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Comece bem a última semana de maio com previsões positivas

A semana promete ser cheia de energias positivas, e o que fala o Tarô e o Baralho Cigano. O ...
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Quatro bons lamens vegetarianos para matar o frio em São Paulo

O lamen é um dos pratos mais populares do Japão. Não é exagero dizer que cada esquina do país tem um restaurante, do requintado ao tradicional familiar, que serve a iguaria. O prato é um caldo encorpado com macarrão, legumes e algas.

As versões tradicionais trazem carne, em geral de porco, mas não basta tirá-la para a versão vegetariana. O caldo ganha corpo pela gordura do pobre bicho e, tradicionalmente, levam tempero à base de peixe. Mas essa tristeza toda tem solução em alguns restaurantes de São Paulo. Separei quatro dos meus prediletos.

Atenção veganos: não esqueçam de pedir para tirar o ovo 🙂

 

Lamen Kazu
A casa é bastante tradicional na Liberdade e tem um ambiente aconchegante. ão é raro esperar na fila, a dica é ir cedo. O Kazu serve duas opções vegetarianas, uma à base de missô (R$42) e outra à base de sal (R$38). Levam cogumelos, legumes e algas.

R. Tomás Gonzaga, 51 – Liberdade Tel.: (11) 3277-4286
Alameda Santos, 53 – Paraíso Tel.: (11) 3251-1836

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Tan Tan Noodle

Mais modernoso, em Pinheiros, serve o maravilhoso Vegg Ramen, com um caldo à base de cogumelos, que ainda leva moyashi e vegetais. Berinjela com mel, nori, tenkasu (farinha frita) e um ovo ajitama (veganos, peçam sem) completam o prato (R$ 37).

R. Fradique Coutinho, 153 – Pinheiros Tel.: 2373-3587

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Hirá
Também em Pinheiros, o Miso Veggie é um lamen à base de missô, servido com berinjela, broto de bambu, alga wakame e nori e cebolinha (R$38 ).

 R. Fradique Coutinho, 1240 – Vila Madalena Tel.: (11) 3031-3025

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Momo
O vegetariano do Momo Lamen, na Liberdade, leva legumes, verduras, menma (conserva de broto de bambu) e tofu frito. O caldo é à base de champignon e cebola (R$ 35).

Rua dos Estudantes, 34 – Liberdade Tel.: (11) 3207-5626

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Como é a visita à Casa Batlló, em Barcelona

Uma das obras mais famosas de Antoni Gaudí e cartão-postal de Barcelona, a Casa Batlló mexe com a curiosidade dos visitantes. Como será por dentro uma casa com uma fachada tão diferente? Como será que o modernista Gaudí usou de forma prática elementos do fundo do mar numa casa? E, principalmente, será que vale a pena gastar tantos euros para visitar esse lugar?

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A história da Casa Batlló e Gaudí

A Casa Batlló fica numa das avenidas mais importantes de Barcelona, a Passeig de Gràcia. A rua, no passado medieval, ligava a cidade com a Vila de Gràcia, que hoje é um bairro. No ano de 1860, um novo plano urbanístico de Barcelona propôs que o tal Passeio de Gràcia se tornasse uma avenina elegante e logo ali passaram a ser construídas as casas das famílias mais ricas e importantes da cidade.

No local onde fica hoje a Casa Batlló existia uma outra casa, mas quando D. Josep Batlló y Casanovas, um empresário do ramo da indústria téxtil, comprou o lugar, em 1903, seu plano era demolir o edifício e que seu arquiteto contratado, Antoni Gaudí, tivesse total liberdade criativa.

saint jordi barcelona festa casa batlto

Casa Batlló decorada com flores para o dia de San Jordi

Gaudí percebeu que não era necessário demolir a casa anterior, mas sim fazer uma reforma completa, o que ele fez de 1904 a 1906. A fachada foi completamente transformada, a distribuição das paredes foi refeita, o vão interior, chamado pátio de luz, foi transformado em dois. Além do valor artístico, toda a obra de Gaudí na casa também é funcional, até os dias de hoje.

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Como é a visita à Sagrada Família

Um tour pela Barcelona de Gaudí

A Casa Batlló ficou em posse da família Batlló até a década de 1950. Depois, mudou de dono várias vezes até que nos anos 1990 foi adquirida pela família Bernat, que restaurou o espaço e abriu ao público para visitação, em 1995. A Casa Batlló é patrimônio da humanidade pela UNESCO e uma das principais atrações de Barcelona: são mais de um milhão de visitantes por ano.

Como é a visita à Casa Batlló

Chegue no horário indicado no seu bilhete. Você terá 15 minutos de tolerância, de acordo com o horário comprado. Por exemplo, se comprou a entrada para às 10h, pode entrar até 10h15. Na entrada, eles te entregarão o audioguia, que é um smartphone com uma experiência multimídia. Há opção de idioma em português. Além das informações de áudio, na tela do celular há vídeos de realidade aumentada que mostram um pouco melhor as ideias loucas de Gaudí, as conexões da casa com a natureza e como era o local na época da família Batlló.

Os grandes highlights da Casa são:

A Fachada da Casa Batlló

Essa é a parte gratuita da visita. Vale a pena não só ver de perto, mas atravessar a rua para ver a fachada completa e o telhado.

Apesar de Gaudí não ter explicado exatamente sua inspiração para a construção da Casa, o tema marinho fica mais ou menos claro, assim como a aproximação com a natureza e com um mundo de fantasia, traços comuns em suas obras.

gaudi casa batllo barcelona

Examinando a fachada com cuidado, você repara que a superfície é ondulada. Como é toda coberta de vidro e cerâmica coloridos, quando a luz do sol bate, as cores se multiplicam. Uma segunda observação permite ver que tanto as colunas de pedra, como as grades das sacadas lembram ossos. Assim, de certa forma, a casa também lembra um grande esqueleto, decorado com elementos florais típicos dos modernistas.

casa batllo barcelona fachada

O primeiro piso, chamado Planta Nobre, e sua grande janela oval, foi projetado para que as pessoas da casa pudessem ver a rua e serem vistos por quem passava.

O telhado permite uma terceira interpretação sobre a casa. Formado por grandes escamas coloridas e em formato esférico, lembra o lombo de um  um dragão. Além disso, a torre com uma cruz de quatro braços, que lembram uma espada, faz com que muita gente interprete uma relação da Casa Batlló com a lenda de São Jorge, padroeiro da Catalunha.

Interior da Casa Batlló

Planta Nobre

O primeiro andar da casa, a Planta Nobre, é o coração da Casa Batlló. Era ali que a família vivia e, por isso, esse grande salão não só é uma obra-prima do trabalho de Gaudí, mas também fala muito da vida da burguesia naquela época. Normalmente, nas casas nesse período, a família habitava os primeiros andares e alugava os andares superiores. O vestíbulo e o sótão eram de uso comum e também divididos pelos criados.

No primeiro cômodo fica o escritório do sr. Batlló, com uma incrível lareira em forma de cogumelo.

casa batllo barcelona cogumelo

casa batllo barcelona 1

Ao passar pelas portas de madeira e entrar no salão, repare como a cor dos vitrais muda entre os dois ambientes. No salão, além de admirar os janelões, foque nos detalhes, como o lustre que lembra uma anêmona e o teto em espiral, que alude à força do mar.

casa batllo barcelona

casa batllo barcelona 4

Pátio de luzes

Gaudí precisava encontrar uma solução para que a iluminação natural chegasse de maneira uniforme a todos os andares da casa – e foi assim que surgiram os pátios de luzes. Você entra em contato com eles quando começa a subir as escadas ou quando pega o elevador central.

casa batllo barcelona porta

Dos dois lados da escadaria ficam os pátios internos. A luz que entra pela claraboia, no topo, e os azulejos que revestem o pátio foram colocados de uma forma degradê: os do topo são de azul escuro e vão ficando mais claros até a parte mais inferior do prédio, que precisa de mais claridade.

casa batllo barcelona

casa batllo barcelona

Além disso, os tamanhos dos janelões de madeira variam ao longo dos andares: menores em cima, maiores abaixo. E eles têm pequenas janelinhas, tipo persianas na vertical, que abrem e fecham como as guelras de um peixe, para circulação de ar.

Jardim interior

casa batllo barcelona

Ainda na planta nobre fica um grande salão de jantar privado da família Batlló, com grandes janelas e uma porta que leva ao pátio interior, nos fundos da casa. Foi pensado para ser um oásis no centro da cidade, com pavimento colorido e um jardim de cerâmica colorido.

casa batllo barcelona jardim

Sótão

Mesmo o sótão sendo uma área de serviço, Gaudí não deixou de fazer uma área que combina estética e funcionalidade. Ao invés de corredores brancos sem graça, ele criou arcos ovalados, mais exatamente 60 deles, que dão a sensação de um espaço mais amplo e lembram as costelas de um animal, como se você tivesse dentro da barriga do dragão – que está no terraço.

casa batllo barcelona sotao

Os beijos nos arcos eram parte de uma exposição temporária sobre o amor

Terraço

O telhado e o terraço da Casa Batlló também são conhecidos como o lombo do dragão. Quatro conjuntos de chaminés de formas diferentes e cobertas de mosaicos, além do telhado colorido, que pode ser visto da fachada, coroam a obra.

casa batllo barcelona 9

casa batllo barcelona dragão

Planeje sua visita à Casa Batlló

Horário de Abertura

A casa abre todos os dias, das 9h às 21h. No site eles dizem que a visita dura uma hora. Eu demorei duas para ver tudo, ouvir o audioguia, tirar fotos, observar os detalhes, etc.

Compra do ingresso

Faça a compra dos bilhetes online, que vale muito mais a pena não só porque é mais barato, mas também porque evita a fila na bilheteria. Dá para comprar direto no site oficial, sem taxas extras.

No momento da compra, é preciso indicar a data e o horário da visita (a não ser que você compre o bilhete mais caro que tem a entrada em qualquer dia). Minha dica esperta é: compre no horário mais cedo. Eu fiz a minha visita às 10h da manhã. Quando comecei ainda não estava tão cheio, mas na hora que eu estava saindo, por volta de 12h, já estava insuportável, a ponto de ser difícil subir e descer as escadas.

Não é necessário imprimir o bilhete comprado online, basta apresentar no seu celular.

Quanto custa?

O bilhete simples custa 24,50 euros online ou €28,50 na bilheteria. Esse valor inclui o audioguia. Se você quiser comprar o fastpass para evitar a fila de entrada, são €29,50 online ou €33,50 na bilheteria (o que não faz o menor sentido, já que você terá que passar um tempão na fila para comprar. Ou seja, compre online).

casa batllo barcelona 3

Durante os meses de calor existe o evento “Noites Mágicas”, que é uma visita noturna a partir das 20h (ainda tem luz do dia) que inclui, além da visita com audioguia, também atração musical e direito a duas bebidas. Custa 39 euros.

A visita estilo “entre primeiro que todo mundo” custa 37 euros e só é vendida online. A entrada é às 8h30.

Vale a pena gastar tantos euros para visitar a Casa Batlló?

Olha, essa resposta depende do seu orçamento.

Se você não está com a grana contadinha, curte ver coisas bonitas e aprender sobre história, cultura e arquitetura, minha resposta é: vá. Se estiver com dinheiro sobrando, recomendaria até pagar mais caro e fazer a visita mais cedo, antes do resto dos turistas.

Porém, se seu orçamento está apertado, aprecie a fachada da Casa Batlló, visite outros monumentos modernistas da cidade e deixe para a próxima visita à Barcelona. É que a cidade tem muitas coisas bonitas de graça e por mais que eu tenha gostado muito de conhecer a casa, não acho que é uma visita imperdível para quem está com pouco dinheiro. Há outras obras de Gaudí na cidade que merecem mais a visita, como a própria Sagrada Família.

Como ver os fundos da Casa Batlló de graça?

A fachada da Casa Batlló é bem mais bonita do que os fundos, mas se você tiver curiosidade de ver um ângulo diferente da casa, tem dois jeitos. O primeiro é entrar na Casa Amatller, que fica logo ao lado, passar pelo hall, e ir até o café Faborit. Na área aberta, nos fundos do café, você consegue ver de lado a fachada de trás da Batlló. Aproveite que está ali para tomar o chocolate quente mais famoso de Barcelona.

casa batllo barcelona c

fundos casa batllo

Uma foto de panorama da vista

Para uma vista completa, vire a esquina do Passeig de Gracia com Carrer d’Aragó e entre na loja Servei Estació. Seja discreto, vá para os fundos da loja, onde tem uma escada rolante. Suba dois lances de escada e depois saia em direção ao terraço, onde tem um café. Ali você terá a vista completa.

Vai viajar? O Seguro de Viagem é obrigatório na Europa e pode ser exigido na hora da imigração. Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o seguro com o melhor custo/benefício e garanta promoções.

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O Templo do Céu, em Pequim, e a fé dos imperadores chineses

Quando o gerenal Yuan Shikai entrou no Templo do Céu, em 1914, ele planejava fazer mais que liderar uma cerimônia religiosa que já era realizada há séculos. O objetivo dele, ao assumir um papel que tradicionalmente era do governante supremo do Império Chinês, era restabelecer a monarquia e ser reconhecido como Imperador da China.

A estratégia deu certo, mas durou pouco: Yuan Shikai foi Imperador por apenas três meses, até que seus opositores conseguissem vencê-lo, declarando a República e pondo um ponto final numa tradição que sobreviveu a várias dinastias e dezenas de imperadores.

que fazer em Pequim

Hoje, o Templo do Céu é, junto com a Cidade Proibida, o grande cartão-postal de Pequim. A imagem da estrutura circular em madeira, com três lances de telhados azulados e uma bola no topo, rodou o mundo. O que é irônico, já que durante séculos esses templos taoistas eram locais exclusivos – apenas a corte real era permitida ali. Nenhum cidadão chinês comum testemunhava a cerimônia realizada duas vezes por ano, quando o Imperador, usando roupas típicas e em jejum, entrava no Templo para pedir por uma boa colheita (na primavera) e depois agradecer por ela (no outono).

Além de religião e beleza, não falta história ao Templo do Céu. A construção é de 1420, durante o governo do Imperador Yongle, da Dinastia Ming, o mesmo que organizou a construção da Cidade Proibida. E se o local já testemunhou a fé, também, já viu a guerra. Foi ocupado por tropas inglesas e francesas, durante a Segunda Guerra do Ópio, quando os tratados desiguais forçaram a China a ceder partes do seu território para as potências estrangeiras, a pagar uma grande dívida pelos custos do conflito e abrir suas fronteiras para o consumo da droga vendida pelos europeus. Alguns anos mais tarde, em 1900, o templo foi novamente ocupado por tropas e transformado em quartel de exércitos estrangeiros, durante o Levante dos Boxers

O Templo do Céu é bem maior que a casa dos imperadores chineses, talvez representando que a moradia dos homens, mesmo imperadores, nunca pode ser maior que a dos deuses. São 273 hectares, área que é em sua maior parte ocupada por um parque onde os moradores de Pequim caminham, passam o tempo e fazem atividades esportivas. Todo o complexo do Parque Tiantan Gongyuan foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, em 1988.

Veja também: Quanto custa viajar para a China?

A Cidade Proibida, em Pequim, e a casa dos imperadores da China

A Muralha da China e os perrengues que fotos não contam

pontos turísticos em Pequim

Sala de Oração pelas Boas Colheitas

Visita ao Templo do Céu: entendendo a estrutura

As construções religiosas – os templos propriamente ditos – são três: a Sala de Oração pelas Boas Colheitas, o Altar Circular e a Abóbada Imperial Celestial. A primeira é a mais importante, mais visitada e maior do complexo, com 38 metros de altura e toda de madeira, sustentada por 28 colunas. A estrutura foi erguida acima de três níveis, todos em mármore.

A Sala de Oração é circular, o que representa o Céu, mas está num terreno quadrado, que representa a Terra – esse padrão se repete em outras partes do Templo. Prédios adjacentes e que também podem ser visitados – um deles foi transformado em Museu e conta a história do Templo – fecham o círculo.

Templo da Paz, China

Abóbada Imperial Celestial

Já o Altar Circular está ligado à Sala de Oração para Boas Colheitas por um caminho de 400 metros. É um altar ao ar livre, onde os imperadores iam orar. A lógica é a mesma: uma estrutura circular, de mármore e três lances de degraus, dentro de uma área quadrada.

Por fim, a Abóbada Imperial Celestial é onde o Imperador homenageava seus antepassados – os nomes dos antigos governantes eram inscritos ali. O prédio principal tem 19 metros e um teto em forma de cone, de cor azul-escura.

Templo do Céu, China

Como chegar ao Templo do Céu

Se for de táxi, basta mostrar o nome em chinês para o motorista (天壇). Uma corrida de Wangfujing, um dos centros hoteleiros de Pequim, até o Templo do Céu dará cerca de 30 yuans. Mas ir de metrô também é simples (e mais barato): basta pegar a linha 5 e descer na estação Tiantandongmen. Procure a saída A e você achará uma das portarias do Templo do Céu. 

Ingresso e horários

O Templo do Céu abre todos os dias, das 8h às 18h. Se quiser pegar o lugar vazio e em sua maior beleza, vá cedo. Há alguns cafés e lanchonetes dentro do complexo. Não é necessário comprar o ingresso com antecedência. A entrada custa entre 30 e 40 yuans, dependendo da época do ano – é mais caro na alta temporada.

Vale lembrar que a área funciona como parque e é bastante usada pelos moradores de Pequim. O parque tem horário de funcionamento mais amplo, de 6h às 21h, e entrada mais barata, apenas 10 yuans.

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Bocas del Toro: guia completo de viagem pelas ilhas paradisíacas do Panamá

Bocas del Toro é o típico destino cartão-postal com tudo o que a natureza do Caribe oferece de melhor: uma mistura de tranquilidade e aventura, praias lindas de água cristalina, mas com a vantagem de ainda preservar o charme das pequenas vilas e povoados. E ainda a autenticidade da cultura local que passa pelas tradições dos indígenas Ngobe, que habitam a região há séculos, aos imigrantes jamaicanos que foram trabalhar nas plantações de banana da United Fruit Co., no século 20. Hoje, o arquipélago recebe de braços abertos gente do mundo inteiro que chegou para uma visita, mas resolveu nunca mais sair dali, o que acrescenta uma pitada multicultural à paisagem local.

Leia também: República das Bananas: como uma companhia mudou a América Latina

Guia de ilhas de Bocas del Toro

Mapa de Bocas del Toro

Colón

É a mais importante ilha do arquipélago. É ali que estão localizadas a maior parte dos hotéis e restaurantes e de onde saem a maioria dos barcos e passeios para as outras ilhas. É em Colón que fica Bocas Town, a pequena “capital” de Bocas del Toro na qual você vai encontrar quase toda a infraestrutura turística do arquipélago – agências de viagem, o único caixa eletrônico da região, supermercados, vida noturna e comércio se concentram ali. A ilha também conta com uma reserva natural e boas praias para banho e surfe. Os barcos que vêm de Almirante chegam ao pequeno cais de Bocas Town e é ali também que fica o único aeroporto. Se você for para outra ilha, terá que pegar um water táxi, a forma mais popular de deslocamento ali.

A cidade está conectada ao resto da ilha por uma pequena faixa de terra e uma estrada. Para chegar às praias, é preciso pegar um ônibus que sai da Praça Simón Bolívar (a passagem custa 2,50 dólares) ou um dos barcos que saem do cais, mas muitos turistas preferem alugar uma bicicleta para percorrer Colón sobre duas rodas. A Playa Bluff é a favorita entre os surfistas. A uma hora de caminhada de lá fica La Piscina, uma lagoa perfeita para quem busca um mergulho refrescante. E se você quer um pouco daqueles cenários de cartão-postal, Bocas del Drago, localizada no outro apêndice da ilha, é o lugar.

Cais de Bocas Town - Bocas del Toro

Cais de Bocas Town, em Bocas del Toro. Foto: Fotos593, Shutterstock

Um passeio muito comum entre quem fica em Colón é Isla Carenero, uma ilha vizinha que também tem suas praias tipicamente caribenhas, algumas opções de hospedagem e uma atmosfera muito mais tranquila que a vida animada de Bocas Town.

A Isla Colón é a principal escolha dos viajantes para fazer de base no arquipélago. Veja aqui uma seleção de hotéis e hostels na ilha.

Bastimento

Bastimento está a dez minutos de barco de Colón e possui praias intocadas e muito verde em um ecossistema riquíssimo protegido pelo Parque Nacional Marino Isla Bastimentos. Ali é possível ver também uma espécie de sapo minúsculo de cor vermelho sangue que habita a região da praia não por acaso batizada de Red Frog. A ilha conta com resorts, alguns hostels, um pequeno mercado e vendedores ambulantes.

Entre as atrações da ilha está a Laguna de Bastimentos, na estrada da reserva natural, que é para ser admirada de terra firme porque é casa de jacarés e crocodilos. Além da Cayo Crawl, famoso por ser o melhor ponto de snorkeling do arquipélago, e da vila Quebrada de Sal, uma reserva que abriga cerca de 400 indígenas Ngöbe-Buglé. Há tours com guias nativos que ensinam as tradições preservadas dessa população.

A maior parte dos habitantes da ilha, no entanto, vive na pequena e colorida vila de Old Bank, na qual floresce uma mescla da cultura indígena, espanhola e afro-caribenha. Ali é possível encontrar pequenos restaurantes locais e opções simples, porém bastante econômicas de hospedagem. Trilhas, canoagem e outras atividades de aventura completam a lista do que fazer em Bastimento.

O water táxi de Colón custa 5 dólares e você deve especificar se quer ir para a reserva ou para os hotéis, já que a entrada acontece por cais diferentes.

Bocas del Toro, Panamá

As coloridas casas de madeira foram construídas no início do século 20 e seguem de pé, preservando o ar de vila de pescadores em toda Bocas del Toro. Foto: Damsea, Shutterstock

Ilha Popa

Coberta por manguezais e com recifes de corais colorindo o mar tão próximo à costa, a Ilha Popa é a segunda maior de Bocas del Toro e está a 30 minutos de barco da Isla Colón. Selvagem e pouco habitada, possui cinco comunidades indígenas vivendo em seu território e um resort de luxo, o Paradise Beach Resort, que recebe turistas durante o dia para usarem seu restaurante e piscina. Dali também sai uma trilha para o ponto mais alto da ilha, que pode ser feita com um guia local indígena, por 5 dólares.

A apenas alguns quilômetros dali fica a Isla Zapatilla e a Coral Cay, ambos pontos famosos de snorkeling.

Ilha San Cristóbal

Muitas vezes esquecida pelos turistas, San Cristobál possui uma rica vida marinha e ecossistema preservado pelos indígenas que a habitam, o que acaba atraindo praticantes de snorkeling e mergulho. Os melhores recifes ficam na parte norte da ilha, incluindo o Cristóbal Light, o maior deles. A Baía de los Delfines é um ponto de encontro de dezenas de golfinhos que se reúnem por ali pelas manhãs e tardes. É quase impossível não ver nenhum desses simpáticos animais se você planeja uma visita para esses horários – há diversos passeios que levam até ali com esse objetivo, saindo de Bocas Town. A Vila de San Cristóbal é basicamente populada pelos Ngobe e é a única comunidade que tem eletricidade, uma escola pública e telefones públicos. A região de Bocatorito é o lugar para ver manguezais e algumas praias desertas.

Ilha Solarte

Essa é outra famosa região de snorkeling em Bocas del Toro, com coloridos recifes de corais e diferentes espécies de peixes que passam por ali. Você encontrará diversos passeios que incluem uma parada em Hospital Point para a atividade. O nome é referência a um antigo hospital abandonado que foi construído na ilha nos anos 1900, pela United Fruit Co., para tratar as vítimas de malária e febre amarela.

Quando ir para Bocas del Toro

Localizado no leste do Panamá, bem próximo à fronteira com a Costa Rica, Bocas del Toro tem um clima semelhante ao resto do litoral caribenho na América Central. Isso quer dizer clima instável, com muita chuva o ano inteiro. Sabe aquela foto de panfleto de viagem com o céu azulzinho? Você até vai conseguir vê-la, mas provavelmente não vai durar o dia inteiro, já que o normal é que a chuvinha leve bata cartão no fim da tarde, mesmo nos meses considerados mais secos. Os meses de setembro, outubro, janeiro, fevereiro e março são os que apresentam a menor pluviosidade. E junho, julho, agosto, novembro e dezembro, a mais alta. Ainda assim, eu fui em fevereiro e choveu praticamente todos os dias, mas nada que atrapalhasse a viagem. A temperatura média é de entre 22°C e 26°C.

Por causa dessa instabilidade, recomenda-se que você deixe para comprar os passeios ou definir a programação na manhã do dia, levar capa de chuva sempre com você e usar bastante repelente e filtro solar (porque o tempo engana).

Isla Carenero - Bocas del Toro

Isla Carenero. Foto: By John Crux, Shutterstock

Quanto custa?

O Panamá tem sua própria moeda, a Balboa, que vale o mesmo que o dólar, mas que parece estar entrando em desuso, sendo substituída pela moeda estadunidense. O dólar é amplamente aceito em todo o país e isso não é diferente em Bocas del Toro.

Vá ao arquipélago preparado, com bastante dinheiro em espécie, já que só há um caixa eletrônico no arquipélago e, se o dinheiro acaba, é preciso esperar até que o banco passe para repor. Eu estive lá no carnaval e, por causa do feriado, a reposição só aconteceu três dias depois. Em uma emergência, donos de supermercado chinês em Bocas Town aceitam fazer uma compra no cartão em troca de dinheiro em espécie por uma taxa de 10% do valor sacado. Muitos hotéis e restaurantes aceitam cartão, mas os water táxis, por exemplo, precisam ser pagos em dinheiro vivo. Por isso é sempre bom ter uma reserva com você.

Uma viagem em water táxi custa entre 5 e 8 dólares

Uma diária em um quarto coletivo de hostel pode custar a partir de 12 dólares

Uma cerveja long neck custa cerca de 2 dólares

Uma refeição com menu turístico custa entre 7 e 13 dólares

Os passeios variam muito, mas podem custar entre 30 e 70 dólares

Como chegar em Bocas del Toro?

Para chegar a Bocas del Toro é preciso ir à cidade de Almirante, que está no continente. Da estação de ônibus, pegue um táxi para o cais de onde saem os barcos em direção à Bocas Town. O trajeto custa 6 dólares, mas se você comprar a ida e a volta de uma vez, fica 5 cada perna. Se você vem da Costa Rica, pode valer a pena contratar um shutter de Puerto Viejo que já te deixa no cais Almirante.

Há apenas um ônibus por dia que faz o trajeto da Cidade do Panamá até Almirante – e vice-versa. Uma alternativa é pegar um ônibus para David e, de lá outro em direção a Bocas, já que dali a oferta é maior. Esse mesmo percurso pode ser feito para ir de Bocas à Cidade do Panamá.

Voos saem diariamente da Cidade do Panamá para o Aeroporto de Bocas Town. A viagem dura 45 minutos.

O que fazer em Bocas del Toro: roteiro de seis dias

Praia em Bocas del Toro, Panamá

Foto: icemanphotos, Shutterstock

Dia 1

Alugue uma bicicleta para percorrer a Isla Colón ou pegue um ônibus na Plaza Simón Bolívar em direção à Bocas del Drago ou Playa Estrella.

Dia 2

Dia de praia na Isla Carenero. Um water táxi saindo de Bocas Town custa apenas 2 dólares. Há bares e restaurantes na ilha.

Dia 3

Passeio de barco com parada para snorkeling na Isla Zapatilla e Laguna Azul.

Dia 4

Faça um passeio a alguma comunidade indígena Ngobe, com guia local, para conhecer a cultura e tradições desse povo.

Dia 5

Saia pela manhã em direção à Isla Bastimento, onde você passará os próximos dois dias. Aproveite para relaxar nas praias da região. Um bom lugar para passar a noite é no Selina Red Frog, um hostel bonitinho que mais parece um mini-resort e conta com um bom restaurante que salva as refeições na ilha.

Dia 6

Explore as trilhas do Parque Nacional da Isla Bastimento.

E não se esqueça:

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Os sotaques e a arte da escuta: como eu aprendi inglês em Malta

Sempre tive muita vergonha de falar inglês. Não fui daquelas crianças que cresceram no cursinho de idiomas e ao ver meus amigos que dominavam a língua com naturalidade, me sentia muito insegura para me comunicar. Quando decidi fazer o intercâmbio, esse era disparado meu maior medo: a barreira da língua estrangeira. Diante desse receio, me perguntava se um lugar como Malta, com uma questão linguística tão particular, era mesmo a melhor escolha.

Senta que lá vem história

Para quem não sabe, o inglês é idioma oficial da ilha, junto do maltês, uma língua bem peculiar que só é falada naquele pedacinho do mundo. Considerado o idioma nacional, a língua maltesa surgiu no século 15, resultado de uma mistura de dialetos árabes e siciliano, com influências do italiano e do próprio inglês. E sim, essa combinação de O Clone com Terra Nostra soa bem diferente a nossos ouvidos brasileiros. Tanto que em quase um ano morando lá, a única palavra que aprendi no idioma local foi “mela”, interjeição que eles usam o tempo todo e equivaleria ao “então” ou ao “aí” que usamos para iniciar frases quando estamos contando um caso.

Então, quando é que o Inglês entra nessa história? Quase 200 anos atrás, quando Malta se tornou uma colônia britânica. Ao longo de sua história, a ilha foi conquistada, tomada e governada por diversos povos. Sua localização estratégica, bem no meio do mar mediterrâneo, era o grande motivo dessa disputa toda que envolveu árabes, italianos, espanhóis, franceses, britânicos e outras nações que nem existem mais. Até que em 1800, ela passa a ser controlada pela Inglaterra, integrando o Império Britânico, do qual fez parte até 1979. Nessa época o inglês se tornou o idioma oficial e o maltês só podia ser usado informalmente. Atualmente, os dois idiomas têm status de língua oficial, sendo que 98% das pessoas são fluentes em maltês e 88% em inglês.

Para completar essa salada mista linguística, ainda tem o italiano. Mais de dois terços dos malteses falam o idioma, que além de ter sido uma das línguas oficiais do país até 1934, está até hoje em muitos programas da TV aberta da ilha.

Aprendendo inglês em Malta: a Torre de Babel

Aprender inglês em Malta

No parque de diversões: Atividades extracurriculares são ótimas para relaxar e perder o medo da conversação

Dado todo esse contexto, você deve estar se perguntando como é estudar inglês no meio dessa miscelânea e é aqui que voltamos à minha experiência, que foi ótima. Primeiro sobre o medo do inglês: quando precisa se comunicar, ser humano se vira. Diante da necessidade de interagir com as outras pessoas (e de conseguir comida, sempre bom lembrar), fui arriscando com o que sabia, desenvolvendo na escola, conhecendo pessoas e, quando vi, estava falando.

Quando cheguei, fui classificada como pré-intermediário e, para esse nível, estudar em Malta é excelente. Por ser uma região com muitos turistas e estudantes (a ilha chega a receber cerca de 1,5 milhões de turistas por ano), logo de cara você percebe que nem todo mundo tem o domínio perfeito do idioma e que as pessoas não vão ficar julgando cada errinho seu. Assim fica mais fácil relaxar e falar.

Aliás, se eu puder dar uma dica sobre aprendizado de idiomas seria essa: converse sem medo. É falando que você vai se familiarizando, aprendendo e ganhando fluência. E para perder a vergonha, uma boa estratégia é imaginar um estrangeiro tentando conversar com você em português. Ele provavelmente vai cometer alguns erros de concordância ou pronúncia. Você trataria mal ou ridicularizaria o cara por isso? Claro que não. Então não precisa ter medo, as pessoas em outro país também não farão isso com você. Quanto mais você pratica, mais se desenvolve. Ou seja, se puder fale até com as pedras da rua.

Os sotaques e a arte da escuta

Se toda essa diversidade é boa para te deixar mais à vontade, pode ser um ponto negativo para o seu listening. Você vai escutar muitas línguas pela ilha, embora o inglês seja aquela com a qual as pessoas falarão com você. Isso pode ser um dificultador se você busca uma imersão total e absoluta. Contudo, você pode compensar ouvindo mais rádio, assistindo séries, filmes e tudo que puder em inglês.

A variedade de nacionalidades também refletirá nos diferentes sotaques que você ouvirá e que podem causar alguma dificuldade no início. A primeira vez que ouvi inglês com sotaque turco, não entendia absolutamente nada que estava sendo dito. Com o tempo, por conviver com tantos colegas vindos da Turquia, passou a me parecer um dos mais fáceis de entender. É tudo uma questão de familiarizar o ouvido.

Eu acho que sotaque é parte da língua. Todo local vai ter o seu e pessoas vindas de diferentes lugares também. Trabalhar para melhorar sua pronúncia é essencial, falar de forma clara e correta também, mas a gente tem que parar de achar que um sotaque é superior ao outro ou que não podemos ter nenhum. O inglês de Malta é britânico, mas obviamente os moradores de lá têm um sotaque próprio. Não dá para pasteurizar idiomas, eles carregam histórias, vivências, origens e o inglês de alguém da Inglaterra ou dos Estados Unidos não é melhor nem mais correto que o de um australiano, um canadense, um nigeriano ou dos malteses.

Formas divertidas de praticar

Intercâmbio de inglês em Malta

Esquentas na moradia estudantil para socializar e bater papo

Ótimas opções para exercitar seu inglês, para além das aulas de conversação, são as atividades de lazer, muitas vezes organizadas pelos próprios cursos. Visitas aos pontos turísticos, passeios de barco, exibições de filmes, festas temáticas promovidas pela escola ou principalmente as “resenhas” que os próprios alunos fazem na moradia estudantil são ótimas oportunidades para conhecer gente nova e entrosar, fazer amigos e conversar.

Nessas ocasiões, tente fugir dos brasileiros ou pelo menos evite falar português com eles, ou você corre o risco de se escorar nessa zona de conforto da língua materna. Aproveite esses momentos de interação para fazer amigos com quem você vai conversar em inglês.

Outra opção são encontros promovidos por alguns bares e karaokês da ilha para estimular a conversação. Em um desses eventos que participei, em um pub em St. Julians, todas as pessoas que entravam no local sorteavam um papelzinho com temas e, quando tocava o sino, precisávamos iniciar uma conversa com o primeiro que encontrássemos sobre um dos assuntos listados. O papo ia até o alarme soar novamente, indicando que deveríamos trocar de interlocutor. É bem divertido e como todo mundo ali está aberto a dialogar, fica bem mais fácil quebrar o gelo.

Diversidade cultural

Idiomas à parte, eu não podia terminar este texto sem falar do maior aprendizado que Malta me trouxe: existem muitos mundos para além da nossa bolha. Conversar com as pessoas vai ajudar no seu inglês, mas vai te trazer muito mais que isso. Vai te ensinar a exercitar a empatia e a troca com pessoas com vivências tão diferentes que até a estrutura de pensamento é outra. Aproveite ao máximo essa experiência incrível e tão genuína de troca com outras culturas. Foi conversando sobre anarquismo com uma espanhola, sobre machismo com uma italiana, sobre as milhões de maneiras cheias de poesia de se dizer eu te amo em turco ou a forma de quase nunca se falar sobre isso em japonês, salvo ocasiões realmente especiais, que aprendi muito mais que uma nova língua.

Com a menina muçulmana, que usava um hijab por cima do cabelo azul e falava sobre liberdade de escolha, ou com o garoto do Gabão que jogava nossos privilégios brancos na cara com uma doçura inimaginável, fiz muito mais que praticar inglês. Em Malta, me apaixonei pela sonoridade do espanhol e percebi que italiano é bem mais difícil que parece. Descobri que, em árabe, sol é feminino, lua é masculino, e que o inglês, mesmo sem saber a diferença entre ser e estar, podia ser uma ótima ponte para todas essas conexões. Então, toda vez que me perguntam como é o inglês de Malta, minha resposta não pode ser diferente: é lindo, é rico e cheio de diversidades.

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A fantástica história do chocolate: a volta ao mundo que transforma o cacau

“Se esbaldar numa fonte do mais puro chocolate. Esse era o desejo de Augustus Gloop, mas, infelizmente, o jovem acabou se afogando no rio de chocolate e sendo sugado pela uma tubulação, enquanto o horrorizado dono da fábrica, Sr. Willy Wonka, reclamava da contaminação de seu produto, que não deveria ser tocado por mãos humanas. Os funcionários da empresa, conhecidos como Oompa Loompas, se encarregaram de ir, junto com a mãe do menino, buscá-lo na sala de recheios antes que ele fosse parar numa das caldeiras.”

A Fantástica Fábrica de Chocolate, filme de 1971, de onde eu peguei emprestado o trecho acima, sempre marcou o imaginário infantil sobre o doce que é quase unanimidade entre a população mundial. Qualquer pessoa que gosta de doce já sonhou em visitar a fonte do mais puro chocolate, mesmo que na vida real não exista uma cachoeira como a que mistura os chocolates Wonka e muito menos Oompa Loompas.

O encantamento e a curiosidade eram os mesmos quando estive na fábrica da Garoto, em Vila Velha, ainda criança; nas lojas de chocolate em Gramado ou num tour de chocolates finos na Chocoversum, em Hamburgo.

Entender como o chocolate é produzido, desde o cacaueiro até as prateleiras, e também sua história, é praticamente dar uma volta ao mundo e fazer uma viagem no tempo – talvez não tão fantástica como a história de Charlie e a fábrica de chocolate, mas certamente interessante.

Quem inventou o chocolate?

Quem inventou o chocolate primitivo foram os povos que habitavam a região originária do cacau, nossa querida América Latina. Há indícios de consumo do cacau desde 1500 a.C, pela civilização Olmeca, que habitava o território que hoje compreende México e Guatemala. Mas foram os maias que popularizaram e desenvolveram o costume de beber chocolate. Torravam as sementes, misturavam com especiarias como pimenta e utilizavam em cerimônias especiais. O cacau era tão importante que foi encontrado pintado nos templos e artefatos maias, além de pinturas de reis e deuses bebendo chocolate.

O sabor amargo é bem diferente do que conhecemos hoje, mais próximo do café – tipo uma barra daquelas com mais de 70% de cacau.

fruto do cacau historia do chocolate

Foto: freedomnaruk em Shutterstock

Por volta de 1400 d.C, os astecas dominaram os maias e o cacau passou a ser uma bebida para nobres e deuses. É que como não havia cacau nas terras astecas, eles só conseguiam acesso à fruta por meio de tributos pagos pelos maias. Mesmo com o acesso restrito, era uma bebida importante. O nome utilizado se parece com que usamos hoje: cacauhatl (água de cacau) ou xocoatl (água amarga).

Dizem as histórias que o Rei Montezuma bebia 50 copos de chocolate por dia – e um extra se fosse se encontrar com uma mulher. Por conta desses efeitos estimulantes, as mulheres astecas eram proibidas de beber chocolate. Acreditava-se que sabedoria e poder vinham de comer a fruta.

Uma lenda asteca contava que o Deus da Vegetação, Quetzacoatl, veio para a Terra com uma árvore de cacau e ensinou os mortais a como cultivar o fruto e fazer a bebida com suas sementes. Isso fez com que os outros deuses ficassem furiosos por ele dividir uma bebida sagrada com os humanos e o expulsassem do paraíso. Ele partiu, mas prometeu que um dia voltaria.

A história do retorno do deus foi um tiro que saiu pela culatra. É que Hernán Cortés, um importante conquistador espanhol, chegou nas terras astecas em 1519, usando armadura e joias – bem no ano que a lenda de Quetzacoatl prometia seu retorno. Com isso, os astecas acreditaram tragicamente que aquele era seu deus. Montezuma teria oferecido a Cortés um copo de chocolate e uma plantação inteira de cacau. A confusão, infelizmente, fez com que a conquista de Cortés sobre o Império Asteca fosse muito mais fácil.

Dizem que Cortés não gostou do sabor amargo da bebida de cacau, mas ficou espantando com o tamanho valor que os astecas davam a isso. Ele descobriu que esquentar a bebida tornava seu sabor mais suave e foi assim que surgiu o chocolate quente primitivo. O desbravador levou para a Europa não só as sementes, mas também o equipamento necessário para produzir a bebida. O comércio criado pelos conquistadores espanhóis e portugueses, acabou, cedo ou tarde, difundindo o cacau pela Europa.

Dos mil anos da bebida à barra de chocolate

Por volta de 1600, as primeiras tentativas de adicionar açúcar à receita aconteceram. Foi nessa época que a corte francesa teve contato com a bebida. Em 1659, David Chaillo abriu a primeira chocolateria em Paris. Dois anos antes, na Inglaterra, um comércio do tipo surgiu na Inglaterra, para competir com as casas de café. A bebida ainda era considerada luxuosa e somente homens podiam frequentar esses lugares.

A Revolução Industrial, por volta dos anos 1700, foi o passo essencial para que o chocolate, pela primeira vez, deixasse de ser feito de acordo com as tradições maias. Dois franceses tiveram um papel importante nessa história: Doret criou uma máquina hidráulica para transformar as sementes de cacau torrado numa pasta. Mais tarde, Dubuisson criou um moinho de chocolate movido a vapor. Assim, passou a ser possível moer grandes quantidades de cacau e produzir chocolate de forma mais barata, tornando o alimento disponível para qualquer pessoa.

fabrica de chocolate lindt

A máquina de conching, criada por Lindt no século 19, que mistura os ingredientes por até dois dias

O que você percebe por essa história é que o chocolate foi se transformando de acordo com a criação de diferentes máquinas. Em 1829, foi a vez de um holandês ganhar fama. Van Houten inventou uma prensa de cacau: ela conseguia retirar a manteiga de cacau fora da semente, deixando somente o pó. Ele também passou a acrescentar sais alcalinos no chocolate em pó, que ajudavam a misturá-lo com a água e deixar a cor mais escura e o sabor mais suave. Essas inovações tornaram o chocolate mais cremoso, suave e saboroso.

Mistura de chocolate acuca e leite em po

Mistura em pó de cacau, açúcar e leite. Quando colocada na boca, se transforma magicamente em chocolate

Essa separação da manteiga de cacau do pó permitiu que os chocolatiers pudessem criar novos sabores de chocolate. Sem isso, chocolate branco, chocolate ao leite e cacau em pó não existiriam.

Levou mais de mil anos para o chocolate começar a ser comido, ao invés de bebido. Somente em 1847 é que uma fábrica na Inglaterra, chamada Fry Company, produziu a primeira barra de chocolate do mundo.

A origem de tudo: o cacau

A origem do chocolate vem de uma árvore de nome engraçado, o cacaueiro, uma planta originária da bacia do Rio Amazonas. Cada fruto do cacau tem cerca de 40 sementes ou amêndoas, que são secas e torradas para originar a cocoa. Toda essa produção é bastante manual: desde a colheita até as sementes secas, os processos são poucos industrializados. Só depois que os grãos secos são embalados e enviados para as fábricas de chocolate mundo afora.

sementes ou amendoas de cacau secas

Foto: noBorders – Brayden Howie em Shutterstock

O Brasil é um país com condições ideais para o cultivo. Além da região da Amazônia, Bahia (Ilhéus) e Espírito Santo são os principais estados produtores. O Brasil é o quinto maior produtor de cacau do mundo, incluindo cacau fino (que é menos ácido e menos amargo, usado em chocolates premium), mas muito pouco dessa produção fica no país. Sempre é necessário importar para abastecer o mercado interno. Por exemplo, no primeiro semestre 2017, por conta do clima desfavorável para a produção, 54 mil toneladas de cacau tiveram que ser importadas de países africanos.

mapa producao cacau mundo

A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau do mundo, mas tem uma história sangrenta com essa produção: escândalos de trabalho escravo e infantil já foram, inclusive, tema de documentários como “O lado negro do chocolate”. O problema é se manterem competitivos em uma industria que paga muito pouco pela matéria prima.

producao de cacau costa do marfim

Mulheres na produção de cacau na Costa do Marfim. Foto: BOULENGER Xavier em Shutterstock

Hoje em dia, algumas empresas produzem boa parte do chocolate do mundo: são a Mondelez, Mars, Nestlé, Hershey e Ferrero, que formam a “Big Chocolate”. Outras grandes empresas de chocolate usam selos de “fair trade” e buscam uma produção mais ética e sustentável. Mas ainda é muito pouco: a característica essencial do “Fair Trade” é que as organizações que produzem o cacau recebem mais pela produção, um valor que possa garantir o seu sustento e cubra as taxas de certificações. Segundo a Internacional Cocoa Organization, apenas 0,5% do cacau é vendido nessas condições.

Será que seu chocolate é chocolate mesmo?

Outra controvérsia da indústria do chocolate, e que afeta bastante o Brasil, é o mínimo do uso de cacau e a adição de gorduras vegetais na produção. Quando a gente se pergunta por que o chocolate belga ou o chocolate suíço são considerados os melhores do mundo, é porque eles usam no mínimo 38% de cacau e proíbem adicionar gordura hidrogenada. Esse é o caso também de chocolates premium. A União Europeia tem uma regra de no mínimo 30% de cacau na receita, e apesar de permitir a adição de gorduras vegetais além da manteiga de cacau, a quantidade não pode ultrapassar 5%.

composicao chocolate ingredientes cacau

Já no Brasil não é bem o caso. Nos rótulos de alguns dos “chocolates” brasileiros mais famosos, como o Batom, a lista de ingredientes, é a seguinte: água, açúcar, xarope de glicose, leite em pó desnatado, gordura vegetal, soro de leite e cacau. Lembrando que os ingredientes são listados de acordo com as quantidades na composição do produto, dá para imaginar que, nesse exemplo, pouquíssimo cacau é utilizado na preparação.

A resolução atual da Anvisa é de que o produto no Brasil precisa ter pelo menos 25% de cacau para ser chamado de chocolate. Há, desde março de 2018, dois projetos para tentar mudar isso: na Câmara dos Deputados, propõe mudança de 25% para 27%. No Senado, a sugestão é que o percentual suba para 35%.

história do chocolate tipos

Foto: Shulevskyy Volodymyr em Shutterstock

Segundo Priscilla Efraim, engenheira de alimentos e professora da Unicamp, entrevistada pela UOL, “De forma geral, espera-se que, quanto maior o teor de cacau, mais intenso o sabor do chocolate fique. Se subisse para 35%, a mudança seria mais notável”, isso sem contar que, para aumentar a quantidade de cacau, o açúcar e as gorduras vegetais teriam que diminuir, o que é um benefício para a saúde.

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Orika, a vida simples fora dos resorts das Islas del Rosario, na Colômbia

Basta uma hora de barco de Cartagena das Índias para ver as águas amarronzadas que banham a cidade se transformarem no azul turquesa dos panfletos de viagem. Famosas por oferecerem a verdadeira experiência de Caribe colombiano, as Ilhas do Rosário atraem centenas de turistas em busca das belas paisagens praianas, areias brancas e espreguiçadeira, mas esse não é o único cenário encontrado ali.

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

Em Isla Grande, a maior das ilhas do Rosário, há uma população nativa de cerca de 800 pessoas. São os descendentes de negros escravizados que ocuparam a região há séculos e desenvolveram maneiras particulares de se relacionarem com a terra. Hoje, eles lutam pelo reconhecimento do direito de ocupação do território como uma comunidade tradicional. Orika, a única vila da ilha, tem poucas casas – muitas delas de madeira -, ruas de terra e cerca de 200 habitantes.

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

“Orika era a filha de Benco Viejo, um herói que lutou pela liberdade do povo negro”, conta Yasmin. “Nós somos todos seus filhos, porque somos os negros que vieram para cá em busca dessa liberdade”. Ela segura nos braços a filha Maitê enquanto explica que faz parte de uma cooperativa de mulheres artesãs. Tudo o que ganham com a venda de artesanato e bijuterias é dividido igualmente entre as 10 participantes. “Vivemos do turismo”, diz.

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

Yasmin e sua filha Maitê

O setor de turismo é o principal motor da economia de Isla Grande. Mas embora turistas de todas as partes do mundo cheguem todos os dias nas dezenas de barcos que deixam o porto de Cartagena, a pequena comunidade vive esquecida. Na alta temporada, a população local chega a subir para duas mil pessoas.

Localizada no centro da ilha, a alguns minutos de caminhada das praias mais próximas, por trajetos que passam por trilhas não muito bem demarcadas, não são muitos os visitantes que trocam o dia nas águas azuis do Caribe por um passeio pela comunidade na qual não há outro atrativo que não o humano.

“Passamos o dia de ontem apagando um incêndio”, me contou Ramiro, dono de uma das poucas pousadas localizadas dentro da comunidade, no dia em que cheguei. “Começou em uma casa e se espalhou rapidamente, então todos tivemos que ajudar a conter o fogo”. Ele explica que nas Ilhas do Rosário não há corpo de bombeiros nem Polícia Nacional, por isso os habitantes dali precisam se virar para lidar com esse tipo de incidente.

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

E esse não é o único recurso que falta por ali. A maior parte dos suprimentos que abastece a ilha vem de barco de Cartagena a cada 15 dias e acaba nos hotéis e resorts – são 12 propriedades no total – onde são vendidos aos turistas por preços consideravelmente mais caros que no continente. E a falta de pelo menos um item essencial é bastante sentida: água. Por ser uma ilha, o recurso já é naturalmente escasso. Mesmo nos hotéis, o consumo é controlado e só é liberado em determinados momentos do dia.

Para a população, o acesso é ainda mais complicado. É preciso enfrentar fila para encher galões nos poços artesianos, mas a água retirada deles não é potável e precisa ser fervida antes do consumo. Como o preço do refrigerante – a preferência local é pela marca Kola Román – é mais baixo que o da água mineral, essa acaba sendo a alternativa mais utilizada para matar a sede por ali.

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

Nas noites de sexta e sábado, a música ressoa alta na copa das árvores que rodeiam Orika. É apenas nesses dias que a legislação ambiental permite festa e os bares e casas de baile garantem que tudo será curtido no último volume, ainda que apenas uns gatos pingados se espalhem pelos dois ou três estabelecimentos que competem pela música. Um cenário bastante diferente das festas encontradas nas praias e nas lanchas que fazem o trajeto rumo às ilhas vizinhas e nas quais os visitantes podem chegar a gastar pequenas fortunas em pesos colombianos por noite.

Mas nos demais dias, impera o silêncio. Crianças andam pelas ruas de terra com suas bicicletas e brincam nos parquinhos. Mulheres vêem a vida passar por trás das janelas e sorriem para quem encontram. Cabras, porcos e galinhas descansam na sombra das árvores. É assim que a vida em Orika segue pacata e alheia a badalação cosmopolita das praias de acesso restrito controlado pelos hotéis e Beach Clubs. Dois mundos paralelos que dividem aqueles 0,2 quilômetros quadrados de ilha, mas só se encontram no estritamente necessário.

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

Orika, Isla Grande, Isla del Rosario

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A censura online na China e a vida sem Google e Facebook

Desembarcar na China é a experiência mais próxima de uma viagem no tempo que alguém pode ter. E, na maioria das vezes, o destino tem traços futurísticos: é difícil não se impressionar com os trens de alta velocidade que cortam o país a mais de 400 km/h; é complicado segurar o queixo diante de tantos arranha-céus, tantas metrópoles gigantescas, tantos números superlativos. Mas se a modernidade do país é gritante, assim também é o passado.

E não só o passado de uma das grandes civilizações da humanidade, com muralha, cidades históricas e tudo mais, mas também o jeitão de tempos antigos que o outro lado da moeda reserva para a China moderna. Por ali, o progresso veio atrelado a práticas tão velhas quanto a própria humanidade – censura, perseguição política e forte repressão por parte de um governo que diz tudo isso fazer em nome do povo.

Veja também: O outro lado do mundo e o encontro entre oriente e ocidente

6 pratos típicos da culinária chinesa

120 milhões de habitantes – a cidade sem fim que está nascendo na China

O turista, esse ser privilegiado que costuma conhecer países dentro de bolhas de proteção, é quem menos sofre com isso. Na prática, o único momento em que essa face da China afeta o viajante é quando o assunto é a vida online. A agência governamental responsável por censurar a torto e a direito conta com 50 mil funcionários e o Grande Escudo Dourado garante que um número absurdo de sites que são onipresentes no resto do mundo simplesmente não existam no gigante asiático.

Termos e assuntos considerados perigosos pelo Partido Comunista Chinês também desaparecem das buscas, assim como o próprio sinônimo delas, o Google. E aí vale de tudo, de pesquisas envolvendo o Massacre da Paz Celestial a textos sobre livros considerados impróprios; de pornografia a músicas e filmes que não têm a aprovação do governo.

Isso não quer dizer que os chineses não estejam na internet. Pelo contrário, 25% dos internautas do mundo (para utilizar uma expressão dos anos 1990) estão no país. Só que no lugar de Facebook, Instagram, Whatsapp e outros produtos do monopólio de Zuckerberg e companhia, por ali a estrela é o WeChat, que em 2018 atingiu a impressionante marca de um bilhão de usuários. Maior ainda é o número de mensagens enviadas todos os dias nessa rede social chinesa:  são 38 bilhões.

Ok, é fácil ter números gigantescos quando seu principal mercado é a China e você não tem concorrentes estrangeiros, mas é difícil não se impressionar com um aplicativo que é usado para praticamente tudo. O WeChat é rede social, serviço de mensagens, de pagamento de contas, reserva de produtos e tudo que você imaginar. Baixar o aplicativo e pedir para sua família fazer o mesmo é a primeira atitude a tomar antes de viajar, caso você queira se comunicar enquanto estiver na estrada. Ele é tão forte por lá que é até engraçado pensar em como seria a vida dos chineses caso o WeChat simplesmente deixasse de existir.

Ironicamente, descobrir a resposta é fácil. Você chega à China, pega o celular e faz aquilo que te parece natural – mandar uma mensagem de Whatsapp. O aplicativo não funciona. Facebook Messenger, então? Também não. Nem Skype, Gmail, Hangouts ou qualquer produto do Google. Também nada de postar fotos ou se comunicar pelo Instagram, outra rede que não existe em terras chinesas. Se você fez seu trabalho direitinho e pesquisou antes de viajar, então baixou aplicativos de tradução, como o Peixe Babel, digo, o Google Translate. Pelo menos esse funciona offline e salva vidas – melhor do que confiar só na mímica. Mas as facilidades da tecnologia param por aí.

Ao se locomover pelas grandes cidades chinesas, você resolve usar o mapa do celular. Só que o Google Maps também não funciona, nem mesmo offline. Há, claro, vários aplicativos de mapas e GPS, mas achar um que não esteja em mandarim logo se transformará num desafio tão grande quanto a Muralha da China. Aplicativos de transporte? Existem, mas não são os mesmos, já que a Uber desistiu do mercado chinês em 2017.

É assim que você se dá conta que voltou no tempo, mais especificamente para o começo do século 21. Nada de smartphones que resolvem sua vida o tempo todo; nada de aplicativos que fazem parte do seu dia a dia de forma tão intensa que você sequer nota a presença deles mais. Voltam os mapas de papel, retornam as corridas de táxi.

A parte boa, se é que podemos chamar assim algo que é consequência da censura, é que o vício fica escancarado: sem rede social para postar as fotos da viagem, o jeito é esperar até voltar para casa e só então contar sobre a aventura para os amigos e parentes. A bolha turística é tão grande que a censura chinesa acaba tendo o benéfico efeito de desintoxicação digital. Não há nada a postar, não há mensagens a enviar.

Como tudo na vida, tem um jeitinho para driblar a censura chinesa. E ele nem é tão complicado assim. Basta baixar um VPN, sigla que significa Virtual Private Network, o que permite que uma pessoa, mesmo estando na China, finja que não está – e assim o Grande Escudo Dourado é deixado para trás. A estratégia é tão recorrente que alguns hotéis têm VPNs instalados em suas redes, tudo para facilitar a vida dos turistas estrangeiros. Essa é a mesma estratégia usada por grandes empresas, chinesas ou de fora, que precisam driblar o Grande Firewall para facilitar os negócios com ocidente.

Quando eu saí de casa, já sabia da força da censura online chinesa. Por dias, pensei se valeria a pena ou não baixar um VPN. Acabei optando por não fazê-lo. Olhando agora, me parece que foi a coisa certa. Pelo menos essa bolha vale a pena evitar.

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