Horóscopo de abril: corre ver o que vai rolar para o seu signo!
Março demorou, mas, enfim, abril chegou! E com ele, novas oportunidades, miga! Chegou a hora de ...Por: Horóscopo
Escreva o que quer pesquisar!
Uma menina se perde de seus pais num lugar cheio de espíritos e criaturas inusitadas. Uma outra criança descobre seres mágicos vivendo nos arredores de sua nova casa. Uma terceira trabalha entregando encomendas por aí montada em uma vassoura. Outra, já adolescente, criada por deuses-lobos, precisa enfrentar um terrível demônio.
Quem já assistiu aos filmes do Studio Ghibli reconhece essas histórias e já está acostumado com humanos convivendo pacificamente (ou nem sempre) com criaturas animalescas. Mas apenas explicar o enredo dessas animações não é o suficiente: é preciso senti-las.
É que os filmes do Studio Ghibli são muito diferentes das animações comuns americanas, feitas para arrancar gargalhadas e envolver crianças (e seus pais) em tramas de ação, suspense e comédia. No cinema animado japonês, o ritmo é outro.
Eu já sabia que tinha algo especial em Meu vizinho Totoro ou Princesa Mononoke, mas só fui entender mesmo quando eu assisti ao vídeo abaixo. Ele fala sobre a importância do vazio nos filmes do estúdio. Em resumo, tão importante quanto a ação dramática é aquele momento de pausa, em que o personagem está apenas vivendo, o vento está soprando, a comida está fumegando… É tipo a vida real. As coisas não acontecem o tempo todo nas nossas vidas, né? Mesmo quando estamos envolvidos numa missão, sempre tem aquele momento de pausa e reflexão. Segundo o vídeo, é isso que torna esses filmes tão encantadores.
Mas não é só.
Hayao Miyazaki é um gênio do cinema. Em 1984, ele lançou Nausicaä do Vale do Vento, uma história pós-apocalíptica protagonizada por uma princesa que tenta entender como os humanos e a natureza se afetam, para o bem e para o mal. O filme fez tanto sucesso que, no ano seguinte, Miyazaki se juntou a outros três cineastas e criou o Studio Ghibli, que contaria histórias fantásticas e profundas, sem moralismo, nas próximas décadas.
Por Denis Makarenko / Shutterstock
De 1986 a 2016, vieram 22 filmes que conquistaram rápido o público japonês. A moda demorou a pegar no resto do mundo fora do meio otaku. Mas, quando pegou, veio com tudo. Em 2001, A viagem de Chihiro ganhou o Oscar de melhor filme de animação. É o único filme de língua não-inglesa a vencer o prêmio.
Dos 22 filmes, Miyazaki dirigiu nove. Isao Takahata comandou cinco. Os outros, que têm histórias com temas e estilos de animação variados, foram escritos por outros artistas japoneses (com exceção de A tartaruga vermelha, de 2016, dirigido por um holandês).
E você pode se preparar: é possível que alguns desses filmes mudem a sua vida. Eles são intensos, falam de questões complexas. Em Meu vizinho Totoro (1988), as protagonistas lidam com a mãe doente, no hospital, e uma teoria da conspiração diz que Totoro é, na verdade, o deus da morte. Cemitério dos vagalumes (1988) fala do horror da guerra que destruiu o Japão. Only yesterday (1997) fala sobre crise existencial, sobre memórias, sobre amigos e amores da infância que a adultice arranca das nossas vidas. É pesado o negócio. E, ao mesmo tempo, leve e lindo também. Dá vontade de morar nesses universos ficcionais.
Também tem filmes levinhos, tá? Serviço de entregas da Kiki (1989) e Meus vizinhos, os Yamadas (1999) são meus preferidos.
Visitar o Museu Ghibli (pronuncia-se algo como “díburi”) foi uma parte muito importante da realização do meu sonho de conhecer o Japão. O ingresso foi a primeira coisa que eu comprei depois da passagem e do visto. Finalmente, em setembro de 2017, entrei nesse lugar fantástico.
Confesso que quase chorei ao avistar o prédio colorido, com formas curvadas, que se impõe sobre o parque Inokashira. Parece que você já está entrando num mundo incomum, onde um monstro simpático pode aparecer a qualquer momento.
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Como não ser trouxa numa viagem para o Japão
Lá dentro, não é permitido fotografar. Mas vai demorar até aquelas imagens, cheiros e sentimentos sumirem da minha memória. Vou fazer um resumo do que te espera:
Logo na entrada, você recebe o ticket para assistir a um curta produzido pelo estúdio exclusivamente para o museu. O ingresso já é um souvenir: ele consiste em um conjunto de frames de algum filme. No meu, mal dá para identificar uma cena, e não descobri de que filme era. Mas é legal mesmo assim.
Você assiste ao curta numa pequena sala de projeção, e não tem legenda. Eu demorei para entender direito a história do que vi. Mas não importa: o que vale são as imagens lindas e as sensações que elas causam. Há 14 curtas exclusivos do museu, e eles vão se alternando.
O museu foi projetado pelo próprio Miyazaki, e a visita se transcorre como uma história. Numa sala, você vê a ciência por trás da animação, com máquinas que recriam as técnicas cinematográficas diante dos seus olhos. Outras salas se dedicam a contar as etapas da produção de um filme, desde os rascunhos dos desenhos até a finalização.
Desde novembro de 2018 até o momento em que esse texto foi escrito, a exposição especial em destaque era “Painting the colors of our films”, dedicada aos estudos de cores nas obras do estúdio, que ajudam a criar uma atmosfera fantástica. Quando fui, estava em cartaz “Delicious! Animating memorable meals”, que mostrava em detalhes a construção minuciosa de cenas em que personagens estão comendo, seja um bolinho de arroz ou um pedaço de carne crua. Deu pra entender que, no mundo Ghibli, nenhuma mordida é em vão. Cada mastigada tem uma intenção e um sentimento. Uma parte do museu tinha se transformado num restaurante. Infelizmente, as comidas todas eram fake. Mas, logo adiante, tem uma lanchonete/café onde você pode satisfazer seu apetite.
E, mesmo que você seja um viajante econômico, será dificílimo sair de lá sem uma das milhares de opções de souvenires da lojinha. Tem chaveiros, quebra-cabeças, réplicas em pelúcia, postais, pôsteres, e até jogos de chá e estátuas em resina. Tudo muito caro, é óbvio. Eu fui modesto. Trouxe para casa um lenço, alguns chaveiros e bottons e um baralho do Totoro. Devo ter gastado, nisso tudo, uns bons 3 mil ienes (uns 27 dólares).
Saiba mais: Quanto custa viajar para o Japão
O Museu Ghibli fica em Mitaka, um bairro no subúrbio de Tóquio. O melhor jeito de chegar é pegando o trem até a estação Mitaka, da JR Chuo Line. De lá, sai um ônibus temático que leva direto ao museu (custa 210 ienes a ida, ou 320 ida e volta). Ou então você vai caminhando mesmo. Dizem que o caminho desde a estação Inokashirakoen é lindo, dentro do parque Inokashira. Mas, como eu estava muito ansioso e com medo de me perder, fui de ônibus mesmo.
O ingresso custa 1000 ienes (cerca de 9 dólares) para adultos com mais de 19 anos. Quem tem menos que isso paga 700 (pessoas entre 13 e 18 anos), 400 (entre 7 e 12 anos), 100 (entre 4 e 6 anos). Crianças menores de 4 anos entram de graça. Para quem é muito fã, não fica tão caro. Mas tem um truque para comprar o ingresso.
É assim: no primeiro dia de cada mês, abrem-se as vendas para o próximos mês. Por exemplo, no dia 1 de abril, você pode comprar ingressos para entrar lá entre os dias 1 e 31 de maio. E só rola comprar nesse esquema se você estiver fora do Japão. Então, é preciso se planejar com antecedência para conseguir um ticket para o dia e a hora que você tiver disponível na sua viagem. Tem informações aqui.
Também dá para comprar nas kombinis da Lawson, lojinhas que tem em todo canto de Tóquio. Mas não é garantido. Um amigo brasileiro tentou comprar para me acompanhar no dia que eu fui e não conseguiu.
O museu fecha às terças-feiras e em alguns outros dias do ano. Mas, como é inevitável que você cheque o calendário antes de comprar ingresso, não tem erro. Ele funciona das 10h às 18h, mas é bom chegar lá umas 9h, porque a fila é grande e, se você demorar a entrar, terá menos tempo para curtir. E, acredite, todo o tempo do mundo é curto para mergulhar no universo do Studio Ghibli.
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Apesar de a França ser um país com boas conexões de trem e ônibus, para quem quer conhecer o interior do país e visitar as belas vilas e cidadezinhas francesas, alugar um carro será fundamental. Pelo que eu já vivi pessoalmente na região da Alsácia, onde ficam Estrasburgo e Colmar, e também no sudoeste do país, em Toulouse e Carcassonne, e ainda, em pesquisas para uma viagem pela Normandia, me levaram a mesma conclusão: sem carro, você só consegue visitar as cidades maiores e vai perder muitas paisagens belíssimas. Então sim, vale a pena alugar carro na França se você quer investir seu tempo em explorar o interior.
Dito isso, esse post é um guia sobre aluguel de carro na França: quais documentos serão necessários, qual é a média de custo do aluguel + gasolina + estacionamento + possíveis pedágios, dicas para economizar, informações sobre as estradas e muito mais!
Se você quiser saber quais as opções de transporte para os trajetos da sua viagem e calcular se está valendo a pena ou não alugar um carro, recomendo o buscador Omio (antiga GoEuro).
Teoricamente, você só precisa do seu passaporte, da carteira de motorista e um cartão de crédito válido para alugar um carro na França. Eu digo teoricamente, porque apesar do país – junto com o Brasil – ser signatário da Convenção de Viena, que precinde da necessidade de portar a Permissão Internacional de Direção (PID), a famosa carteira internacional, ela me foi exigida no momento da recolha do carro, em Toulouse, em fevereiro de 2019.
Eu perguntei ao atendente o porquê disso e ele falou: olha, não é obrigatório, mas a gente pede mesmo assim. Não é a primeira vez que isso acontece comigo na Europa (na Grécia já exigiram também). Então, minha sugestão é que você tire a carteira internacional. Saiba como fazer isso nesse post.
É praticamente impossível encontrar uma locadora que alugue um veículo sem o cartão de crédito no nome do motorista. Se você não tiver cartão de crédito pode: a) comprar um cartão pré-pago numa casa de câmbio ou com seu próprio banco e carregá-lo com o valor necessário para o aluguel + depósito; b) alugar o carro com o cartão de outra pessoa e pagar a opção de motorista extra.
A primeira e principal dica para conseguir alugar carro mais barato na França (e na Europa, em geral) é: RESERVE COM ANTECEDÊNCIA. Mas quanta antecedência? Pelo menos um mês, se possível mais. Caso real: eu olhei o valor das diárias com mais ou menos um mês de antecedência e o aluguel do carro estava saindo 97 euros para 5 diárias. Quando eu fui de fato fazer a reserva do aluguel, caí para trás: tinha aumentado tanto, que eu só aluguei para duas diárias e me custou 83 euros.
Onde reservar com antecedência? Na RentCars. Eles são um comparador que inclui basicamente todas as opções de locadoras, das mais tradicionais como a Europcar ou Guerin às mais baratinhas, como a Firefly. Eles são parceiro aqui do blog exatamente porque oferecem excelentes condições de aluguel, com diárias muito baixas, possibilidade de pagar as reservas em reais, sem IOF e parcelamento em até 12 vezes.
A média de custos de um aluguel varia muito dependendo da categoria do carro que você quiser, da cidade que for alugar, a quantidade de dias que for ficar, qual a temporada do ano e muito mais. Sendo assim, vou dar como exemplo os gastos que eu tive com o aluguel em Toulouse, indicar alguns preços médios para outras cidades francesas e também detalhar alguns gastos que você pode estar se esquecendo de calcular.
Em Toulouse, na baixa temporada, eu paguei em torno de €20 euros pelas diárias. Fiz uma pesquisa aleatória por algumas cidades francesas para a mesma data em maio.
As diárias mais baratas saem por volta de 30 euros (Nice), mas em cidades médias como Toulouse ou Estrasburgo, ficam na casa dos €40. Em Marseille e Rouen, espere encontrar algo por volta dos 50 euros por dia. E Paris, como esperado, é a mais cara, com diária a partir de €60.
Eu faço questão de contratar o seguro com a maior cobertura, daqueles que zera a franquia. A franquia, para quem não sabe, é um depósito que será bloqueado no seu cartão de crédito para o caso de eventuais acidentes e devolvido alguns dias depois da devolução do carro, caso esteja tudo certo.
Os carros em geral já incluem um seguro básico, mas pela minha experiência, quanto mais baixo o valor do aluguel, mais alto o valor da franquia: já vi chegar na casa do 2 mil euros. Se você tiver esse limite no cartão de crédito, ótimo, a grande questão é que mesmo que você seja um motorista incrível, você terá que pagar a franquia se alguém bater no seu carro estacionado enquanto você janta (aconteceu com um casal de amigos).
O seguro com a maior cobertura não é exatamente barato. Costuma sair numa média de 15 euros por dia ou ter um valor fixo mínimo. Há outras modalidades de seguro que diminuem a franquia para valores mais em conta, como 300 euros.
Lembre-se que o seguro do aluguel do veículo não muda a necessidade do contrato de um seguro de viagem. Saiba como conseguir seguro de viagem com desconto para nossos leitores.
As auto-estradas na França costumam cobrar pedágio. Eu passei por dois tipos de cobrança: aquela típica, que você paga as moedinhas no guichê e a catraca é liberada ou aquela que você passar por uma catraca, pega um cartão e daí alguns quilômetros passa por outra, devolve esse cartão e paga o valor cobrado. Nos arredores de Toulouse, pagamos por volta de €1 a 2 euros a cada pedágio.
Um bom site para verificar os diferentes trajetos e o valor exato dos pedágios que terá que pagar é o Via Michelin.
Combustível na Europa não costuma ser muito barato. Eu paguei, por exemplo 37 euros em gasolina para dois dias com o carro, em que rodamos cerca de 400 km. O litro da gasolina na França custa em média €1,46 (dados desse site). No Via Michelin, que eu indiquei ali em cima, eles também calculam uma estimativa do gasto com combustível.
Tenha em mente que a maioria dos lugares que você parar o carro, terá que pagar. Caso você vá alugar o carro por vários dias, eu recomendaria muito escolher um hotel que tenha estacionamento incluído. Por exemplo, em Toulouse, para deixar o carro a noite por cerca de 10 horas no estacionamento fechado, nós pagamos 14 euros.
Além disso, na rua, sempre que estacionar, é obrigatório pagar o parquímetro e deixar o ticket visível no painel do carro.
As estradas na França são excelentes: bem sinalizadas, sem buracos e muito mais vazias do que estamos acostumados no Brasil. Então, dá para dirigir sem medo. Basta se manter atento aos limites de velocidade e manter a calma.
A coisa é um pouco mais complicada dentro das cidades, grandes ou pequenas: ali, o trânsito é sempre mais complexo, podem haver ruas que tem trafego limitado. Minha dicas nesses casos é que você estacione o carro e explore a pé. Nas cidades grandes, o transporte público é excelente e nas pequenas, todos os pontos turísticos ficam próximos.
Temos alguns posts com roteiros e dicas de viagem pela França afora que você pode ler aqui:
O post Como alugar carro na França: 5 dicas essenciais apareceu primeiro em 360meridianos.
“Por meio dessas máquinas vivas, a cidade se torna um mundo dos sonhos”. Nenhuma fala poderia explicar melhor a visão de um Minotauro de 14 metros de altura e 47 toneladas, feito de madeira e ferro, caminhando em minha direção com movimentos perfeitos, quase humanos.
Ele é capaz de piscar os olhos, mover os braços, o rabo e até a língua, além de soltar suspiros e mugidos molhados, como um bom touro. Segundo Suzane, a Veritable Machiniste que me acompanhou na visita ao Halle de La Machine, em Toulouse, também corre numa velocidade de até 97 km/h. Essa criação, e diversas outras, vem da cabeça louca de François Delaroziere.
O francês trabalhou por anos na La Compagnie Royal de Luxe, uma grande empresa francesa de marionetes mecânicas. Em 1999, Delaroziere decidiu unir artistas, técnicos de espetáculos e pessoas relacionadas a indústrias de tecnologia avançada para construir máquinas e objetos impressionantes. Assim surgiu La Compagnie La Machine. “No coração da ideia artística da La Compagnie, movimento é interpretado como linguagem, como fonte de emoção”, explica Delaroziere. Ele atua como diretor artístico e cenógrafo da empreitada. “Esses objetos inusuais foram esculpidos, modelados e montados com consciência e, às vezes, como uma dose de loucura”.
O primeiro trabalho importante da La Machine foi o The Grand Repertoire – Machines de Spectacle. O espetáculo de rua foi exibido de 2003 a 2006, em Nantes, Calais, Toulouse, Anvers, Marseille e Paris, reunindo mais de 700 mil espectadores. O show marcou a La Machine como uma importante companhia de espetáculos – e François Delaroziere como o cenógrafo e diretor.
Aranha do espetáculo “Performing Machines”. Crédito: Francois Delaroziere
Ao mesmo tempo, a companhia seguiu criando projetos malucos, como La Symphonie Mécanique, que combinava o mundo da música clássica com tons mecânicos, ou Aéroflorale II, The Botanical Expedition, uma expedição temática das plantas que já cruzou a Europa e a América Latina.
O Veritable Machiniste tocando um dos instrumentos da “Sinfonia Mecânica”
Croqui do Projeto Aeroflorare
Em 2008, para a comemoração da Capital Cultural Europeia em Liverpool, uma aranha gigante surpreendeu os habitantes da cidade, circulando pelo centro. Apelidada carinhosamente de “Princesa”, a imagem do monstro de 38 toneladas descendo de um prédio rodou o mundo. Parte do espetáculo Les Mécaniques Savantes, a princesa já esteve no Japão. Na China, um cavalo-dragão chamado Long Ma Jing Shen integrou um grande show de arte de rua em Pequim. Depois, foi apresentado na França e no Canadá.
Segundo o diretor artístico, “a qualidade dramática das máquinas vem da sua metamorfose na cena teatral”. Em primeiro lugar, ele pontua a importância da interação entre máquinas e humanos no show. Segundo ele, a força dramática se perderia sem os dançarinos, músicos ou assistentes de palco que acompanham as máquinas. Além disso, Suzane, minha guia, explicou que cada movimento das máquinas é tão humano porque é guiado por uma pessoa, que usa um exoesqueleto computadorizado: a maquina imita os movimentos da artista. “Esses mediadores enfatizam a relação entre homem, máquina e movimento. Assim, tomamos cuidado particularmente em não transformar a máquina, mantendo sua estética mecânica pura. É a intervenção humana da manipulação, discurso, música e dança que dá vida às maquinas”, completa Delaroziere.
Parte da força dos espetáculos também está no uso do espaço público. Posicionar as enormes máquinas vivas em locais do dia a dia da cidade tem como objetivo transcender e transformar a visão que os próprios habitantes têm daquelas ruas e prédios. “Essa forma de show vivo agora inclui a arquitetura no seu roteiro teatral. O teatro que nós praticamos é o de rua e a ação é na rua. Nosso objetivo é surpreender e perturbar espectadores não-cativos, que se tornam uma audiência de esquina. Nós vemos a arte de rua como sendo uma ação unificadora do espaço público.”
Um bom exemplo para explicar todos esses espetáculos é o último show desenvolvido pela La Compagnie La Machine, o “Guardião do Templo”, que ocorreu durante quatro dias, em Toulouse, no sudoeste da França, em novembro de 2018.
Buscando a ideia de capturar os mitos como parte de um imaginário coletivo, La Machine inspirou-se numa história antiga. Em 1993, ocorreram escavações arqueológicas numa das praças do centro histórico da cidade, a Esquirol. Ali os cientistas descobriram as bases de um antigo templo etrusco, com fragmentos de algo escrito em pedra. Durante 25 anos, os pesquisadores tentaram compreender o significado da escrita e, dizem ter conseguido decifrar uma profecia:
“Toulouse, que é marcada por ouro, fogo, sangue e água, verá esse templo desaparecer. Seu guardião enterrado abaixo da terra permanecerá. Quando o dia chegar ao templo, finalmente descoberto, o guardião precisará de 50 equinócios para retornar a vida. Protetor da cidade, ele irá renascer pelas águas do rio, graças a uma nova lua azul. Caminhando em busca do templo, perdido no coração do labirinto, apenas a Ariadne metamorfoseada irá guiá-lo até sua nova casa”.
E assim, em 2018, 26 anos depois da escavação na praça Esquirol, Toulouse veria o guardião da cidade reaparecer. Segundo a Companhia, a ideia do show Guardião do Templo é reinventar os códigos e o conteúdo dessas histórias e providenciar um novo mito a ser compartilhado. A ideia do minotauro, segundo eles, tem a ver com elementos simbólicos da história da cidade.
Leia também: O que fazer em Toulouse, um guia completo para visitar a cidade
Foto: Emmanuel Bourgeau
E assim diversos distritos do centro de Toulouse serviram de palco para a história do guardião. No primeiro dia, o minotauro surgiu dormindo e passou a ser guiado pela aranha, que representava Ariadne e sua teia. Cada um dos dias marcou um dos quatro atos dos espetáculos, com as máquinas se movendo pelo espaço público, passando pelas ruas, praças e avenidas do coração da cidade.
Além dos grandes espetáculos, La Machine também atua com projetos de revitalização urbana. Enquanto o Guardiões do Templo em Toulouse marcou a instalação do Halle de La Machine, um espaço de visitação das antigas máquinas e objetos criados pela companhia, com o objetivo de participar da construção de um novo bairro, esse trabalho já é famoso em outros cantos da França, especialmente em Nantes, que é berço da La Compagnie.
Em 2007 nasceu, na Ilha de Nantes, o Grande Elefante, que marcou o início do império das máquinas na cidade. Em 2012 foi criado o Carrossel do Mundo Marinho e o próximo projeto de intervenção urbana será a Árvore das Garças, uma estrutura de ferro com 22 galhos, jardins suspensos e bestas mecânicas que voarão acima da árvore, carregando até 20 passageiros. O projeto é parte da revitalização do bairro bas-Chantenay, em Nantes.
Ideia semelhante foi usada para atrair visitantes à pequena La Roche sur Yon, de 50 mil habitantes. Ali, a Compagnie criou o projeto “Animais da Praça”.
Em Toulouse, o objetivo do Halle de La Machine é contribuir para o nascimento de um novo bairro, chamado Montaudran. No local, um time de artistas, os Veritable Machinistes, dá vida às maquinas, não apenas as operando, mas contando as histórias e lendas num espaço constantemente renovado. Essa é uma oportunidade para La Compagnie La Machine testar produções ainda não lançadas.
Urso projetado para Madri, que acabou não sendo usado (ainda)
O Halle de La Machine fica no endereço: 3, Avenue de l’Aérodrome de Montaudran. Abre de terça a sexta, com horários que variam de acordo com a baixa e a alta temporadas. São nove euros para visitar o Hall, onde há diversas peças interativas de antigos espetáculos, as duas aranhas e o minotauro. E outros nove euros para andar nas costas do Minotauro (ou €16 para as duas coisas).
A grande oficina da La Machine em Nantes fica no Parc des Chantiers, Boulevard Léon. Os dias e os horários de abertura das atrações variam ao longo do ano: confira a agenda oficial antes de ir.
Você pode comprar o bilhete para viajar no Grande Elefante (€8,50), visitar a Galeria das Máquinas (€8,50) ou circular no Carrossel do Mundo Marinho (€8,50). Qualquer desses bilhetes inclui também acesso aos terraços da oficina de trabalho, a visão dos protótipos da Árvore das Garças e um filme explicativo.
Você pode conferir no Site Oficial e no Facebook da Companhia informações sobre novos shows, inauguração de máquinas e outros projetos de intervenção urbana pelo mundo.
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Visitar o Palácio de Versalhes é um passeio que vai tomar um dia inteiro da sua estadia em Paris. Na minha opinião, vale cada minuto. Afinal, o palácio é o grande símbolo do absolutismo na França e guarda tanta história como beleza. Eu já estive em Versalhes três vezes e nesse post compartilho com vocês todas as dicas de como aproveitar bem a visita, desde a história da propriedade até um roteiro dos pontos mais importantes para visitar no palácio, jardins e Trianon.
Versalhes começou a ser construído como um castelo de caça por Luis XIII. Seu filho, o Rei Sol, Luis XIV, grande ícone do absolutismo, reformou o castelo e o transformou na sede da corte francesa, em 1682. Ali, além da rainha e seus filhos, também viviam os nobres da corte. Este rei definiu e influenciou os costumes de toda a época.
Seguindo a dinastia Bourbon e sua história, Luis XVI e Maria Antonieta viveram ali os últimos anos do absolutismo antes da Revolução Francesa. Ao visitar os quartos da rainha dentro do castelo, descobrimos a porta pela qual Maria Antonieta fugiu quando o palácio foi invadido, em 1789. Ambos foram guilhotinados pela Revolução Francesa algum tempo depois de serem obrigados a deixar Versalhes e voltar para Paris.
A mesma revolução garantiu que Versalhes fosse transformado em museu após a queda da monarquia. Porém, boa parte do que havia dentro foi vendido. Um período de decadência seguiu até que Napoleão tomasse o poder. Ele tratou de dar nova vida a Versalhes: o palácio tornou-se residência de sua esposa e o Gran Trianon era residência do próprio Napoleão. Seu descendente, Napoleão III, também viveu ali por um tempo.
Depois do Império, o palácio foi definitivamente transformado em museu dedicado às glórias da França. De lá para cá, Versalhes continuou sendo um importante palco político para a história do mundo. Foi lá dentro, por exemplo, no Salão dos Espelhos, que em 1919 foi assinado o Tratado de Versalhes, que culpou a Alemanha pela 1ª Guerra Mundial e definiu o cenário que culminou na 2ª Guerra.
Para chegar em Versalhes, que fica a cerca de 20km de Paris, é preciso pegar o trem RER C, que desce na estação Versailles Rive Gauche, bem próxima ao castelo. São 10 minutos de caminhada entre a estação e a entrada.
Também é possível ir de metrô e descer nas estações Versailles Rive Droite (17 minutos de caminhada) ou Versailles Chantiers (18 minutos de caminhada)
Não é necessário comprar o bilhete com antecedência: nas máquinas da estação de trem/metrô você deve comprar o bilhete que cubra as zonas de 1 a 4 e custa €3,55. Os bilhetes T+ não podem ser usados para ir para Versalhes.
Se você tiver mais de um dia para visitar Versalhes, pode aproveitar para conhecer um pouco mais da cidade e também ter mais tempo para explorar os domínios do palácio (há um ticket de dois dias!). Nesse caso, há algumas opções de hospedagem interessante, como o econômico Chambre de Flore, os confortáveis Hôtel du Cheval Rouge ou Hôtel De France e os luxuosos Waldorf Astoria Trianon Palace Versailles ou Le Louis Versailles Château – MGallery by Sofitel.
Você também pode clicar aqui e ver todas as opções de acomodação em Versalhes.
Planeje sua viagem: Saiba em qual região ficar em Paris
A visita ao Palácio de Versalhes pode ser dividida em três “grupos”. O Palácio em si, os Jardins e o Estado do Trianon.
A entrada nos jardins é gratuita, exceto nos dias de show das fontes musicais. A entrada no Palácio apenas custa 18 euros e somente no Trianon são 12 euros. Porém, o mais comum é comprar o bilhete que permite entrar em tudo, que custa 20 euros em dias comuns e 27 euros nos dias de show das fontes musicais. Qualquer um desses bilhetes pagos incluí no valor o audioguia.
Você pode comprar os bilhetes diretamente no site oficial.
Eu considero a visita aos jardins de Versailles imperdível, com a excessão do inverno, quando muita coisa está em obra. Ou seja, se você tiver restrição de dias para fazer a visita ao complexo e o dia que puder cair exatamente no dia do show, minha dica é: respire fundo e pague mais caro. As fontes ligadas são bonitas e a música cria um clima interessante. Confira aqui os dias e horários dos shows.
Porém, se você puder ir num dia sem o show, eu acho que vale mais a pena.
Sim, compre os ingressos com antecedência pelo site oficial do Palácio. Lá na porta, a fila para comprar o bilhete costuma ser grande e você vai ficar mais de uma hora esperando. Além disso, a fila para entrar no palácio também é enorme, com um tempo de esperada de uma a duas horas. Não existe a opção de comprar bilhete sem essa fila.
Caso você tenha comprado o ParisPass, ele incluí a entrada em Versalhes.
Há algumas condições de entrada gratuita no Palácio de Versalhes: menores de 18 anos ou residentes na Europa com menos de 26 anos não pagam. Pessoas com deficiência e seus acompanhantes também não pagam.
Além disso, todo primeiro domingo de cada mês, entre novembro e março, tem entradas grátis para todos.
O Palácio abre de terça a domingo, a partir das 9h da manhã até as 17h30 (a última entrada é as 17h). O estado do Trianon abre a partir da tarde, ao meio-dia até às 17h30. O parque e jardins abrem todos os dias, de 8h às 18h.
Como já expliquei, Versalhes é dividido em partes: o interior do castelo, os jardins, o Gran Trianon e os domínios da Maria Antonieta. Restaurados, cuidados e impressionantemente decorados, cada detalhe de Versalhes é pura história. Dá para imaginar como era a vida cercada de luxo da família real – enquanto o resto da França morria de fome, importante lembrar – e dá para ficar admirado com os jardins, imaginando aquele pessoal com perucas e roupas mega elaboradas passeando por ali (prefiro não imaginar o fedor que emanava da falta de banho e de banheiros adequados).
Em primeiro lugar, chegue cedo, se for possível, esteja lá um pouco antes das 9h. Esteja preparado para enfrentar a fila da entrada. Vá com um sapato muito confortável e pronto para caminhar bastante.
Uma sugestão de trajeto é visitar o palácio, cujo o percurso leva cerca de uma hora. Depois, sugiro que vá para a região do Trianon e os domínios da Maria Antonieta. Por fim, visite os jardins até o horário de fechamento. Você também pode inverter essa ordem, de acordo com os seus interesses.
Sinceramente, talvez não dê tempo de você ver tudo. Na primeira vez que estivemos em Versalhes e tentamos fazer tudo (Palácio, jardins e Trianon), ao chegar no Gran Trianon, já não estávamos aguentando mais nada e encerramos por ali. Depois, fui com a minha família, era dezembro e estava tão frio e com boa parte dos jardins fechados e secos, não nos animamos a caminhar até o Trianon. Na minha última visita, em julho de 2018, eu pulei o palácio e fui direto para o Estado do Trianon e depois aproveitei o tempo para explorar todos os jardins, fontes e bosques.
Uma forma de economizar um pouco os pés é comprar o bilhete de trem que leva até o Trianon ou mesmo alugar uma bicicleta. O aluguel da bicicleta é de €5,50 para meia hora e €7,50 para uma hora. Já o trenzinho que leva até o Grand e Petit Trianon e de volta ao palácio custa €8.
Essa é uma sugestão, para servir como guia, vou listar algumas das coisas mais interessantes para ver durante a visita:
O salão de 73 metros de largura foi construído em 1678. Tem 17 janelas e 17 espelhos. Na época, servia para a passagem do rei para a capela e para o apartamento da rainha, além de celebrações, bailes e audiências especiais. Mesmo depois dos anos de glória de Versalhes, o salão continuou sendo usado para eventos políticos, como a famosa assinatura do Tratado de Versalhes, em 28 de junho de 1919.
Esses eram o quartos do rei. Era ali que Luis XIV dormia, se vestia, jogava, entre outras atividades.. Seus sucessores, porém, mudaram-se para aposentos menores. Há também uma série de apartamentos de estado, onde o rei fazia seus despachos, recebia visitantes e cumpria suas funções de governo.
Você vai ver as câmaras e ante-câmaras onde a rainha dormia e fazia suas audiências privadas. Foi ali também que viveram três rainhas e nasceram 19 crianças da realeza francesa. Muitos desses cômodos foram deixados com a decoração feita por Maria Antonieta. E também é ali que fica uma portinha secreta que ela usou para fugir do palácio durante a revolução.
Esse é o maior cômodo do palácio, com 120 metros de comprimento. Foi desenhado em 1833, para representar as glórias da França através de pinturas. São 33 delas, cobrindo todas as paredes.
Construído em 1687, com as ordens de Luis XIV, que queria um local mais calmo para se afastar da vida na corte e manter os seus affairs discretamente, o Grand Trianon – que fica a 25 minutos de caminhada do palácio – é considerado o conjunto arquitetônico mais refinado do estado de Versalhes.
A decoração que vemos hoje nos cômodos é aquela que Napoleão e a Imperatriz Maria Luisa deixaram, durante o período do Primeiro Império. Além dos belos quartos, o corredor, com mármore rosa, aberto que conecta as duas alas com vista para os jardins é particularmente lindo.
O Petit Trianon foi encomendado pelo rei Luis XV e depois que ele morreu, seu filho e sucessor, Luis XVI, deu o pequeno palácio e seus arredores de presente para sua jovem noiva, Maria Antonieta. Ela cuidou da decoração e dos jardins desse local. Em 1867, a Imperatriz Eugenie, esposa de Napoleão III, converteu o Petit Trianon num museu dedicado à memória de Maria Antonieta.
Esse espaço só foi aberto à visitação do público recentemente. Um pouco mais afastada no meio dos jardins do Trianon, a aldeia da rainha foi um espaço de criação de Maria Antonieta: ela mandou fazer um lado artificial e uma pequena aldeia modelo, com chalés e fazendinhas, onde ela recebia convidados e fazia festas.
A área do parque e jardins e basicamente dividida entre fontes e bosques. Tenha em mente que alguns deles só abrem nos dias de show musical. Num dia de verão, eu levei cerca de 2 horas para explorar todos os jardins. É uma caminhada e tanto.
Fonte de Netuno
Uma dica interessante: o jardins tem um formato geométrico espelhado, e a maioria dos bosques, fontes, caminhos e esculturas mais bonitos ficam do lado direto, a chamada de “Área Norte” (considerando o palácio nas suas costas).
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Albi, uma cidadezinha no sudoeste da França a uma hora de Toulouse – o típico bate-volta perfeito – vai te surpreender. Listada como Patrimônio Mundial da Humanidade, com um centro histórico todo construído em tijolinhos vermelhos, essa vila guarda como joia rara a magnífica Catedral de Santa Cecília, a maior construção de tijolos do mundo e o palácio fortificado onde está o museu do pintor Toulouse Lautrec.
Albi começou a crescer graças a uma ponte. No início da Idade Média, além de cercarem a cidade com muralhas, construíram uma ponte sobre o Rio Tarn – A Pont Vieux (ou Ponte Velha). Graças ao comércio e ao fato de que cobravam pedágio das mercadorias e dos viajantes que queriam cruzar a ponte, Albi cresceu.
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Dois séculos depois vieram as cruzadas – as estranhas cruzadas de cristãos contra cristãos que você já deve ter ouvido falar se conhece um pouco da história de Toulouse ou de Carcassone. É que, em 1208, o Papa e o Rei da França se uniram contra os cátaros, um movimento cristão que pregava o desapego e foi considerado perigoso para a Igreja Católica. Essa região do sudoeste da França tinha disseminado bastante o catarismo e foi a que mais sofreu com a repressão. Além ver várias pessoas serem queimadas na fogueira, eles perderam a independência e foram anexados à coroa francesa.
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Carcassone, uma fortaleza medieval no sul da França
Depois dessa guerra, Albi tornou-se uma cidade episcopal, onde o bispo e inquisidor Bernand de Castanet governou, no final do século 13, e ordenou a construção do Palácio do Bispo (Palais de la Berbie) e a Catedral de Santa Cecília. Ao longo dos anos, a cidade voltou a prosperar graças ao comércio da tintura azul chamada pastel. Albi acabou sendo construída no entorno da catedral, numa área que hoje cobre 63 hectares de casas históricas de tijolos vermelhos.
É impossível chegar aos pés da Catedral de Albi, uma basílica medieval em homenagem à Santa Cecília, e não ficar impressionado com o tamanho do prédio. Essa igreja, em estilo gótico, tem o exterior sério e defensivo. É considerada o maior edifício de tijolos do mundo. A construção da catedral levou 200 anos, tendo início logo depois da cruzada contra os cátaros, para mostrar o poder da Igreja Católica.
Mas impressionante mesmo é quando você abre as enormes portas de madeira e entra na basílica. Nesse momento, te desafio a não ficar de queixo caído. São 18.500 m2 de afrescos e decorações, que misturam cores e desenhos geométricos, além de uma parede inteira retratando o céu, o inferno e o purgatório: essa é a representação mais antiga do juízo final, datada do século 15.
O painel fica logo abaixo do órgão, que é do século 18. Há concertos gratuitos todas as quartas e domingos à tarde, mas só durante os meses de verão.
Enquanto a visita à catedral é gratuita, é necessário pagar para entrar na área do coro da igreja, que é decorado com 200 estátuas. Essa taxa também inclui a visita à Sala do Tesouro, que guarda objetos históricos dos séculos 14 a 19. Um dos principais “tesouros” ali é o Mappa Mundi de 1300 anos.
O Palácio do Bispo, ou Palais de la Berbie, é mais antigo que o palácio dos papas de Avignon e um dos castelos mais antigos da França. Também foi construído graças às ordens do Bispo Bernand de Castanet, que usava seu poder de inquisidor para julgar como hereges seus opositores e assim conseguir mais terras e poder.
O Palácio fica colado na Catedral, juntos formando a fortificada cidade episcopal. À beira do Rio Tarn, também tem esses ares militares para demonstrar o poder da Igreja contra o conselho da cidade.
Hoje, dentro do palácio funciona o Museu Toulouse-Lautrec. O pintor impressionista nasceu em Toulouse e o museu guarda algumas de suas principais obras, que foram doadas pela família do artista. Lautrec é famoso por suas pinturas da boêmia parisiense, retratando os cabarés, o bairro de Montmartre e a vida das pessoas da noite. A entrada custa 10 euros.
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É gratuita, porém, a visita aos Jardins do Palácio. Basta seguir por uma pequena ruela desde a entrada do museu. O lugar era a sala de armas e foi transformado num jardim clássico, com vista panorâmica para o Rio Tarn e a Ponte Velha.
A Ponte Velha de Albi continua sendo usada quase um milênio depois de ter sido construída, em pedra, em 1040. Tem oito arcos e 151 metros de comprimento. No século 16, a ponte era ladeada por pequenas casas de madeira onde onze famílias de artesãos e mercadores viviam. Com uma grande enchente, em 1766, as casas foram destruídas e a ponte tomou o aspecto que tem hoje.
Além de dar uma passeada pela ponte, recomendamos que você se perca pelas ruelas do centro da cidade. Aqui não há uma indicação de lugar específico: fique de olho nas praças, nas casas de tijolo e enxaimel e nos becos medievais – se perca com gosto.
Para quem alugou um carro, Albi fica a 50 minutos de Toulouse e 1h30 de Carcassone. É preciso parar fora do centro, num estacionamento ou na rua (de qualquer forma, tem que pagar o parquímetro) e seguir andando.
De trem, há diversas opções saindo de Toulouse (também leva 50 minutos) e um trem diário que parte de Paris. Você consegue conferir todos os horários e preços aqui.
Por fim, dá para ir de ônibus (mas é mais demorado e mais caro que o trem) ou pegar um Blablacar.
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