Adeus, Velho Chico!
29 de junho, alta madrugada. Na sala, iluminada por uma lâmpada fraquinha, estava o velho ...Por: Horóscopo
Escreva o que quer pesquisar!
Nem nos meus planos mais loucos de viagem eu cogitei dormir em pleno deserto do Saara. E vou dizer: foi uma das melhores coisas que eu já fiz na vida. Para quem não sabe, o Saara é o terceiro maior deserto do mundo, ficando atrás apenas da Antártida e do Ártico, que apesar de serem de gelo, também são considerados desertos. O Saara tem um território pouco menor do que a Europa inteira.
Nessa área, que é praticamente continental, vivem mais de 2,5 milhões de pessoas. Esse mundão de areia faz parte de vários países e territórios, entre eles: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Saara Ocidental, Sudão e Tunísia.
A possibilidade de visitar o Marrocos surgiu quando me mudei para a Irlanda e uma amiga que já morava lá sugeriu o passeio. Para quem está fazendo intercâmbio no Velho Continente, essa é uma viagem bem comum. Como estamos aqui para solucionar e não para criar problemas, vamos contar tudo, para quem pretende sair do Brasil ou da Europa, rumo a Marrakesh.
O tour dos brasileiros por aquelas bandas da África tem sido tão procurado que tem agência que faz tudo em português (ou quase isso). No meu caso, eu fui com o “Viaje en Marruecos” – e tive uma experiência maravilhosa!
Grupo de brasileiros e o pôr do sol no Deserto do Saara
Chegando em Marrakesh, fomos recebidos pela equipe da agência de turismo e encaminhados para o Hotel Islane, no centro, bem próximo ao tradicional mercado da cidade. Vale lembrar que o tour do deserto tem duração de quatro noites. Mas se você quiser ficar mais tempo e se aventurar por lá, é uma ótima pedida. A gente te conta mais opções de passeios daqui a pouco.
Paguei 130 euros no tour completo, incluindo café da manhã, uma refeição diária, transporte até o deserto e as acomodações. No total, incluindo passagens de ônibus, tour, alimentação e alguns souvenires, gastei 300 euros nos cinco dias da viagem. Melhor investimento. Depois de passarmos a primeira noite, no dia seguinte começamos a nossa viagem de van, que durou dois dias. São mais de 500 quilômetros entre Marrakesh e o acampamento, quase na divisa com a Argélia. Pelo caminho, paramos para ver a fabricação do famoso óleo de argan e na Hollywood marroquina, onde fica o Atlas Studio.
Você também vai conhecer Kasbah de Ait Benhaddou, que foi declarada pela UNESCO, em 1987, Patrimônio Humanidade. É uma cidade murada famosa por ter sido cenário de vários filmes Hollywoodianos, cenas de Game of Thrones e até mesmo da novela O Clone.
Kasbah de Ait Benhaddou, cenário de vários filmes, séries e da novela “O Clone”
A noite é no hotel Le Chateau du Dades, onde é preparado um verdadeiro banquete para o pessoal do tour. Com direito ao Tajine, prato típico de lá.
Tajine, prato típico da culinária marroquina
No dia seguinte é hora de começar a última parte do trajeto até o deserto – foram mais algumas horas de viagem no nosso terceiro dia por lá. Há uma parada em uma loja para comprarmos os lenços coloridos que usaremos no deserto. Logo após o almoço, chegamos a um hotel à beira do Saara. Dali, já dava pra avistar a imensidão de areia e belas dunas que nos esperavam. Antes de irmos ao deserto, deixamos nossas malas no hotel que serviu de base, pegamos o indispensável e partimos.
Uma parte do percurso é feita em 4×4 (mais para mostrar a emoção do que propriamente para a locomoção). Andamos cerca de 15 minutos até o local onde estavam os camelos que levaram as pessoas ao acampamento.
Sim, essa parte do trajeto é feita em camelos ou em dromedários, para ser mais exata. Como nós aqui no 360meridianos não apoiamos o turismo com animais, aconselhamos a fazer esse trajeto de carro – há essa opção. Chegando na entrada do acampamento você é convidado a subir as dunas e assistir ao pôr do sol, que é uma coisa EXTRAORDINÁRIA. Ali também rola um esquibunda. Vale pela diversão.
Confesso que não estava esperando uma grande estrutura para o acampamento no deserto. Afinal, era um acampamento no deserto, né? Mas muito me surpreendeu o lugar, que é melhor do que muito hotel em que já fiquei. Se tá descrente, dá uma olhada nessas fotos:
Acampamento do Viaje em Maruecos, no deserto do Saara
O anoitecer no deserto, além de trazer o céu mais estrelado que já vi na vida, guarda outra surpresa. Um jantar típico seguido de uma festa a noite inteira. Éramos 25 pessoas, aproximadamente, a maioria brasileiros. A atmosfera, o céu, o clima e as companhias foram incríveis. O acampamento tinha banheiro, tendas com camas de casal e de solteiro.
Festa e banquete no acampamento.Grupo basicamente de brasileiros
No dia seguinte, acordamos cedo para ver o nascer do sol e voltamos para o hotel onde estavam as nossas malas. Lá, tomamos banho e começamos a viagem de volta para a cidade. Ao contrário da ida, o retorno não demorou dois dias. Foi uma viagem praticamente direta, o dia inteiro. Paradas apenas para almoço e banheiro. Ou seja, bastante cansativa.
Na última noite, ficamos no mesmo hotel do primeiro dia, no centro da cidade, já que teríamos um city tour na manhã seguinte. Ao acordarmos, um guia nos levou pelo mercado e arredores, além de pararmos em uma loja de produtos naturais para fazermos compras. Como o dirham, moeda marroquina, é bem desvalorizado em relação ao dólar e ao euro, o custo da viagem é baixo. Então pode preparar pra trazer lembrancinha pra família inteira!
Eu saí de Dublin e paguei 85 euros na passagem de ida e volta.
Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, dá para encontrar passagens a partir de dois mil reais. A Royal Air Maroc, companhia aérea nacional do Marrocos, te dá a opção de fazer um stop-over em Casablanca ou Marrakesh. Se conseguir organizar, dá até pra encaixar no roteiro. Outra dica pra quem vai fazer o stop-over e não tem tempo para o tour: se o stop-over for de até 24 horas, a hospedagem é por conta da companhia aérea.
Para a nossa alegria, os brasileiros não precisam de visto para entrar no Marrocos. Apenas de passaporte válido.
Nem todo mundo sabe, mas apesar de ficar no continente africano, existe a possibilidade de chegar em Marrocos, de carro, vindo da Europa. O motivo é simples: o que separa um continente do outro é o Estreito de Gibraltar, e como o próprio nome já diz, é uma passagem estreita rsrs.
Se você pretende fazer a travessia de carro ou até mesmo a pé, a dica é ir até Tarifa ou Algericas, na Espanha, e pegar um ferry boat para Tânger, no Marrocos. Saindo de Algericas, a viagem dura 1h30. O preço médio da passagem de ida e volta pra quem vai a pé é de 50 euros. Pra quem vai de carro, fica em torno de 200 Euros.
Quem preferir ir por Tarifa, a viagem é mais curta, cerca de 1h e os preços são basicamente os mesmos. A distância de Tânger para Casablanca são 330km. Para Marrakesh, são 600km.
Se você tiver um tempinho a mais no Marrocos, há outros lugares que também valem a visita. Nós separamos os três mais famosos.
Apesar de não ser a capital do Marrocos, Casablanca é, sem dúvidas, a cidade mais populosa do país e uma das mais famosas. E o filme “Casablanca”, que ganhou um Oscar de melhor filme, ajudou a tornar a cidade ainda mais conhecida internacionalmente (apesar de não ter sido gravado lá, mesmo a história se passando na cidade). É como se fosse o Rio de Janeiro marroquino, sem toda a beleza da cidade brasileira, é claro. Por estar na costa, acaba tendo uma importância econômica muito grande, por conta do porto.
Por lá você pode ir conhecer a Mesquita Hassan II, que é o templo mais alto do mundo e a segunda maior mesquita no planeta, ficando atrás apenas da mesquita de Meca. É tão grande, que se perder por lá não é muito difícil. Inclusive, há vários relatos de gente que se perdeu e precisou pagar pela “ajuda” pra conseguir sair de lá. A praia de Ain Diab também é bem famosa por lá e há restaurantes com vista pra praia. Se interessou? O Eduardo e a Mônica fizeram um ótimo roteiro sobre lá!
Mesquita de Hassan, em Casablanca. Crédito: Por Ruslan Kalnitsky / Shutterstock
A Medina de Fez (Fez El Bali) é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO, e uma das quatro cidades imperiais do Marrocos, Fez é um dos destinos mais procurados por quem viaja por aquelas bandas. A cidade já foi a capital do país, antes dos franceses transferirem o centro político para Rabat. Lá também é onde fica a mais antiga universidade da planeta, a Al Karaouine.
Um dos principais atrativos da cidade são os curtumes de couro. No local, gerações de marroquinos há oito séculos tratam o couro que será vendido nas lojas. É uma atração à parte.
Curtume de couro em Fez, no Marrocos. Crédito: Eric Valenne geostory / Shutterstock
Localizada ao norte do país, a cidade é muito famosa por conta de suas casinhas todas azuis, ao contrários dos tons terrosos predominantes na arquitetura do restante do país. A cidade foi fundada em 1471, ou seja, é mais velha que o Brasil! Como em todo o restante do país, na cidade você vai encontrar uma grande medina, uma Grande Mesquita e o mercado. Há um mirante, o “Miradouro”, onde é possível tirar uma foto panorâmica da cidade. Se você tiver um pouquinho a mais de tempo, vale a pena ir às Cascatas d’Akchour ou aos famosos Hammams, as casas de banho marroquinas. Atente-se aos horários reservados para homens e mulheres, que são diferentes. A qualidade da sua experiência pode variar de acordo com o quanto você quer desembolsar. Vale a pena dar uma boa pesquisada antes! Quer saber mais? Olha as dicas do Casal Wanderlust
Casinhas azuis de Chefchaouen. Crédito: Vixit / Shutterstock
O post Roteiro para passar uma noite no deserto do Saara, no Marrocos apareceu primeiro em 360meridianos.
Um bate-volta fácil para quem está na cidade do Porto ou uma escapada perfeita de alguns dias para quem quer relaxar em meio a belas paisagens, o Vale do Douro, em Portugal, é uma região conhecida no mundo todo por conta da produção do vinho do porto. Nesse post, vamos contar para vocês todas as dicas e detalhes para quem quer conhecer essa parte tão linda de Portugal.
Índice do post (clique para ir direto para a parte que te interessa):
Onde fica o Vale do Rio Douro –
Como chegar e circular na região do Douro –
Qual a melhor época para visitar o Douro –
Quantos dias ficar –
Roteiro de cidades pelo Vale do Douro: o que fazer por lá –
Miradouros do Vale do Douro –
Vinícolas no Douro: quais quintas visitar? –
Onde ficar no Douro, Portugal: dicas de hospedagem –
O Vale do Douro fica na região Norte de Portugal, mais exatamente conhecida como Trás-os-Montes, seguindo pelo curso do Rio Douro. A paisagem que é Patrimônio da Humanidade segundo a UNESCO também é conhecida como Alto Douro Vinhateiro. Essa é uma área demarcada para a produção de vinho do Douro e vinho do Porto, por uma extensão de cerca de 150km, que vai desde Mesão Frio até Freixo de Espada à Cinta.
A região do Douro, em Portugal, é dividida em três partes: o Baixo Corgo (até a cidade de Régua) e Cima Corgo (mais central, onde fica Pinhão, até Cachão da Valeira), que são onde se concentram a maioria das Quintas (vinícolas). Por fim o Douro Superior (até quase na fronteira com a Espanha), que tem menos produção de vinho, mas é onde fica um parque arqueológico.
Do aeroporto do Porto até Vila Real são 99 km pela estrada IP4. Já o caminho do Porto até o “final” do trajeto, em Foz Côa é de 247km, pela IP2.
Vai viajar pelo Norte de Portugal? Então leia também:
O que fazer no Porto: roteiro de 2 ou 3 dias
O que fazer em Braga: guia completo
O que fazer em Guimarães: 1 dia na cidade
O jeito mais fácil de chegar e circular pela região do Douro, em Portugal, é de carro. Isso porque há um limite de lugares que o transporte público alcança: a maioria das aldeias e das quintas onde se produz o vinho só é acessível de carro. Além disso, entre as vantagens do carro está em poder chegar aos miradouros e cruzar as estradas cênicas, como a EN222, entre Pinhão e Régua. Leia esse texto aqui para saber como alugar carro em Portugal por menos de 10 euros por dia.
Claro, o carro tem as suas desvantagens: em primeiro lugar, quem for o motorista terá bastante limitações para beber vinho. Além disso, apesar das estradas serem boas, quanto mais para o interior você vai, mais estradas sinuosas e estreitas você vai encontrar.
Para quem só quer fazer um bate-volta, a melhor forma de ir é de trem! A Linha do Douro é um trajeto desde Porto até Tua, passando por 203 km de uma paisagem linda. Normalmente, as pessoas descem na Estação de Pinhão ou de Peso da Régua, que são as cidades mais centrais.
A estação do Pinhão fica à beira do rio, é decorada com azulejos e considerada uma das mais bonitas de Portugal
O trajeto, com o Comboio InterRegional, saindo do Porto, até Pinhão, custa 11 euros (22 euros, ida e volta). Parte a cada duas horas e a viagem leva cerca de 2h20. Também para em Régua, Tua, Pocinho e outras cidades ao longo do Vale. Para consultar horários e comprar as passagens, entre no site da Comboios de Portugal.
Também é possível, normalmente entre junho e outubro, viajar com o Comboio Histórico do Douro, uma locomotiva a vapor com carruagens de madeira do início do século 20. O percurso é entre Régua e Tua, parando em Pinhão. Para quem sai do Porto ou de outra cidade do Norte, o passeio custa €47,50. Mais informações sobre dias e horários do passeio na CP.
De barco: cruzeiro pelo Douro vale a pena?
Outro jeito que muitos turistas usam para conhecer a região é fazendo um cruzeiro pelo Douro. Mas aqui ficam alertas importantes para vocês não caírem em pegadinhas!
A questão é: não faça o passeio longo, o cruzeiro que sai de Vila Nova de Gaia até o Vale do Douro. Muita gente tem vontade de fazer esse passeio pensando que vai ver uma linda paisagem, mas acaba preso em 6 horas dentro de um barco numa parte em que a vistão não é tão bonita assim, o almoço incluído sempre gera reclamações e não sobra muito tempo para visitar a vinícola, quando você finalmente chegar ao Douro.
Dito isso, vale sim a pena fazer um passeio de barco, desde que você opte pela opção mais curta, de 1 ou 2 horas, partindo do cais de Pinhão. Esses passeios custam a partir de 10 euros (bem mais barato que os cruzeiros), e ainda te permitem almoçar onde quiser e visitar uma vinícola com calma – um passeio perfeito de um dia!
Na minha opinião, a forma mais fácil de conhecer o Vale do Douro em um dia, para quem tem foco em visitar as vinícolas, é num passeio guiado. Há diversas agências que promovem esse tipo de tour a partir do Porto. Eu conheço e já tive a chance de experimentar o trabalho da Bago d’Uva, que é uma agência dirigida por um casal de portugueses focada em tours vínicos e com uma pegada sustentável: são grupos pequenos, visitas a vinícolas menos conhecidas.
O tour da Bago d’Uva me levou por duas vinícolas – com degustação, incluiu almoço e prova de doces, passagem por um miradouro e tempo livre em Pinhão. Veja dicas sobre o passeio pelo Douro que escrevi para o blog deles.
Se você não quiser ou puder alugar carro, quiser tentar fazer alguns deslocamentos entre cidades do Douro ou tiver como foco visitar a zona do Douro superior, como São João da Pesqueira ou Vila Nova de Foz Côa, então, o jeito é ir de ônibus. Duas empresas de “autocarro” em Portugal fazem esses trajetos, a Rede Expressos e a RodoNorte.
A paisagem de parreiras de uva nas encostas do rio é linda em qualquer época do ano, mas para otimizar sua visita, vale a pena considerar algumas épocas importantes para marcar sua visita.
Por Camaforbusiness – Shutterstock
Para quem só tem um dia, é uma boa se concentrar ali na parte central do Vale do Douro. Você pode tanto contratar um passeio guiado; como ir de trem até Pinhão, e de lá almoçar, ir até uma vinícola e fazer um passeio de barco; ou ainda tirar o dia e fazer o passeio com o Comboio Histórico.
Quem realmente quer conhecer toda a região do Alto Douro Vinhateiro até os sítios arqueológicos do Rio Côa, pode montar um roteiro de viagem de 3 a 5 dias, passando por várias aldeias e quintas. Um roteiro mais básico pode considerar cada uma das três zonas por dia, por exemplo.
Ao longo da paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, nas das duas margens do rio, são 13 municípios, onde você tem a chance não só de beber muito vinho, mas passar por vilas históricas, palácios, miradouros e muito mais. No mapa abaixo e no texto a seguir, explico exatamente o que fazer no Douro, em Portugal!
Legenda: cidades (azul), miradouros (vermelho), atrações (amarelo), vinícolas (roxo), aldeias (verde)
Aviso sincero: eu ainda não conheço toda a região, mas tinha esse roteiro pronto, que eu mesma fiz para uma viagem que pretendo, baseado não só no que já vivi, mas em informações retiradas do site do Visit Portugal, dos blogs das minhas amigas Rita, o Porto Encanta e a Naiara, Aqueles que Viajam. E também dois blogs portugueses: Portoalities e o Viajar entre Viagens.
Cidades do Douro
Na margem sul do Douro, é uma cidade histórica, que conta com diversos prédios medievais, incluindo castelo. A principal atração é o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Nos arredores de Lamego ficam várias quintas, duas aldeias vinhateiras, o Mosteiro de São João de Tarouca e o miradouro de São Domingos.
Crédito: Por Sergey Peterman Shutterstock
Peso da Régua não tem muito para visitar em si, é uma das principais cidades para a produção de vinho do Porto no Douro. Não é atoa que ali fica o Museu do Douro e diversas vinícolas. No caminho entre Régua e Pinhão fica o Miradouro de São Leonardo de Galafura e é também nessa parte que a viagem de trem subindo o rio fica especialmente bonita.
Crédito: Por Takashi Images Shutterstock
Tal como Régua, apesar de não haver muito para ver em Pinhão, ali é um ponto central e de fácil acesso para quem quer conhecer toda a região do Douro. O cais, a beira do rio, de onde saem os passeios de barco, é espetacular. Não deixe de reparar na ponte de ferro, que foi projetada por Gustav Eiffel. A estação de trem também é muito bonita, com seus painéis de azulejos contando parte da história do Douro e das pessoas que ali vivem.
De Pinhão, é fácil visitar a pé ou de táxi algumas vinícolas nos arredores. Nos arredores também fica o Miradouro do Casal de Loivos.
São João da Pesqueira conta com um centro histórico muito bem conservado, com vários prédios do final do século 18, como a igreja da Misericórdia, a Torre do Relógio e a Arcada. Tem, nos arredores, vinícolas, a aldeia vinhateira de Trevões, o miradouro de São Salvador do Mundo e algumas atrações históricas.
Crédito: Vitor Oliveira (CC BY-SA 2.0) – Flicker
Atrações históricas e culturais
Nos arredores de Vila Real fica o Palácio Mateus, um palácio que já visitamos e eu falei a respeito nesse post sobre a região de Trás-os-Montes. O prédio barroco é do século 18 e fica rodeado de jardins. É possível fazer uma visita guiada ao palácio (13 euros), que é gerenciado pela Fundação Casa Mateus.
Em Peso da Régua, fica o Museu do Douro, que conta toda a história dessa região, dá informações sobre os tipos de vinhos produzidos ali e muito mais. Tudo de uma forma bem leve, interessante e interativa. Leia sobre como é a visita no blog Cultuga. O museu conta também com um restaurante e winebar. Há diversas opções de visita, incluindo algumas guiadas ou provas comentadas de vinho. Veja todos os programas de visita ao museu.
Em Lamego, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios fica no alto de um morro e é necessário subir os 686 degraus de uma escadaria monumental – decorada com azulejos e esculturas – para chegar até a igreja. Toda a construção é barroca, do século 18, e lembra bastante algumas das igrejas de Minas Gerais.
Crédito: Sergey Peterman – Shutterstock
As ruínas do milenar Castelo de Ansiães, cuja construção começou no período romano, estão conectadas com a história de Portugal, tendo sido utilizada na época da reconquista cristã. A entrada é gratuita.
Crédito: Divulgação Porto e Norte
A Igreja Matriz de Moncorvo, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Assunção, é uma das maiores igrejas da região do Douro. O tempo é do século 16, com um altar feito em talha dourada.
O Parque Arqueológico do Vale do Côa é a maior descoberta arqueológica da Europa dos últimos tempos. Ali, às margens do vale do rio Côa, você encontra diversas pinturas rupestres do período paleolítico (25 a 10 mil anos atrás), formando o maior complexo de arte rupestre ao ar livre desse período no mundo. O local já é, há 20 anos, Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Um museu muito moderno e interativo, inaugurado em 2010, explica melhor as artes encontradas no parque. Saiba mais sobre como é a visita no Viajar entre Viagens.
Crédito: Takashi Images – Shutterstock
A visita ao museu custa 6 euros, incluindo o audioguia (com descontos para crianças, idosos e residentes em Portugal). Há um suplemento 2 euros para visitas guiadas. Confira os horários no site do Museu Côa.
Crédito: Luis Pedro Fonseca Shutterstock
Já a visita ao Parque Arqueológico é obrigatoriamente guiada, e é dividida entre três sítios (Canada do Inferno, Ribeira de Piscos ou Penascosa). Cada visita a um sítio custa 15 euros. O parque também informa que as visitas são pensadas em horários de melhores condições de luminosidade e por isso não é possível visitar mais do que dois sítios em um dia. Também há possibilidades de visitas de caiaque e visitas noturnas.
Freixo de Numão é uma aldeia na região de Foz Côa. Ali, além de visitar os edifícios históricos da aldeia, também é possível fazer um percurso pedonal pelo Circuito Arqueológico de Freixo de Numão, que tem vestígios da habitação humana desde o paleolítico.
Crédito: Homydesign Shutterstock
Aldeias Vinhateiras
As Aldeias Vinhateiras do Douro, também conhecidas como “wine villages” são uma rede de seis aldeias, todas históricas, habitadas desde a antiguidade. Contam prédios datados desde a idade média a finais do século 18: você pode visitar quintas, casarões, igrejas, capelas, pelourinhos, etc Saiba mais no site oficial.
Crédito: Petr Pohudka – Shutterstock
Crédito: Porto e Norte
Crédito: Vector99 Shutterstock
Crédito: Vector99 Shutterstock
Crédito: Divulgação Wine Villages
O link leva diretamente à localização no Google Maps
Crédito: Nuno Morão (CC BY-SA 2.0) Flickr
Crédito: Turismo En Portugal (CC BY-SA 2.0) Flickr
Crédito: Divulgação
As quintas, que são como os portugueses chamam as vinícolas, estão na casa das muitas centenas na região do Douro. Com isso, fica um pouco complicado escolher quais visitar. Há sempre opção de prova de vinhos, visita às vinhas e adegas.
Quer saber mais sobre vinhos portugueses? Então leia:
Vinho do Porto: a história, a produção e os tipos
O vinhos portugueses e o que esperar de uma visita a vinícola
Suvernir de Portugal: como e onde comprar vinhos e azeites
Segue aqui uma pequena lista daquelas que já conheci nos tours com a Bago d’Uva e também dicas de algumas blogueiras amigas: a Rita, d’O Porto Encanta e a Naiara do Aqueles que Viajam. Se você não for por uma agência, para realizar visitas guiadas e prova de vinhos é necessário reservas com antecedência, por email!
Há várias formas de pensar hospedagem no Douro, que dependem da forma que você montar o seu roteiro e do que você pretende com a sua viagem. Se o seu plano for apenas um bate-volta no Douro, então não deixe de ler o nosso guia de Onde ficar em Porto.
Tanto você pode pode montar seu roteiro organizando pelas três zonas do Douro. Nesse caso:
Veja no mapa todas as opções de acomodação no Douro
Quando você pode pensar por tipo de hospedagem. Por ali há os chamados “wine hotels”, que ficam em quintas produtoras de vinhos, como a Quinta da Pacheca – que tem até quartos dentro do tonel de vinho. Há spas e acomodações 5 estrelas para quem quer relaxar ou curtir uma hospedagem mais romântica, como a The Vintage House – Douro ou o Six Senses Douro Valley, na beira do cais de Pinhão. Há também hospedagens rurais ou em casas históricas, para quem gosta de coisas pitorescas, por exemplo a Quinta do Terreiro ou a Quinta do Chao D’Ordem. E não podemos deixar de dizer que os econômicos também encontram hostels e campings na região do Douro: o Douro Village Hostel e o camping de luxo Woodpecker Yurt.
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Você pode até procurar, mas é difícil achar um lugar que fique melhor na foto do que Veneza. Apesar disso, não é raro encontrar quem torça o nariz para a cidade. É porque ao mesmo tempo que essa é uma das cidades mais românticas do mundo, também é lotada de turistas e complicada para se locomover. Nesse post, te contamos exatamente o que fazer em Veneza para contornar esses problemas. Descubra como se locomover, quais locais visitar (no mapa!) e como organizar o seu roteiro, com dicas de 1 a 3 dias.
Planeje sua viagem:
Onde ficar em Veneza: qual a melhor região para se hospedar
Veneza barata: é possível e nós contamos exatamente como!
O ideal é que você fique pelo menos 3 dias em Veneza. Assim, consegue aproveitar bem os diversos bairros, caminhar pelas ruas e canais labirínticos e fugir um pouco dos turistas, visitar um museu ou mais e ainda ir as ilhas vizinhas.
Se você só tiver um dia, dá para ter um gostinho da cidade. Se conseguir, chegue bem cedo ou fique até a noite: nesses horários, além da bela luz para as fotos, você verá a cidade muito mais vazia.
Dica importante: O seguro de viagem é obrigatório para a Europa. Veja como conseguir o seguro de viagem com desconto
Na minha opinião, a melhor forma de se locomover em Veneza é a pé. Faz parte do charme da visita ficar completamente perdido naquele labirinto que é a cidade. Hoje em dia, o Google Maps facilita bastante no quesito locomoção, mas se tiver com tempo, tente ir só com um mapa de papel e as setas que indicam o caminho.
Dito isso, vamos às outras formas de se locomover em Veneza, considerando que na parte central da ilha de Veneza, não cruzam carros, só barcos:
Ficam aqui algumas sugestões de roteiro por dia em Veneza. No tópico logo abaixo, coloquei todas essas atrações explicadinhas e num mapa.
Tenha em mente que por mais que os museus e palácios de Veneza possam ser interessantes, o passeio mais legal de Veneza fica ao ar livre e é de graça. E esse é um dos truques para tornar a viagem a Veneza barata. Você pode passar uma semana por lá só perambulando pelas ruas e observando os canais da cidade. Compre uma garrafa de vinho, alguns queijos, ache um canal mais vazio e curta Veneza, sem pressa. Eu te garanto que você vai gostar.
Se você tiver só um dia em Veneza, minha sugestão é que você foque no básico, que seria ir da Ponte Rialto à Ponte da Academia, passando pelas atrações da Praça São Marcos, como a Basílica de São Marcos e o Campanário. Nesse dia, também dá tempo de fazer um passeio de gôndola ou ir um pouco mais a fundo no sestiere de Dorsoduro, indo da ponte da Academia até a Igreja de Santa Maria della Saude e as belas vistas do Fontamenta (avenida) della Salute e Zattere.
No segundo dia em Veneza, contando que você já fez o básico sugerido do dia anterior, sugiro que você passe um tempo explorando os bairros mais tranquilo e residenciais, o Canareggio e o Castello – onde acontece a Bienal de Veneza. Para ser sincera, é possível ficar dias e dias em Veneza só andando por essas ruelas sem rumo. E o melhor, quando você saí dos trajetos mais turísticos, que são entre as pontes principais e entre a praça e a estação de trem, as grandes multidões vão desaparecendo.
Também reserve algumas horas (compre com antecedência) para entrar no Palazzo Ducale, conhecer melhor a história e os encantos da cidade – e de quebra ver a Ponte dos Suspiros por dentro.
Uma sugestão é fazer uma caminhada entre o sestiere Castello até o palácio pela bela avenida chamada à beira do canal, a Riva degli Schiavoni.
No terceiro dia, você pode aproveitar para fazer o passeio às ilhas nos arredores. Ou seja, fazer o passeio a Murano, Burano e Torcello. Nesse dia você também pode aproveitar para visitar e explorar a ilha La Giudecca. Ou ver a vista panorâmica de Veneza a partir do campanário da igreja na Isola di San Giorgio.
Você pode conhecer os museus de arte da cidade, como a Galeria della Academia ou a coleção Peggy Guggenheim. Visitar a belíssima Scuola Grande di San Rocco. Pode explorar as outras igrejas de Veneza, que são verdadeiras obras de arte, como a Santa Maria della Salute ou Santa Maria dei Frari, entre outras.
E claro, andar sem rumo pelas ruas labirínticas, as praças, observar as lojinhas de artes, os detalhes das casas, os canais e pontes!
Cento e setenta e sete: esse é o número de canais que cortam a Veneza. Adicione 400 pontes e 118 ilhas e teremos a fórmula que faz de Veneza tão especial. Afinal de contas, a cidade pode até ter construções lindas e muita história, mas como competir com imagens como essa?
Veja também: A incrível história dos canais de Veneza
Para aproveitar melhor os canais da cidade, muita gente sonha em colocar os pés numa gôndola, de preferência com música ao vivo. Se você achar que esse programa faz seu estilo, vale investir cerca de 80 euros num gondoleiro. Há diversos pontos de saída dos barcos, nem precisa andar muito para procurar. Lembre-se de pedir para o barqueiro circular com você por alguns dos canais menores. Se você não estiver certo se o passeio vale a pena, dá uma lida no relato da Isa, do blog Italia per Amore.
Caso andar de barquinho não seja mesmo a sua praia (ou não caiba no seu bolso), sem problemas – aproveite os canais a partir do solo mesmo. Muitas vezes você vai ver o espetáculo de camarote, com direito a tal da música ao vivo (de graça) e sem ficar preso num engarrafamento de barquinhos. Ó:
Grande Canal
O Grande Canal é a principal avenida de Veneza. Por ali circulam lanchas, táxis aquáticos, gôndolas e os vaporetos, que fazem o transporte público local. Ele corta praticamente toda a cidade, como uma gigante letra “S”.
Canais para fugir dos turistas
Mas nem só de Grande Canal vive Veneza. Meu passeio preferido foi andar pelas ruelas, fugindo da multidão de turistas, até achar lugares vazios. Como fazer isso? Basta ir de adentrando para os sestieris (nome dos bairros de Veneza) que vão no contrafluxo dos pontos turísticos. Adentrar as regiões de Dorsoduro, Castello ou Canareggio é uma boa referência
A ponte mais famosa de Veneza é a Rialto, a primeira estrutura criada para pedestres atravessarem o Grande Canal. Foi estrategicamente construída perto do Mercado Rialto, que acabou batizando também a ponte. E isso já tem um tempinho, viu: foi em 1181. De lá para cá, a ponte já sofreu alguns acidentes, incluindo um desabamento por excesso de peso, que jogou no canal a galera que estava assistindo a um desfile. A ponte atual é de pedra e está ali desde 1588.
Na Praça de São Marcos, em Veneza, você encontra de tudo. Para começar, uma multidão de turistas, mais gente do que em qualquer outra parte da cidade. Fotógrafos e pombos, muitos pombos, também têm espaço por ali. Se até aqui a descrição não te agradou, saiba que a Praça de São Marcos é linda. Dizem que Napoleão Bonaparte, que conquistou a cidade, chamou a praça de “sala de visitas mais elegante da Europa”. Historiadores têm dúvidas sobre a autoria da frase, mas não dá para negar que a Praça de São Marcos é mesmo incomparável.
A construção no fundo dessa foto é a Basílica de São Marcos. Só para comparar, dá uma olhada nessa ilustração, que mostra como era a Praça de São Marcos em 1730. Mudou pouco, não é?
Pintura de Giovanni Antonio Canal mostra Praça de São Marcos em 1730
A praça tem mais de um milênio de história – foi construída no século 9, mas nessa época era bem menor. O formato atual nasceu em 1177, feito que só foi possível com o aterramento de canais que passavam por ali. Desde então, pouca coisa mudou. Não é incrível pensar que várias gerações admiram a mesma Praça de São Marcos?
Na praça ficam vários prédios históricos interessantes, com destaque para a Basílica. O prédio atual tem cerca de 900 anos e foi inspirado em duas igrejas da antiga Constantinopla, atual Istambul.
Um dos destaques da Basílica são uma prova concreta de que furtar é errado, mas pode ser perdoado se for feito em nome da fé ou da arte. São os Cavalos de São Marcos, quatro estátuas atribuídas ao escultor Lísipo, que mandava muito bem nas artes uns 400 anos antes de Cristo botar os pés no mundo.
Séculos depois da morte de Lísipo, os cavalos passaram a decorar o topo do Arco de Trajano, em Roma. Até que Roma perdeu poder e os cavalos foram parar em Constantinopla, onde eles decoravam o Hipódromo da cidade. Mas Constantinopla também caiu e os cavalos viajaram de novo, dessa vez para Veneza, que tinha se tornado uma cidade importante.
Depois de passarem 600 anos no topo da Basílica de São Marcos, os cavalos foram novamente roubados, quer dizer, adquiridos pelo vencedor, dessa vez Napoleão, que colocou as estátuas no Arco do Triunfo do Carrossel, em Paris. Com a queda de Napoleão, os cavalos voltaram para casa. Hoje eles estão expostos no museu da Basílica, enquanto réplicas foram colocadas no topo do edifício. A troca foi feita para proteger as estátuas da poluição atmosférica.
Visitar a Basílica de São Marcos é de graça, apenas lembre-se de guardar mochilas e bolsas no guarda-volumes, que também fica na praça, antes de entrar na fila. A visita é rápida: dura cerca de 10 minutos, num trajeto predeterminado. Quem quiser ficar mais tempo pode agendar um tour guiado. A entrada no museu da Basílica custa 4 euros. Para quem vai entre abril e novembro, dá para comprar um bilhete de 3 euros pela internet que fura a fila: é possível comprar esse ticket até 10 minutos antes da entrada.
Perto da Basílica fica o Campanário, a torre de 98 metros que marca a paisagem da Praça de São Marcos. A torre tem exatamente esse formato há 500 anos, mas a versão atual é uma reconstrução idêntica, concluída em 1912, depois que a torre anterior caiu. Foi do alto do antigo Campanário que Galileu Galilei apresentou seu telescópio ao doge (o governante) de Veneza.
Admirar a vista de Veneza do alto do Campanário é uma atividade disputada entre turistas (8 euros), a subida é feita com elevador. Também dá para comprar pela internet na alta temporada, com uma taxa de reserva: o ticket custa 13 euros no site oficial.
Nas fotos abaixo, Veneza vista a partir do Campanário.
Torre do Relógio
Por fim, na Praça de São Marcos em Veneza fica também a Torre do Relógio, outra construção com muita história para contar e que marca as horas (e os signos do zodíaco) há 500 anos. No alto da torre, duas esculturas, um sino e a famosa estátua do Leão, símbolo tradicional de São Marcos. É possível visitar a torre e ver de perto o relógio. Esse passeio custa 12 euros e precisa ser agendado. Mais informações no site oficial.
Outra atração da Praça de São Marcos é o Palazzo Ducale, antiga moradia do doge de Veneza, que foi construída entre os séculos 14 e 15. Desde 1923, o antigo Palácio funciona como um museu, onde é possível aprender bastante da história de Veneza.
A entrada no Palazzo Ducale custa 25 euros e dá direito a entrada em outros 3 museus na Praça de São Marcos (Museo Correr, Museo Archeologico Nazionale e Biblioteca Marciana) – você pode comprar pelo site oficial para evitar filas. Uma ideia interessante é fazer o tour secreto pelo Palácio, que custa só um pouco mais (28 euros), e é uma visita guiada que dá acesso a partes do Palácio que o visitante normal não conhece. É necessário comprar com antecedência: há tours em Italiano, Inglês ou Francês.
Não deixe de conhecer outra ponte famosa da cidade: a dos Suspiros, que liga o Palazzo Ducale ao prédio onde funcionava a antiga prisão de Veneza. Por mais que seja uma ponte linda e que conquista turistas no primeiro olhar, ops, na primeira foto, a Ponte dos Suspiros tem esse nome por causa de prisioneiros. Segundo a lenda, eles suspiravam ao passarem por ali, vendo o mundo pela última vez.
A Ponte da Academia é uma das quatro pontes que cruzam o Grande Canal. A ponte que cruzamos hoje foi inaugurada em 1933, toda de madeira, mas desde então, elementos de metal foram adicionados. O nome da ponte vem do museu que fica em uma de suas pontas: a Galleria dell’Academia, fundada em 1750 e onde estão expostos trabalhos de importantes artistas renascentistas, incluindo os irmãos Bellini. A entrada pode ser reservada pela internet e custa 15 euros (mais €1,50 de taxa de reserva).
Inaugurado em 1951, esse museu exibe o acervo pessoal de Peggy Guggenheim, sobrinha de um dos maiores colecionadores de arte do século 20, Solomon R. Guggenheim. O espaço conta com obras de artistas modernistas, como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Magritte e Pollock. O museu fica no Palazzo Venier dei Leoni, onde Peggy viveu, bem a beira do Grande Canal. A entrada custa €16,50.
A Igreja Santa Maria della Salute fica localizada na belíssima Punta della Dogana, localizada entre o Grande Canal e o Canal da Giudecca. Nem preciso dizer como as vistas ali são incríveis, né?
A igreja foi construída depois que uma epidemia de peste negra matou ⅓ da população da cidade, inclusive o doge. Durante a crise, o Arcebispo de Veneza fez uma promessa: construir uma igreja e dedicá-la à Virgem Santíssima. Dito e feito. A construção começou em 1631, mas a Basílica Santa Maria della Salute ficou pronta só em 1681. Todos os anos, no dia 21 de novembro, há uma festa para comemorar o fim da peste.
A entrada é gratuita na igreja, inclusive para os concertos de órgão, confira o programa.
Saiba mais: Como Veneza sobreviveu à Peste Negra, a pior epidemia de todos os tempos
Localizada no bairro de San Polo, a Basílica de Santa Maria dei Frari é uma das maiores igrejas de Veneza, edificada em 1338 e depois aumentada por quase um século. O exterior é bastante simples, mas o interior conta com obras e grandes artistas italianos e monumentos funerários de figuras importantes para a história de Veneza: artistas, doges, bispos, etc. Ou seja, depois da Basílica de San Marcos, esse é o templo mais importante da cidade. A entrada custa 3 euros.
Crédito: CastecoDesign / Shutterstock
Logo atrás da basílica fica a Scuola Grande di San Rocco. O local era onde, durante o período do Renascimento, era a sede de uma confraria católica de cidadãos ricos de Veneza para o São Rocco, que era considerado um protetor contra a peste. O prédio tem uma coleção de pinturas das paredes ao teto do artista italiano Tintoreto tão impressionantes que geram comparações com a Capela Sistina em Roma. O Salão do térreo, a Sala do Capítulo e a Sala dell’Albergo contam com afrescos de passagens da bíblia do antigo e novo testamento. A entrada na Scuola Grande custa 10 euros. Mais informações no site oficial.
Crédito: Isogood_patrick / Shutterstock
A Ilha La Giudecca domina a vista de quem olha para o Grande Canal a partir da Praça de San Marco. Na verdade, La Giudecca é um arquipélago de 8 ilhas. Essa área, mais residencial, é bem mais tranquila para se passear. Por ali, além da Igreja, você pode visitar antigas fábricas que hoje funcionam hotéis e museus, e palácios. Para chegar na Giudecca são 5 minutos de vaporetto.
Todos os anos, no terceiro sábado de julho, durante a Festa do Il Redentore, uma ponte de barcos é construída especialmente para que as pessoas cruzem até a ilha a fim de visitar a igreja do Santíssimo Redentor de mesmo nome. Essa foi mais uma das igrejas construídas na época que Veneza era constantemente assolada com a doença. Essa festa já é comemorada há mais de 400 anos.
Para quem quer ter uma vista panorâmica de Veneza, esse é o melhor lugar. É que nessa pequena ilha fica a Igreja de San Giorgio Maggiore, que além de ter quadros do artista veneziano Tintoretto, também conta com um campanário de onde se vê a Praça de São Marcos, o Grande Canal, a Giudecca, etc, etc. O interessante é que dali você tem uma vista ainda melhor de Veneza do que do Campanário de São Marcos . A visita a igreja e gratuita e a subida ao campanário custa 6 euros!
Além da vista e da igreja, na Ilha de São Jorge fica a Fundação Giorgio Cini, um complexo monumental dedicado a diferentes formas de arte. Localizado num antigo monastério, a fundação oferece diferentes itinerários de visitas pelos seus corredores históricos, biblioteca, jardins (incluindo o Labirinto Borges) e exibições contemporâneas (veja as opções de tour guiados); Ainda, ali fica a Le Stanze del Vetro, um museu focado em arte feita com vidro.
O “bate-volta” mais famoso a partir de Veneza é ir conhecer as ilhas nos arredores. As três mais famosas são Murano, Burano e Torcello, apenas uma viagem de vaporetto de distância. O passeio entre as três ilhas toma uma tarde ou manhã inteira. Para saber mais sobre a história e o que fazer nas ilhas, leia o post completo: As ilhas de Veneza: Murano, Burano e Torcello
Escolher hospedagem em Veneza é das tarefas mais complicadas. Com os canais e ruas labirínticas, os acessos aos hotéis não é exatamente fácil. Foi por isso que nós escrever um guia muito completo de onde ficar em Veneza, com um mapa de bairros e as explicações necessárias de qual é a opção mais indicada para você.
Outra dica interessante é ficar fora da Ilha de Veneza. Já fiz isso duas vezes: da primeira vez, num esquema mais econômico, ficamos numa casinha de boneca no Camping Rialto em Campalto. Da segunda vez, a Luiza experimentou uma opção mais confortável: o hotel Mercure Venezia-Marghera, com 4 estrelas e transporte rápido para a ilha e as atrações turísticas.
No mais, vale a pena dar uma olhada no mapa de Veneza e tentar encontrar a opção que mais combine com o seu bolso e estilo de viagem:
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