amigos pode preferir ter um guia só para o seu grupo. Nesse caso, vale a pena ir atrás dos guias independentes. Mas cuidado! Na nossa travessia, algumas pessoas tiveram problema com esse tipo de acordo. É bom especificar por escrito os termos da viagem, como o número máximo de pessoas no grupo e se o passeio é exclusivo ou não. Quem quiser a indicação de um guia, recomendo o Rodrigo Marques (31 97574-7268).
Ir sozinho ou com guia?
Embora algumas pessoas façam o trajeto sem contratar um guia, eu não recomendo isso, a menos que você tenha uma experiência gigantesca com trilhas (incluindo uso de mapas e GPS) e primeiros socorros. E, mesmo nesses casos, corre o risco de ser daquelas economias que acabam saindo caras. Eles conhecem bem o caminho, têm rádios para se comunicarem com as casas de hospedagem, conhecimento histórico e cultural da região, preservação do meio ambiente, da fauna e flora locais, sabem onde é possível encontrar água potável, têm habilidade para percorrer o caminho em grande velocidade caso seja necessário, treinamento para lidar com emergência e um kit completo de primeiros socorros e sobrevivência na mochila. Para além do risco real de se perder na trilha, em alguns trechos a chance de uma pessoa inexperiente se machucar é grande, e ter um guia que sabe onde pisar e como agir em caso de acidentes pode fazer toda a diferença.
Logo no primeiro dia, uma menina que fazia a trilha com uma amiga caiu e torceu o pé na descida da Rampa, um trecho íngreme que leva do Mirante do Vale do Pati à Igrejinha, nosso primeiro local de hospedagem. O trecho estava úmido e bastante escorregadio, porque havia chovido naquele dia. Foi o guia quem a ajudou a terminar o trajeto até a hospedagem, carregando sua mochila e servindo de apoio.
Como não há posto de saúde dentro do Vale e tampouco a possibilidade de chamar um veículo motorizado, uma vez lá dentro as únicas formas de sair são a pé ou de mula. Como não conseguiria completar o trajeto, sobrou para a menina a segunda opção. No dia seguinte, o guia acionou o aluguel de uma mula (R$ 200) e um carro da agência a levou de volta ao hotel. Em casos mais graves, caso a pessoa não tenha nem mesmo condições de voltar de mula, o resgate é feito pelo Corpo de Bombeiros de Lençóis.
Clima e quando ir
O dia começou com névoa, mas depois abriu
Dá para fazer a travessia do Vale do Pati durante todo o ano. A estação chuvosa vai de novembro a março, e a seca de de abril a outubro. Há vantagens e desvantagens em cada época. Na época seca, o volume de água nos rios baixa um bocado e pode ser que o Cachoeirão fique completamente seco. Na temporada de chuvas, as trilhas ficam enlameadas, o que dificulta a travessia.
No entanto, o tempo por lá é imprevisível e muda bastante em um mesmo dia. Fui em junho e mesmo assim peguei o tempo nublado, o que impossibilitou uma boa vista do Mirante do Vale do Pati, e pancadas de chuva fina nos dois primeiros dias, o que foi suficiente para deixar a trilha bem enlameada e prejudicar, por exemplo, a subida para o Morro do Castelo. Por outro lado, pegamos o Cachoeirão muito bonito, com muita água.
No verão, o calor é intenso e há muita exposição ao sol. Os guias aconselham a levar roupas com proteção UV e bonés para que a gente não tenha que abusar tanto do protetor solar, que acabam poluindo as cachoeiras. A noite, costuma fazer um friozinho. Não é nada terrível, mas no inverno as temperaturas podem chegar a uns 10°C. Os cobertores disponibilizados nas casas eram mais que suficientes, e você pode pedir mais se achar que vai fazer frio, mas leve algo quentinho para usar no jantar. Eu aguentei bem com uma blusa fleece e uma legging.
O que levar: check list para a mochila
Mochila de 30 litros que usei no trekking
A lista completa do que levei, para ajudar você a fazer as malas:
Roupas
- 4 camisetas de manga curta dry-fit
- 1 camiseta fina de manga comprida com proteção UV
- 1 legging de academia (usava para dormir)
- 2 bermudas para caminhada
- 1 boné
- Bota de trekking impermeável. Eu vi uma menina fazendo a trilha de all star e achei uma loucura. Tênis de caminhada podem substituir a bota, mas não são raros os momentos em que a gente precisa meter o pé na lama e na água. Andar com meias molhadas facilita o aparecimento de bolhas. Por isso, o ideal mesmo é ir com uma bota impermeável que já tenha sido usada algumas vezes. Se você for comprar uma só para o Pati, tente usá-la na sua cidade para dar aquela amaciada providencial antes de encarar a trilha.
- 4 meias de trekking
- Havaianas
- Capa de chuva (serviu também como corta-vento em vários momentos)
- Blusa de frio fleece (usava só à noite, nas hospedagens)
- 5 calcinhas
- 2 biquínis
- 2 tops de caminhada
- 1 bandana multiuso para trekking (servia como protetor de pescoço também)
- Câmera fotográfica mirroless + carregador + 2 lentes + cartões de memória
- Gopro Hero 7 White + carregador
- Celular + carregador
- Mochila Quechua 30L
- Mochila de ataque 10L (para os dias em que não é preciso levar a mochila toda)
- Garrafa de água de 1L
- 2 bastões de caminhada
- Potabilizador de água (não cheguei a usar porque o guia indicava os locais onde a água já era potável, mas se você tiver medo pode levar para garantir)
- Apito para trekking
- Lanterna de cabeça
- Dinheiro em espécie (mais ou menos R$50 por dia, mas é só para cerveja e afins)
- Caderninho pequeno + caneta
- Kindle
- Power bank
- Benjamin para tomadas
- Bolsa estanque para celular e documentos
- Óculos escuros
- Máscara para dormir
- Capa de chuva para a mochila
- Protetor solar para o corpo em embalagem para viagem
- Protetor solar para o rosto
- Sabonete em barra pequeno (desses de hotel)
- Shampoo e condicionador em embalagem para viagem
- Creme para pentear em embalagem para viagem
- Hidrante corporal em embalagem para viagem
- Álcool em gel
- Lenços umedecidos
- Lenços de papel
- Protetor labial
- Desodorante
- Escova de dentes
- Pasta de dentes mini
- Fio dental
- Gominhas para o cabelo
- Repelente
- Toalha de banho esportiva de secagem rápida (é mais para as cachoeiras. Nas casas há toalhas disponíveis para o uso dos hóspedes)
- Toalha de rosto de secagem rápida
- Absorventes
- Esparadrapo
- Gel de arnica para massagem
- Bandaids
- Um chumaço de algodão
- Gaze
- Ibuprofeno 600 mg
- Antialérgico
- Corticóide nasal (porque sofro com a rinite)
- Salompas
- Puran T4 (para meu hipotireoidismo. Leve qualquer remédio de uso contínuo pois não há farmácias no percurso)
- Vonal (para enjoo)
Você pode, se quiser, levar lanchinhos rápidos, como chocolates, amendoins, castanhas e barrinhas de cereal, caso tenha medo de sentir fome entre as refeições. Na minha experiência, isso não foi necessário. A comida incluída no pacote era mais que suficiente, tanto nas casas quanto nos lanches preparados pelo guia.
Com tudo isso, o peso da minha mochila ficou em menos de sete quilos. Oito no total, com a garrafa de um litro cheia de água. Levei uma mochila própria pra trekking, com tela nas costas e barrigueira, e ela não me incomodou em nenhum momento. Quanto mais leve você conseguir ir, melhor. Eu, por exemplo, levei muita quinquilharia fotográfica porque para mim ter fotos de boa qualidade era importante (pra colocar neste post aqui, por exemplo), mas, se não for o seu caso, pode fazer como as outras pessoas do meu grupo e levar só o celular, o que já reduz um bocado o peso.
Nas agências, em geral há um locker no qual você pode deixar qualquer coisa extra que você tenha levado. Há também a possibilidade de pedir para deixar uma mochila no seu hotel, caso você vá voltar para ele depois.
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Por: 360meridianos
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