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O que fazer em Bruxelas, Bélgica: guia completo para sua visita

Há quem diga que não tem muita coisa para fazer em Bruxelas – e eu não poderia discordar mais. A capital belga não só é lindíssima, como também muito interessante. Eu já estive lá duas vezes, primeiro por três dias e depois por dois. Neste texto, você encontra um roteiro completo sobre o que fazer em Bruxelas em 2 ou 3 dias, ideias de bate-volta, como se locomover, como ir do aeroporto para o centro e muito mais.

o que fazer em bruxelas grand place 2

Bruxelas é uma cidade de diversidade e contrastes, a começar pelos idiomas: francês e holandês se misturam nas placas. A grande maioria dos habitantes fala francês, mas a cidade fica na parte do país que fala holandês. Além disso, é um endereço de imigrantes: 70% da população é de origem estrangeira. Ali vivem italianos, portugueses, marroquinos, turcos, russos, mexicanos e até brasileiros, além dos africanos de Ruanda e Burundi, que foram colônias belgas no século 20. É impossível não reparar nessa diversidade nas ruas, principalmente se você sair do bairro central. Mas isso, infelizmente, não se traduz em inclusão, visto que (principalmente) a população muçulmana vive em bairros com alto desemprego e sem oportunidades.

Vai viajar? O Seguro de Viagem é obrigatório em dezenas de países da Europa e pode ser exigido na hora da imigração. Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o seguro com o melhor custo/benefício e garanta promoções.

Por outro lado, Bruxelas também é considerada a capital da União Europeia, servindo de centro administrativo para o parlamento europeu e todas as comissões da UE. E, ainda, é dona da maravilhosa combinação de cervejas, chocolates, batatas fritas e waffles! 

Índice do Post: Onde ficar em Bruxelas – O que fazer em Bruxelas – Quadrinhos em Bruxelas – Cerveja Belga – Chocolate Belga – Como se locomover em Bruxelas – Como ir do aeroporto para o centro – Bate-voltas: Bruges e Ghent

Onde ficar em Bruxelas

Já fiz um post completíssimo explicando quais os melhores bairros para ficar em Bruxelas, além do centro. Eu, por exemplo, fiquei num apartamento em Saint-Gilles, na primeira estadia, e em outro em Flagey na segunda. Ambas foram opções com o melhor custo/benefício.

Veja aqui as melhores opções de hospedagem em Bruxelas

O que fazer em Bruxelas: roteiro de 2 ou 3 dias

É interessante observar que muitas das atrações de Bruxelas concentram-se no centrinho, o Petite Ceinture, apesar de haver outros 18 distritos na cidade. É ali que está o principal cartão-postal, a Grand Place, uma praça tão bonita que eu e o Victor Hugo a consideramos uma das mais belas da Europa. A Grand Place, ou Grote Markt – seu nome em holandês – é Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco desde 1988, tem prédios dos séculos 14 a 17 e servia de espaço para mercados ao ar livre. Hoje, o centro da praça é decorado com flores e no final do ano recebe a feira de natal.

o que fazer em bruxelas grand place

Depois de visitar a praça, caminhar pelas ruas e ruelas do centro é um passeio imperdível. Tenha em mente que por ali você vai encontrar um monte de lojinhas de chocolate, barraquinhas de waffles e batatas fritas e cafés que vendem cerveja belga – mas esses são todos lugares com foco mais turístico, ou seja, um tiquinho mais caros.

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Estátuas “Fazendo Xixi”

Voltando ao centro, há outros pontos turísticos famosos, entre eles o peculiar menininho fazendo xixi, o Manneken Pis, que está ali desde 1619, já sofreu várias tentativas de furto e fica curiosamente vestido em datas comemorativas. Um pouco menos popular, mas igualmente peculiar, é a Janneken Pis, a versão feminina do mijão, que fica escondida na mesma rua do Delirium Café. A estátua foi colocada ali em 1987. Terminando a lista das “estátuas fazendo xixi”, há também o Zinneke Pis, que é o cachorro mijão. Fica na rue des Chartreux.

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Vale a pena dar uma passada na Place de la Bourse, a praça e um prédio enorme onde funcionava a bolsa de valores da cidade. É ali que a população se reúne em eventos importantes. Não muito distante fica a agradável Place Sainte-Catherine, onde há vários restaurantes, alguns prédios medievais, como a Torre Negra, e onde funcionava o antigo mercado. Circule pelas Galeries Royales Saint-Hubert, uma passagem fechada que lembra a Galeria Vittorio Emanuelle em Milão, com o belo arco de vidro no teto e lojas elegantes no entorno.

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Se você estiver procurando um lugar para ter uma vista bonita da cidade, vá para os Jardins do Monts de Arts. Além dos jardins em si e do mirante, as ruas por ali são bem lindinhas e ao redor ficam museus interessantes, como o Museu Real de Belas-Artes da Bélgica, o Museu de Instrumentos Musicais (eu visitei, e recomendo contratar o audioguia para que a visita seja proveitosa) e o Centro de Belas Artes BOZAR, além da Biblioteca Real.

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Logo atrás dos museus e jardins fica o Palácio Real de Bruxelas, que é onde o rei da Bélgica mora e trabalha. Só é possível visitar o local no verão, entre 22 de julho e 4 de setembro. Em frente ao palácio fica o parque da cidade, que também é bonito e agradável.

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Para o segundo dia de passeios, uma referência para começar é o prédio imponente do Palácio de Justiça. Ele fica fora do centro, em Saint Gilles (o bairro onde me hospedei), mas ainda muito próximo para se chegar a pé. Na frente do palácio está um mirante bem legal, com vista para toda a cidade. O prédio é gigantesco – são 20 mil metros quadrados – e foi inaugurado em 1883. Está em obras há alguns anos, então não estranhe os andaimes.

o que fazer em bruxelas palacio de justiça

Seguindo pela rua do mirante você chegará ao bairro Sablon. Ali, a igreja de Notre-Dame du Sablon merece sua visita. Em frente, do outro lado da rua, ficam os belos jardins Petit Sablon.

Outro parque que vale a visita (dentre os vários em Bruxelas) fica um tiquinho mais afastado. É o Parque do Cinquentenário, uma grande área verde cujos prédios, incluindo um Arco do Triunfo, foram construídos em 1880 para a comemoração da Exibição Nacional, uma feira que comemorou os 50 anos da independência belga. Hoje, ocupam tais prédios o Museu Militar, o Cinquantenaire Museum, de história e arte, e o AutoWorld, focado em carros.

o que fazer em bruxelas arco do triunfo

Saindo do Parque você estará na beira do Distrito Europeu, o bairro onde ficam todos os prédios das Comissões Europeias e o Parlamento. Para quem tem interesse em conhecer um pouco mais sobre o funcionamento da União Europeia, há um espaço aberto para visitação, o Parlamentarium. É uma exposição interativa, com um tour pela história da UE que dura cerca de 90 minutos. Funciona em todos os dias e a entrada é gratuita.

o que fazer em bruxelas distrito europeu

E ainda não acabaram as atrações de Bruxelas. Eu não cheguei a visitar, mas há outros museus, com destaque para o Museu René Magritte e o Museu Horta, ambos focados nas obras de arte desses artistas.

Não poderia deixar de citar também o Atomium, um ícone de Bruxelas, construído para a Exposição Universal de 1958, uma mistura de ciência e futurismo. Lá de cima, em dias de céu claro, é possível ver até a cidade de Antuérpia! Há restaurantes e exibições temporárias e permanentes nas 5 esferas do monumento. Para valores e horários de abertura consulte o site oficial. Nos arredores do Atomium ficam os jardins reais de Laeken. Lá você encontra dois palácios, as estufas reais e dois jardins orientais: a torre japonesa e o pavilhão chinês. 

Quadrinhos em Bruxelas

A história dos quadrinhos em Bruxelas começou em 1929, com um artista chamado Georges Remi, ou seu apelido mais famoso: Hergé. Foi num suplemento jovem do jornal Le Vingtième Siècle, chamado Le Petit Vingtième, que Hergé deu vida a Tintim e a um estilo de arte gráfica único para a época. Aos poucos, as aventuras do repórter e seu cachorrinho Milu foram ganhando popularidade.        

o que fazer em bruxelas comic strip   

Depois da Segunda Guerra Mundial, a fama das ilustrações e textos em balões foi tanta que havia duas revistas diferentes para divulgar os trabalhos dos cartunistas em língua francesa. Hergé, além de Tintim, também desenhava Quim e Filipe. Outros grandes artistas do século 20 eram Peyo (Os Smurfs), Walthéry (Natacha), Franquin (Marsupilami, Gaston Lagaffe), Edgar P. Jacobs (Blake e Mortimer), Jean Roba (Billy e Buddy), e Jijé (Blondin e Cirage).

A Comic Strip Trail (ou trilha dos Quadrinhos) é uma rota por uma série de murais pintados pela cidade, nas ruas, onde você encontra o Tintin, Astérix, Blake & Mortimer, Bob & Bobette, entre outros. São 50 muros, uma espécie de mapa do tesouro para explorar Bruxelas com outros olhos. Nesse link você encontra uma lista com fotos e endereços de todos os murais. Além disso, o Comics Art Museum reúne exposições permanentes e temporárias de ilustrações e objetos únicos sobre a história dos quadrinhos e os artistas de Bruxelas. Aberto diariamente, das 10h às 18h, a entrada custa 10€. Endereço: Rue des Sables 20. Mais informações no site oficial.

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Já o Museum of Original Figurines (MOOF) trás uma coleção de figurinhas dos principais personagens do mundo dos quadrinhos, assim como estátuas em tamanho real e objetos exclusivos. O MOOF fica na Rue du Marché-aux-Herbes 116. Aberto das 10h às 18h, de terça a domingo. Mais informações no site oficial. Nesse museu também fica a Smurfs Boutique, uma loja dedicada aos famosos personagens azuis.

Todo ano, desde 2010, também é realizado o Comic Strip Festival, que reúne quase 100 mil pessoas em atividades diversas sobre o universo dos quadrinhos. Em 2016, o evento será de 2 a 4 de setembro, no Brussels Park. O site com toda a programação é o visit.brussels/en/sites/comicsfestival

A Bruxelas de Tintim

le lombard quadrinhos em bruxelas

Perto da estação de trem Gare du Midi fica o Le Lombard, também conhecido como “Prédio do Tintim”, que era a sede da empresa que publicava os quadrinhos de Hergé, a Les Éditions du Lombard. De 1946 a 1988 a editora publicou a revista Tintin. No alto do prédio há uma placa com os dois personagens principais da série, o repórter e seu querido cachorro. Endereço: Avenue Paul-Henri Spaak, 7. 

O Museu Hergé não fica em Bruxelas, mas numa cidade nos arredores, Louvain-la-Neuve. No local, há fotos e objetos que se aprofundam no trabalho do ilustrador. O endereço é Rue du Labrador, 26, 1348 Louvain-la-Neuve. Para chegar lá é preciso pegar um trem das estações de Bruxelas. O trajeto dura uma hora. O museu abre de terça a domingo, das 10h às 17h30, e custa €9,50.

postal tintim bruxelas quadrinhos

Por fim, bem no centro da cidade, numa das ruas que leva à Grand Place, fica a La Boutique Tintin. No espaço, figurinhas, chaveiros, lápis, cadernos, quadrinhos, roupas e muitas coisas dedicadas ao personagem. Eu não resisti e comprei um postal (era a única coisa barata da loja, rs). Fica na Rue de la Colline, 13.

Cerveja belga em Bruxelas

A cerveja belga é considerada uma das melhores do mundo e em Bruxelas você encontra alguns dos melhores bares e cafés do país para experimentar a bebida. Eu já escrevi um texto com 12 dicas de onde tomar cerveja em Bruxelas, muito além do centro, incluindo bares frequentados apenas por moradores da cidade.

cerveja belga bares bruxelas bélgica lunionA cervejaria Cantillon é o lugar para visitar caso você queira fazer um tour pela produção da bebida. O grande diferencial é que eles fazem uma cerveja que não é filtrada e tem um sabor que quase lembra um vinho. O tour de uma hora e meia acontece em inglês, nas sextas às 11h15 e aos sábados às 10h45, 12h e 14h30. Há opções de passeios em francês aos sábados. Custa €9,50. Mais informações no site oficial.

Uma (pequena) lista de cervejas que valem os euros gastos, seja para beber lá, seja para levar pra casa:

  • Cerveja trapista (Chimay, Westmalle, Trappistes Rochefort)
  • Abbey (Leffe, Affligem)
  • Trigo (Celis White, Blanche de Namur)
  • Blond Ale (Duvel, Delirium Tremmens, Kwak)
  • Lambic / Gueuze (Cantillon, Mort Subite)
  • Cerveja Frutada (Le Mort Subit, Delirium Red)
  • Dubel, Tripel e Quadrupel – que não são trapistas (Gulden Draak, Corne La Triple 10, St. Bernardus 12)
  • Champagne beer (Deus, Duchesse de Bourgogne)

Chocolate em Bruxelas

A indústria do chocolate belga existe desde o século 19. O pralinê, que é o nome dado para qualquer castanha coberta com chocolate, ou o bom e velho bombom, foi inventado pelos belgas, mais exatamente por Jean Neuhaus (e tem uma chocolateria de mesmo nome até hoje).

Os maiores produtores de pralinês belgas são a NeuhausGodivaLeonidas e Guylian. As três primeiras são marcas mais caras e a última é mais acessível. Se você quiser provar algo muito chique, também recomendo entrar na Pierre Marcolini.

Além dessas marcas, há dezenas de lojas de chocolate em Bruxelas, com preços variados. Dá para comprar uma caixa de trufas por três euros. Inclusive, comprar no supermercado ou mesmo deixar para adquirir no aeroporto pode ser uma boa opção, porque todas as marcas estão lá – e em geral com boas promoções. 

A Gracielle, minha amiga do Festivalando, recentemente escreveu um post com dicas de onde comer chocolate artesanal no bairro Sablon.

Como se locomover em Bruxelas

O Centro de Bruxelas é bastante fácil de circular a pé. Para as atrações fora dele, há opções de ônibus, tram ou metrô. Além disso, o Uber funciona na cidade e há vários pontos de táxi. Você vai precisar usar o sistema de transporte caso fique hospedado fora do centro.

A primeira dica é baixar o aplicativo da STIB. Por mais que o Google Maps conte com as informações de transporte, eu achei que o aplicativo foi melhor para acertar as rotas e também dar alertas sobre mudanças no trânsito.

Caso o seu hotel não seja bem no centrinho, também vale a pena comprar um cartão com 10 bilhetes de viagem – mas é preciso fazer isso num dos pontos de venda. Custa 14 euros e sai mais barato do que comprar os bilhetes unitários, de €2,10, que podem ser adquiridos nas maquininhas que ficam nos pontos de ônibus e estações de metrô. Diretamente com o motorista o preço sobe para €2,50.

Você também pode fazer como vários moradores e se locomover de bicicleta ou patinete. Estão disponíveis para o aluguel pelos aplicativos Uber ou Lime. 

Como ir dos aeroportos de Bruxelas para o centro

Zaventem

O aeroporto de Zaventem, ou Aeroporto de Bruxelas, fica mais perto do centro – são cerca de 14 km. Para chegar ou sair dali, é possível pegar um trem, que custa €8,60 euros e te deixa nas estações Central, Midi e Norte. São 20 minutos de viagem.

Uma forma mais barata são os ônibus 12 ou 21 (o primeiro é expresso e o segundo faz várias paradas no caminho). Eles vão do aeroporto até a estação Bruxelas Luxemburgo. Custam €4,50 se você comprar na maquininha e €6 direto com o motorista. O trajeto leva cerca de 30 minutos. 

Um Uber do aeroporto para o centro custa entre 25 e 30 euros. 

Charleroi

O aeroporto de Charleroi fica numa cidade vizinha, a cerca de 60 km do centro de Bruxelas. Geralmente, descem ali os voos de empresas low cost. 

Partindo e chegando na estação Bruxelles Midi há uma opção de shuttle, a partir de €5. Os transfers começam às 3h30 da manhã e partem a cada meia hora. Há também shuttles para Bruges e Ghent. Veja todas as informações e compra antecipada de bilhetes no site da Flibco. O trajeto leva 45 minutos. 

Também é possível fazer o percurso usando transporte público, mas é um pouco mais complexo: você terá que ir do aeroporto até a estação de Charleroi Sud de ônibus e dali pegar um trem para qualquer estação de Bruxelas. A viagem leva cerca de 1h30 e custa €9,50. Ou seja, melhor ir de shuttle. 

Bate-voltas de Bruxelas: Bruges e Ghent

Bruges e Ghent não são só considerados bate-voltas de Bruxelas – muitas pessoas optam por ficar mais tempo numa dessas duas cidadezinhas do que na capital da Bélgica.

Saiba mais: O que fazer em Bruges, guia completo

Rua comercial em bruges lojas onde comprar

Bruges é a menor das três e tem mais ares de cidade de contos de fadas. Ao mesmo tempo, é a que fica mais cheia de turistas. Ghent é uma mistura entre a parte histórica fofa e um lado mais jovem e cultural, fruto do grande número de universitários na cidade. Se for apenas para conhecer, algumas horas são suficientes, ou seja, um bate-volta perfeito. Porém, para conseguir aproveitar com calma o clima mais romântico, aí pode valer a pena pensar num pernoite.

  • De Bruxelas para Ghent, a forma mais fácil de ir é de trem. A viagem dura meia hora. Custa 18 euros ida e volta e tem desconto de mais de 50% para menores de 26 anos ou maiores de 65. Também há desconto para viagens no final de semana. O bilhete não tem horário marcado, dá para pegar o trem na hora que você chegar na estação.Também é possível encontrar viagens no app da Blablacar (caronas compartilhadas) por a partir de 4 euros.
  • Já de Bruxelas para Bruges é cerca de uma hora de trem, que custa €28,20 ida e volta. No final de semana, a tarifa cai para €15,20 (ida e volta). Já a viagem de ônibus, pela Flixbus, custa a partir de €4,99. E pelo Blablacar fica a partir de 7 euros. 

O post O que fazer em Bruxelas, Bélgica: guia completo para sua visita apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

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Capitólio, MG: guia completo para conhecer o Mar de Minas

O nome que no máximo há cinco anos roda pelos sonhos viajantes do Brasil é Capitólio, mas esse destino turístico já é conhecido há décadas em Minas Gerais, só que de outras formas. É o Lago de Furnas ou, em seu apelido mais simpático, o Mar de Minas. Estamos falando de um conjunto de cânions, cachoeiras e paisagens lindas que se formaram após a criação da Usina de Furnas, na década de 1950, quando Juscelino Kubitschek era o governador mineiro.

Este texto é um guia completo para você organizar sua viagem para Capitólio e arredores. E, antes de mais nada, é bom entender o tamanho do atrativo: um dos maiores lagos artificiais do mundo, o reservatório de Furnas ocupa o território de 34 municípios. 

Veja também: Tigres, elefantes e torres chinesas no barroco mineiro
7 roteiros pelas cidades históricas mineiras
8 cidades próximas de BH para passear

Como chegar em Capitólio

Capitólio está a 280 km (4h) de Belo Horizonte. A viagem começa pela BR-262, a saída de BH sentido São Paulo, e passa por Contagem e Betim. Nesse ponto é preciso pegar a MG-050, passando por Mateus Leme, Itaúna, Divinópolis e Formiga. O único trecho duplicado é na BR, perto de Belo Horizonte, mas as duas estradas estão em ótimo estado. A MG-050 ganha uma terceira faixa, para ultrapassagem, de tempos em tempos. Há quatro pedágios, no valor de R$ 5,90 para carros, na rodovia estadual. Se vier direto do Aeroporto de Confins acrescente mais 40 km no roteiro.

A partir de São Paulo, o motorista enfrenta 440 km (6h) e do Rio são 630 km (9h). Há pedágios na viagem a partir das duas capitais.

Carro ou ônibus?

É possível ir de ônibus, a questão é ver se compensa. De Belo Horizonte quem opera o trecho é a Viação Gardênia, com passagens por R$ 94; de São Paulo é a União, com preços ainda mais salgados: R$ 145. Há agências de turismo com veículos fretados a partir dessas e de outras cidades do sudeste. 

O problema é que os atrativos de Capitólio estão distantes entre si e afastados do centro da cidade, ao longo do Lago de Furnas. Até dá para conhecer a região sem carro, mas você vai gastar com tours para conseguir alcançar os lugares e ficará limitado aos roteiros e horários disponíveis. Some isso com o alto preço das passagens e acho que só vale ir de ônibus para quem viaja sozinho ou, óbvio, não pode dirigir. 

Nos outros casos, ir de carro compensa mais, inclusive financeiramente. Eu aluguei um veículo em Belo Horizonte. Quatro diárias custaram, já com todos os seguros, R$ 390 (some o preço das passagens de ônibus para duas pessoas, ida e volta, e vai dar esse valor). Além disso, gastamos R$ 250 em combustível. 

Se resolver alugar um veículo, não deixe de ler nosso guia com dicas de como comparar preços entre várias locadoras e garantir o melhor custo/benefício

Cachoeira Lagoa Azul

Quando ir a Capitólio: melhor época

O mais importante é evitar a época de chuvas, que atrapalham o passeio. Outra coisa que pode alterar a viagem é o frio. O inverno por ali não chega a ser rigoroso, mas pode fazer com que só os menos friorentos se arrisquem a entrar na água. 

O período de seca vai de maio a agosto; as chuvas começam em outubro e seguem com força até março. É por isso que abril, outubro e (principalmente) maio e setembro, quando chove menos e não é inverno, costumam ser apontados como os melhores meses para uma viagem até Capitólio. 

Vai nas férias de julho? Esteja preparado para enfrentar o friozinho do inverno. Vai nas férias de verão? Convém não fazer viagens muito curtas, evitando assim que um dia de chuva atrapalhe completamente o roteiro. Nessa época, atenção e muito cuidado com trombas d’água. O período de chuvas tem também seus pontos positivos – o turista encontra cachoeiras mais bonitas, lago mais cheio e vegetação mais verde. 

cânions de capitólio vistos de um barco

Quantos dias ficar

Por conta da distância e do grande número de atrações, acho que o ideal é ter pelo menos três ou quatro dias inteiros. Até dá pra ver muita coisa num fim de semana, mas vai ser uma visita corrida e que vai deixar o melhor – relaxar sem pressa nas cachoeiras – de fora.

Mas ir com mais tempo tem seu lado negativo: Capitólio lota em feriadões. Por isso, o melhor é tirar uns dias de folga e emendar com o final de semana, mas longe dos feriados. Como isso nem sempre é possível, esteja preparado para enfrentar filas e encontrar lugares lutados caso vá num feriadão. 

Tem mais do que três dias? Melhor ainda! Com cinco dias é possível dar um giro por praticamente todos os atrativos mais importantes; quem tem mais tempo consegue combinar o Lago de Furnas com a Serra da Canastra, que está ali pertinho. 

Roteiro em Capitólio: os principais atrativos

O Mar de Minas a partir da água

O programa mais procurado de Capitólio é, sem dúvidas, o passeio de barco. Há várias opções: é possível ir de catamarã, barco com mais passageiros e mais lento, ou de lancha, acompanhado por cerca de 10 passageiros – e também dá para agendar um tour privativo. A duração e o roteiro do passeio variam, podendo ocupar somente a manhã ou o dia inteiro, com algumas pausas para banho e uma de almoço.

Optamos pelo tour de lancha de sete horas, que custou R$ 160 por pessoa. Saímos às 10h, de Escarpas do Lago (há tours que saem de outros lugares e o principal ponto é nos arredores da Ponte do Rio Turvo). O roteiro começou na Lagoa Azul, onde há uma pequena queda d’água e um bar flutuante – essa é a primeira parada para banho. Em seguida fomos até o Vale dos Tucanos, a Cascatinha e chegamos, enfim, aos Cânions de Furnas, que são o ponto alto da região, seja por cima, dos mirantes, seja ali por baixo, de dentro d´água.

Nesse local é feita a segunda parada para banho, de longe a melhor. Se optar por um tour privativo, gaste a maior parte do seu tempo ali. Depois, seguimos para o almoço num restaurante de frente para o lago. E ainda houve tempo para mais uma parada num bar flutuante, com outra cachoeira compondo o visual.  

O que fazer em Capitólio MG

As principais cachoeiras de Capitólio para visitar a partir da estrada

  • Paraíso Perdido – Quase 20 piscinas naturais e oito quedas d’água. Fica na MG-050 e depois de chegar na entrada são cerca de 3 km de estrada de terra. Tem estacionamento e estrutura turística, incluindo banheiros. A entrada custa R$ 40. 
  • Cachoeira da Capivara e da Pedra Ancorada – As duas cachoeiras ficam no mesmo complexo. Entrada também pela MG-050, com uma curta estrada de terra. Custa R$ 25. 
  • Trilha do Sol – Várias cachoeiras e quatro quilômetros de trilhas. A entrada fica também na rodovia, mas antes da Ponte do Rio Turvo e um pouco mais próxima de Capitólio. Custa R$ 45. 
  • Cachoeira Lagoa Azul – Uma das mais bonitas de Capitólio. Os passeios de barco param na parte inferior dela, onde há um bar flutuante, mas a beleza mesmo está morro acima. Para aproveitar com calma, o melhor é ir ao local pela MG-050. Custa R$ 40. 
  • Pedreira Lagoa Azul  – Lugar lindíssimo e que exige 4×4. Nós demos azar: foi só chegar lá e o tempo fechou e começou a chover. Mas vale a viagem. 
  • Cachoeira do Filó – Próxima ao Mirante de Furnas e já numa cidade vizinha, São João Batista da Glória. Tem uma piscina de águas claras relativamente grande. 
  • Cachoeira Diquadinha – Cachoeira que fica ao lado do Mirante dos Cânions. Pode ser alcançada a pé e o ingresso (R$ 20) do mirante também garante essa entrada. 

Pedreira Lagoa azul

Pedreira Lagoa Azul em dia de chuva

Mirantes e mais passeios

Se o passeio mais legal de Capitólio é de barco, nenhum ponto turístico é mais concorrido que o Mirante dos Cânions, de onde a cada fim de semana milhares de turistas garantem cliques para o Instagram. O Mirante fica na MG-050, perto da entrada de outras cachoeiras, e visitá-lo custa R$ 20 – dá pra pagar com cartão. Há estacionamento, lanchonetes improvisadas e alguma estrutura de apoio e segurança, mas tudo ainda é muito provisório.

Não se espante ao descobrir que a fila para alcançar o mirante pode ser gigantesca. Nesse caso, uma dica: dá pra evitar a maior fila simplesmente abrindo mão de ir exatamente ao local de onde todas as selfies (iguais) são tiradas. Fomos num domingo e encontramos cerca de 20 pessoas na nossa frente. Foi o suficiente para optarmos por fotos de outros pontos do mirante, todos sem fila. Fica tão bom quanto. 

Mirante dos Cânions, com rio abaixo e barquinhos

Mirante dos Cânions

Também vale observar a Usina de Furnas, que quando foi projetada produzia 1/3 da energia consumida no Brasil, embora hoje não esteja entre as mais importantes do país. Há dois mirantes ali, um de cada lado da represa. 

Quem se hospedar em Escarpas do Lago, um condomínio fechado em Capitólio, pode subir até o Restaurante Mirante de Escarpas, que não é o lugar mais gostoso para comer, mas tem a vista da foto abaixo. Nessa mesma linha há o Morro do Chapéu, ponto mais alto da região, com 1200 metros – eu não fui, mas vários tours de 4×4 levam até lá. Por fim, outra dica de passeio (que infelizmente não fiz) para ver o Lago de Furnas de alto é o balonismo. Saiba mais aqui

Capitólio mesmo não tem muitos pontos turísticos. Há uma orla bonitinha e um centrinho com alguns casarões históricos e uma igreja. Vale ao menos conhecer rapidamente, mas esse não é o foco da viagem. 

escarpas do lago, capitólio

Serra da Canastra

Embora parte do lago de Furnas esteja dentro da área do Parque Nacional Serra da Canastra, para conhecer as belezas dessa área é preciso viajar até São Roque de Minas, que está a 90 km de Capitólio. Várias agências oferecem passeios de bate-volta para lá. Eu não fiz e acho que o ideal, por conta da beleza da área, é passar algumas noites na região. Se não for possível, quem tem pelo menos cinco dias inteiros em Capitólio já pode pensar em fazer o bate-volta. Com menos tempo, fica grande a correria e você não conhece direito nenhuma das regiões. 

Organizando o roteiro de 3 ou 4 dias

Do ponto de vista da organização eu faria assim: no primeiro dia inteiro em Capitólio o passeio de barco mais longo; nos dias seguintes cachoeiras diversas e o mirante. Não acho que o passeio de 4×4 de dia inteiro compense para quem está de carro, já que o único local que o tour tradicional passa e que não é acessível em veículo comum é a Pedreira Lagoa Azul. Dá para ir até o Mirante dos Cânions de carro próprio e ali mesmo contratar um transfer de 4×4 apenas para a Pedreira, um tour que fica mais curto e barato (R$ 80, o 4×4 de dia inteiro sai por R$ 160). 

Além disso, uma dica importante envolve como gastar as metades de dia. Se você chegar em Capitólio até o começo da tarde, escolha um atrativo ao longo do MG-050 é vá direto pra ele, antes mesmo de ir para o hotel. Isso é especialmente importante se seu hotel for na cidade ou perto dela, e portanto longe das atrações. Se você seguir direto para o hotel e tiver que voltar depois, vai sobrar pouco tempo para aproveitar esse primeiro dia. Eu iria para o Mirante dos Cânions. O ingresso ali garante não só a vista mais bonita de Capitólio, mas a visita numa cachoeira ao lado do Mirante, a Diquadinha.

Cachoeira de Capitólio

Cachoeira que fica ao lado do Mirante dos Cânions 

Na data da volta, faça check-out, separe suas coisas e vá curtir as cachoeiras até a hora do almoço. Depois é só pegar a estrada. 

Então o roteiro ficaria assim: 

  • Dia 1 (se você tiver só a parte da tarde): Mirante dos Cânions e Cachoeira Diquadinha
  • Dia 2: Passeio de lancha longo, retornando ao pôr do sol
  • Dia 3: Paraíso Perdido, Trilha do Sol, Cachoeira da Capivara, Pedreira ou o atrativo de sua preferência
  • Dia 4 (se você tiver que pegar estrada à tarde): Cachoeira Lagoa Azul

Pedrinhas em cachoeira de água verde

Quanto custa viajar para Capitólio 

Saímos de Belo Horizonte numa quinta-feira pela manhã e começamos a viagem de volta no domingo, às 15h. Portanto, foram três diárias em hotéis, quatro diárias do carro e refeições e passeios para quatro dias. O gasto total foi de R$1507 para cada um – viajei com minha namorada. Nessa conta estão incluídos os seguintes valores, todos por pessoa, ou seja, já divididos por dois.

  • R$ 430 em refeições e bebidas – comemos em restaurantes em todos os dias da viagem;
  • R$ 197 do aluguel do carro;
  • R$ 400 em passeios, incluindo o de lancha, o de 4×4 e entradas em cachoeiras;
  • R$ 125 em combustível.
  • R$ 332 nas diárias da pousada;
  • R$ 23,50 em pedágio. 

Dá tranquilamente para gastar bem menos. Para isso, basta economizar em algumas refeições ou procurar uma  hospedagem mais econômica. Também fica mais barato se a viagem for em grupo maior, dividindo por mais pessoas os valores de aluguel do veículo, pedágios e combustível, ou se você for de carro próprio. Como eu já disse, um dos passeios, o de 4×4, também é dispensável para quem vai de carro. 

barco navega pelo Lago de Furnas ao pôr do sol

Por outro lado, os preços podem subir na alta temporada, principalmente os dos hotéis. Em todo caso, acho que dá para imaginar uma viagem econômica, sem grandes apertos, com R$1000 por pessoa.

Dica importante: Leve parte do dinheiro em espécie. Mesmo que pagar as contas com cartão não seja mais tão difícil, há lugares que não aceitam esses métodos. E sacar dinheiro na região ainda é tarefa complicada. 

Compras

Há três produtos que merecem um lugar na bagagem: queijos diversos, em especial o da Serra da Canastra, doces típicos mineiros e artesanato. Para queijos e doces, uma parada tradicional entre viajantes é o Empório Queijos Califórnia, que fica na MG-050. Na mesma rodovia está o Chalé do Queijo, enquanto a Capitart, a Associação de Artesãos de Capitólio, fica bem na entrada da cidade. 

Dicas de hotéis em Capitólio

A estrutura turística de Capitólio não é das melhores, é verdade, mas também passa longe de ser ruim como dizem por aí – muita coisa mudou e melhorou nos últimos anos. Em termos de hospedagem, a decisão mais importante é na localização, não hotel: ficar no centro ou mais afastado? Se for fora da cidade, vale ficar num condomínio fechado, tipo Escarpas do Lago, ou nos hotéis perto da estrada e de onde saem os passeios, na altura da Ponte do Rio Turvo? 

Cada endereço tem suas vantagens e mesmo Capitólio não é a única opção de cidade no Lago de Furnas, que é enorme. Em todo caso, acho que há algumas dicas básicas: 

  • Fique no centro se você estiver sem carro e precisar economizar na hospedagem;
  • Fique em Escarpas do Lago (ou outro condomínio perto do centro) se você quiser tranquilidade, mas sem grandes deslocamentos até a cidade, na hora das refeições;
  • Fique na rodovia, perto da Ponte do Rio Turvo, se estiver de carro, não se importar de pegar estrada à noite, para jantar, e quiser ficar na cara do gol, digo, da cachoeira. 

Com isso em mente, algumas opções de hospedagem em Capitólio, para todos os bolsos e gostos: 

  • Escarpas Eco Village, que foi onde ficamos. Está dentro de Escarpas do Lago, um condomínio fechado a 10 minutos de carro do centro de Capitólio. Tem piscina, equipe muito atenciosa, café da manhã ótimo e, o melhor, está pertinho do lago e a dois minutos a pé do mercadinho do condomínio e de um restaurante, o Huds. O custo/benefício é ótimo. 
  • Pousada Cachoeira Lagoa Azul – fica na MG-050, bem perto do Mirante dos Cânions. Tem vista linda, chalés simpáticos e dentro da propriedade está uma das cachoeiras mais bonitas da região. 
  • Balneário do Lago Hotel – Outro hotel na MG-050, perto das cachoeiras, mas a 30 km da cidade. Boa opção para quem não precisa economizar e está de carro. 
  • A Pousada Bougainville fica no coração de Capitólio. É uma opção bonitinha e com custo/benefício legal para quem está sem carro e por isso prefere ficar no centro. 
  • Casarão Hostel – a alternativa mochileira no centro da cidade, perto de bares e restaurantes. 

mulher observa cachoeira a partir de barco

Dicas de restaurantes 

Anote aí: o prato imperdível de Capitólio é tilápia recheada com queijo da Serra da Canastra. Comemos duas vezes, uma no Chico Pintado, restaurante localizado dentro do Condomínio Escarpas do Lago, e outra no Restaurante do Turvo, de frente para o local de onde saem muitos dos passeios de lancha. Os dois estavam maravilhosos. O do primeiro era melhor; o do segundo mais bem servido.

Se ficar em Escarpas, o Huds é o outro restaurante da região – a entrada no condomínio não é somente para moradores ou quem estiver hospedado lá. Por fim, em Capitólio mesmo há vários restaurantes, muitos deles frutos do boom turístico recente. Também há opções ao longo da MG-050, mas a maior parte desses estabelecimentos funciona apenas para almoço. 

Paradas tradicionais durante o passeio de barco, os bares flutuantes têm fama ruim: cansei de ler que são lotados e caros. Confesso que não vi isso. Estavam cheios, mas nada que incomodasse. Em feriadões essa situação pode ser diferente. Os preços, se não são baratinhos, estão na mesma prateleira de qualquer beira de praia Brasil afora. 

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Do mar para a lata: o fantástico mundo das conservas portuguesas

Na latinha de peixe que eu comprara há pouco, a data do lote se destacava: 2014.  Apesar de ninguém estranhar abrir um vinho que ficou anos envelhecendo, é provável que muita gente torça o nariz para a ideia de peixes enlatados sem validade para vencer. Mas estamos falando de conservas. Uma indústria que Portugal domina há 150 anos.

lata de peixe em conserva feita em portugal

Sardinha, atum, carapau, bacalhau, polvo, lula, ovas… Você dá o nome do peixe ou do fruto do mar e é quase certo que encontrará sua versão enlatada com origem portuguesa. A latinha que eu comprei, de 2014, é da Pinhais, uma empresa familiar que desde 1920 produz conservas de forma artesanal. Quando visitei a fábrica em Matosinhos, nos arredores do Porto, Patrícia Sousa, diretora de marketing, me explicou que as tais latas de 2014 eram chamadas “reserva”. E tal como um bom vinho, elas têm um sabor fantástico:

“A sardinha não tem data de validade, tem o que chamamos de sugestão de consumo ‘antes de’. Quanto mais tempo ela tiver em contato com o azeite, melhor é a preservação e o sabor.”

ovas de sardinha caviar portugues

Ovas de Sardinha, o chamado “Caviar Português”. Uma lata da iguaria custa em média 20 euros

A prova disso é a curiosa história sobre as três latas de sardinha em azeite portuguesas encontradas no final dos anos 1950, no bunker do Hitler. Eram da marca Ramirez, a fábrica conserveira mais antiga do país, em funcionamento desde 1853. Ligaram para o senhor Sebastião Ramirez, que na época comandava a empresa, e enviaram o produto. Segundo uma entrevista do filho, que atualmente comanda a Ramirez, a família decidiu provar as latas. E eles aprovaram as sardinhas: “Estavam óptimas”. 

A história dos peixes enlatados

A relação entre as guerras e as sardinhas e atuns enlatadas não é incomum. No início do século 19, um francês inventou o princípio da conservação de alimentos com o calor em recipientes fechados – e um inglês desenvolveu a ideia, patenteando um invólucro metálico. Em meados daquele século já tinham surgido em Portugal as primeiras fábricas de conservas de peixes.

Leia também: Suvernir de Portugal: quais produtos típicos levar na mala

Mas foi no início do século 20, com a explosão da Primeira Guerra Mundial, que a indústria conserveira portuguesa chegou ao seu auge. Alimentavam os soldados dos dois lados dos conflitos que assolaram o mundo na primeira metade do século. Por volta de 1920, havia mais de 400 fábricas no país. “A região de Matosinhos sempre viveu da indústria conserveira. Aqui tínhamos os pescadores, a produção das latas, os soldadores. A indústria sempre foi muito importante, a nível econômico e social”, explica Patrícia. Muitas empresas, como a própria Pinhais, chegaram a ter sua própria frota piscatória. 

Lata de Sardinha antiga história das conservas

Lata antiga, e enorme, de sardinha. Considerada a rainha das conservas.

Porém, depois da Segunda Guerra, todo o setor perdeu seus principais mercados de destino e houve uma grande queda das vendas. Além disso, problemas como a escassez de peixes e a entrada de competidores do norte da África no mercado fizeram com que muitas empresas falissem. Hoje, segundo a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), existem apenas 20 fábricas de conserva em Portugal. 

Como transformar peixe fresco em conserva

Quando descemos para ver a produção da fábrica, Patrícia cumprimentou as senhoras pelo nome. Todas riam, comentavam da vida, paravam para fazer graça para o bebê que também estava na visita. As mulheres sempre foram as responsáveis por preparar os peixes que chegavam dos pescadores e continuam sendo a principal força produtiva dessa indústria. “Temos colaboradoras que trabalham conosco há 45 anos. Avós, mães e netas”.

mulher trabalha na preparacao da sardinha

São elas as responsáveis por praticamente todo o ciclo de produção artesanal de latas de conserva de sardinha (e outros peixes), que a Pinhais chama de “método tradicional”. Há 99 anos, eles produzem suas conservas mais ou menos da mesma forma.

São cerca de 100 mulheres que fazem todo o ciclo produtivo. O corte e a evisceração é feito à mão, o que permite ter um maior controle de qualidade sobre o peixe. No enlatamento só trabalhamos com ingredientes frescos e são cortados no próprio dia, nada congelado, com os melhores ingredientes”, conta Patrícia Sousa.

Segundo ela, antigamente havia soldadores que fechavam as latas. Hoje em dia, uma máquina faz o azeitamento e fecha a lata, e outra faz a esterilização das recipientes. São as únicas máquinas em todo o processo. 

industria conserveira em portugal

Outra característica especial do método tradicional é a forma de cozinhar o peixe: “a cozedura é feita em grelhas a vapor, em que o peixe é cozido fora da lata, de forma uniforme. Toda a água e gordura ficam nas grelhas, e não no interior da lata. São os únicos em Portugal a ainda fazer esse método”, explica Sousa. O sabor, garante, é completamente diferente.

sardinhas assadas para irem para lata

Sardinhas depois de serem cozidas no vapor 

As latas (que não são de alumínio, mas de folha de flandres) são fechadas, embaladas no papel especial – trabalho que também é feito manualmente pelas mulheres – e ficam pelo menos seis meses armazenadas na fábrica, para que o contato do peixe com o azeite adquira o sabor esperado.

sardinhas e outros peixes enlatados

Do mar para a lata… da lata para o mundo

“Começamos a trabalhar às 8h e todo peixe que é comprado é finalizado no mesmo dia: enlatado, esterilizado no próprio dia”. São mais ou menos 20 mil latas produzidas diariamente. Um volume relativamente pequeno, em comparação com outras grandes fábricas cujo processo é menos artesanal.

sardinhas frescas compradas no mercado

Sardinhas frescas vindas do mercado de peixes

O peixe, segundo Patrícia, vem direto do Mercado de Matosinhos, um dos mais importantes do país. Além disso, há uma preocupação (e uma limitação) em relação à sustentabilidade da sardinha, que tem sua data de pesca limitada pela União Europeia, de acordo com o ecossistema dos peixes. Grandes produtores, para conseguir manter o volume, precisam misturar peixes frescos congelados. 

Saiba mais: Um leilão de peixes no sul de Portugal

90% da produção da Pinhais é para exportação: Áustria, Itália, EUA, Canadá e Antilhas são os principais compradores, mas eles trabalham para cerca de 21 mercados. Em Portugal, mais de 50 toneladas de peixe em conserva são exportados todos os anos.

conservas portuguesas lata e embalagem conservas portuguesas lata embalada pronta para exportacao

Embalagem pronta para ser enviada para a Áustria

O mercado interno, que segundo a ANICP representa 35% da produção, tem crescido e se sofisticado graças ao turismo. Desde 2014 surgiram em Portugal latas em conserva com receitas gourmet e decoração colorida. Ganharam espaço e reconhecimento, lojas especializadas, como a Loja das Conservas em Porto e Lisboa, ou restaurantes que servem receitas a partir das latinhas, como o Can the Can ou o Sol e Pesca, em Lisboa. Até os aeroportos do país hoje contam com lojas só com peixes enlatados. 

Como visitar uma fábrica conserveira

A Pinhais somente em 2019 abriu seu prédio histórico para visitação – e também tem uma loja, que vende as duas marcas da empresa, Pinhais e Nuri, por a partir de €2,50.

entrada da fabrica pinhais conserveira

Para fazer as visitas é necessário agendar pelo site com pelo menos 24 horas de antecedência. Há três modalidades de visitas: por 8 euros você faz um tour guiado pela fábrica e vê o processo de produção. Por 11 euros é possível, além do tour, provar duas variedades de conservas. E por 14 euros dá para acrescentar harmonização com vinho.

A loja fica a menos de 5 minutos a pé do metrô Câmara de Matosinhos. 

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Viajante Gourmet: Tour pela cervejaria Baden Baden em Campos do Jordão

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Como limpar carpete e quando limpar

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Astrologia: a influência da Lua em fase cheia em Touro

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Cucurucho, o ícone católico mais esquisito do Equador

Era nossa segunda noite em Quito. Fomos jantar no Belle Époque, um restaurante renomado que fica no Hotel Plaza Grande, no centro. Eu e o grupo de jornalistas e blogueiros com quem viajei para o Equador conversávamos distraídos, aguardando a sobremesa. As luzes se apagaram, deixando o ambiente à luz de velas. Sinos ressoando bem alto deixaram todo mundo confuso. Pelo vidro espelhado da janela, eu vi chegar em meio à fumaça uma figura alta, de capuz em forma de cone, rosto coberto e uma túnica roxa. Pensei: é agora que eu morro.

Mas o pânico durou menos de 10 segundos. O som de sinos deu lugar a uma música mais alegrinha, com instrumentos típicos de alguns ritmos latinos. O sujeito de capuz veio até o grupo, talvez para mostrar que não tínhamos motivo para ter medo. O guia turístico que nos acompanhava, mais do que acostumado com a reação de estrangeiros, disse que aquele era o cucurucho, uma figura folclórica equatoriana.

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Onde ficar em Quito – melhores bairros 

Viagem pelo Equador

Passei tanto sufoco que nem consegui tirar uma boa foto na hora

Aquela encenação toda era só para trazer à mesa a sobremesa que é a especialidade do lugar: a espumilla. Parece um sorvete, mas não é. Trata-se de um tipo de merengue de fruta (geralmente de goiaba), que vem com confeitos coloridos e uma calda de fruta. No caso desse restaurante, a calda era de framboesa.

equador comida

A espumilla não fez muito sucesso entre os brasileiros

Eu ainda não consegui entender muito bem a relação entre a espumilla e o cucurucho, exceto pelo fato de que ambos são símbolos da cultura equatoriana, ambos têm um cone, e ambos foram considerados meio esquisitos pelo grupo de brasileiros com quem eu estava. A sobremesa que parecia um sorvete que nunca derrete ficou lá na mesa. Quase ninguém chegou ao fim (eu cheguei, porque sou desses.). Já a memória do cucurucho foi o assunto mais comentado pelo resto da viagem.

Vocês sabem o porquê, né? Gente encapuzada e ambiente iluminado exclusivamente por fogo é um gatilho para quem conhece a Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos. E também para quem não sabe os detalhes sobre o folclore dos países que ficam aqui pertinho, na América do Sul. Por isso, resolvi pesquisar o cucurucho.

Pra começar, não tem nada de racismo envolvido. O cucurucho é um símbolo de origem religiosa. Como a maior parte dos países da América do Sul pós-colonização, o Equador é um lugar de forte tradição cristã. Na época da colônia, que começou em 1534 e durou até o início do século 19, era um costume vestir as pessoas consideradas pecadoras com a túnica e o cone roxo e deixá-las descalças, expostas nas ruas perto das igrejas. Aí a sociedade “de bem”, que não tinha pecados e era temente a Deus, tinha a função de ofender publicamente os encapuzados, para que eles pudessem, ao mesmo tempo, pagar penitência pelos seus erros e se arrepender.

equador cultura

Foto: Exedu/Flickr/CC BY 2.0

O tempo passou e a tradição de expor os pecadores (embora eles tivessem suas identidades preservadas) se transformou numa procissão anual, que acontece na Sexta-Feira da Paixão. Não rolam mais as ofensas públicas, mas o objetivo é o mesmo: os cucuruchos aproveitam o dia da morte de Jesus para buscar absolvição dos pecados cometidos durante o ano.

Os equatorianos levam a Semana Santa muito a sério. A procissão dos cucuruchos é um grande acontecimento e reúne milhares de figuras roxas encapuzadas pelo Centro Histórico de Quito. É tipo um enorme confessionário a céu aberto. O roxo representa a penitência e o cone representa a humildade. Alguns arrastam cruzes pesadas pelas ruas. Outros carregam no drama e usam sangue artificial para representar o flagelo. Tem até quem golpeie as próprias costas com ramos de urtiga.

A caminhada é obviamente inspirada nos últimos momentos de Jesus antes da crucificação, e são claros os elementos como sacrifício e perdão nesse ato. Na Espanha, de onde vieram os colonizadores do Equador, também há o costume de usar capuzes em forma de cone nas procissões de Semana Santa.

turismo no equador

Na Espanha, usa-se capuzes roxos, vermelhos ou brancos, depende da região e do “papel” que a pessoa está fazendo na procissão

Depois da noite do cucurucho no restaurante de Quito, prestei um pouco mais de atenção e reparei que a figura está por toda parte. Algumas lojas vendem bonecos de plástico ou de pelúcia, e o encapuzado aparece em letreiros e nas logos de estabelecimentos da cidade. Passado o susto, deu até para achar bonitinha a tradição dos equatorianos. Descobrir como uma tradição católica se transformou num ícone cultural mesmo fora do contexto religioso foi mais uma ótima surpresa do Equador. Mas da espumilla não deu para gostar muito.

Visitamos Quito a convite da Gol, que em dezembro de 2018 inaugurou uma rota de voos diretos de São Paulo para lá. São três voos semanais em cada direção: saem toda terça, quinta e domingo, às 19:25, da capital paulista. Já o trecho Quito – São Paulo é toda segunda, quarta e sexta, com saída 00h20. 

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Bruges, na Bélgica: um guia completo do que fazer por lá

Talvez você não saiba, mas Bruges, na Bélgica, foi um dos primeiros destinos turísticos do mundo. Com um centro histórico medieval muito preservado, que é Patrimônio da Humanidade segundo a UNESCO, Bruges é uma cidade que fica na costa norte da Bélgica e que sobreviveu intacta a duas invasões alemãs durante as guerras mundiais. Desde o século 19, seus encantos atraem visitantes estrangeiros. Neste texto, vocês encontram um guia completo de Bruges: um roteiro do que fazer na cidade em um dia ou mais, dicas de como chegar, onde comprar suvenires, onde ficar e muito mais.

Um pouco da história de Bruges, Bélgica

Hoje, a cidade, que é cortada por canais, vive principalmente do turismo. Durante o dia, suas ruelas ficam abarrotadas de gente, encantadas com as casinhas coloridas que formam seu cartão-postal. Isso talvez seja o motivo para que algumas pessoas sejam críticas com Bruges: tamanho fluxo de turistas dá à cidade um quê de “parque temático”, como se tudo fosse feito só para os visitantes.

guia completo de bruges na belgica

Mas saiba que, apesar do bom estado de conservação, você está visitando um local que desde o século 12 foi uma importante rota de comércio na Europa, que movia não só mercadorias como tecidos e especiarias, mas também tornou-se uma potência financeira, com direito até a uma sucursal do Banco dos Médicis (aquela família de Florença). Todo esse poderio começou a declinar por volta de 1500, quando o canal natural que ligava a cidade ao mar começou a passar por um processo de assoreamento. Outras cidades belgas tomaram o lugar de Bruges no comércio, e foi essa falta de sucesso econômico que acabou garantindo que o centro medieval ficasse intacto. 

Bélgica: Bruges ou Bruxelas ou Ghent?

Curiosamente, uma das perguntas que você mais encontra envolvendo quem vai para Bélgica é a decisão do que visitar: Bruges ou Bruxelas? Bruges ou Ghent? Todas? Quantos dias ficar em cada uma?

Veja bem, Bruxelas é uma cidade enorme e com diversas atrações. Já Bruges e Ghent são menores. Bruges é a menor das três, que tem mais cara de conto de fadas. São diversos canais e casinhas coloridas e muitos turistas circulando pelas ruelas e pontes no centro histórico. Tem quem ame e quem não curta muito. 

Um dia em Bruges é o suficiente para você ver toda a cidade. Mas passar uma noite lá garante que você sinta como é ter a cidade “só para você”, pois quando o dia vai chegando ao fim, a maioria dos turistas vai embora. E ainda garante que você veja as praças iluminadas, depois do pôr do sol. 

canais onde ficar em bruges hospedagem

Então, a decisão depende do seu estilo de viagem. Para mim, o ideal é no mínimo dois dias inteiros em Bruxelas, um dia em Bruges e um dia em Ghent. Mas talvez para você faça mais sentido ficar só um dia em Bruxelas e ver o geralzão da cidade e ficar dois dias em Bruges. Ou, ainda, se você preferir uma cidade fofinha menor, mas menos turística, optar por dois dias em Ghent, um em Bruges e um em Bruxelas. Qualquer que seja sua escolha, muitos chocolates, batatas-fritas, cervejas e waffles estarão no seu caminho. 

O que fazer em Bruges: roteiro para um dia ou mais

  • Parque Minnewater
  • Sashuis
  • Monastério Begijnhuisje
  • Cervejaria De Halve Maan
  • Igreja de Nossa Senhora
  • Ponte Bonifacius
  • Museu Groeninge
  • Praça Markt e Torre
  • Praça Burg e Igreja do Sangue de Cristo
  • Canais e passeio de barco

A lista de atrações acima foi pensada na ordem de visita, para quem chega de ônibus ou trem e vai caminhar em direção ao centro. Da estação de trem até o Parque Minnewater é uma curta caminhada, que te leva por bosques, pontes e uma antiga Torre da Pólvora. 

Bruges Belgica parque Minnewater

Na saída do parque, você vai passar pela área chamada Sashuis, excelente para tirar fotos, onde cisnes descansam tranquilamente.

o que fazer em bruges vista cisnes

Dali, entre para visitar o Monastério das Beguinas (Begijnhof). Esse local, desde 1240 recebia mulheres beatas, que desejavam viver uma vida monástica, mas sem realizar votos religiosos. As casinhas brancas que circundam o jardim deixaram de ser ocupadas pelas beguinas mais ou menos na época da revolução francesa. E desde 1927 o local é um convento da ordem Beneditina. Dessa forma, para visitar o lindo jardim é necessário fazer silêncio. 

Bruges Belgica: Monasterio das Beguinass

A próxima parada fica na fofa praça Walplein: a cervejaria De Halve Maan. A cerveja existe desde 1564 e a fábrica pertence à mesma família desde o século 19. Eles produzem três marcas de cerveja: a Brugse Zot, a Straffe Hendrik e a Blanche de Bruges. É possível visitar a fábrica por 12 euros: os tours, que duram 45 minutos e incluem degustação, acontecem diariamente, às 11h e às 16h, em inglês, holandês e francês. No sábado há um tour extra às 17h. 

o que fazer em bruges roteiro de 1 dia

É um pulo até a Igreja de Nossa Senhora (Onze Lieve Vrouw Brugge). O templo gótico é do século 13 e tem uma torre de 115,6 metros, que é a segunda maior torre de tijolos do mundo. Dentro da igreja, no altar, fica uma escultura da Madonna com uma Criança, de Michelangelo e que provavelmente foi esculpida para a catedral de Siena, mas foi comprada por dois mercadores de Bruges em 1514. Essa é a única estátua do artista fora da Itália. Uma curiosidade é que a estátua foi por duas vezes roubada por estrangeiros, durante as ocupações da Revolução Francesa e da Alemanha Nazista, sendo recuperada depois. A entrada na igreja custa seis euros. 

igreja nossa senhora em bruges belgica

Independente da sua decisão de entrar ou não na igreja, dê a volta pelos fundos do templo. Ali, um beco te leva a uma vista incrível dos canais, as casinhas medievais e a ponte Bonifacius. Não se engane pela aparência antiga: essa ponte de pedra é uma das mais novas de Bruges, do século 20. Você só vai conseguir tirar uma boa foto dessa ponte se chegar muito cedo ou bem mais tarde. Fora isso, será um fluxo enorme de turistas.

Ponte Bonifacio roteiro de 1 dia em bruges

Seguindo pela ponte você chega na entrada do Museu Groeninge, que possui uma vasta coleção de trabalhos flamengos que vão do século 18 até obras de arte moderna. A entrada custa 12 euros.  

A próxima parada é o coração de Bruges, a praça Markt. A primeira coisa que você vai reparar é a Belfry, a enorme torre, de 83 metros de altura. O edifício era usado para que os navios descarregassem suas mercadorias e a praça era o local onde funcionava o mercado, desde 985 – daí o nome. Atualmente, o mercado acontece todas as quartas-feiras: ou seja, esse é um bom dia para planejar sua ida a Bruges.

Bellfry campanario de bruges

É possível subir os 366 degraus até o topo da torre, onde também fica o carillon, uma espécie de instrumento musical com 47 sinos, além de uma vista bonita da cidade e arredores. A entrada custa 10 euros. 

Praca markt em bruges na belgica

Também é na praça Markt que ficam aquelas casinhas coloridas que são o cartão-postal de Bruges, e as carruagens que fazem passeios pela cidade.

Basta caminhar poucos metros para chegar em outra praça, a Burg. Essa é uma das partes mais antigas da cidade e foi ali que o conde de Flandres escolheu para construir seu castelo, no século 9. Não há mais resquícios dessa construção, mas a praça continuou sendo o centro político e religioso de Bruges. É que ali está o impressionante prédio da prefeitura, uma construção gótica de 1376. Ao lado, fica o edifício onde funcionava a antiga corte de justiça. Entre os prédios está uma passagem que leva ao velho mercado de peixe de Bruges. 

Praca Burg em Bruges

Do outro lado da praça, um pequeno prédio pode passar despercebido. Trata-se da Basílica do Sangue Sagrado. Na parte inferior, uma igreja bem antiga, austera, toda em pedra. Subindo as escadas, você chega numa igreja de madeira, toda pintada de forma colorida. Ali fica uma relíquia que Bruges conquistou durante as Cruzadas: um vidrinho guarda um pedaço de pano que dizem conter o sangue de Jesus, limpado do corpo de Cristo por José de Arimateia. A entrada na igreja é gratuita. A relíquia fica exposta ao público apenas entre 11h30 e 12h e 14h e 16h. 

basilica do sangue sagrado bruges belgica

Depois de ver tudo isso, você pode optar por fazer um passeio de barco ou caminhar na beira dos canais. Para quem quer fazer o passeio, há diversas empresas que fazem o tour, que leva cerca de 45 minutos pelas vias d’água e custa 10 euros.

Para quem curte uma caminhada pitoresca, a beira do canal Groenerei é particularmente charmosa. 

Canal Groenere em bruges

Outros pontos turísticos de Bruges

  • O Hospital de São João (Oud Sint-Janshospitaal), um dos mais antigos hospitais ainda preservados na Europa. Hoje o prédio é um museu sobre o espaço, fundado em meados do século 12. 
  • Antigo Bairro da Liga Hanseatica. Essa região da cidade, que tem como centro a praça Jan van Eyckplein, era onde funcionavam as câmaras de comércio. 

o que fazer em bruges pracas e ruas

  • Kruisport e Moinhos de Vento: uma caminhada de cerca de um quilômetro a partir do centro levará você para um dos antigos portões de entrada de Bruges. A poucos metros dali ficam moinhos de vento que sobreviveram ao tempo. 
  • Veja no site do Visit Bruges uma lista com todas as igrejasmuseus da cidade.

Como chegar em Bruges: trem, ônibus ou carro?

Há trens que partem a cada meia hora de Bruxelas em direção à Bruges – 100 km separam as cidades. A viagem leva uma hora e custa – na tarifa normal – €14,10 (ou €28,20, ida e volta). Nos finais de semana, há uma tarifa especial com 50% de desconto. Assim, o bilhete fica por €15,10 ida e volta (não tem promoção só para um trecho). Pessoas com menos de 26 anos ou com mais de 65 também pagam bem mais barato, em qualquer dia da semana. 

Outra opção econômica é ir de ônibus. A Flixbus faz o trecho entre Bruges e Bruxelas. A viagem leva 1h30, mais ou menos, e custa a partir de €4,99. Os horários variam de acordo com o dia da semana. Também é possível ir com a Blablacar, o aplicativo de carona, por a partir de seis euros o trecho

No site da Omio é possível comparar as três opções e decidir a melhor para você. Saiba como. 

Ponte Bonifacio e igreja de nossa senhora em bruges

Ainda, há a opção de alugar um carro e circular por diversas cidades belgas. O valor do aluguel varia de acordo com a temporada e a antecedência que você fizer a reserva. Você pode checar nossas dicas de como alugar carro na Europa mais barato. Lembre-se de que não vale a pena circular pelo centro histórico de Bruges de carro e será necessário deixar o veículo na parte de fora, onde há estacionamentos apropriados para isso. 

Onde ficar em Bruges, Bélgica?

Bruges Belgica vista canal

Bruges é uma cidade relativamente pequena. A dica é ficar no centro histórico, ou ao menos no entorno dele. Afinal, é ali que você vai conseguir aproveitar o clima de conto de fadas que a cidade tem para oferecer. Segue abaixo uma lista de excelentes acomodações, que escolhemos a dedo, do mais econômico ao mais luxuoso, para todos os perfis de viajantes:

  • Snuffel Hostel, nota 8.9, cama em dormitório a partir de 23 euros e quarto duplo com banheiro privativo por €64
  • Hostel Lybeer Bruges, nota 8.5, cama em dormitório a partir de 28 euros
  • B&B ‘t Walleke, nota 9,5, três estrelas, diárias a partir de 85 euros (quarto duplo)
  • Hotel Goezeput, nota 8.5, duas estrelas, diárias a partir de 85 euros (quarto duplo)
  • Monsieur Maurice, nota 9.1, três estrelas, diárias a partir de 100 euros (quarto duplo)
  • Hotel Portinari, nota 8.8, quatro estrelas, diárias a partir de 115 euros (quarto duplo)
  • Hotel Aragon, nota 8.9, quatro estrelas, diárias a partir de 145 euros (quarto duplo)
  • B&B Le Foulage, nota 9.7, cinco estrelas, diárias a partir de 160 euros (quarto duplo)
  • Hotel Dukes’ Palace Brugge, nota 9.2, cinco estrelas, diárias a partir de 160 euros (quarto duplo)
  • B&B Maison le Dragon, nota 9.7, cinco estrelas, diárias a partir de 195 euros (quarto duplo)

Você também pode conferir as diversas opções de hospedagem em Bruges diretamente no mapa:

Booking.com

Compras em Bruges: chocolate, cerveja e suvenirs

Não faltam em Bruges lojinhas que vendem chocolates, cervejas belgas e suvenires de todos os tipos. Os links indicados levam para a localização das lojas no Google Maps.

Para quem quer comprar uma boa cerveja belga, além da fábrica da De Halve Maan, também visitamos algumas lojas com centenas de garrafas. A The Bottle Shop é uma excelente opção tanto pela qualidade, quanto pelos preços. A 2be Beerwall também é uma boa alternativa para compras, porque vende diversos presentinhos e suvenires, além das garrafas, e conta com um bar bastante animado, com vista para o canal.

Há dois endereços muito bem avaliados em Bruges pra comprar chocolate: a loja Olivier’s Chocolate Shop & Bar e a Jean de Bruges (que também vende cerveja de chocolate e outros tipos de suvenires). Além disso, as marcas belgas mais famosas e elegantes têm lojas em Bruges, todas no entorno na Praça Mark. Procure por Neuhaus, Godiva, Pierre Marcollini ou Leonidas

entrada igreja e centro comercial praca burg bruges

Por fim, ao lado da Igreja do Sangue Sagrado (foto acima) fica um centro comercial com boas opções de cervejas e chocolates. Chama-se Ter Steeghere: o local tem três andares e conta com lojinhas, cafés e restaurantes.

Onde comer em Bruges

A última dica do tópico anterior é a primeira de onde comer em Bruges. Boa parte do grupo que estava viajando comigo almoçou no Ter Steeghere – e voltamos falando maravilhas da lasanha e da pizza de lá. O menu, com sopa, custou 12 euros, o que é um preço muito bom para a Bélgica.

Eu e meu namorado preferimos comer uma coisa mais tradicional belga, ou seja, batata frita. Mas como não encontramos nenhuma barraquinha aberta no domingo, fomos comer no The Potato Bar e foi uma experiência muito boa.

Onde comer em bruges the potato bar

Com um ambiente bastante agradável, eles vendem diferentes opções de porções de batata frita, que dá para combinar entre tamanho e acompanhamentos dos mais simples aos mais elaborados. A casa também serve hambúrgueres e saladas. 

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Por: 360meridianos