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Tal Mãe Tal filha por Amaro

Dia das Mães está chegando e como eu adoro esse dia, não só por ser mamãe, mas por estar mais um dia comemorando ao lado da minha mãe. E a Amaro que não se cansa de nos surpreender com tantas novidades conta com uma coleção maravilhosa Mommy and Me especialmente dedicada ao dia das mães.…
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Por: Mãe ao ³

Quintandona, uma aldeia de xisto nos arredores do Porto

O interior de Portugal é formado por um monte de aldeias que parecem perdidas no tempo – ou de um livro de histórias. Mas pouca gente sabe que não é preciso ir longe ou à Serra da Estrela para conhecer um exemplo bem preservado dessas aldeias portuguesas. A cerca de meia hora do Porto, na região de Penafiel, fica Quintandona, uma bela vila feita de pedras de xisto.

Saiba mais: As aldeias históricas de Portugal na Serra da Estrela
7 ideias de bate-volta a partir do Porto

antigo lavadouro aldeia de quintadona

A aldeia de xisto – pedra escura, típica dessa região –  foi recuperada a partir de 2005, graças a fundos europeus e contribuições dos seus habitantes. Hoje, cerca de 60 pessoas habitam Quintandona, que também conta com uma igrejinha de 200 anos, um antigo lavatório público, um hotel elegante de turismo rural e um dos melhores bares de vinho de Portugal.

aldeia de xisto em portugal quintandona aldeia de quintadona historica

Como chegar na aldeia de Quintandona?

A partir do Porto, para quem vai de carro, são cerca 30 km pela estrada A4. Veja aqui como alugar um carro em Portugal

Também é possível ir de comboio/trem urbano. Basta partir da Estação São Bento ou Campanhã com direção à Penafiel/Caíde. O bilhete custa €2,05 e são 37 minutos de viagem. Confira os horários no site da CP. Você deve descer em Recarei-Sobreira. Dali, será necessário pegar um táxi até Quintandona (4 km de distância). Alerto, porém, que pode haver certa dificuldade para achar um táxi por essas bandas. 

aldeia de quintadona a 30 minutos do porto velhinhos habitantes da aldeia historica portuguesa quintandona

O melhor Wine Bar de Portugal: a Casa da Viúva

Construído num antigo celeiro do século 18, o Wine Bar Casa da Viúva recuperou totalmente o prédio histórico, mas manteve os três pisos do traçado original e guardou memórias de outros tempos: um rádio, garrafões de vidro e panelas de ferro. O rústico das pedras de xisto e madeira é combinando com vidro e ferro de um ambiente elegante e um pátio agradável. 

winebar casa da viuva aldeia de quintandona

O local fica cheio nos finais de semana, então convém reservar. Confira os contatos e horários de funcionamento. 

No cardápio, há diversas opções de tapas tradicionais portugueses e alguns pratos individuais, com preços que vão entre 3 a 20 euros, e uma carta de vinhos bastante completa, com dezenas de opções de praticamente todas as regiões do país. Também destaco a sangria da casa, que é deliciosa e vem numa jarra enorme. Vale a pena.

vinho tinto portugal aldeia quintadona winebar peixinhos da hora a casa da viuva tapas portugueses

O espaço ganhou, em 2018, o prêmio de melhor Winebar de Portugal, pela revista de vinhos Grandes Escolhas.

Festa do Caldo de Quintandona 

No terceiro fim de semana de setembro acontece a Festa do Caldo de Quintandona. É um grande festival de cultura e gastronomia que surgiu junto com o processo de requalificação da aldeia. Afinal, depois de recuperar as casas e incentivar a vinda de novos habitantes, era preciso também atrair visitantes. 

festa do caldo na aldeia de quintandona tonel de vinho antigo em quintandona aldeia em portugal

As festividades estendem-se por três dias, de sexta a domingo. O caldo da festa é uma homenagem à sopa que era prato principal entre os mais pobres, incluindo qualquer coisa que você encontra na natureza. Claro que além de sopa, eles servem também diversos tipos de comidas e bebidas da região. Tudo isso cercado de música e teatro.

Você pode conferir mais informações sobre a Festa do Caldo de Quintandona no Facebook e saber como é a experiência de participar no blog da Rita, O Porto Encanta

Onde ficar?

O único hotel em Quintandona é a Casa Valxisto, um turismo rural bastante elegante que tem nota 9,7 no Booking e diárias a partir de 70 euros para o quarto duplo. 

Se você só estiver em Quintandona de passagem, pode ler o nosso post de onde ficar no Porto, com boas dicas de hospedagem pela cidade. 

Vale a pena ver também: Museu da Broa 

A cerca de 4km de Quintandona fica o Museu da Broa. Mas não se engane achando que esse é um museu comum, num espaço fechado. Não, é na verdade um “ecomuseu”, que te convida a seguir um percurso ao longo de um riacho, o ribeiro da Trunqueira, passando por seis casinhas de pedra onde há anos funcionavam os moinhos para moer a farinha e fazer as broas. 

Museu da Broa em Penafiel

O percurso do museu leva pelo Ciclo Tradicional da Broa e, como as mós estão recuperadas, é possível fazer sua própria broa. Tudo isso por apenas €2. Porém, há uma pegadinha: o museu só funciona com visita marcada pelos telefones 255 615 363 ou 914 614 188 ou 918 244 321.

mata do museu da broa

Ou seja, se você chegar lá sem marcar, poderá fazer todo o percurso, mas todos os moinhos estarão fechados. 

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Relato de Viagem: Como visitar o mirante do Copan em São Paulo

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Onde ficar em Dublin: 5 regiões de hospedagem dentro e fora do centro

Em 2018, a Irlanda teve um recorde na entrada de turistas internacionais no país. Entre paisagens exuberantes e muita cerveja, os viajantes buscam desvendar a Ilha Esmeralda e quem sabe até encontrar um Leprechaun pelo caminho. Neste texto, vamos contar para vocês exatamente onde ficar em Dublin para evitar pegadinhas.

É que, na capital da Irlanda, a hospedagem não está entre os itens mais atrativos. O país tem sofrido bastante com a crise imobiliária, por conta do crescimento da população. Como em grande parte da capital é proibida a construção de prédios muito altos, as opções acabam sendo escassas. 

Pra você ter uma ideia, a diária na alta temporada, entre os meses de julho e setembro, não costuma sair por menos de 150 euros, em um hotel, e 30 euros, se você preferir hostel. Nos meses mais frios, entre novembro e fevereiro, esse número chega a cair consideravelmente, podendo ir a 12 euros em hostel e 50 em hotel.

Foi por isso que a gente separou algumas dicas de hospedagem em Dublin que ficam fora do centro. Vale lembrar que a cidade é pequena, tem pouco mais de 500 mil habitantes, e que estar fora da área central não quer dizer que você esteja fora dos pontos turísticos.

Vai para a Irlanda? Então leia também:
10 lugares para curtir a noite de Dublin
Como trabalhar na Irlanda durante um intercâmbio

STEPHENS GREEN onde ficar em dublin

Parque Stephens Green, no centro de Dublin, em D2. Crédito: Conor Phelan / Shutterstock

Onde ficar em Dublin: entenda o mapa da cidade

Dublin é dividida em regiões postais, são 24 no total. Elas são classificadas por números, de D1 a D24. Os números ímpares ficam do lado norte e os números pares, do lado sul, eles são divididos pelo Rio Liffey. Quanto maior o número, mais distante do centro da cidade. A única região da cidade que não é dividida por número é a área do porto, em Dún Laoghaire. Lá é um local bem mais afastado do centro, quase no fim de Dublin.

Veja o mapa:

Booking.com

Hospedagem em Dublin: os 5 melhores lugares

  • Centro de Dublin

Se você não sabe onde ficar, busque pela área mais central, onde estão os principais pubs, e por hotéis nas áreas de D1 e D2. Há algumas partes de D3, D7 e D4 que também ficam perto do centro. Na área central, o lugar que eu aconselharia a evitar é Summerhill, em D1. Lá é considerada a periferia da cidade e onde há a maior parte dos furtos.

Veja todas as opções de hospedagem no centro de Dublin

TEMPLE BAR onde ficar em dublin

Temple Bar, no centro de Dublin, em D2. Crédito: Rolf G Wackenberg / Shutterstock

Se a sua praia é economizar, o Generator é o hostel mais badalado de Dublin. Ele fica em D7, bem perto do centro. Com 10 minutos de caminhada você consegue chegar aos locais mais conhecidos, e é bem ao lado da destilaria da Jameson. A fábrica da Guinness também fica bem perto. Reserve aqui. 

O Jackson Court Hotel fica bem próximo do parque Stephens Green e a 15 minutos a pé do Temple Bar. Esse hotel ainda tem uma outra super vantagem: ele tem uma boate no primeiro piso, a Copper Face. Essa é uma das baladas mais famosas entre os irlandeses. E pra quem não manda muito bem no inglês, aí vai uma dica: boa parte da galera que trabalha por lá é brasileira. Confira.

  • Região do Aeroporto

Pra quem gosta de praticidade, o aeroporto está localizado a 45 minutos de ônibus do centro. Ele fica no limite de Dublin com a cidade de Swords. Há boas opções de hospedagem por lá, como o Clayton Hotel Crowne e o Maldron, que está bem em frente ao terminal.

Veja todas as opções de acomodação na região do aeroporto de Dublin

  • Malahide

MALAHIDE onde ficar em dublin

Malahide Castle em Dublin. Crédito: Rob Wilson / Shutterstock

Agora, se você é o tipo de viajante que quer sossego, não se importa em ficar longe do centro e ainda por cima quer ter uma experiência diferente, Malahide é uma ótima opção. O local não é um bairro de Dublin, é como se fosse um distrito da capital, estando 16 km ao norte. Lá tem praia, bons pubs e até um castelo pra visitar. Uma boa opção é o 4 estrelas Grand Hotel. 

Confira os hotéis em Malahide

  • Dún Laoghaire

A região do porto de Dublin, ao sul da cidade é uma das minhas áreas preferidas. A 1h15 de ônibus ou uns 40 minutos de trem, o clima de lá é apaixonante. Se você gosta de filmes, é lá que, em P.S Eu te amo, a personagem de Hilary Swank fica hospedada. O nome é em gaélico e a pronúncia é “Dun Liurry”. Caso opte por lá, não deixe de dar uma caminhada pelo píer e está liberado beber uma pint no pub, tendo o cais como fundo. Uma dica por ali é o Royal Marine Hotel

Veja todas as opções em Dún Laoghaire

  • Bray

BRAY onde ficar em dublin

Bray, Irlanda. Crédito: Artfootage / Shutterstock

É outro local que está fora dos domínios de Dublin, mas que faz parte da “região metropolitana”, localizado a 20km ao sul da capital, no condado de Wicklow. Quem se hospeda por lá vai muito em busca de visitar as montanhas e as praias. Para os mais animados, há uma trilha que liga Bray a Greystones, que dá pra fazer a pé, em pouco mais de 1h30 de caminhada. São 7km andando pela montanha, bem ao lado do mar. Se você for na primavera, se prepare para uma paisagem de tirar o fôlego. Nessa região foi gravada a maior parte de P.S Eu te amo.

Confira todos os hotéis em Bray

Uma boa opção por ali é o The Strand Hotel, que tem nota 9,1. O mais interessante: ali viveu o escritor Oscar Wilde!

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Por: 360meridianos

História e luta dos maniçobeiros no Piauí

Acocorado na meio da mata, o seu Nôca se lembrou da época em que o salário escorria da árvore. Para isso, ele usava um instrumento de madeira, a léga, para fazer um corte na raiz da maniçoba. Uma vez exposto ao ar, o líquido branco que saía daquela planta logo coagulava e estava prestes a se tornar um produto valioso: a borracha.

Assim como na Amazônia, a extração de látex a partir de árvores foi parte importante da economia do Piauí, chegando a representar 62% das exportações do estado. Mas se no norte do país a planta cobiçada era a seringueira, no sertão a estrela era a maniçoba, uma árvore que pode alcançar 12 metros de altura e é típica do semiárido brasileiro. 

seu noca e museu do zabelê

Seu Nôca (Foto: Fellipe Abreu)

A história do Ciclo da Maniçoba é parecida com o da Seringueira, mas muito menos conhecida. Do mesmo jeito que ocorreu na Amazônia, a extração do produto no Piauí teve dois pontos altos. O primeiro, mais forte, foi entre 1879 e 1912, quando a indústria automobilística começava a se desenvolver e a borracha brasileira passou a ser comercializada mundo afora. Carros substituíam carruagens, estradas eram abertas e ampliadas e uma infinidade de pneus se tornaram necessários. 

Conhecida pelos indígenas há gerações, a produção de borracha a partir da selva foi levada para o Velho Mundo somente no século 18. O resultado, para o Brasil, foi uma corrida do ouro, digo, do látex. No norte, cidades foram fundadas, o Acre deixou a Bolívia para se tornar verde e amarelo e capitais amazônicas eram algumas das mais desenvolvidas do mundo, como Manaus e Belém.

Maniçoba e seiva escorrendo

Seiva escorrendo da Maniçoba (Foto: Fellipe Abreu)

Este texto faz parte do Origens BR, um projeto do 360meridianos que vai investigar a história – e a pré-história – do Brasil. Do período imediatamente anterior ao desembarque dos conquistadores até milhares de anos atrás. O Origens BR conta com o patrocínio da Seguros Promo e da Passagens Promo, empresas que tornaram essa investigação possível.

Os efeitos também foram sentidos no Piauí da borracha de maniçoba. A principal consequência foi uma intensa migração para o sudeste do estado, com destaque para os municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Caracol e Canto do Buriti. A população aumentou muito, novas vilas foram criadas e o estilo de vida das pessoas foi alterado. 

“No Piauí, a colonização se deu no século 18 e pela questão do gado. O colonizador veio pelo rio São Francisco, expulsou os índios, que fugiram para outras regiões. Eram então instaladas fazendas de gado”, explica a historiadora Ana Stela Negreiros Oliveira, autora do livro Catingueiros da Borracha: Vida de Maniçobeiro no Sudeste do Piauí. 

Toca dos Maniçobeiros

Com a crescente demanda por borracha, o governo passou a incentivar a extração do produto. “Esse incentivo foi para qualquer planta que produzisse látex. Então foram várias: seringueira, maniçoba, mangabeira… Nesse momento, as terras que não eram ocupadas pelo gado passaram a ser pelos maniçobeiros. Eram terras sem proprietário, do estado. Como o sudeste do Piauí tinha muita maniçoba nativa, várias famílias vieram de outros estados para cá, da Bahia, Alagoas, Ceará e principalmente de Pernambuco.”, conta a pesquisadora. 

A biopirataria nem tinha esse nome ainda, mas rapidamente causou estragos na economia do Brasil. É que o inglês Henry Wickham levou 70 mil sementes de seringueira para Londres. Transportadas de lá para as colônias britânicas no sudeste asiático, logo a produção de borracha na Ásia se tornou muito mais competitiva que a brasileira. Veio o declínio, mas o Ciclo da Borracha ainda teve um novo pico, durante a Segunda Guerra Mundial, quando tropas japonesas passaram a controlar o escoamento da produção asiática. 

Nesse meio tempo os maniçobeiros continuaram no Piauí. “A maioria dos trabalhadores migrantes chegou na primeira fase da borracha, isto é, no início do século 20, e muitos de seus filhos permaneceram na atividade até o final dos anos 1940. Grande parte herdou o trabalho do pai ou da mãe e, entre os dois períodos de grande comercialização do produto eles continuaram fazendo a extração, apesar da pouca procura, mas alternando-a com a agricultura de subsistência”, explica Ana Stela. 

O Ciclo da Maniçoba no Piauí

“A gente trabalhava na mata fechada”, relembra seu Nôca, que diz que os maniçobeiros limpavam 1200 pés a cada temporada. Um buraco era feito no chão, perto da raiz da árvore, e preenchido com argila impermeável. A seiva gotejava e o líquido era, lentamente, acumulado no buraco. Três dias depois era hora de passar de árvore em árvore, recolhendo o produto, que nessa etapa é conhecido como lapa. 

retirada de maniçoba

Agora aposentado, seu Nôca aceitou prontamente o convite para nos acompanhar até a Serra Branca, que era o principal reduto dos maniçobeiros e hoje faz parte do Parque Nacional Serra da Capivara. Enquanto ele nos mostrava uma maniçoba e explicava como era feita a extração, perguntei quanto era possível ganhar como maniçobeiro. “A gente trabalhava 15 dias. Pagava todas as despesas e ainda dava dinheiro pra comprar uma novilha, mas isso dependia do maniçobeiro. Uns trabalhavam muito, outros pouco. Eu apanhava uns 40 a 50 quilos, era dos mais moles”, brinca seu Nôca. 

O ciclo da borracha, que ergueu teatros, pontes e fez bulevares na Amazônia, não era sinônimo de riqueza para quem trabalhava na extração do produto. “A principal relação de trabalho na região era a barraquista-maniçobeiro. O barraquista, que geralmente era um comerciante e possuía um relativo poder aquisitivo, demarcava uma área e arregimentava um certo número de trabalhadores. Ele fornecia tudo que o maniçobeiro necessitava e este em troca vendia-lhe o produto do seu trabalho, sempre a um preço menor. A relação de exploração era favorecida pelo controle dos produtos necessários à alimentação do trabalhador e de sua família. Esta era a condição imposta”, explica a pesquisadora Ana Stela. Relatos de médicos do Instituto Oswaldo Cruz que passaram pelo Piauí no começo do século 20 dizem que os alimentos vendidos pelos barraquistas custavam o dobro ou até três vezes mais do que o preço que seria normal. 

Uma vez recolhido, o produto seguia até Petrolina e Juazeiro, onde era novamente comercializado. A distância de 300 km era percorrida pelos tropeiros, em comboios de burros. A viagem chegada a durar quatro dias. Foi só na metade do século 20, já no segundo pico da maniçoba, que os carregamentos passaram a ser transportados em caminhões. 

maniçobeiro mostra trabalho

(Foto: Fellipe Abreu)

Dia a dia do maniçobeiro

Embora a maniçoba resista bem à seca e produza látex de forma constante, a melhor época para os trabalhadores era entre março e setembro. No período da extração, vários maniçobeiros deixavam suas casas e iam morar em tocas – abrigos formados nas pedras e que ficavam mais próximos das maniçobas nativas. É por isso que muitas das tocas da região levam, até hoje, o nome de trabalhadores. A Toca do João Sabino, que visitamos, era uma das mais animadas. E tinha um diferencial: aquela foi uma moradia permanente, e não apenas durante o período de extração. 

“Era uma família com mais de 30 pessoas, todas morando nessa toca. Tinha forno de fazer a farinha, tinha fogão, as bancas de potes, pra água ficar sempre fria. Tinha de tudo aqui. E o forró também, sempre no festejo de São João, quando o povo descia pra cá. Porque o São João daqui de Serra Branca era muito falado, todo mundo dançava, 200 pessoas.”

Seu Nôca – Maniçobeiro

Seu nôca sentado dentro de uma toca, na serra da capivara

Seu Nôca na Toca do João Sabino(Foto: Fellipe Abreu)

De tempos em tempos, um padre ia até a Serra Branca, montado num burro. Era mais um motivo para festa: o período em que os maniçobeiros celebravam casamentos e batizados. A Toca do João Sabino servia também de ponto de venda do produto, que era negociado com barraquistas.

Em geral, não havia móveis dentro das tocas e os maniçobeiros dormiam no chão ou em rede. Cada toca tinha dois cômodos, que eram fechados com paredes de barro. Homens, mulheres e crianças trabalhavam extraindo a borracha da maniçoba. Isso era feito sempre em grupo, para ajudar na proteção contra ataques de animais, principalmente cobras e onças. “A maioria dos trabalhadores tinha uma alimentação precária, tendo como base a carne de sol, farinha de mandioca, rapadura e raras vezes se comia feijão. O hábito de comer legumes e frutas era pouco difundido”, explica Ana Stela.

A caça era outra fonte de alimentação e, no geral, conseguir comida na caatinga não era complicado. Tarefa difícil mesmo era garantir água. Fontes naturais, os chamados olhos d’água, eram sempre procurados, mas muitas vezes o maniçobeiro tinha que se acostumar com a sede e esperar pela visita do aguador, que percorria a serra vendendo o líquido.

seu noca bebe água do olho dágua

Seu Nôca mostra o Olho d’água

Se faltava água para beber, imagina para outras coisas. E o cheiro dos maniçobeiros, tanto por conta da sujeira, quanto por causa do odor da maniçoba, gerava preconceito por parte dos moradores das cidades. “O cheiro ficava impregnado no trabalhador, que já passava vários dias sem tomar banho, por conta do grave problema de falta de água nas regiões produtoras”, explica Ana Stela Negreiros. 

Por tudo isso, o estilo de vida dos maniçobeiros foi algo único e que não se repetiu em outras partes do Brasil. 

Tem arte rupestre na minha toca!

O Ciclo da Maniçoba já estava perto do fim quando foi criado o Parque Nacional Serra da Capivara, em 1979. Mesmo assim, alguns maniçobeiros ainda viviam na área – de forma permanente ou não – até aquela década. Com a criação do parque, a extração de maniçoba dentro da Unidade de Conservação foi proibida, assim como a caça. 

Veja também: Roteiro completo na Serra da Capivara + Petrolina ou Teresina
A história da Serra da Capivara e os verdadeiros descobridores do Brasil

O curioso é que algumas das tocas usadas por décadas pelos maniçobeiros guardam sinais de presença humana há milênios – e não são raras as pinturas rupestres por ali. O destaque fica por conta da Toca da Extrema II, onde estão pintadas cenas de caça e de dia a dia dos antigos habitantes do Piauí. Ali foi encontrado o único instrumento musical na região, uma flauta de madeira feita há 1500 anos. 

Serra da Capivara, Piauí

(Foto: Fellipe Abreu)

Quando os maniçobeiros foram viver nas tocas, as pinturas rupestres se tornaram parte daquelas famílias, junto com todo o resto.

“Às vezes aquela pintura rupestre estava na sala da casa dos maniçobeiros. Eles falavam que eram coisas dos índios, não destruíram as pinturas, que ficaram preservadas. Podiam construir uma parede perto, mas elas ficaram ali. Fazia parte do ambiente deles, mas eles não destacam isso. Não falam ‘na minha casa tinha uma pintura bonita’. Era uma coisa normal mesmo, natural, fazia parte da vida deles”

Ana Stela Negreiros Oliveira – Historiadora

 

pintura rupestre na serra da capivara

12 homens e a cena da árvore, da Toca da Extrema 2 (Foto: Fellipe Abreu)

Além das pinturas, os pesquisadores encontraram nas tocas jogos de tabuleiro gravados na rocha – eram os chamados jogos dos maniçobeiros, mas os trabalhadores garantiram que aquilo já estava ali antes deles chegarem. O mais comum é o jogo “A onça e os cachorros”, que lembra o Resta Um.

Variações desse jogo foram encontrados no Peru, onde era praticado pelos incas. “O jogo da onça e os cachorros se popularizou no Brasil entre as diversas etnias indígenas, com tabuleiros desenhados no próprio chão, tendo pedrinhas ou sementes como peças. Esse jogo é conhecido pelos índios Bororos como Adugo e pelos Guaranis como Jaguá ixive”, explica Ana Stela. 

O Caminho dos Maniçobeiros 

Em 2014, o Parque Nacional Serra da Capivara inaugurou um circuito turístico que reconta essa história. É o Caminho dos Maniçobeiros, na Serra Branca. A trilha foi criada pela Fundação Museu do Homem Americano, co-administradora do parque, com apoio da Petrobras. Tocas foram revitalizadas e sinalizadas. A do João Sabino ganhou novos muros de barro, para mostrar como era a estrutura na época dos maniçobeiros. 

pinturas rupestres no paredão de uma toca, serra da capivara

A criação do circuito foi baseada nos estudos da Ana Stela, que destaca a importância da medida para a região. “Com isso, o maniçobeiro virou uma categoria social. Você fala com seu Nôca e descobre que agora ele frequentemente vai com alunos de escolas até Serra Branca. E outro dia a prefeitura resolveu homenagear varias categorias. E o representante do trabalhador de São Raimundo Nonato foi um maniçobeiro. Hoje eles são chamados para debater em universidades, ganharam voz, estão falando, melhorou até a autoestima deles, diz ela.

museu novo zabelê

Seu Nôca e a luta pelo Museu Novo Zabelê (Foto: Fellipe Abreu)

Outro passo importante para a preservação da memória é a criação do Museu do Novo Zabelê, uma comunidade de maniçobeiros que surgiu no começo do século 20, mas que teve que mudar de lugar após a criação do Parque Nacional.

Como muitos dos moradores antigos não tinham a posse legal do terreno, as indenizações, quando pagas, foram quase sempre baixas. Os moradores só conseguiram um novo lar após uma invasão de terreno, acordada com um fazendeiro local. “O museu é importante porque relembra dos tempos passados, de como a gente se divertia, o que a gente usava em casa, os móveis, que hoje não existem mais, o radio velho. Vai ser o museu de recordação, pra gente lembrar do que vivemos, não de riqueza, mas de pobreza”, explica seu Nôca. 

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O que fazer em NYC: guia completo para explorar a Big Apple

Planejar um roteiro em Nova York é como montar um quebra-cabeças. É preciso encaixar as inúmeras atrações da cidade no tempo da viagem, sem sofrer muito com as pecinhas que vão, inevitavelmente, ficar de fora no final. É virtualmente impossível fazer tudo o que se quer em três, quatro ou cinco dias em Nova York. Para isso, serão necessárias muitas idas à cidade. E, ainda assim, é possível ela nunca se esgote. 

Vai viajar? Não deixe de contratar um seguro de saúde internacional para sua viagem aos Estados Unidos, já que os custos hospitalares lá são altíssimos. Leia aqui como achar um seguro com bom custo/benefício (e com desconto!)

Por isso, a principal recomendação aqui é: vá com calma. Aproveitar uma cidade como Nova York tem muito a ver com vivê-la, e você dificilmente vai conseguir vivê-la se estiver correndo de um lado para o outro tentando cumprir um check-list de atrações. Permita-se sentar-se por um minuto na escadaria do MET ou para descansar em um dos bancos do Central Park. São nesses momentos que você vai conseguir captar toda a magia de estar em Nova York. 

Roteiro em Nova York: Brooklyn Heights Promenade

Como estamos falando de uma cidade gigantesca, convém também organizar as atrações por região da cidade, para economizar tempo de deslocamento e sola de sapato. Por isso, dividimos as atrações nesse guia pela proximidade. Você pode utilizá-lo para montar seu roteiro de cada dia de viagem. E não deixe de conferir o Time Out New York para ficar por dentro da agenda cultural da cidade durante a sua visita. 

Leia também:
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Onde ficar em Nova York: guia de bairros e hotéis
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O que fazer em Nova York: Upper East Side e Upper West Side 

Parte do que os locais adoram chamar de Uptown – ou seja, a porção mais ao norte da ilha que vai até a 59th st. -, os bairros de Upper East e Upper West Side são aquilo que a gente imagina de Manhattan: arranha-céus poderosos, lojas de grife e muito luxo, glamour e riqueza por onde quer que olhe. Regiões nobres e com o metro quadrado que deve valer mais que meu rim, ali estão algumas das principais atrações da cidade, como o Metropolitan Museum, carinhosamente apelidado de MET, o Central Park e o Museu de História Natural. O Upper East Side é o mais granfino dos bairros, com muitos hotéis, lojas e restaurantes luxuosos. Do outro lado do Central Park fica o Upper West Side, o irmão rebelde, mais liberal e moderninho. 

Dica: Dependendo de como você se organizar, dá para combinar parte das atrações da Uptown e Mid Town em um único dia e gastando um bocado das canelas (sem incluir os museus). 

Central Park

Quem nunca sonhou em dar uma voltinha no Central Park, sentar-se em um dos bancos, quem sabe para comer um bagel enquanto pensa na vida. O Central Park está no imaginário de milhares de pessoas do mundo inteiro e, talvez por isso, seja um dos parques urbanos mais visitados do planeta. Gigantesco, esse oásis verde em Manhattan tem 3,41 quilômetros quadrados e se estende da 110th st. à 59th st., já na divisa com a Midtown. Passear por ali e se perder por entre as árvores já é um programa e tanto, mas há algumas atrações que valem a pena ter em vista quando você for caminhar por ali.  

Central Park NYC

Um desses locais é o Strawberry Fields (West Side entre 71st e 74th Streets), um memorial construído em uma área que John Lennon costumava frequentar. Artistas de rua costumam se apresentar por ali e incluem muitas músicas dos Beatles no repertório, portanto a trilha sonora é garantida.

Outra região muito bonita é o The Mall, um caminho arborizado que começa na altura da 66th até a 72nd st. A passagem foi desenhada para os tradicionais passeios de carruagem, mas como esse tipo de atividade é cruel e brega pra caramba (pobres cavalos), hoje ele é muito usado para caminhadas românticas e ponto de encontro entre os novaiorquinos. As belas árvores que enfeitam o caminho são da espécie Olmo Americano, bastante raras nos dias de hoje. 

Dica: conheça o parque de bicicleta! Há várias lojas de aluguel na região e os preços são bem em conta.

O parque também costuma receber diversos shows e eventos culturais. Consulte o site oficial para conferir a agenda durante a sua viagem! 

Metropolitan Museum (MET)

Localizado dentro do Central Park, esse gigantesco museu tem um acervo que reconta cerca de 5.000 anos de história da arte. Não preciso nem dizer que é impossível ver tudo em um dia só, não é mesmo? Mas, olha, a visita vale muito a pena. Na impossibilidade de ver tudo, reserve pelo menos uma tarde inteira por aqui, casando, quem sabe, com um relaxante passeio no parque. E quem é aficcionado com arte não precisa se preocupar: a entrada do MET dá direito a visitar o museu por três dias consecutivos. 

Roteiro em Nova York: Estadarias do MET

Além do acervo impressionante, a fachada do MET por si só é um dos cartões portais de Nova York e suas escadarias, um ponto de encontro para os moradores locais

Na bilheteria, peça um mapa para os recepcionistas para organizar sua visita. As salas do MET são organizadas por temas, então fica fácil ir direto na que te interessa mais. Se você busca as estrelinhas douradas do museu, procure as galerias de Arte Asiática (galeria 206); a ala de esculturas gregas e romanas (galeria 162); a galeria 826, que reune obras de artistas impressionistas europeus, incluindo vários quadros do Van Gogh; e a reconstrução do templo egípcio de Dendur (galeria 131). 

Dica: O terceiro andar do MET é um bar aberto que funciona entre maio e outubro. O lugar é perfeito para fechar a visita com uns bons drinks e vista para o Central Park.

Entradas: Até 2018, não havia entrada fixa no MET, apenas uma contribuição voluntária, porém uma drástica redução nas doações fez com que o museu fixasse a entrada em US$25 (estudantes: US$17). Além disso, agora é preciso comprar os bilhetes antecipadamente no site oficial.

O Metropolitan Museum of Art oferece visitas guiados sem custo adicional em português. Elas costumam acontecer às segundas, terças, quintas e sextas ao meio-dia, porém convém perguntar na bilheteria, uma vez que esses horários estão sujeitos a alteração. Para participar, basta apresentar um bilhete de entrada válido e dar as caras na entrada das galerias egípcias pontualmente no horário marcado.

Além disso, há também a opção de visitar o museu completamente vazio com um tour guiado. É o EmptyMET Tour, que recebe um pequeno grupo em horários em que o estabelecimento está fechado. O preço, no entanto, é salgado: entre US$165 e US$195. 

Funcionamento: Abre diariamente, das 10h até às 17h30. Às sextas e sábados, funciona até mas tarde, às 21h. Mas, se você viaja no fim do ano, atenção! O MET só fecha as portas em três feriados: thanksgiving; 25 de dezembro e 1 de janeiro. 

Metrô: Estação 86 St Lexington Av nas linhas verde 4 , 5 e 6. Ou a 86 Street, nas linhas amarela Q e R.

Guggenheim

O Guggenheim é um daqueles museus que o próprio edifício já é uma das principais obras de arte. Primeiro museu construído pela Fundação Salomon R. Guggenheim, é considerado uma das obras de arquitetura mais importantes do século 20 por seu grande salão em espiral. O acervo também não deixa a desejar, com peças doadas pelo próprio Guggenheim, além de Picasso, Chagal, Van Gogh, Kandinsky, Mondrian, Edouard Manet e Robert Mapplethorpe. 

O Museu Guggenheim oferece visitas guiadas em inglês todos os dias das 11:00 às 13:00 horas. O museu também fornece audioguias sem custo adicional em diversos idiomas. 

Endereço: 89th st. com 5th Avenue, a 500 metros do MET 

Metrô: 86th Street, linhas 4, 5 e 6

Visita: das 10h às 17:45. Aos sábados, vai até mais tarde, às 19h30.
Fecha às quintas-feiras, no thanksgiving e nos dias 24 e 25 de dezembro. 
A entrada custa US$25. Estudantes: US$18.

American Museum of Natural History

Considerado um dos melhores museus de ciências do mundo desde sua fundação, em 1869, o Museu Americano de História Natural conta a história da Terra e da humanidade através dos 35 milhões de objetos que compõem seu acervo – e essa é apenas a maior coleção de história natural já reunida. Entre os destaques, está a famosa sala dos dinossauros (você deve se lembrar dela do filme Uma Noite no Museu), na qual estão expostos fósseis e réplicas de esqueletos em tamanho real. Não deixe de passar também pela galeria de biodiversidade e pela sala dos meteoritos. 

Dica: O Museu de História Natural é para gente de todas as idades, mas é um programa e tanto se você visita Nova York com crianças.

Endereço: Central Park West & 79th St, a 900 metros do MET, do outro lado do parque.

Metrô: Estação 81st St. Museum of Natural History, linhas B e C.

Visita: Todos os dias das 10:00 às 17:45 horas. A entrada custa US$23. 

Lincoln Center

Considerado o principal complexo de artes performáticas dos Estados Unidos, o Lincoln Center abriga, entre outras instituições, a Metropolitan Opera House, a New York City Opera, o Ballet, a Orquestra Filarmônica de Nova,  a New York Philarmonic e a renomada Julliard School for Performing Arts.

O Lincoln Center oferece passeios guiados que percorrem os edifícios para contar história do complexo, incluindo os bastidores que receberam Luciano Pavarotti e Mikhail Baryshnikov. Durante o percurso, você terá a oportunidade de ver uma palhinha dos ensaios e audições que acontecem ali todos os dias. Os tours saem do David Rubenstein Atrium e custam US$25. Para participar é preciso agendar o passeio online. Para a experiência completa, não deixe de garantir suas entradas para um dos espetáculos em cartaz durante a sua visita. Para saber o que está rolando, consulte a agenda no site oficial.

Endereço: entre a 66th Street, Columbus Avenue, 62nd Street e Amsterdam Avenue, Upper West Side.

Edifício Dakota

Já imaginou acordar todas as manhãs com vista para o Central Park, quadra de tênis, pé direito de mais de quatro metros, escadarias de mármore e, de quebra, ser vizinho da Yoko Ono? Esse luxo é pra os pouquíssimos que podem pagar por um apartamento no Edifício Dakota, um dos endereços mais caros e famosos de Nova York. O lugar virou ponto de peregrinação para os turistas e beatlemaníacos depois que John Lennon foi assassinado bem ali em frente. O casal vivia no último andar do Dakota desde 1973 e, na noite de 8 de dezembro de 1980, um fã obcecado o atingiu com quatro tiros quando o músico entrava em casa. Yoko ainda mantém o apartamento no local. 

O edifício é residencial e somente pessoas autorizadas podem entrar. Como a localização é conveniente, no entanto, bem na 72th st. com Central Park West, vale a pena passar por ali para tirar uma foto da fachada, se você estiver por perto. 

O que fazer em Nova York: Midtown, Broadway e Times Square

A Midtown começa quando termina o Central Park, na 59th st., e vai até 34th st. É considerada a parte mais importante da cidade, o centro econômicos onde estão concentrados grande parte dos arranha-céus que abrigam as sedes das empresas mais importantes do mundo. Estima-se que cerca de três milhões de pessoas trabalhem por ali todos os dias. Midtown Manhattan também reúne alguns dos pontos turísticos mais famosos, como o Empire States, Rockefeller Center, Broadway e Times Square

Columbus Circle

Localizado na ponta sul do Central Park, na interseção da 8th Avenue, Broadway, Central Park South e Central Park West, o Columbus Circle é o ponto zero de Nova York, a partir do qual todas as distâncias da cidade são medidas. A praça em formato circular conta com uma estátua em homenagem a Cristóvão Colombo no centro, mas a grande atração ali é para quem curte compras: o The Shops At Columbus Circle, que fica dentro do Times Warner Center (um dos prédios ao redor da praça), é repleto de lojas renomadas e restaurantes para todos os bolsos. 

Metrô: 59th Street – Columbus Circle (Linhas  A, B, C, D, 1  e N, Q, R)

MoMA

 

O nome é Museum of Modern Art, mas ele é carinhosamente apelidado de MoMA. Espalhadas por seus seis andares estão obras de artistas como Jackson Pollock, Cézanne, Matisse, Van Gogh, Gauguin, Klimt, Rodin e Modigliani. São mais de 150 mil trabalhos, entre pinturas, esculturas e fotografias, algumas delas verdadeiras obras-primas, como a “Noite Estrelada”, de Van Gogh; “A persistência da memória” de Dalí e “As senhoras de Avignon” de Picasso. Não deixe de conferir as galerias de arquitetura e design, um dos destaques da exposição. 

Funcionamento: Abre todos os dias, de segunda a quinta, das 10h30 às 17h30. Às sextas vai até as 20h. 

Entradas: Adultos pagam US$ 25. A entrada é gratuita para menores de 16 anos, US$ 18 para maiores de 65 anos e US$ 14 para estudantes. Grátis entre as 16h e 20h de sexta-feira. 

Rockefeller Center e Top of the Rock

O Rockefeller Center é um enorme complexo de 19 prédios comerciais e lojas que formam um shopping a céu aberto, além de restaurantes e diversas opções de entretenimento. Construído pela família Rockefeller no começo da década de 1930, pouco depois da queda da bolsa de Nova York, acabou se tornando um símbolo do processo de reconstrução econômica e de progresso para a cidade. 

Por ali, vale a pena conferir os jardins com a bela estátua de bronze do titã Atlas; os Channel Gardens e a estátua dourada de Prometheus. A partir de novembro também dá para conferir a gigantesca árvore de natal que já é marca registrada do complexo. Outra atração muito concorrida é o tour pelos estúdios da NBC, que leva os turistas pelos bastidores de programas como o Saturday Night Life.  

O Top of the Rock, atração mais famosa do complexo, fica entre os andares 67 e 70 do G.E. Building. Lá de cima, você terá uma vista 360˚ da cidade. Programe a visita para as manhãs de céu claro ou para o por do sol. A entrada custa US$41,37. Há também um ingresso chamado Sun and Stars, que permite visitar o Top of the Rock duas vezes ao dia, pela manhã e pela noite, por US$56. Essas e outras entradas estão à venda no site oficial

Dica:  Entre outubro e abril o pátio do Rockefeller Center se transforma em uma enorme pista de patinação no gelo que pode receber até 150 pessoas de uma só vez. As entradas para a sessão de 1h30 custam entre US$25 e US$33, mais o aluguel dos patins, que saem por US$12,50. A pista funciona entre 8h30 e meia noite. 

Endereço: 45 Rockefeller Plaza, New York

Metrô: 47th-50th Sts – Rockefeller Center Station, linhas B, D, F e V.

FAO Schweetz

Roteiro em Nova York: FAO - Loja de Brinquedos em NY

Quem assistiu ao filme “Quero Ser Grande”, vai se lembrar da cena em que o personagem vivido por Tom Hanks dança sobre um piano gigante em uma loja de brinquedos. O que nem todo mundo sabe é que a loja do filme é real e existe em Nova York até hoje. A FAO Schweetz parece mesmo saída de uma ficção, repleta de brinquedos originais e guloseimas coloridas que fazem qualquer um voltar à infância por alguns instantes. A visita tem um gostinho nostálgico, em especial para quem cresceu nos anos 1980 e 1990, já que há referências dessa época por todos os lados. A unidade clássica, na qual o filme foi gravado, fechou em 2015. Mas, para a alegria das crianças pequenas e nem tão pequenas assim, uma nova filial foi inaugurada dentro do complexo Rockefeller para o natal de 2018. E o piano gigante ainda está lá! 

Endereço: 30 Rockefeller Plaza

Funcionamento: Segunda á sábado das 9h às 22h – Domingo das 11h às 22h

Catedral de São Patrício

St. Patricks Cathedral

A construção em estilo neo-gótico contrasta bastante com o estilo modernoso e espelhado dos arranha-céus que se erguem ao redor, mas no bom sentido: a St. Patricks Cathedral é um marco importante histórico da cidade de Nova York e um dos principais cartões-postais da cidade. Com capacidade para até 2000 pessoas, a igreja tem o interior tão rico quanto o exterior: destaque  para os dois órgãos gigantescos, compostos por 3.920 e 5.918 tubos e para a réplica da escultura de La Pietà, três vezes maior que a original de Michelangelo, que está no Vaticano. Lá dentro não é permitido tirar fotos. 

Endereço: Quinta Avenida, entre as ruas 50 e 51, em frente ao Rockefeller Center 

Metrô: Estação 5th Avenue – 53RD St, linhas E e M ou estação 47-50th St-Rockefeller Ctr, linhas B, D, F e M. 4, 5, 6, 7 e S.

Funcionamento: diariamente das 6h30 às 20h45. A entrada é gratuita. Todos os dias às 10h há uma visita guiada também gratuita (mas lembre-se de dar uma gorjeta ao guia). 

New York Public Library

Roteiro em Nova York: Biblioteca Pública de Nova York

A New York Public Library fica em um prédio imponente que guarda uma das mais importantes bibliotecas do mundo, com mais de 20 milhões de livros. Você pode entrar e explorar as áreas de livre acesso sem pagar nada por isso. Perca-se nos corredores e na infinidade de salas, cada sala mais linda que a outra. Depois me conta se você não teve a impressão que estava em Hogwarts! Só lembre-se de respeitar o silêncio absoluto que reina por ali: a biblioteca é muito frequentada por estudantes em busca de um lugar tranquilo. No primeiro piso, dê uma olhada nas lojinhas que vendem livros, cadernos, mapas, brinquedos e várias coisas legais para quem é amante das letras.

Localização: 476, 5th Avenue. A 800 metros da St. Patrick’s Cathedral e atrás do Byrant Park.

Funcionamento: Às terças e quartas, abre das 10h às 20h. Às segundas, quintas, sextas e sábados, das 10h às 18h. Já aos domingos o horário de funcionamento é das 13h às 17h.

Grand Central Terminal

Grand Central Station - Nova York

Outro cantinho de Nova York que os cinéfilos de plantão vão reconhecer imediatamente é o Grand Central Terminal. Cenário de inúmeros filmes, o lugar é também uma das principais obras de arquitetura da cidade. Inaugurado em 1871, o terminal marcou a modernização do país ao substituir a antiga Grand Central Station e aposentar os trens a vapor. A parte mais icônica é o Vanderbilt Hall, um saguão de mais de 1.100m2 lindamente decorado. Estima-se que mais de 100.000 passageiros circulem pelo Grand Central Terminal todos os dias, sem contar os milhares de turistas que aparecem por ali só para bater fotos. 

Endereço: 15 Vanderbilt Avenue, a 500 metros da Biblioteca Pública de Nova York

Metrô: Grand Central Terminal, linhas 4, 5, 6, 7 e S.

Broadway

Roteiro em Nova York: Matilda - BroadwayTambém conhecida como Broadway Theater, essa região de Nova York é famosa por concentrar mais de 40 teatros com 500 assentos ou mais e que recebem apresentações diárias, a maior parte delas musicais. O lugar é o palco de algumas peças clássicas, como O Fantasma da Ópera, Chicago e Wicked. 

Se você faz questão de alguma peça específica – em especial as mais disputadas -, vale a pena garantir o ingresso com antecedência. O site da Broadway mostra tudo o que está em cartaz e te leva para a página de vendas de cada espetáculo. Se seu inglês não é lá essas coisas, a dica é optar por histórias (e músicas) já conhecidas, como O Rei Leão, Alladin, Frozen e Mamma Mia. 

Quem tiver com o espírito aberto e quiser economizar uns trocados, pode tentar a sorte nos quiosques da TKTS, que vendem ingressos com desconto para peças do dia (veja mais no link abaixo). Aí é na sorte: não dá para saber o que vai ter disponível lá na data que você quer. A bilheteria abre às 15h e é bom chegar cedo para ter mais chances de conseguir bons lugares. 

Dica: Veja aqui mais sobre como conseguir ingressos baratos para os espetáculos da Broadway

Localização: Entre a 50th st. e 41st st., a 600 metros do MoMA 

Dica de restaurante: Próxima à Broadway e da Times Square fica uma região repleta de restaurantes, bares e lojas diferentonas conhecida como Hell’s Kitchen (entre a 34th st. e 59th st., e entre a 8ª Avenida e o Rio Hudson). Por ali dá pra provar culinária autêntica de diversas partes do mundo, além de opções bastante americanas. Minha dica é programar um brunch tipicamente novaiorquino no 44&X (622, 10th Ave).

Roteiro em Nova York: Brunch 44&X

O brunch no 44&X saiu por US$27 por pessoa

Times Square

Times Square - Nova York

Famosa pelos letreiros luminosos e pela poluição visual estranhamente bela, a Times Square recebe quase 40 milhões de turistas por ano. Estima-se que, a cada minuto, mais de 100 línguas diferentes são faladas simultaneamente apenas nesse pedacinho de rua. Sim, rua. Porque, apesar do nome, de praça o lugar não tem nada: a Times Square é um cruzamento de 12 vias que foi modificado para atender o grande fluxo de pedestres no local.

O lugar ficou conhecido dessa forma no século 20, depois que o New York Times mudou sua sede pra lá. Foi só depois disso que o cruzamento começou a se tornar um cantinho especial de Nova York, muito utilizado como cenário de filmes, fotografias e obras de artistas locais. Nos anos 1980, passou por um período de forte degradação, mas uma grande revitalização na década seguinte que atraiu diversas empresas e lojas internacionais para lá, dando à Times a cara que ela tem hoje.  Se você for viajar no fim do ano, não deixe de conferir a tradicional contagem regressiva do Ano Novo em Nova York. 

Dica: Atores fantasiados de personagens da cultura pop tiram fotos com os turistas por uma gorjeta entre US$2 e US$5. Caso algum deles seja inconveniente ou agressivo, não hesite em chamar um policial.

Localização: Na junção da Broadway com a Sétima Avenida, entre a 42nd Street e a 47th Street, próximo a alguns dos principais teatros da Broadway, como o Minskoff. 

Madison Square Park

Roteiro em Nova York: Shake Shak Madison Square Park

Embora não seja tão grande e famoso quanto o Central Park, o Madson Square Park é uma parada excelente para a hora do almoço. Além da possibilidade de estender uma canga na grama e fazer um piquenique, opção muito comum entre os novaiorquinos, há uma filial do Eataly logo em frente e outra do Shake Shack bem no meio do parque. Os sanduíches deles, inclusive o vegetariano, são uma delícia, mas o milk shake de manteiga de amendoim ocupa um lugar especial no meu coração. 

Uma opção ótima para o matar a fome no começo da noite, no entanto, é a Mad. Sq. Eats., que vende comidas de diferentes partes do mundo e dos principais restaurantes de Manhattan durante a primavera e o outono. Não fica exatamente no parque, mas próximo a ele, na 24th and 25th Streets at the intersection of 5th Ave and Broadway. Já no verão, o lugar vira palco para o Madson Square Music. O Madson Sq. Park recebe outros eventos gastronômicos e culturais ao longo do ano, confira a programação no site oficial

Localização: Madison Avenue, entre as ruas 23th e 26th. 

Empire States Building

Roteiro em Nova York: Empire States Building - NYC

O Empire States Building é tanto um dos cartões-postais quanto uma das vistas mais famosas da cidade. Foi o edifício mais alto do mundo por quarenta anos, entre as décadas de 1930 e 1970, quando foram inauguradas as Torres Gêmeas do World Trade Center. Com os atentados de 2001, voltou a ser o prédio mais alto de Nova York, perdendo o posto novamente com a inauguração do One World Trade Center, em 2012. Mas se tem uma coisa que o Empire States não perdeu foi espaço no imaginário mundial: é um marco histórico nacional do Estado Unidos; um dos principais cartões-postais da cidade e uma das atrações mais visitadas por turistas. Durante a visita, não deixe de reparar no lobby em mármore preservado exatamente como no momento da inauguração, em 1931.

Quem quiser evitar as filas, que podem durar horas, deve se programar para visitar o prédio de manhã, entre as 8h e 10h, ou após as 22h. É possível comprar o ingresso online, no site oficial. Contudo, você receberá um voucher que precisa ser trocado pelo ingresso na bilheteria. Embora no momento da compra seja preciso informar a hora da visita, não há agendamento e com o bilhete é possível prédio a qualquer momento. 

No momento da compra, será preciso escolher se você vai subir até o main deck, no 86º andar (US$40) ou até o top deck, no 102º (por US$20 adicionais). Vá pelo 86º: além de ser mais barato e estar incluído nos passes turísticos, o mirante já é alto o suficiente para garantir uma vista incrível da cidade. Além disso, o deque de observação é aberto, protegido por grades, enquanto o do 102º é cercado por vidro. Só isso já garante que as fotos serão melhores. 

Dica: Às quintas-feiras e aos sábados de verão, o Empire State Building recebe apresentações de música ao vivo entre as entre 21:30h e meia-noite. 

Não é permitido entrar no Empire States com materiais cortantes, mochilas grandes, líquidos inflamáveis ou perfumes, bebidas, garrafas e copos, isqueiros e outros materiais que possam ser considerados perigosos pelo controle de segurança. Não há guarda-volumes no local, por isso o melhor é deixar esses itens no hotel. 

Endereço: 5ª Avenida, entre as ruas 33 e 34.

Metrô: 34th Street/Penn Station (linhas 1, 2, 3, A, C e E) ou 34th St – Avenue of the Americas (linhas B, D, F, N, Q e R).

Funcionamento: diariamente, das 08h00 às 02h00.

High Line

Roteiro em Nova York: The High Line - NYC

O High Line é mais ou menos o seria o minhocão de São Paulo se ele fosse transformado em um parque. Construído onde antes passava uma linha de trem desativada, esse parque suspenso passa por mais de 10 quarteirões e 2,33 quilômetros: vai da 34th st. até a Gansevoort Street, já na Lower Manhattan, entre as 12th e 10th avenidas. O percurso é marcado por painéis de arte urbana e vistas inusitadas de Nova York. Sem falar que, em alguns pontos, a passarela fica bem colada aos prédios, o que dá a sensação de caminhar pelo topo da cidade. Em outros, a vegetação é tão abundante que esconde a metrópole ao redor. Há quiosques de comidas no caminho. 

The High Line - NYC

Localização: Há vários pontos de acesso para o High Line. Entrando por uma das pontas dá para fazer o trajeto inteiro. A entra da 34th st. fica próxima à estação 34th Street-Hudson Yards (Linha 7) ou da Penn Station. Já a da Gansevoort St. é próxima à estação 14th St x 8th Ave. (servida pelas linhas A, C, E ou L). 

Outra possibilidade, para quem não quer caminhar tudo, é visitar o parque logo após o Chelsea Market. Há uma entrada na 16th st., ali pertinho. De lá não é um trecho muito longo até a saída da Gansevoort St., e você pode seguir para as atrações da Lower Manhattan. 

Funcionamento: O parque abre diariamente das 7h às 23h.

Chelsea Market

Amys Breads - Chelsea Market

Roteiro em Nova York: chelsea market

Até a década de 1950, o lugar que hoje abriga um dos mercados mais charmosos e descolados de Nova York era uma fábrica de biscoitos que produzia, entre outros, os mundialmente famosos Oreos. Hoje, o galpão com cara industrial abriga o Chelsea Market, mercado gourmet com restaurantes, lojas e decoração vintage.

O lugar é cheio de opções para o almoço, que vão de comida indiana, tailandesa, vegetariana, natureba, sanduíches, doces e frutos do mar. Entre os restaurantes mais badalados do lugar, estão o Friedman’s Lunch e a doceria Eleni’s. Mas você ainda pode optar pelos crepes da Bar Suzette, os noodles da Chelsea Thai ou a massa da Giovanni Rana Pastificio & Cucina, só para dar um exemplo. Quem quiser algo mais prático, rápido e econômico pode apostar nas deliciosas pizzas da Amy’s Breads. Há ainda um bar de vinhos e lojas de decoração e presentes. 

Endereço: 75, 9th Ave

Metrô: Estação 14th Street/8th Avenue (Linhas A, C, E ou L) 

Funcionamento: O Chelsea Market funciona de segunda a sábado, das 7h às 21h e aos domingos das 8h às 19h.

O que fazer em Nova York: Lower Manhattan

Mais conhecida pelos locais como “Downtown”, Lower Manhattan é a região mais ao sul da ilha, formada por pequenos bairros bastante pitorescos, que vão te dar uma imagem completamente diferente da glamorosa região superior da Big Apple. É ali que ficam algumas das famosas vizinhanças étnicas da cidade, como Chinatown e Little Italy, além dos charmosos Greewich Village e Tribeca, que se estende às margens do rio Hudson, e do distrito comercial Wall Street

Como chegar em Lower Manhattan: De metrô, pelas linhas 1,2 e 3 até a estação Christopher St. De trem, pelas linhas A, C e E até a estação Chamber. 

Greenwich Village e o apartamento de Friends

Roteiro em Nova York: Prédio Friends NYC

Quem não acompanhou a série Friends nunca vai entender porque tanta gente se empenha em chegar à esquina da Bedford Street com Grove só para tirar uma foto da fachada de um apartamento. Mas pra quem se sente amigo pessoal de Mônica, Chandler, Rachel, Joey, Phoebe e Ross é difícil não se emocionar ao ficar cara a cara com o apartamento mais querido de Manhattan. Uma curiosidade é que o lugar foi usado apenas para as cenas externas, já que a série foi quase inteiramente filmada nos estúdios de Los Angeles. 

Aproveite que você já está por ali para explorar o resto do charmoso bairro de Greenwich Village, berço do Movimento do Orgulho Gay de Nova York e famoso pelas lojas de roupas, decoração e design, além de uma excelente cena gastronômica, no passado frequentada por artistas e escritores como Jimi Hendrix, Bob Dylan, e Edgar Allan Poe. 

Dica de restaurante: E, já que estamos em um tour televisivo, ali pertinho fica a filial da Magnolia Bakery do Greenwich Village (401, Bleecker Street), uma loja de doces e cupcakes famosa na cidade por ter aparecido na série Sex and the City. Mas a grande estrela da casa não é a Carrie Bradshaw, e sim o banana pudding divino deles. Destaque também para a torta de manteiga de amendoim. Se você é de compras, pode aproveitar para dar uma olhada nas lojas da Bleecker Street antes de seguir para o próximo destino.

Roteiro em Nova York: Magnolia Bakery - Bleecker Street

Metrô: Estação Christopher St, (Linha 1). De lá, é só caminhar dois quarteirões pela Grove St. em direção ao rio Hudson. 

Chinatown

Comida - Chinatown

Vir caminhando por Lower Manhattan e dar de cara com o Chinatown deve ser uma experiência muito parecida com encontrar uma brecha no espaço-tempo e ser teletransportado. Repleta de letreiros de neon com caracteres ilegíveis (para nós, claro), o bairro chinês de Nova York é o maior reduto de imigrantes dessa parte do mundo no ocidente. O local tem aquele quê de caos adorável como só as metrópoles asiáticas sabem fazer, e ali é possível encontrar de tudo: de produtos de origem duvidosa a lojas de arte e artesanato, galerias e muitos, muitos restaurantes chineses e de outras partes da Ásia. Esse também é um bom lugar para encher a mala de lembrancinhas de viagem, já que os preços praticados ali são inferiores aos do resto da cidade. 

Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre a história da imigração chinesa nos Estados Unidos pode dar uma passada no Museum of Chinese in America (MOCA) (215 Centre St, $12), que mostra um pouco da cultura desse povo nas Américas e como eles estabeleceram ali. A entrada é gratuita nas primeiras quinta-feiras de cada mês e o museu fecha sempre às segundas. Outro local que vale a pena ver é Mahayana Buddhist Temple (133 Canal St), o maior templo budista da cidade e um dos maiores do país, de grande importância religiosa para a população que mora ali. 

Dica de restaurante: O famoso 456 Shanghai Cuisine (69 Mott St., A) surpreende pelo preço baixo e qualidade. Já a sorveteria Ice Cream Factory (65 Bayard St.) é a melhor parada para uma sobremesa: o lugar serve sabores incomuns ao paladar brasileiro, com ingredientes típicos da Ásia.  

Little Italy

Ao lado da Chinatown fica a Little Italy, bairro que abrigou, durante décadas, os imigrantes e descendentes de italianos em Nova York. Graças à expansão da Chinatown e o deslocamento dos habitantes originais para outras áreas da cidade, a Little Italy tem perdido um pouco de sua autenticidade e ficado cada vez menor. Estima-se que apenas 10% da população que hoje vive ali seja de fato de origem italiana, mas mo coração do bairro, no entanto, ainda é possível ver a clara influência dos nonos e nonas por ali, em especial entre as ruas Grand e Mulberry Street.

Little Italy - NYC

A principal atração local é escolher uma entre as várias cantinas tradicionais que resistem ali e se preparar para uma deliciosa refeição italiana. Quem quiser bater um pouco de perna, também pode passear pelos mercados locais e levar para casa produtos típicos da Itália, como embutidos e massas frescas. 

Metrô: Descer em qualquer uma das estações Canal St, Grand St, Spring St ou Bowery

O touro da Wall Street e a menina destemida

Maior símbolo do poder econômico da Bolsa de Nova York, o touro de Wall Street é uma das atrações gratuitas mais visitadas da cidade. Obra do artista Arturo di Modica, fica bem ali pertinho do distrito financeiro, no Bowling Green Park. Reza a lenda urbana que, se você esfregar o chifre, o focinho ou os testículos da escultura, atrairá sorte e prosperidade para a sua vida. 

Em frente ao touro, a estátua de uma menina destemida – na minha opinião, muito mais interessante -, ainda está por ali e, de acordo com as autoridades de Nova York, vai ficar por um bom tempo. A escultura da garotinha com as mãos na cintura, em uma pose desafiante, é uma critica ao ambiente majoritariamente masculino do mundo das finanças e uma homenagem à liderança e resistência feminina no mercado de trabalho, apesar de todos os percalços. A imagem foi colocada ali em celebração ao Dia Internacional da Mulher de 2017, mas já conquistou o coração dos moradores locais e turistas do mundo inteiro. 

Metrô: Estação Bowling Green (Linhas Verde 4 e 5)

Memorial do 11 de setembro e Museu

Bem no local onde, antigamente, ficavam as torres gêmeas, fica o Marco Zero, um memorial a todos os que morreram nos ataques ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. São cerca de 3.000 nomes gravados em placas de bronze nos dois espelhos d’agua que formam o memorial. A visita é gratuita, porém há um Museu do 11 de Setembro nas dependências do memorial, cuja entrada custa 24 dólares. Há uma visita guiada oficial que percorre tanto o memorial quanto o museu, em um passeio de 1h30.

Metrô: Linhas A, C, J, Z, 2, 3, 4 ou 5 para a Fulton Street ou a linha R para a Cortlandt Street

One World Observatory

No topo do arranha-céu construido no marco zero das torres gêmeas, hoje o mais alto do ocidente, fica um observatório desde onde se tem uma das melhores vistas de Manhattan. O One World Trade Center tem 540 de altura e fica bem ao lado do memorial. Além do mirante, que fica no 102˚ andar, há também um centro interativo que conta com painéis com depoimentos das pessoas que trabalharam na obra. A entrada custa 32 dólares. Há um restaurante no local, para quem quiser almoçar com vista para Nova York.

Endereço: 285 Fulton Street. Aberto diariamente das 9h às 20h (a bilheteria fecha às 19h15). No site oficial é possível comprar as entradas antecipadamente.

Battery Park

Localizado no extremo sul da Ilha, o Battery Park fica de cara para a baía de Nova York e com uma bela vista para ela, a famosa, única, estrela absoluta… Estátua da Liberdade. É dali que saem as balsas para a Liberty Island, a ilha onde fica a estátua. Por isso, se você pretende fazer esse passeio, o Battery Park é parada obrigatória na sua viagem. Os ingressos são vendidos dentro do parque, na Castle Clinton.

Quem preferir economizar os obamas (desculpem, ainda não superei) pode simplesmente relaxar em um dos bancos do parque e aproveitar a vista, que é lindíssima ao por do sol. Há também vários monumentos espalhados pelo parque, entre eles o The Sphere, um famoso globo metálico que antes ficava na praça do WTC. 

Estátua da Liberdade - Nova York

Quem não fizer questão de ver a Estátua da Liberdade de pertinho, pode pegar a balsa gratuita que cruza para Staten Island e que, na ida, passa em frente à estátua. A balsa sai do Whitehall Terminal, em Lower Manhattan, pertinho do memorial do World Trade Center e da Wall Street. Leia mais sobre como ver a Estátua da Liberdade de graça

Brooklyn Bridge

Brookylyn Bridge - Nova york

Manhattan termina onde começa o Brooklyn, e é essa ponte, cartão postal absoluto, que faz a ligação entre as duas partes da cidade. Construída entre 1869 e 1883, foi a primeira ponte de aço suspensa do mundo. A graça aqui é cruzá-la à pé e parar para tirar fotos no meio dela, com a bela estrutura e o rio lá embaixo. Do outro lado, já no Brooklyn, há ótimos lugares para fotografá-la em panorama (veja logo mais).A travessia tem extensão total de dois quilômetros.

Uma boa ideia é deixar para fazer esse passeio no dia que você for visitar o Brooklyn, porque, chegando do outro lado, tem um monte de atrações legais por perto e você ainda consegue se programar para fazer a travessia de manhã cedo, quando o local está, em geral, mais tranquilo. Para cruzá-la, saindo de Manhattan, vá a estação Brooklyn Bridge City Hall (linhas 4,5 ou 6), que fica em um parque quase em frente. De lá é só seguir as placas. É tudo muito bem sinalizado por ali. 

Se você tiver pique, considere alugar uma bicicleta para a travessia. No final, você ainda pode dar um rolê pelo Brooklyn Bridge Park, que tem uma das vistas panorâmicas mais bonitas da ilha. Há uma loja de aluguel de bikes ali pertinho.

O que fazer em Nova York: Brooklyn

Cruze a ponte e você não está mais em Manhattan. Seja bem vindo ao Brooklyn! No passado um reduto de violência urbana que concedeu a ele uma má fama, desde os anos 1990 a região passou por um processo de revitalização e gentrificação que o transformou no bairro favorito dos jovens, artistas e hipsters de Nova York. Espere encontrar por ali um ambiente mais descolado, criativo e com mais cara de vida comum que em Manhattan, sem deixar de lado a efervescência cultural e gastronômica que é a cara da cidade. 

Brooklyn Bridge Park

Brooklyn Bridge - Nova York

Localizado logo abaixo da Brooklyn Bridge e às margens do East River, esse parque de 85 hectares esconde trilhas, colinas e jardins tão tranquilos que fazem com que a gente se esqueça de que está em uma das maiores cidades do mundo. Isso quando, é claro, o skyline de Manhattan não rouba a cena com uma das melhores vistas panorâmicas da ilha, incluindo a ponte, o One World Trade Center e a Estátua da Liberdade. 

É no Brooklyn Bridge Park que fica o Jane’s Carroussel, um carrossel vintage ainda em funcionamento que orna que é um maravilha nas fotos com vista para Manhattan.  Sente-se na grama, tome um pouco de sol enquanto lê um livro, faça um piquenique. Ou, se você seguiu o meu conselho e alugou uma bicicleta para cruzar a Brooklyn Bridge, siga pela ciclovia Greenway, que interliga o Pier 1 ao Pier 6, uma das melhores formas de conhecer o parque.

Dica de restaurante: Quando estiver no Pier 6, dê uma passada na Fornino, uma pizzaria famosa na região por ter uma vela vista da ilha. Outro lugar badalado para comer por ali é o Luke’s Lobster (11 Water St), que serve os ; tradicionais sanduíches de lagosta.

Metrô: York Station (Linha F)

D.U.M.B.O. 

Colado na Brooklyn Bridge e englobando o Brooklyn Bridge Park está uma pequena região conhecida como D.U.M.B.O., acrônimo para a expressão “Down Under Manhattan Bridge Overpass”. No passado um bairro industrial utilizado para o desembarque das balsas, o lugar preserva aquele jeitão meio quadrado das fábricas, muitos deles transformados em lofts espaçosos após a desindustrialização da cidade na década de 1970. Esses espaços atraíram jovens artistas em busca de um lugar barato para viver e um estúdio para trabalhar, o que acabou impulsionou a transformação da área, hoje repleta de galerias de arte e, em um movimento mais recente, de startups de tecnologia. 

Um dos lugares mais famosos da região é a Washington St. É dali que se tem a clássica vista da ponte do Brooklyn entre prédios, tão explorada no cinema e séries de TV. Para conhecer os artistas locais, dê uma passadinha no Dumbo Arts Center (111 Front Street).

Brooklyn Heights Promenade

O Brooklyn também tem seu calçadão. O Brooklyn Heights Promenade é uma passarela elevada com vistas incríveis para… adivinha? Ela mesma, a maravilhosa Manhattan. Mas não é só isso: o passeio passa também por quarteirões repletos de casas histórias típicas do Brooklyn, daquele estilinho que a gente está acostumado a ver nos filmes, sabe? O lugar começou a ficar famoso na década de 1980, quando foi usado como locação de filmes como Annie Hall e o Feitiço da Lua. Ainda hoje é uma excelente pedida para uma caminhada tranquila (e, se você tiver sorte, romântica), por Nova York. 

Dica de restaurante: Saindo dali, passe no Junior’s (386 Flatbush Ave Ext), confeitaria que está a 1500 metros do Promenade. Pode não parecer tão perto, mas garanto que a caminhada vale a pena: o restaurante tem a fama de ter o melhor cheesecake da cidade.

Williamsburg

Se a gente pesquisar direitinho, talvez descubra que os hipsters vieram todos de Williamsburg. Repleto de arte de rua, galerias, bares e cafés moderninhos, a região é, talvez a que mais preserva o espírito alternativo em Nova York, apesar de ter perdido muito dessa atmosfera nos último anos.

No passado, nenhuma loja de rede poderia abrir uma unidade em Williamsburg, mas hoje a gente já vê Starbucks aparecendo aqui e ali. O bairro, no entanto, ainda é cheio de bares, cafés e restaurantes únicos, boutiques e galerias de arte. Para ver o que resta da Williamsburg autêntica, caminhe na região entre as ruas 6th e 11th. É ali que você vai ver alguns dos enormes painéis de arte urbana que, entre outras coisas, fazem a fama do bairro. 

Uma das paradas mais famosas por ali é a Brooklyn Brewery (79 N 11th St.), uma cervejaria artesanal que já se tornou um marco no bairro. O lugar oferece tours guiados gratuitos aos finais de semana. Os passeios saem de hora em hora entre entre 13h e 17h aos sábados e 13h e 16h aos domingos, e duram 30 minutos. Nas noites de sexta, o lugar se transforma em um bar. Se quiser fazer o passeio durante a semana, é preciso reservar antes.

Como chegar: Linha L do metrô ou de barco, pegando o East River Ferry no Pier 11, perto da Wall Street, ou entre as 34th e 35th st. 

Brooklyn Flea

Atrações, comidinhas, roupas e decoração vintage, artesanato. A Brooklyn Flea é o maior e mais descolado mercado de pulgas da cidade e ainda um dos melhores lugares para conseguir peças únicas, estilosas e barganhas imperdíveis. Coladinha nele fica também uma feirinha gastronômica pra foodie nenhum botar defeito. A Smorgasburg foca em experiências culinárias, em especial as que valorizam sabores exóticos e produção orgânica. Por entre as diversas barraquinhas em frente ao East River, com uma vista escandalosa de Manhattan, você faz viagens culinárias a diversos cantos do mundo.

Smorgasburg - Nova York

Leia também: Smorgasburg, a feirinha gastronômica do Booklyn

Local: A feira muda muito de endereço, mas o mais comum é que ocorra no Williamsburg Flea (em East River State Park), Fort Greene Flea (em Fort Greene, na Avenida Lafayette) ou no D.U.M.B.O.,em baixo da Brooklyn Bridge. Para saber a localização exata no momento da sua viagem, consulte o site oficial.

Funcionamento: A feira ocorre às sextas, sábados e domingos, das 11h às 18h, de abril a novembro. Nos meses de inverno, é transferida para pavilhões cobertos. 

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