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O veganismo tem somado cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Uma indústria que já fatura milhões no Brasil, com um mercado consumidor cada vez maior e mais exigente.

Mas o que esperar do futuro da comida vegana?

Para chegar até aqui, passamos por diversas ondas: a soja, o seitan, o grão-de-bico e, mais recentemente, as castanhas. Tudo isso foi, ao longo do tempo, se revezando como a matéria-prima mais popular nas gôndolas.

O consumo é o verdadeiro ponto de mudança. Não há argumento sobre hábitos alimentares que seja mais poderoso do que uma prateleira cheia de opções no mercado da esquina. A praticidade é a chave.

Mas ter essa facilidade como norte levou a um exagero que já dá sinais de cansaço: a entediante junkie food vegana. Onde quer que se vá, proliferam hamburguerias com opções veg no cardápio, que incluem sempre um mergulho demorado no óleo quente.

Não se cresce em opções, mas em volume. Dezenas de hamburguerias: soja e grão-de-bico. Para o PF, o tradicional bifinho de soja. Buffet? Soja moída refogada, lasanha de carne de soja, almôndega de carne de soja, feijoada vegetariana com berinjela e linguiça, advinha, de soja.

Tudo isso surgiu da melhor das intenções. Uma geração inteira de veganos cresceu passando vontade. Enquanto todo mundo se esbaldava em lanchonetes, sorveterias e docerias, nos contentávamos com pão com salada. Enfim vencemos.

Mas exageramos tanto que é perfeitamente possível ser vegano e ter uma alimentação horrível, pobre em nutrientes e recheada de tudo o que deveríamos evitar.

Também proliferou a comida mal feita. A vibe do “Do It Yourself” que alçou vegetarianos “das antigas” a empreendedores, e a ânsia por atender um público cada vez maior, escorrega no amadorismo e improviso, que mais afasta e reforça os estereótipos sobre veganismo, do que aproxima novos adeptos.

Mas nem tudo é negativo. Sejamos justos.

Os pontos fora da curva são notáveis e merecem sempre destaque. Esse blog se encarrega disso, por exemplo. Restaurantes e lanchonetes (e até hamburguerias) que se empenham em criar, logo ganham um público cativo e nunca vêem o salão vazio. E merecem.

O movimento por uma alimentação mais purista e a reconexão com o alimento, que pulsa em iniciativas como hortas urbana, pancs e no ativismo do movimento ecopunk, também são um sopro de novidade.

Enche os olhos, ainda que ofuscado pelo elitismo típico da alta gastronomia, os chefs que se empenham em estudos mais profundos atrás de receitas originais e prazerosas.

Aliás, é desse mercado phyno e da onda fitness glútenfóbica que surge um dos futuros do veganismo: o termo plant-based. Eu tenho uma birra especial por ele.

Em uma jogada de marketing para aproximar o público carnívoro que se preocupa com a saúde e dorme com culpa pela questão ambiental, chefs evitam o termo veganismo e propõe pratos “plant-based”. Tem funcionado.

Num outro flanco, a indústria também se mobiliza. Gigantes como Danone, Unilever e concorrentes fazem suas apostas no público vegano.

Nos EUA, nasce uma estrela. A Beyond Meat surgiu como uma startup que se propunha a fazer o hambúrguer mais similar o possível com a carne bovina. Com aportes milionários de figuras como Bill Gates, Leonardo de Caprio e da Tyson Foods (uma das maiores empresas de carne dos EUA), a marca conseguiu arrecadar US$ 90 milhões em rodadas de investimentos.

Os burguers da marca –sem soja, sem glúten e sem transgênicos– já estão nas prateleiras de 5.000 supermercados e 4.000 restaurantes do país. O próximo passo é lançar ações na Bolsa de Nova York e recolher mais alguns milhões.

Esse talvez seja o melhor exemplo do futuro do veganismo: chegar ao grande público com uma premissa saudável e mimetizando a carne de animais. O veganismo não é mais ativismo, é uma opção, uma nova rotina.

Vale a pergunta: Se o futuro é industrial, multimilionário e de posse das grandes marcas, o que restará para os pequenos empreendedores, que deram o start nessa revolução alimentar? É preciso se reinventar para seguir. A lógica do “melhor isso do que nada” acabou e só os criativos sobreviverão.


from VEG

Almoço de domingo. Família reunida, a vó com sete quilos de macarrão na travessa. Cerveja barata na lata. As crianças correndo tudo. “Vem comer, menino.”

E eis que, no momento de ser servir, o crime acontece. Sorrateiramente, alguém lembra que você não come carne. “Fulano não tá comendo carne agora, vó”

Alguém desconfia, acusa fake news. Todos os tios e tias da mesa se encarregam da checagem.

“Sim, eu virei vegetariano”.

Está em curso a importunação carnívora.

Para você, jovem vegetariano que ainda não decorou todos os desdobramentos dessa discussão, seja em casa, no trabalho ou no jantar com os amigos, conto cinco frases que aparecerão -100% de certeza–  e como se esquivar com classe, estragando qualquer evento social com destreza única:

 

1 “Mas come o que então?”

Vamos lá, para quem fugiu da escola: temos o reino animal e o vegetal (e outros que não importam aqui). Basicamente comemos quatro espécies de animais: peixes, porcos, bois, frangos e cabras. Entre variações de raças e famílias, são basicamente estes animais que compõem a alimentação humana num grande centro urbano brasileiro.

Em contrapartida, existem cerca de 300 mil vegetais comestíveis no mundo, dos quais só consumimos 200. Pronto.

 

2 “Ah mas e a soja que você come, que desmata e usa agrotóxico?”

Respire fundo e pausadamente e proponha uma reflexão: “mas e a soja que VOCÊ come?”

Segundo a Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja ), cerca 80% da soja nacional vira farelo para alimentar animais, os outros 20% viram óleo -a proteína de soja é um subproduto do que sobra da soja após a extração e nem entra na estatística, pois o volume de produção é desprezível no mercado.

Comer carne é que traz problemas com a soja, não o tofu.

 

3 “E as proteínas, tira da onde?”

Explique para sua tia que a carne não é a única fonte de proteína no mundo. Oleaginosas (sementes que crescem em vagens) como feijões, a amaldiçoada soja e ervilhas são riquíssimas em proteína. Castanhas também são uma boa opção e ainda têm alguns minerais bastante importantes, como manganês, selênio e cálcio.

A chave de uma alimentação saudável é a diversidade. Pratos coloridos, com vegetais de vários tipos, vale mais do que qualquer multivitamínico de farmácia.

 

4 “E se a galinha fosse criada solta, bem tratada, você comeria?”

Vou contar uma historinha, uma parábola.

O seu sobrinho imaginário, Henriquinho, é uma criança saudável e bem nutrida. Henriquinho tem muitos amigos, mora numa casa com um quintal enorme, faz natação e judô. Kumon às quintas.

Seu vizinho, Almeida, é um sujeito sensacional. Separa o lixo, anda de bicicleta, só usa roupas de algodão puro e decorou a casa só com móveis de pallets. Grande sujeito, o Almeida, que tem um açougue.

Um dia Almeida chega na sua casa, sempre muito gentil e diz: “Vamos matar o Henriquinho e vender seus pedaços lá na firma.”

Você se assusta, mas ele garante: O pequeno Henrique viveu feliz e vai morrer sem dor.

À noite, antes de deitar, Henriquinho toma um leite morno com calmantes e desmaia. Almeida aplica uma anestesia geral, seguida de um medicamento que provoca parada cardíaca.

Constatada a morte, penduram Henriquinho pelos pés e lhe cortam a garganta, até sair todo o sangue. “Melhora a maciez da carne”, explica o Almeida (grande sujeito!).

Sua mulher fica furiosa, pois suja todo o piso de pinus, mas Henriquinho viveu feliz e morreu sem dor.

Importa? Faz sentido? É menos absurdo? Não.

O bem-estar animal é o maior golpe publicitário da indústria da carne. Criar animais livres e felizes para depois arrancar-lhes a vida não muda, em absoluto, o fato de que isso é um assassinato.

 

5 “Ah, mas não é gente, é bicho”

Adoro analogias, vamos a mais uma. Em uma região da Terra, existe um mineral capaz de curar terríveis doenças e ser utilizado como combustível para ir a Marte. Mas, vivendo acima deste precioso minério, há um grupo de animais selvagens.

Esses animais não tem nossa capacidade de compreensão do mundo, não vivem em famílias como nós, não usam as tecnologias que nós usamos, não se comunicam como nós. Você mataria esses animais para poder extrair o minério?

Sim? Parabéns, você acaba de exterminar uma tribo indígena, mulheres e crianças, só porque eles são diferentes de você. Cara, você é uma pessoa horrível.

Dizer que um animal não tem direito à vida e à liberdade e criar uma prática sistemática de escravidão e genocídio só porque eles são de outra espécie é um tipo de preconceito, indefensável pela lógica e por argumentos éticos, chama-se Especismo.

Uma galinha não se comunica como nós, não vive socialmente como nós, não tem nossa capacidade cognitiva. O que faz dela um animal alijado do mais básico direito à existência?

Esse é o momento do silêncio à mesa. Parabéns, você estragou o almoço de domingo.


from VEG

Das delícias da gastronomia vegetariana a mais injustiçada e discriminada talvez seja o tofu. Esse pedacinho de céu apelidado de “queijo de soja” vem do Japão, onde é uma iguaria tradicional e respeitada.

As pessoas costumam torcer o nariz para o tofu por ele “não ter gosto de nada”. Produzido da reação do leite de soja com o sal amargo (sulfato de magnésio), ele tem um sabor bem suave e uma textura parecida com o queijo branco, mas isso varia e esse é o grande segredo do tofu: a variedade. É preciso saber qual usar na sua receita.

Existem cinco tipos principais de tofu: soft, firme, seco, frito e o Okinawa. A indicação vem no rótulo.

O soft é bastante comum e geralmente vem em embalagens de plástico duro, porque são muito sensíveis. Ideal para fazer um patê, um sour cream vegano ou doces. Péssimo para fritar, tem muita água, vai transformar tudo em uma sopa.

O firme é vendido em peças quadradas de até meio quilo. São ótimos para refogados. Amassado com um garfo, rende uma deliciosa “tofulete” (sim, uma omelete de tofu), basta acrescentar um pouco de curry ou mostarda e refogar com cebola e tomate. Também vai bem frito em fatias e em recheio de salgados.

O seco é um tofu que teve toda sua água drenada na prensagem e é bem comum que seja defumado. É mais duro, amarronzado, com uma textura que lembra um presunto (desculpem essa analogia, a outra alternativa era “borracha escolar”). Vai muito bem na grelha, naquele churras de domingo. Também fica bom marinado, é só colocá-lo para dormir uma noite em um pote com vinagrete na geladeira.

Há quem use esse tipo de tofu em pizzas e lanches, fatiados, fica bom, mas “cru” é bem sem graça. Tempere-o antes, marinando, fritando, ou só passando pelo azeite e shoyu com temperinhos.

O frito é bem conhecido dos restaurantes japoneses, onde aparece recheados de arroz e atende pelo nome de Abura-age . Antes de rechear com arroz ou usá-lo em ensopados, é preciso aferventá-lo numa água temperada.

O Okinawa começou a aparecer mais nos supermercados brasileiros, mas é raro. Ele é tradicional da ilha de mesmo nome, no sul do Japão. É um tofu firme, que passa por uma preparação diferente, na qual se retira mais água e acrescenta-se sal. Ele tem um sabor mais forte e mais proteína. É meu preferido, uma pena que seja difícil de achá-lo. Os usos são os mesmos do tofu firme.

Em São Paulo, encontrar tofu é tarefa fácil, basta ir ao bairro da Liberdade ou na Luz, onde as comunidades japonesa e chinesa mantêm lojas de comidas. No interior, procure a geladeira com bandejas de sushis e sashimis, ele deve estar por lá.

Dê uma chance ao tofu, você não vai se arrepender.


from VEG

O mercado de “queijos veganos” está em ascensão faz tempo, com a crescente demanda por substitutos vegetais nos supermercados, mas os vegetarianos são apresentados agora a uma complexidade de sabor e textura dignos dos melhores queijos serranos curados: os queijos de castanha fermentados.

Os queijos à base de mandioca ou batata deram as caras no mercado brasileiro ainda em 2010, simulando textura e sabor dos queijos amarelos. A aceitação do público foi imediata, em especial no “junkie food vegano”. Pizzas, salgados e lanches, enfim, tinham um queijo para chamar de seu.

Surfando na onda dos probióticos e dos fermentados selvagens, os queijos fermentados de castanha estão ganhando corações. “Os queijos veganos industrializados levam alguns ingredientes para dar textura e cor, além de tempo de prateleira. Eu trabalho só com ingredientes naturais”, conta a chef Katrin Warkentin.

Katrin estudou no Plant Lab, uma das mais conhecidas escolas de alta gastronomia natural da Califórnia, uma espécie de Cordon Bleu vegetariana.

Voltou de lá em 2016 e abriu o Laut, um pequeno restaurante crudívoro –nada é cozido ou assado acima dos 40°C– instalado em uma galeria na rua Augusta, que se tornou um dos melhores restaurantes vegetarianos da cidade, na opinião deste blogueiro.

No Laut, os queijos levam castanha de caju e macadâmia e são fermentados com duas cepas de bactérias comercias, em busca de uma padronização no processo. “A castanha de caju tem um sabor mais neutro e boa textura, a macadâmia é mais arenosa e garante uma boa estrutura”, conta Katrin.

Rejuvelac

Fora das cozinhas de restaurantes, o processo para fermentar queijos de castanha envolve o rejuvelac, um probiótico selvagem de grãos ricos em amido, como trigo ou cevada, germinados.

O processo consiste em germinar os grãos e deixá-los fermentar de molho, em temperatura ambiente por dois dias.

Esse suco, rico em bactérias e enzimas, é depois acrescentado ao purê de castanhas e leva até duas semanas para transformá-lo em “queijo”.

Dá trabalho, mas eu juro que vale a pena.

 

 


from VEG

O Hirá, na Vila Madalena, lançou uma nova opção para os veganos. O Jajamen (R$ 46) leva o futome, um macarrão grosso, servido frio com vegetais como pepino, tomate, edamame, cebola roxa, alho poró tostado e amendoim, tudo ao molho de soja picante.

O prato se soma ao Veggie Ramen (R$ 41), outra boa opção para as noites frias de inverno. Veja outras opções de lámens vegetarianos aqui

Hirá R. Fradique Coutinho, 1.240, Pinheiros, região oeste, tel. 3031-3025


from VEG

Segundo o aplicativo Happy Cow, um dos guias de restaurantes mais populares do mundo veg, Londres, na Inglaterra, é o lugar com mais opções para os “herbívoros” no mundo. São quase 300 restaurantes locais cadastrados na plataforma.

A avaliação do app leva em conta não o número total de restaurantes, mas a densidade num raio de oito quilômetros nos pólos gastronômicos das cidades e a impressão dos usuários.

Em segundo na lista vem Berlim, na Alemanha, seguida de Nova York e Portland. Tel Aviv é a representante oriental do ranking.

São Paulo ficou apenas como menção honrosa no ranking, em 15º lugar. Segundo o app, existem 133 restaurantes vegetarianos ou vegans na capital paulista.  

Top 10 cidades mais amigáveis para vegetarianos

  1. Londres, Inglaterra
  2. Berlim, Alemanha
  3. Nova York, EUA
  4. Portland, EUA
  5. Tel Aviv, Israel
  6. Los Angeles, EUA
  7. Varsóvia, Polônia
  8. Toronto, Canadá
  9. Praga, República Tcheca
  10. Paris, França

Para quem ainda não conhece o Happy Cow, ele é uma mão na roda na hora de viajar para o exterior. Em versão para iOS ou Android


from VEG

Se tornar vegano nem sempre é fácil. Acrescentar a nova dieta à rotina nem sempre é simples como mudar de restaurante na hora almoço. A falta de opção ainda é um problema bem comum, em especial longe das grandes cidades brasileiras.

A jornalista austríaca Daniela Lais e o chef alemão Jérême Eckmeier resolveram simplificar esse processo no livro “Marmita Vegana” (Publifolha), que traz desde um guia de sobrevivência para os veganos que se aventuram por restaurantes étnicos, até receitas de lanches e refeições para levar para o trabalho.

O livro traz boas dicas de comidinhas que podem ser preparadas e guardadas para um lanche, como barrinhas de cereal, além de molhos de salada e ingredientes que ajudam na hora de montar a marmita, sem ter que começar do zero a cada dia.


from VEG

O restaurante Pop Vegan, em São Paulo, vai comemorar um ano oferecendo buffet livre por R$ 1. A promoção começa às 11h30 e vai até às 16h30, ou até durar o estoque.

O Pop é fruto de três empreendedores que estiveram à frente do sucesso da rede Barão Natural. Em 2017, eles se desligaram da franquia para abrir um negócio próprio, nas bordas da rua Augusta, no centro.

O restaurante surgiu com a ideia de popularizar a comida vegana. O menu é simples, cozinha do dia-a-dia, com preços populares. Funciona em esquema de buffet livre (R$15 durante a semana) e mantém um cardápio de pizzas nas noites de terça a domingo.

A rede Barão Natural chegou a ter oito unidades na capital, uma das maiores redes de restaurantes veganos do país. Mas, em junho, fechou as portas de pelo menos seis delas.

Em anúncio nas redes sociais, os proprietários anunciaram a venda e dissolução da marca, que continua a ser usada apenas nas unidades de Pinheiros e Tatuapé. A última continuará servindo pizzas e esfihas.

Pop Vegan Food – Rua Fernando de Albuquerque, 144. Tel.: (11) 2157-4358


from VEG

Hoje se comemora o Dia Mundial da Pizza. Se você não encontrou nenhuma pizzaria vegana aberta perto da sua casa, saiba que algumas pizzarias tradicionais da cidade garantem algumas receitas do menu especialmente para o público vegano.

A  Veridiana tem três sabores veganos no cardápio, como a La Vera Napoletana (R$ 71, a grande), que leva fatias de alho sobre molho de tomate fresco e manjericão e a Parigi (R$ 85, a grande) com shiitake, shimeji, cogumelo paris, azeitonas verdes com toque de parmesão.

Rua Dona Veridiana, 661 – Higienópolis – São Paulo. Tel.: 3120-5050

A pizzaria Integrale, na Vila Madalena tem um cardápio com oito sabores veganos, com mussarela veganba. Destaque para a Vegano Zucchini (R$39,90), que leva fatias de mussarela vegana, abobrinha e alho poró.

Rua Fradique Coutinho, 889 – Pinheiros. Tel.: 3817-4700

Outra pizzaria bastante tradicional na cidade por servir no estilo napolitano, a Divina Increnca agora tem uma Vegana (R$33), com molho de tomate, abobrinha, tomate cereja e pesto de azeitona.

Rua Marquês de Itu, 1017 – Vila Buarque – São Paulo. Tel.: 3667-7608

Também servindo pizzas individuais, com massa de fermentação natural e lenta, a Carlos pizza lançou recentemente sua versão vegana (R$38), que leva abobrinhas, cogumelos, cebolas assadas & raspa de limão.

Rua Harmonia, 501 – Sumarezinho – São Paulo. Tel.: 3813-2017


from VEG

A empresa americana de sorvetes Ben & Jerry’s lançou, nesta segunda (2), dois sabores da sua linha sem leite no Brasil, ambos feitos à base de leite de amêndoas.

O “Peanut Butter & Cookies”, é um sorvete à base de amêndoas sabor baunilha com cookie sabor chocolate e calda de pasta de amendoim. O “Caramel Almond Brittle”, também é à base de amêndoas, com pedaços de amêndoas caramelizadas e calda de caramelo salgado.

Apesar do estranhamento que causa lançar novos sorvetes no inverno, vale lembrar que é verão nos Estados Unidos e as marcas aproveitam par anunciar novidades, em especial próximo ao feriado da independência (4 de julho), que reúne as famílias americana para o almoço no quintal.

Por ora, os sabores estarão disponíveis somente nas sorveterias da marca e não nas geladeiras dos supermercados.

A Ben& Jerry´s é a terceira grande marca a investir em derivados de amêndoas no Brasil, num mercado dominado pela soja. O leite vegetal Ades, da Coca-Cola, anunciou em junho sua linha de leite da castanha, seguindo a Danone, que trouxe a marca Silk para o Brasil no final de 2017.

Se você mora em São Paulo, confira seis opções de sorveterias com sabores veganos na cidade


from VEG

Quando o boom do vegetarianismo chegou ao Brasil, no começo dos anos 2000, os leites vegetais à base de soja pipocaram nas prateleiras do supermercado. Tão prático como qualquer leite em caixinha, apareciam tanto na versão “natural” –na verdade, saborizados com aroma artificial de baunilha– até em sucos de frutas, achocolatado e etc. A indústria exagerou, em algum momento parecia que o mundo ia acabar em soja. O fato é que a moda da soja, no Brasil e lá fora, não durou muito pelo pecado do excesso.

Apesar de ser rico em proteínas, a soja não tem a melhor digestibilidade do mundo vegetal e o gosto é bastante marcante, seja o da própria soja, seja o do aromatizante de baunilha usado para disfarçar o gosto da soja. Isso dificulta seu uso em receitas.

A nova onda depois da soja foi o arroz. Marcas importadas chegaram ao país com um valor quase três vezes maior do que os derivados de soja. Apareceram também versões em creme, para a alegria dos cozinheiros. Não fez o mesmo sucesso, talvez pelo preço.

Em seguida, uma nova onda começou nos Estados Unidos, bateu na Europa e chegou aqui: o leite de castanhas.

O leite de amêndoas é onipresente nas prateleiras veganas dos EUA, lá também são bem populares o leite de avelã (com um gosto bem marcado) e o leite de sementes de cânhamo, adoradas pelos atletas veganos.

No Brasil, essa novidade chega com uma vantagem imensa: somos um dos maiores produtores de caju no mundo. É justamente a castanha que “dá” o melhor leite. O leite da noz de caju tem um sabor suave, pouco marcante e tem uma consistência bem parecida com a do leite da pobre vaca.

Já tem marca brasileira fazendo o leite em caixinha. Mas a receita é tão simples e rápida, que você precisa ser muito preguiçoso para recorrer aos prontos.

—–

Coloque meio copo de castanha-de-caju (ou amêndoas) –vale dizer: sem sal– de molho em um copo d’água e deixe descansar da noite para o dia (umas seis horas, não passe de 12).

Escorra e descarte essa água.

Bata com 200ml de água. Você pode variar a proporção, usando mais castanha e menos água para um leite mais grosso.

Segredinho: utilize água quente e adicione uma colher de aveia em flocos ou uma colher pequena de linhaça na hora de bater. O amido da aveia ou o óleo da linhaça vão adicionar uma consistência mais interessante.

Coe em uma peneira fina ou pano.

O resíduo de castanha triturada fica uma delicia misturada em bolinhos de arroz frito. Eu também gosto de refogar com cebola e tomate, feito um purê.

Pronto, agora você pode tomar seu leitinho de manhã sem ficar pobre.

 


from VEG

O lamen é um dos pratos mais populares do Japão. Não é exagero dizer que cada esquina do país tem um restaurante, do requintado ao tradicional familiar, que serve a iguaria. O prato é um caldo encorpado com macarrão, legumes e algas.

As versões tradicionais trazem carne, em geral de porco, mas não basta tirá-la para a versão vegetariana. O caldo ganha corpo pela gordura do pobre bicho e, tradicionalmente, levam tempero à base de peixe. Mas essa tristeza toda tem solução em alguns restaurantes de São Paulo. Separei quatro dos meus prediletos.

Atenção veganos: não esqueçam de pedir para tirar o ovo 🙂

 

Lamen Kazu
A casa é bastante tradicional na Liberdade e tem um ambiente aconchegante. ão é raro esperar na fila, a dica é ir cedo. O Kazu serve duas opções vegetarianas, uma à base de missô (R$42) e outra à base de sal (R$38). Levam cogumelos, legumes e algas.

R. Tomás Gonzaga, 51 – Liberdade Tel.: (11) 3277-4286
Alameda Santos, 53 – Paraíso Tel.: (11) 3251-1836

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Tan Tan Noodle

Mais modernoso, em Pinheiros, serve o maravilhoso Vegg Ramen, com um caldo à base de cogumelos, que ainda leva moyashi e vegetais. Berinjela com mel, nori, tenkasu (farinha frita) e um ovo ajitama (veganos, peçam sem) completam o prato (R$ 37).

R. Fradique Coutinho, 153 – Pinheiros Tel.: 2373-3587

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Hirá
Também em Pinheiros, o Miso Veggie é um lamen à base de missô, servido com berinjela, broto de bambu, alga wakame e nori e cebolinha (R$38 ).

 R. Fradique Coutinho, 1240 – Vila Madalena Tel.: (11) 3031-3025

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Momo
O vegetariano do Momo Lamen, na Liberdade, leva legumes, verduras, menma (conserva de broto de bambu) e tofu frito. O caldo é à base de champignon e cebola (R$ 35).

Rua dos Estudantes, 34 – Liberdade Tel.: (11) 3207-5626

from VEG

Olá, a partir de hoje os vegetarianos e interessados passam a ter (novamente) um canal na Folha para se informar melhor do que acontece nesse meio.

Me apresento: Ricardo Ampudia, jornalista, vegetariano há 17 anos, magro de ruim e daqueles críticos bem chatos quanto o assunto é comida. Mas, talvez o meu conceito de comida não seja o mesmo de todo mundo.

Na adolescência, aquela época da vida em que todo mundo se questiona sobre tudo, parei para me perguntar: será que é certo? Será que dá pra ser diferente?

Dava, mas era difícil. No começo dos anos 2000, as opções se limitavam a carne de soja em flocos e um pó quase insolúvel para imitar o leite. Era difícil abrir mão do hambúrguer e do chocolate. Comi muita coisa ruim fingindo que era bom, por pura militância.

Os tempos hoje são outros. Pululam pelas cidades hamburguerias, pizzarias, sorveterias, docerias, cafés e até rodízio de sushi, sem nenhum bicho morto.

Os supermercados também assistiram a uma explosão de marcas de todo tipo de substituto de queijo, leite e carne. Sério, ser vegetariano hoje em dia é muita moleza.

Mas um mercado que começa a saturar, também começa a entregar mal. Tem muita gente por aí fazendo aquele mesmo hambúrguer insosso de soja e cobrando caro, como se fosse juntar farinha com água fosse uma refinada técnica gastronômica. Falta crítica, do público e do jornalismo.

Eu vou me empenhar neste blog para cobrir a última lacuna: descobrir as novidades, falar com os chefs que estão criando de verdade, dissecar umas polêmicas e até trocar uma receitinha. Um pouco do que já tenho escrito aqui na Folha você pode ler na seção Veg, do Guia. 

Vocês cobrem a outra, comendo e participando.

Nos vemos sempre.


from VEG

Este blog não é mais. O “Veg” teve 153 textos em quase dois anos, algum retorno positivo (mais do que eu esperava), algum negativo (mais do que eu esperava). Mas é hora de dar tchau.

As publicações continuarão no ar, e a página no Facebook continuará a ser tocada. Conversemos por lá.


from VEG

No estilo Alborghetti ou Away Nilzer (mantendo a distância dos temas ou posicionamentos políticos), o videologger vegano Flavio Giusti lançou recentemente em vídeo (o primeiro de sua série “vegetaritreta”) uma crítica a alguns adeptos da causa e à mentalidade e à prática contraproducentes que eles adotam: a do “veganismo ortodoxo”.

É um tema recorrente –leia o post de maio deste blog, relacionado– e triste. Em resumo, o problema é que alguns vegetarianos consideram não só sua dieta ou estilo de vida superior aos dos que fazem diferente, mas também atacam estes.

(O vídeo contém impropérios –mais precisamente, 30 deles)

Difícil precisar se um “contra-ataque”, caso deste vlog de Giusti, tem efeitos que contribuem para levar adiante ou ampliar o acesso à consciência vegana. Mas certamente dá voz aos que costumam ser o alvo do ataque (leia na seção de comentários do vídeo no YouTube), que muitas vezes são vegetarianos em transição rumo ao veganismo.

Mais difícil ainda é imaginar que alguém “mais monarca que o rei” possa pragmaticamente dar uma contrbuição dessa forma, desmoralizando quem ainda não chegou no mesmo patamar de atitude que ele. Como pontua Giusti é possível que o verdadeiro objetivo dessas pessoas –o de inflar o próprio ego ao pisar em alguém “menor”, “mais fraco” ou “menos certo”– seja alcançado.

Qual a necessidade da moderação? Na minha opinião, é nítido que, a fim de evitar o sofrimento de animais e de proteger o ambiente, melhor um ovolactovegetariano do que alguém que come também carne. O objetivo é uma existência mais digna, para a humanidade e para os demais bichos. O mecanismo é o boicote: reduzir a demanda por itens dispendiosos e supérfluos dos pontos de vista nutricional e (subjetivamente) palatal a fim de evitar que mais um dos animais seja morto, e que menos deles destruam ecossistemas durante sua criação.

Por outro lado, há que se pensar sobre o possível lado positivo do “radicalismo”. Um artigo intitulado “Em defesa do extremismo”, o editor da revista americana “Dissent”, Michael Kazin, defende que, em determinados casos, o radicalismo foi historicamente produtivo. Apesar de não mencionar o vegetarianismo –as sim a abolição à escravatura, implementação do sufrágio universal e outros– argumenta:

O extremismo é a moeda da convicção, seja esta virtuosa ou maligna. Ele força o ’em cima do muro’ a destruir o contraventor ou a adaptar-se a ele

(O termo traduzido para “contraventor” é originalmente “disrupter”, ou aquele que rompe. Dependendo do ponto de vista, poderia ser interpretado como a “vanguarda”, linha de frente.)

(Vale dizer que a escravidão e os privilégios masculinos eram outrora dissensos por ampla margem, tal qual o vegetarianismo hoje. Esse é um artifício pouco raro em argumentações pró-veganismo e pelo fim do especismo)

É claro que extremismo tem definição frouxa e, dependendo do opinante, não incluiria o ativismo agressivo (no caso, um exemplo seria o “terrorismo virtual” com publicação de imagens do abate sangrento dos animais) ou a ortodoxia, obstinação (refletidas nos ataques aos vegetarianos “impuros”).

Giusti, um poeta dos anos 10 (tive de buscar “pau na lomba” no Google), diz: “O problema é que estamos nos focando uma coisa que nem é para focar: em vegano, em veganismo. E o foco são os animais. Eles é que merecem o nosso respeito, e não esse bando de ‘PNC’.”

Em um mea-culpa, devo dizer que tenho, de fato, o sentimento de que o estilo de vida vegano é “melhor”, no sentido de “mais correto” ou “menos danoso”. E que discrimino, ou “julgo mal”, os que não são dele partidários. Esse foi e é um dos motivos para que eu começasse a caminhar nessa direção. É algo que batalho, quase sempre com pouco sucesso, e que pode ser a única coisa que eu teria a adicionar ao vídeo de Giusti –o teor do vlog dá a entender que “o inferno são os outros”. Mas é provável que sejamos, em diferentes graus e cores, os outros.


from VEG

Um evento voltado ao público vegano, que será realizado no domingo (22) pela JMA J’Adore Mes Amis, terá como atração principal um “festival de queijos” de origem vegetal, com oficina e degustação, além de produtos em si à venda.

Sedia o Encontro Vegano a Associação Hokkaido, situada na V. Mariana, zona sul paulistana, a partir das 10h, com sessões de meditação e de ioga para começar o dia, em final de semana de Virada Cultural.

A programação inclui palestras sobre direitos dos animais e outras oficinas de culinária vegetariana, além de apresentações musicais. Segundo a organização, todo produto (alimentos, cosméticos, vestuário e acessórios) vendido durante o encontro é vegano.

A palestra sobre leites e queijos vegetais será realizada pela culinarista Vivian Arruda entre as 12h30 e as 14h15. A Casa da Coxinha Vegana e a Manioc são duas das empresas que terão produtos à venda.

Haverá arrecadação de doações de ração para santuários que cuidam de animais abandonados.

ENCONTRO VEGANO
Domingo (22 de maio), das 10h às 20h
Associação Hokkaido – R. Joaquim Távora, 605, Vila Mariana (sul), São Paulo
Grátis

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