Novidades:
Pesquisando...

Desejos de Aniversário/Natal 2017

E aí, tudo bem com vocês? Espero que esteja tudo bem, aqui tudo as mil maravilhas graças a Deus. Como o Natal está chegando vou começar com as listinhas de desejos aqui no blog, e a listinha da vez é a minha. Meu niver está chegando e como nunca ganho dois presentes rsrs (adoro presente…
(Visited 4 times, 4 visits today)

Por: Mãe ao ³

O tempo dos amantes passa rápido: aproveite da melhor forma!

É estranho o relógio dos apaixonados. Ele pula diferente do usual, já bastante dinâmico e ...
Por: Horóscopo

Céu de dezembro traz alegrias pessoais e profissionais

O mês começa com as boas energias de Vênus unida ao Sol em Sagitário, que certamente trará bom ...
Por: Horóscopo

Os primeiros dentinhos da Lele caíram

E aí, tudo bem com vocês? Hoje saiu um vídeo no canal com a presença da minha caçulinha, Lele. Ela perdeu dois dentinhos e no vídeo ela conta melhor como aconteceu, mas antes vou contar o que está acontecendo com a dentição dela. Olha só! Bem, levei a Lele há alguns meses quando ela foi…
No visits yet

Por: Mãe ao ³

Técnica havaiana ajuda a apagar memória que atrapalha a vida

No Feng Shui aprendemos que a energia tem que fluir de uma forma suave e equilibrada pelos ...
Por: Horóscopo

Comprinhas e Recebidos #vídeo

E aí, tudo bem com vocês? Como foi o final de semanas de vocês? O meu foi maravilhoso, aproveitei muito com minha família. E o black friday? Aproveitaram alguma coisa? Bom, semana passada teve um vídeo no canal mostrando as minhas comprinhas e recebidos aleatórios, pois apesar de não ter mostrado tudo o que chegou,…
No visits yet

Por: Mãe ao ³

Meditar e exercitar-se traz equilíbrio ao corpo

Anteriormente abordei uma questão que anda sempre presente enfraquecendo e disturbando as ...
Por: Horóscopo

Para aproveitar nesse Black Friday

E aí, tudo bem? Vamos falar de Black Friday? Black Friday é um dos momentos do ano mais aguardados pelas pessoas que adoram um desconto. Teve origem nos Estados Unidos e hoje é adotada em vários países do mundo, como o Brasil. É neste dia que lojas físicas e online realizam promoções imperdíveis, uma mega ação de…
No visits yet

Por: Mãe ao ³

O verdadeiro milagre esta dentro de você. Acredite mais!

Será que milagres existem mesmo? Se você não acredita neles, provavelmente não crê na vida e ...
Por: Horóscopo

Saia Midi de listras #lookatme

E aí, tudo bem com vocês? Vamos de look? O tema do look de hoje é saia midi, você tem? Usa? A saia midi tem a proposta de deixar a mulher mais feminina e poderosa. Seu modelo é bastante conhecido por ter o comprimento abaixo dos joelhos. A ideia que usei no meu look de hoje…
(Visited 1 times, 1 visits today)

Por: Mãe ao ³

Próxima viagem: Angra dos Reis e Ilha Grande, paraíso entre Rio e São Paulo

Ilhas Botinas Angra dos Reis

Ilhas Botinas, um dos cartões postais de Angra dos Reis. Foto: GC/Blog Vambora!

O litoral entre São Paulo e Rio de Janeiro, conhecido como “Costa Esmeralda”, é considerado um dos mais lindos do Brasil. Aqui, a mata atlântica nativa encontra um litoral recortado, repleto de praias e belas ilhas, com águas calmas e claras. É exatamente aqui onde está Angra dos Reis e Ilha Grande.

Ambos os destinos estão no estado do Rio de Janeiro (um de frente ao outro), mas muito próximos da divisa de São Paulo (aproximadamente 160 km do Rio e 400 km de São Paulo). Ao todo, dizem, que são 365 ilhas e 2 mil praias, muitas pouco conhecidas até hoje. Inclusive, uma das coisas que mais gostei por lá é que ao mesmo tempo que você pode estar numa praia badalada, cheia de pessoas e barcos, pode também, a poucos quilômetros, encontrar uma praia linda isolada, para chamar só de sua.

Praia de Biscaia Angra dos Reis

Praia de Biscaia em Angra dos Reis. Foto: GC/Blog Vambora!

Por ser esse lugar tão especial, Angra dos Reis foi escolhida em 2017 um dos 50 destinos turísticos de todo o mundo, indicados pelo revista norte-americana Travel and Leisure para se visitar, sendo a única cidade brasileira da lista. O destino estava na nossa lista faz tempo de “lugares no Brasil para ir logo”, sempre muito pedido pelos leitores para darmos dicas!

Mergulho Angra dos Reis

Nadando com tartarugas em Angra dos Reis. Foto: GC/Blog Vambora!

Tanto em Angra dos Reis, como em Ilha Grande, o que reina é o turismo náutico, ou seja, a maioria das atrações estão no mar e são acessadas via barco. Mas nessa viagem que fizemos, deu para ver que em ambos os lugares, obviamente, a praia é o grande foco, mas há outras diversas atrações para ficar de olho, como os ótimos restaurantes e bares para ir (incluindo cervejarias excelentes e alambiques), muitasss trilhas para se fazer (e sempre compensadas com vistas maravilhosas do litoral), além de cachoeiras e até um centro histórico surpreendente em Angra dos Reis, uma das cidades mais antigas do Brasil.

Vieiras Ilha Grande

Criação de vieiras em Ilha Grande. Foto: GC/Blog Vambora!

Nesses dias que passamos em Angra dos Reis e Ilha Grande deu para sentir o clima desses lugares tão especiais do nosso litoral: enquanto Angra é mais urbana e agitada, em Ilha Grande reina o sossego e pé na areia. Ou seja, tem lugar para todo tipo de viajante.

Escuna Angra dos Reis

Passeio de escuna, o mais famoso de Angra dos Reis. Foto: GC/Blog Vambora!

Agora, as praias e ilhas, essas o consenso é unânime: que lugar maravilhoso! Seja a cor da água, super clara e em tons de esmeralda, seja a vida marinha riquíssima, a ponto de ser vista de um simples mergulho no mar, até um nascer e por do sol de tirar o fôlego, esses são apenas alguns dos elementos que fazem a região tão exuberante.

Praia de Lopes Mendes

Praia de Lopes Mendes, em Ilha Grande, considerada uma das mais lindas do Brasil! Foto: GC/Blog Vambora!

Nos próximos posts aqui no blog vamos mostrar todas as dicas dessa viagem para Angra dos Reis e Ilha Grande, incluindo as atrações e praias mais legais, roteiro de viagem do que fazer, restaurantes e bares legais para conhecer, onde se hospedar e passeios imperdíveis e muito mais.

Já adianto que tem muita coisa legal e linda para mostrar e já estamos com vontade de voltar. Vambora então para Angra dos Reis e Ilha Grande com a gente!

Por do sol Angra dos Reis

Por do sol em Angra dos Reis. Foto: GC/Blog Vambora!

*O Vambora! fez essa viagem a convite do Angra e Ilha Grande Convention & Visitors Bureau.

*** VEJA TAMBÉM:
Conhecendo o Club Med Rio das Pedras
Ilhabela em São Paulo: A ilha que é bonita até no nome
Hospedagem boa e barata no Rio de Janeiro, existe?

Este artigo foi publicado originalmente no Blog Vambora


Por: Blog Vambora

Auxílio espiritual ajuda a diminuir o medo, diz vidente

A grande maioria das pessoas que procuram minha consulta, além de focar em problemas de várias ...
Por: Horóscopo

Curso com o Chef Lucas Corazza?

E aí, tudo bem com vocês. O post de hoje é uma dica pra quem curte gastronomia e tem muita vontade em fazer um curso e aprender com o top, Chef Lucas Corazza. Pois é! Interessou? Então, se liga nesse post e leia até o final. O Ferradura Hotel, em Búzios, abre inscrições para curso de…
(Visited 2 times, 2 visits today)

Por: Mãe ao ³

Mimos Mia Make da Aroma

E aí, tudo bem com vocês? Quem me acompanha no instagram (@maeaocubo) viu que algum tempo atrás estive em um evento no Shopping Park Lagos e ganhei alguns mimos, hoje mostro aqui o que ganhei da Loja Aroma Cosméticos e Beleza. A Aroma é uma loja maravilhosa onde você pode encontrar tudo de beleza, tanto…
No visits yet

Por: Mãe ao ³

A saga dos sisos: Extrai 4

E aí, tudo bem com vocês? Quem aí, tem dente siso? Pois é, eu extrai 4 sisos, 2 de cada vez, apesar dos pesares tudo correu bem, mas será que foi assim mesmo? Então corre pro canal pra saber sobre as minhas extrações. Ah! Não esqueça de se inscrever e ativar as notificações pra receber as novidades…
(Visited 1 times, 1 visits today)

Por: Mãe ao ³

Lua entra em nova fase e deixa todos os signos mais afetivos

Neste sábado, 18, por volta das 9h30, a Lua começa um novo ciclo e entra na fase Nova aos 26º de ...
Por: Horóscopo

9 truques e dicas de beleza para mães ocupadas

Toda mãe sofre daquele velho dilema de se dedicar totalmente ao filho e não ter tempo nem disposição para cuidar de si em meio à correria do dia a dia. Afinal, mal sobram alguns minutinhos para pentear os cabelos, quiçá fazer coisas como limpar a pele ou realizar uma hidratação mais profunda nas madeixas. Mas…
(Visited 2 times, 2 visits today)

Por: Mãe ao ³

Curso de Moda: Seu sonho é trabalhar com moda?

E aí, tudo bem com vocês? Dia quente por aqui, pede uma praia, mas dia de semana não rola pois a rotina de dona de casa, mãe e blogueira não deixa. rsrs Hoje vamos falar de moda de uma maneira diferente, não é tendência, não é look do dia. É a moda de uma maneira…
(Visited 1 times, 5 visits today)

Por: Mãe ao ³

Feng Shui: use os cristais do bem e atraia boas energias

Há muitas formas de trazer energia boa para nossa casa e vida. Entenda a palavra energia como ...
Por: Horóscopo

É tendência: Babados

E aí, tudo bem? Vamos falar de tendência? E pra esse verão, o babado vem com tudo e o que mais vejo por aí são babados, babados em tudo e ele está em alta tem um tempo. Uma tendência dos anos 80, repaginado! E o que vejo muito ultimamente são as blusas e vestidos com…
(Visited 1 times, 1 visits today)

Por: Mãe ao ³

Se doe de verdade, mas com cuidado!

Dar de si: as pessoas precisam reaprender a se dar melhor aos outros, ter maior dedicação ...
Por: Horóscopo

Aprender é ampliar o viver, diz vidente

Uma vida que vale a pena? Fácil. É aquela devotada ao aprender. Aprender sempre, cada dia, ...
Por: Horóscopo

Macaquinho + Chocker #lookatme

E aí, tudo bem com vocês? Sexta-feira chegou e o solzinho resolveu aparecer, mas como nada é perfeito, minha Lele saiu mais cedo da aula por que não estava se sentindo bem, co febre e enjoada. Acabou com meu dia, tem coisa pior pra uma mãe do que filho doente, mas ela está aqui do…
(Visited 2 times, 3 visits today)

Por: Mãe ao ³

Faça orações para se proteger dos inimigos de sua felicidade

Não queira agradar gregos e troianos só para dizer que você é legal. Isso só vai atrair ...
Por: Horóscopo

Final do ano se aproxima…

E aí, tudo bem com vocês? Aqui estou levando, a cirurgia do siso ainda está incomodando, mas nada que um analgésico não dê uma ajudinha pra aliviar. E vamos seguindo! Espero que você esteja bem. Novembro começou e as lojas já estão em ritmo de Natal e a correria de final de ano é sempre…
(Visited 1 times, 1 visits today)

Por: Mãe ao ³

Máscara para Cílios Avon Supreme Oil Máscara Alongadora

E aí, tudo bem com vocês? Hoje o post é bem especial, quer saber motivo? Olha só. Quem lembra do Radar Carioca, falei sobre a volta dele no meu Stories, me segue lá <@maeaocubo>. E então hoje o projeto volta a todo vapor com posts variados sobre temas específicos em cada blog das participantes, que…
No visits yet

Por: Mãe ao ³

Algumas das maiores histórias do mundo são sobre viagens

Quando coloquei a mochila nas costas e embarquei na primeira grande viagem da minha vida, em 2010, eu me senti como o Luke Skywalker prestes a deixar Tatooine. Não havia um Império a ser derrotado, uma família a ser vingada ou uma Estrela da Morte para ser destruída. Belo Horizonte não é um planeta desértico habitado pelo povo da areia e eu concordo que a viagem do Luke teve um pouquinho mais de emoção que a minha, mas a base da história, a do jovem que pela primeira vez deixa sua terra natal para viver uma grande aventura, era a mesma.

Assim como seu pai, Anakin, Luke cresceu imaginando outras terras, outros mundos. Entre uma e outra cerveja em Mos Eisley; a cada amigo ou colega que entrava numa nave e partia, pronto para recomeçar a vida em outro canto da Galáxia, Luke sonhava em fazer as malas e cair na estrada, digo, no hiperespaço. Tudo bem, a viagem dele envolveu um Mestre Jedi, dois robôs e uma nave pilotada por contrabandistas, já a minha começou com o combo férias e passagens para outro país, mas as diferenças acabam aí: te garanto que o espírito aventureiro era o mesmo.

Como qualquer mochilão pelo mundo, a jornada do Luke envolveu descobrimentos. Não demorou para ele aprender que “Muitas das verdades às quais nos prendemos dependem do nosso ponto de vista”. O ensinamento veio de Obi-Wan e valia para toda a questão Darth Vader, mas bem que poderia ser aplicada em qualquer choque cultural que enfrentamos por aí. O mundo é mais do que aquele que está em nossa cabeça, as verdades da vida são maiores do que as que nos foram ensinadas por nossos pais, diria o Yoda. Mas tudo ao contrário, claro.

Veja também: Locações de Star Wars que você pode visitar

Os cenários e lugares de Harry Potter em Londres

Terra-média: os cenários do filme O Senhor dos Anéis

Locações de Guerra nas estrelas

Tatooine

Nesse sentido, as histórias de fantasia são todas muito parecidas. Se os Skywalker vieram da borda exterior da galáxia, os Bolseiro deixaram as ruas e tocas tranquilas do Condado e saíram em busca de aventuras na Terra-Média. Assim como Luke, as sagas de Bilbo e Frodo começam após o empurrãozinho de um mago, mas isso pouco importa.

No fundo, mais do que a história de elfos, anões e homens, O Senhor dos Anéis é um relato de viagem. Uma cheia de aventuras, claro, mas também com seus momentos de ócio, divertimento e problemas inesperados. Acima, de tudo, hobbits me ensinaram que, uma vez que você coloca os pés na estrada, é impossível parar.

BIlbo Bolseiro

Já o Harry Potter saiu do número quatro da Rua dos Alfeneiros, em Little Whinging, subúrbio de Londres. No caso de Harry, deixar a casa da infância, num bairro onde todas as residências eram iguais e não acontecia nada de inesperado, envolveu sair do armário. Literalmente.

Assim como Luke, Harry era um órfão, criado pelos tios, que pouco sabia de seus pais e de sua origem. Quando já não acreditava mais que deixaria aquela realidade para trás, uma carta – na realidade, várias delas – trouxe o mais inesperado dos convites. Seja de trem ou de carro voador, Harry caiu na estrada. E na outra ponta havia um mundo mágico, cheio de mistérios, aventuras, descobertas e perigos.

Por falar em armário, Pedro, Lúcia, Edmundo e Susana tiveram que entrar em um para que a aventura começasse. Em As Crônicas de Nárnia, os protagonistas até não eram suburbanos de origem, mas estavam longe de agito de Londres, protegidos numa casa onde pouco acontecia, quando acharam a Toca do Coelho. O que nos leva, claro, para Alice. E dela para a estrada dos tijolos amarelos é outro pulo, com Dorothy e o Mágico de Oz. Ali, o agente causador da viagem é um ciclone. O efeito é o mesmo.

Como o Totó sabe tão bem, o momento mais mágico e difícil de uma viagem é quando percebemos que o mundo em que estamos é outro, que as regras do jogo não são as mesmas, a ponto da frase clássica de O Mágico de Oz caber em qualquer situação de choque cultural, quase uma expressão idiomática. “Totó, eu tenho a impressão de que não estamos mais no Kansas”.

A volta para casa é, no caso de Dorothy, um momento desejado, mas nesse ponto as histórias de fantasia não são um consenso: Harry lamenta profundamente cada dia que tem que passar na Rua dos Alfeneiros; Bilbo e Frodo até sonham em voltar para o Condado, mas isso nos dá uma lição de anticlimax; e a família Skywalker teima em sempre voltar para Tatooine, nem que seja para correr dali novamente um dia. Seria uma prova de que no fundo todos temos raízes? Se há um ponto em comum entre as histórias, certamente é que a pessoa que volta não é a mesma, mas alguém que mudou por conta da estrada de tijolos amarelos.

Demorei a perceber que muitas das minhas histórias favoritas são sobre viagens. E que, assim como nos livros e filmes, um mundo mágico, cheio de descobertas, nos espera do outro lado. Basta ter coragem de cair na estrada.

O post Algumas das maiores histórias do mundo são sobre viagens apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

Não morremos até que nos esqueçam

De trás dos portões do cemitério de Papantla de Olarte, no estado mexicano de Veracruz, uma figura vestida com uma longa túnica marrom e um capuz que ocultava parcialmente seu rosto fantasmagórico caminha de um lado para o outro antes de parar em frente à fechadura e escancarar a grade que separava o mundo dos mortos e o dos vivos. Ele mandou um aceno para a multidão que o observava em silêncio, do lado de fora do cemitério, e desapareceu entre as tumbas.

Instantes depois, uma procissão de personagens diversos com rostos pintados de caveiras atravessa o portão e segue impassível ladeira abaixo, em direção à principal praça da cidade. Alguns deles vestem roupas que remetem aos reis e rainhas pré-hispânicos. Outros usam as tradicionais vestes totonacas e, no caminho, reproduzem os passos das danças típicas de sua cultura. A passagem das caveiras do cemitério para o centro da cidade simboliza o momento em que os portões do paraíso se abrem, no dia 31 de outubro. Dali até o dia 2 de novembro, as almas que já não habitam este mundo são recebidas com alegria por seus parentes e amigos vivos.

Dia de Muertos - México

Dia de Muertos - Festa no México

Ao contrário do que muita gente acredita, o Dia dos Mortos tal como se comemora hoje não é uma celebração pré-hispânica. É resultado do sincretismo entre as religiões originárias e o cristianismo introduzido no país com a chegada dos conquistadores espanhóis. A forma de encarar a festa católica do Dia de Todos os Santos, no entanto, herdou muito da cosmovisão pré-colonial. A morte sempre ocupou um lugar importante no sistema de crenças dos povos mesoamericanos. Grande parte deles, em especial os que habitavam as regiões centrais e do sul do México, tinham em seus calendários meses inteiros dedicados a honrar seus antepassados e familiares mortos.

Dia de Muertos - Festa no México

De acordo com Eusébio, guia de turismo da Zona Arqueológica do Tajín, antiga capital do mundo totonaco, morrer era transcender. Por isso ser sacrificado era um privilégio reservado a poucos. Hoje, a ideia de que o falecimento é o fim de um ciclo e o início do outro ainda se preserva entre os descendentes desses povos. “Aqui a morte é algo natural, é parte da vida. Por isso celebramos com uma festa”, conta Maria Cristina Guerrero, uma senhora de origem totonaca que viveu em Papantla toda a sua vida e se animava com a proximidade do Dia dos Mortos.

Na língua totonaca, a festa recebe o nome de Ninín. A palavra, que traducida literalmente ao português quer dizer “não mortos”, representa bem a visão do que há depois das nossas vidas terrenas. Ninguém morre de verdade no México enquanto exista quem se importe com eles.

Além da cosmovisão, alguns dos costumes tradicionais da festa também foram herdados dos tempos pré-coloniais, como a preparação do altar de muertos, as oferendas e a simbologia por trás delas. A mesa, decorada com velas, papel de seda picado em formas diversas e flores coloridas, é preparada nos últimos dias de outubro e representa o portal que se abre entre os dois mundos. O tipo de oferta que se coloca nela varia de acordo com a região.

Dia de Muertos - México

Em Totonacapan, que abrange o estado de Veracruz e a serra de Puebla, por exemplo, é comum que se oferte tamales – massa de milho recheada de carnes, queijo ou frutas -, abóbora em conserva, bolinhos de anis e frutas diversas. Já entre os raramuri, que habitam o norte do país, só se oferta aquilo que a natureza produz.

Dia de Muertos - Festa no México

Outros costumes e crenças também variam ao longo do território mexicano. Há quem diga que os mortos se manifestam entre nós em forma de insetos, como abelhas e borboletas. Outros acreditam que eles vêm em forma de espíritos, invisíveis aos olhos humanos, mas sentidos com o coração, e que o ar se torna mais rarefeito esse dia, como se o nosso mundo se tornasse também um pouco menos material.

Algumas famílias levam comida para o cemitério e fazem uma grande festa junto às tumbas de seus parentes e amigos, com direito a música, tequila ou mezcal. Outras deixam a porta de casa aberta, convidando as almas de seus entes queridos. É comum também que se distribua “pan de muerto” – um pão doce coberto de açúcar – nas ruas.

Em Papantla, os três dias que correspondem ao Tiempo de Muertos foram comemorados com muita música, apresentações de dança e peças de teatro. Já na Cidade do México, esculturas de caveiras mexicanas foram colocadas ao longo do Paseo de la Reforma, avenida pela qual também passou um grande desfile de Catrinas.

Dia de Muertos - Festa no México

Mais que um dia de culto à morte, a festa mexicana é uma forma de honrar o tempo que pessoas queridas passaram entre nós e de lembrarmos delas com alegria, porque para morrer é preciso existir. Como disse o escritor mexicano e prêmio Nobel de literatura Octavio Paz, “nosso culto à morte é um culto à vida”.

O post Não morremos até que nos esqueçam apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

Por que (quase sempre) vale mais a pena levar dólares e euros nas suas viagens

*Publicidade – Decifrar a matemática por trás das regras de câmbio e cotações de moedas é para dar um nó na cabeça de qualquer desentendido do assunto. Tem que converter, comparar as taxas dos diversos métodos de adquirir a moeda e observar a flutuação do mercado. Quando a quantidade de dinheiro adquirida é pequena, a diferença pode nem ser muito significativa, mas quando fazemos as contas na casa das centenas ou dos milhares, o valor que você perde com uma escolha pouco inteligente pode ser o equivalente a um jantar em um restaurante, hospedar-se em um hotel melhor e até mesmo o orçamento de um dia inteiro de viagem.

Desde que o IOF dos cartões de débito e travel cards se igualou aos dos cartões de crédito, a forma mais econômica de levar dinheiro é o tradicional cash, dinheiro vivo, bufunfa, efectivo. Essa forma, no entanto, tem óbvias desvantagens, e a segurança é a principal delas. Por isso, é recomendável sair do Brasil com uma quantia considerável de moeda estrangeira, sim, para ter dinheiro na mão nos primeiros momentos da viagem, para economizar nas taxas de saque no exterior e para o caso do seu cartão resolver não funcionar em algum momento. Mas lembre-se fazer um mix de métodos para não ficar na mão em nenhuma situação.

Quando é mais vantajoso levar a moeda local?

Quando a moeda usada no seu destino de viagem for uma moeda forte, quase sempre vale a pena viajar com a moeda local. Isso vale para os óbvios dólar e euro, e também para a libra, para os dólares canadenses e australianos. Explico: como são amplamente aceitas, o valor relativo dessas moedas costuma ser o mesmo em todos os lugares do mundo. A diferença entre o euro e o dólar aqui ou nos Estados Unidos será proporcionalmente a mesma, então não faz nenhum sentido levar uma moeda que não seja a local para esses lugares. Você apenas perderia com a dupla conversão.

Já nos destinos em que a moeda é fraca ou quando ela não é muito comercializada mundialmente (caso da coroa sueca, uma moeda que quase não tem saída no Brasil), vale mais a pena levar uma moeda forte (dólar ou euro) e fazer o câmbio apenas quando já estiver no país. Isso porque, por não terem muita saída, elas costumam ser vendidas com cotações até 15% piores aqui quando comparadas às casas de câmbio locais. Esse é o mesmo motivo pelo qual você não deve levar reais nessa situação (há exceções listadas aí abaixo): como nossa moeda não é muito vendida nesses países, as casas de câmbio que aceitam comprar o BRL acabam colocando o preço lá embaixo.

Para onde levar moeda local:

Estados Unidos

Zona do Euro

Inglaterra

Canadá

Austrália

Levar dólares ou euros: qual é o melhor?

Levar dólares ou euros

O dólar americano é sempre a escolha mais simples e segura. Isso não tem tanto a ver com tarifas, cotações e economias, mas com o fato dele ter se consagrado como moeda global, já que é a mais comercializada em todo o mundo. Isso garante que, até mesmo nas casas de câmbio dos lugares mais isolados, você conseguirá trocar seus dólares. E também que conseguirá pagar contas diretamente com eles. Embora o câmbio nessas situações costume ser bastante desvantajoso, essa possibilidade pode te livrar de algum perrengue.

Em algumas ocasiões, o euro pode ser mais vantajoso. Como as moedas fortes costumam manter sua relação de valor em qualquer parte do mundo, o euro se torna interessante se você já tiver uma quantia guardada de outras viagens ou se for viajar para a Europa. Caso seu roteiro inclua países que usam e que não usam a moeda, optar pelo euro simplifica a vida. E se seu destino for Cuba, também é uma boa ideia optar pela moeda. A taxa de conversão do dólar para o CUC (moeda local) é bem desvantajosa se comparada ao do dinheiro europeu.

Quando levar reais é mais vantajoso?

Vale a pena viajar com reais no bolso nos países em que nossa moeda tem bom mercado. Nesses casos, o preço pago pelo BRL será provavelmente mais justo, e você economiza ao evitar a dupla conversão. E quais são nossos países? Os destinos que recebem grande fluxo de turistas brasileiros, como alguns dos nossos vizinhos sul-americanos.

Vale a pena levar real: 

Chile

Argentina

Uruguai

Mas há um porém: essa regra só vale se você vai passar pelas capitais ou por cidades com muito fluxo de turistas brasileiros, como Bariloche, Punta del Este, Colonia del Sacramento e Valparaíso, e possa trocar o dinheiro aí. Caso você voe direto para outros lugares, como Patagônia, Atacama e Terra do Fogo, leve dólar.

Compre dólares ou euros aos poucos

A regra de ouro para aproveitar o câmbio continua valendo: compre moeda estrangeira aos poucos, ao longo do processo de planejamento da viagem. Não dá para prever qual será a curva do gráfico das cotações daqui a três meses. Por isso, o melhor mesmo é juntar o dinheiro da suas férias já em dólares ou euros, porque assim você pega uma média das cotações e não perde tanto caso, na última hora, o câmbio dê uma guinada estratosférica.

Pesquise antes de bater o martelo

Vale a pena lembrar também que, além de tudo isso que eu falei aqui, ainda existe a diferença de cotações entre as casas de câmbio. Já cheguei a achar dólar 10 centavos mais barato depois de perguntar em cinco casas diferentes. Por sorte, hoje existem ferramentas online que fazem essa busca por você.


Conheça a Cambio Store, buscador que facilita o processo de pesquisa e compra de moedas estrangeiras sem sair de casa

A Cambio Store é um site que tem a tecnologia para comparar a cotação de moeda estrangeira das principais corretoras de câmbio do Brasil e oferecer aos clientes três produtos: moeda em espécie, cartões pré-pagos e transferências internacionais.

A ferramenta permite que você simule a cotação do dólar, euro e outras moedas, e, através de um cadastro simples, realizar todo o processo de compra, tudo 100% online e com segurança. Você acompanha todas as fases do seu pedido por meio da plataforma digital, porque o sistema é automatizado com informações das corretoras parceiras.

O valor é entregue na sua casa e apenas para pessoas autorizadas por você. Isso evita extravios e aquela sensação desagradável de ter um cifrão pintado na testa quando andamos na rua com grandes quantias de dinheiro, não é mesmo? Clique aqui e conheça já os serviços da Cambio Store.

O post Por que (quase sempre) vale mais a pena levar dólares e euros nas suas viagens apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

Ksamil e as praias da Riviera Albanesa: guia de viagem

Para todo mundo que me pergunta como fazer uma viagem mais barata pelas praias da Grécia, minha resposta vai ser: vá para Albânia. Sim, talvez isso surpreenda quem não sabe que a Albânia tem algumas das praias mais bonitas do continente europeu e, por serem tão desconhecidas, também são muito baratas. Eu, desde 2015, quando vi fotos da Lili, do blog Catálogo de Viagens, se aventurando por Ksamil, não tirei da minha cabeça que precisava ir conhecer aquele lugar. Dois anos depois, lá fui eu.

ksamil riviera albanesa luiza

A Riviera Albanesa corresponde a uma faixa litorânea de mais ou menos 85 quilômetros, no sul do país, banhada pelo mar Jônico. Para você ter uma ideia, da Ilha de Corfu, na Grécia, para Sarande, na Albânia, são apenas 35km de ferry: eu via a ilha grega do meu hotel em Ksamil.

ksamil praia riviera albanesa

Saiba mais: O que fazer em Tirana, a capital da Albânia

As mil janelas e os milênios de história de Berat

É importante dizer que a Albânia é uma mistura de belas paisagens, pessoas extremamente simpáticas e uma estrutura que não é muito organizada. Ao mesmo tempo que você encontra restaurantes fofinhos e hotéis ótimos, também é comum ver vigas aparentes, construções sem reboco e estruturas desmoronadas. Para quem focar nas vistas incríveis, na cor da água e no preço para lá de camarada, é fácil tratar os buracos na estrada como meros detalhes. Mas se você tiver aquele perfil de viajante que gosta das coisas mais arrumadas e perfeitinhas, talvez essa não seja a viagem ideal.

Como tem pouca informação na internet em português sobre viagens pelas praias albanesas, vou compartilhar com vocês minha experiência de viagem sem carro e também todas as dicas que eu descobri ao longo desse processo.

Quais praias na Albania?

Apesar da costa ser mais extensa, é um consenso geral que as praias mais bonitas na Albânia vão de Dhermi a Ksamil.  Eu escolhi Ksamil como minha base por causa da influência das fotos que vi por aí, facilidade para conseguir encontrar um hotel barato na alta temporada e fato de ser uma cidade menor. A princípio, eu tinha pensado em fazer alguns bate-voltas entre as praias e outros passeios, mas como as minhas experiências com transporte público no alto verão não foram exatamente as melhores, acabei preferindo aproveitar o descanso da sombra e água fresca apenas em Ksamil mesmo.

butrint ruinas albania

Leia também: O estranho caso das vans na Albânia

Para quem quer conhecer um número maior de praias, eu recomendaria ficar dois ou três dias em Ksamil e depois mais dois ou três dias numa das praias do norte, como Himare ou Dhermi. Isso facilita o transporte tanto para quem está de carro, quanto para quem vai de ônibus/caronas.

Ksamil

Ksamil, onde fiquei, é uma vila, com diversas praias pequenininhas: algumas delas de pedra, outras de areia. Além disso, tem três ilhas bem na costa e para uma delas dá para ir nadando. A água tem uma cor de azul maravilhoso.

ksamil praia riviera albanesa

ksamil praia riviera albanesa

É possível facilmente caminhar entre as várias praias de Ksamil. A maioria delas, pelo menos no verão, fica cheia e boa parte da faixa de areia fica tomada por cadeiras e guarda-sóis dos quiosques, que são pagos. Mas você não é obrigado a pagar para aproveitar a praia, até porque, dependendo da hora que chegar na praia, estará tudo ocupado – mais uma vez, isso é no mês de agosto. Li vários relatos de praias desertas em junho ou setembro.

 ksamil praia riviera albanesa

Só pagamos no primeiro dia. Nos dias seguintes, encontramos um quiosque amigo que ficava na parte mais alta da praia. Não era na beira do mar, mas bastatava descer uma escadinha e já estávamos com o pé na água. No último dia, resolvemos ficar o dia todo na praia mesmo, deixamos nossas coisas num cantinho e ficamos nadando. Ninguém mexeu em nada – por precaução, os celulares ficaram no hotel.

A minha praia favorita foi a que fica logo em frente a ilhota mais próxima, não tem um nome específico. A cor da água ali é maravilhosa e, como o chão nessa praia é de areia, é menor incômodo no pé para nadar.

ksamil praia riviera albanesa

Além de ter nadado até a ilha mais próxima, também alugamos um caiaque todo transparente para um passeio. Na semana em que estivemos lá, por conta do vento e da maré, não era permitido remar até a ilha mais ao fundo, e barcos com motor e jetskis estavam proibidos.

Nos arredores de Ksamil, a cerca de 20 minutos de ônibus (que custa 30 lekes e você pode pegar em vários pontos na avenida principal da vila), ficam as ruínas romanas e bizantinas de Butrint, um complexo muito interessante, que é patrimônio da UNESCO.

butrint ruinas albania

Ali por perto também fica o Olho Azul (Syri Kalter), que é uma fonte de água que brota no fundo de um rio, com uma cor azul especial. Para ir de transporte público é preciso pegar um ônibus na direção de Girokaster, que te deixa no meio da rodovia, e caminhar por mais 3 km. Ou tentar pegar uma carona. Outra opção é pagar um táxi ou alugar um carro. Decidimos não ir por pura preguiça e porque no hotel nos contaram que estava muito cheio na época (agosto). Você pode ler a experiência da Liliana aqui.

Sarande

Sarande é a maior cidade da Riviera Albanesa, com 30 mil habitantes. Fica a uns 20 minutos de Ksamil, então os ônibus e ferrys saem e chegam lá. A cidade também tem praias e uma estrutura maior. Eu vi Sarande de passagem e aquele visual de prédios grandes amontoados e muita gente não era o descanso que eu queria, por isso não fui.

Himare

No caminho entre Sarande e Himare você encontra diversas praias. Algumas têm nome, outras ficam escondidas no mapa. As mais famosas são Lukove, Borsh, Porto Palermo e as praias de Himare e Livadhi.

Himare, que é a referência e uma boa base para explorar essa parte da Riviera Albanesa, é uma praia com muitas influências gregas, visto que os habitantes ali são descendentes do país e você encontrará cultura, comida e até pessoas falando grego.

himare praias na albania

Himare. Crédito: Shutterstock

Dhermi

O caminho entre Dhermi e Himare é curto: só 16 quilômetros. Mas é bem ali que a estrada se afasta um pouco da costa e que algumas das praias mais bonitas, segundo outros blogueiros, ficam.

dhermi albania praias

dhermi praias albania shutterstock

Dhermi, Albânia. Crédito: Shutterstock

Nesse caminho, então, você encontra Jale e Gjipe (tem aqui um relato no blog Próxima Parada), até finalmente chegar a Dhermi, que é considerada a praia mais chique, com hospedagens mais caras e turistas mais cheios da grana, ou seja, funciona para quem quer ter uma experiência mais luxuosa, mas pagando em preços albaneses mais em conta. Ao lado da praia de Dhermi fica outra mais calma, Drymares.

Quando ir

Para conhecer praias, o ideal é viajar no verão ou perto dele. Ou seja, mais ou menos de junho a setembro. Dependendo do ano, dá para contar de meados de maio até meados de outubro. Apesar de nos outros meses você encontrar praias vazias, em alguns casos quase desertas, na altíssima temporada, ou seja, mês de agosto, as praias estarão bem cheias.

ksamil praia riviera albanesa

No mais, a temperatura da água é uma delícia. Algo em torno dos 25 graus. Refrescante para o calor, mas nada gelada.

Como chegar e como se locomover

O transporte público na Albânia é bastante precário. Mas, ainda assim, alugar um carro não é obrigatório. É possível chegar na região das praias partindo de outras cidades albanesas, como Tirana ou Berat. Também é possível chegar lá em trajetos internacionais, como saindo de Ohrid. Porém, não é fácil achar a informação dos horários certinhos e preços na internet, na maioria dos casos. O jeito é se informar nas rodoviárias e perguntar para as pessoas.

Muitas vezes, o transporte é meio informal, feito com vans, que vão parando no caminho. Em outras, é possível pegar ônibus, mas que são em geral muito velhos. Enfim, dá visitar as praias de ônibus, há uma estrada única que liga Vlore a Sarande, a SH8, com uma vista linda e basta parar na estrada e descer até as praias. Mas é aquele tipo de viagem perrengue com boas recompensas.

ksamil riviera albanesa

Dito isso, também rola fazer trajetos de carona ou com táxi. Carona é super comum e mesmo eu não sendo adepta da modalidade, na manhã em que esperava o ônibus de Ksamil para Sarande, um carro, com um senhor, duas mulheres e vários sacos de mariscos, parou do nosso lado e ofereceu para nos levar. Apesar da desconfiança inicial, foi uma viagem bem divertida.

Por fim, sem dúvidas, o mais fácil é fazer os trajetos de carro. Se eu voltar para a Albânia, é como pretendo me locomover. Acontece que tem várias praias desertas, desconhecidas e inexploradas, que ficam fora das paragens de ônibus. Vi várias sugestões no blog gringo Heart my Backpack.

Onde ficar

Ficamos hospedados no adorável hotel Villa Nertili. É um hotel familiar, simples, mas muito agradável. Nosso quarto, no terceiro andar, tinha uma varanda de bom tamanho, com uma vista legal para o mar e o pôr do sol. Pagamos 35 euros por noite,  foi a diária mais cara da viagem. Mas contando que estávamos num quarto privativo com banheiro, na alta temporada, num lugar que estava bastante cheio, foi uma pechincha. Era uma pequena caminhada até a praia e havia três supermercados quase do lado do hotel.

por do sol em ksamil albania

Para quem busca outras opções de hospedagem em Ksamil, você pode conferir aqui.

As outras sugestões de base para quem quer explorar mais da costa albanesa seriam Himare, a cidade com vibes gregas e várias praias lindas nos arredores. Ou Dhermi, a praia mais chique, com estrutura mais organizada.

Quanto custa

Vou falar dos meus gastos na alta temporada. Ou seja, quase certamente, se você for em outra época, irá pagar menos. Em Ksamil encontramos as melhores comidas que provamos na Albânia – não tivemos muita sorte nas nossas escolhas nas outras cidades do país. Como expliquei, o hotel nos custou 17 euros. Além disso, gastamos cerca de 20 com comida por dia, incluindo o almoço quase sempre na beira da praia e o jantar, que variamos entre o restaurante do hotel Murati, com boas opções de frutos do mar em conta, e o 4 Valltaret, que servia variações do pita gyros (churrasco grego de porco) mais delicioso que já provei na vida.

ksamil riviera albanesa restaurante

Vista do restaurante do hotel Murati

Para sentar nas cadeiras na beira do mar a taxa era cerca de 800 lekes (5 euros), que pagamos apenas uma vez. Descobrimos um quiosque, que ficava numa parte mais alta da praia, com o atendente mais simpático do mundo. A comida ali era pizza, que eles recebiam na tele-entrega. Mas tinha cerveja gelada.

ksamil riviera albanesa beira da praia

Vista do nosso quiosque

No fim das contas, gastamos por volta de 40 euros por dia em Ksamil (5340 lekes), contando transporte para chegar lá, hospedagem, alimentação e cervejas. É cerca de 10 euros a mais do que a média gasta nas outras cidades albanesas.

O post Ksamil e as praias da Riviera Albanesa: guia de viagem apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

A Grande Pirâmide de Cholula e o povoado mágico

A maior pirâmide do mundo passou quatro séculos fingindo ser montanha. O disfarce era tão bom que Hernán Cortés, o espanhol que com seus exércitos conquistou os povos que viviam no México, não a notou – os conquistadores se limitaram a construir um templo católico em cima da pirâmide, digo, do monte. Foi em 1910, durante obras no local, que a Grande Pirâmide de Cholula foi redescoberta.

E bote grande nisso. São 66 metros de altura e 450 de comprimento, números que formam uma estrutura maior em volume do que a da Pirâmide de Gizé, no Egito. Mais: segundo a BBC, esse é o “maior monumento jamais construído em qualquer lugar, por qualquer civilização, até os dias de hoje“. A pirâmide começou a ser erguida 200 anos antes de Cristo, mas atingiu seu tamanho máximo perto do oitavo século d.C..

Quando os espanhóis chegaram ali, Cholula tinha cerca de 100 mil habitantes, que formavam o segundo maior centro urbano dessa parte do Novo Mundo, atrás apenas de Tenochtitlán, a capital dos astecas e que acabou se tornando a Cidade do México. Cholula tinha mais templos que dias do ano, garantem alguns pesquisadores: os conquistadores espanhóis estimaram que o número chegava em mais de 400!

piramide de Cholula

Parte escavada da pirâmide de Cholula

A chegada dos invasores trouxe o massacre. Era outubro de 1519, quando Hernán Cortés e seus homens foram recebidos em Cholula por moradores desarmados. Os espanhóis acusaram a cidade de conspiração – uma afirmação forjada e para justificar o ataque – e mataram, em três horas, milhares de pessoas. Templos foram destruídos, incluindo várias pirâmides que não se disfarçavam de montes, e a segunda cidade mais poderosa da região caiu, sem o luxo de ter uma chance de defesa. A mensagem era clara e apressou a queda dos astecas, concretizada dois anos depois, com a conquista de Tenochtitlán.

Cortés, que teria dito que Cholula era a mais bonita cidade fora da Espanha, ordenou sua reconstrução, com a transformação de templos pré-colombianos em igrejas católicas. Hoje, Cholula, que na realidade é formada por duas cidades gêmeas e conurbadas – San Andrés Cholula e San Pedro Cholula – guarda pelo menos quarenta grandes igrejas, além de uma centena de capelas menores.

Cada um dos 18 bairros das duas Cholulas tem seu santo padroeiro. Museus, ruas de casinhas coloridas, casarões e prédios coloniais completam a lista de atrações de uma região que está a apenas 120 quilômetros da Cidade do México e a menos de 10 de Puebla. Juntas, as duas Cholulas tem o título de Pueblo Mágico do México, nome dado para um conjunto de cidades especiais e que recebem proteção e destaque maior pela Secretaria de Turismo.

vulcão de cholula

Cholula, com vulcão ao fundo, vistos a partir da pirâmide

A pouca distância torna Cholula um típico destino de bate-volta, seja a partir da Cidade do México, numa viagem que inclui também uma rápida passagem por Puebla, ou seja usando Puebla como base para conhecer Cholula em uma manhã. Foi isso que eu fiz: passamos um dia em Puebla, dormimos na cidade e acordamos cedo no dia seguinte para conhecer Cholula. Após o passeio, retornamos para a Cidade do México.

Por mais que dê para conhecer o básico de Cholula nesse tempo, estou convencido de que o ideal é passar pelo menos duas noites na região, metade do tempo em Puebla e a outra parte em Cholula, que é sede da Universidad de las Américas. Os estudantes fazem com que uma cidade habitada há séculos tenha ambiente jovem e vida noturna animadíssima, a ponto de atrair moradores de Puebla. Quem visita Cholula no esquema bate-volta vai embora quando os bares começam a abrir.

Veja também: Puebla, casarões coloniais e o melhor da comida mexicana

Onde ficar em Puebla e Cholula, México

Comida mexicana: pratos típicos do país

O que fazer em Cholula

A Grande Pirâmide de Cholula também é chamada de Tlachihualteptl, palavra do povo cholulteca que quer dizer “montanha feita pelos homens”. No alto dela está, há quatrocentos anos, a Igreja de Nuestra Señora de los Remedios, padroeira de Cholula.

Pirâmide, igreja e vulcão, o Popocatepetl, formam um dos cartões-postais mais conhecidos do México, a principal imagem usada pelo governo para divulgar essa parte do país. Como a estrutura da pirâmide ainda se parece um morro e nunca foi totalmente escavada, já que a igreja em seu topo impede isso, muitos turistas chegam ao local sem saber de seu grandioso passado pré-colombiano.

onde ficar em Cholula

Santuário, que está no topo da pirâmide (Foto: Cristobal Garciaferro, Shutterstock)

Os dois passeios imperdíveis envolvem o cartão-postal mais importante de Cholula e podem ser feitos em poucas horas. Primeiro, suba a escadaria até a Igreja de Nuestra Señora de los Remedios. A vista da cidade e dos arredores compensa o esforço – em dias de céu limpo você irá avistar a cidade cercada por quatro vulcões, o Popocatepetl, o Iztaccíhuatl, o Malinche e o Pico de Orizaba. A cidade, com suas casinhas coloridas e vários templos, é outro atrativo da vista. A entrada é gratuita.

cholula méxico

A Igreja de Nuestra Señora de los Remedios já foi destruída algumas vezes, por terremotos e raios. O tremor de 2017 derrubou as torres do templo, como mostra um vídeo-selfie bizarro feito por um turista que estava no local no momento do terremoto.

Quando se cansar da vista, desça as escadarias e busque pela entrada da Pirâmide. Você passará por um túnel longo e escuro até chegar ao sítio arqueológico, que foi escavado a partir do começo do século 20. A entrada custa 70 pesos e o local está aberto todos os dias, das 9h às 18h. Por ano, Igreja e Pirâmide recebem pelo menos 220 mil visitantes. O mês mais concorrido é setembro, quando ocorre a festa de Nossa Senhora dos Remédios.

o que fazer em Cholula

Depois, é hora de caminhar pela cidade de casinhas coloridas. Siga pela Avenida Morelos até a Plaza de la Concordia, o Zócalo de Cholula. Ali estão 46 pórticos, construídos a partir de 1573, além da Paróquia de São Pedro.

onde ficar em Cholula, México

Basta seguir pela mesma rua para encontrar o Mercado Municipal, um dos mais interessantes que conheci no México. Se passar por ali, prove a tortilla de cor azul que leva óxido de cálcio, a cal, utilizada na pintura de casas e na produção de argamassa.

A Iglesia de Santa Maria Tonanzintla, o Templo San Francisco Acatepec, o Ex-Convento de San Gabriel, construído no local onde antes ficava o Templo de Quetzalcoatl, o principal da cidade, são outras atrações. Depois de caminhar sem rumo, procure um bar com terraço, peça uma bebida e veja o dia acabar, colorindo de laranja os muitos templos da cidade.

cholula pontos turísticos

Como chegar e dicas de hospedagem

Chegar em Cholula a partir de Puebla é fácil e dá para ir de ônibus urbano, com passagens por seis pesos (menos de R$ 2). Várias linhas fazem o trajeto. Pergunte na recepção do hotel qual a melhor opção para você.

cholula, México

Outra alternativa é um trem turístico ligando as duas cidades e que faz o trajeto em 40 minutos. O embarque em Puebla é no Terminal Ferroviário (11 Norte y Esq. 18 Poniente), enquanto em Cholula a estação está aos pés do Santuario de Nuestra Señora de los Remédios. São três ou quatro saídas por dia em cada direção e a passagem custa 60 pesos (cerca de R$ 12). Por fim, dá para ir e voltar de Uber ou Cabify. A corrida custa em torno de 100 pesos (R$ 20). É o método mais prático, principalmente para quem viaja em grupos ou tem pouco tempo disponível.

Se resolver passar uma noite em Cholula, fique próximo ao Santuario de Nuestra Señora de los Remedios. Por ali, duas boas opções são o Estrella de Belem e o Xoxula by Inmense.

O post A Grande Pirâmide de Cholula e o povoado mágico apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

4 roteiros de viagem pela Espanha

A Espanha é imensa. O país tem cultura apaixonante, povo receptivo e gastronomia para gourmet nenhum botar defeito. Dá para passar semanas descobrindo as nuances culturais de todas as suas regiões. Mas a gente sabe que, a menos que você more no país, ter esse tempo para conhecer tudo com calma é quase impossível. Por isso, preparamos alguns roteiros de viagem pela Espanha que mostram um pouquinho do que o país tem a oferecer, com durações diversas e para todos os tipos de viajantes.

Roteiro de 12 dias: O basicão da Espanha

Você já deve ter percebido que é impossível ter uma visão geral da Espanha em poucos dias. Em uma primeira viagem, no entanto, há alguns itens que a maior parte dos turistas quer riscar da lista. Os museus da capital, a agitação de Barcelona, as tapas, o flamenco e os vestidos vermelhos que representam o país no exterior, mas que na verdade são tradições da Andaluzia.

O que fazer em Granda: Mirador San Nicolau

Comece por Madrid e fique por ali três ou quatro dias. Depois, vá de trem rápido (AVE) para Granada. Os bilhetes, se comprados com antecedência, custam a partir de 37 euros e a viagem dura cerca de cinco horas. Fique ali dois dias antes de seguir, de trem ou ônibus, para Sevilha. De Sevilha, voe para Barcelona, onde você deverá passar os últimos quatro dias do roteiro. As low costs RyanAir e Vueling fazem o trecho em 1h30. Você também pode ir de trem, em outra viagem de cinco horas.

Leia também: 11 lugares incríveis para conhecer na Espanha

Roteiro de uma semana na Espanha: os bate-voltas a partir de Madrid

Madrid é uma das principais portas de entrada dos brasileiros na Europa, com voos que saem de diversas cidades do país e, geralmente, com preços convidativos quando comparados a outros aeroportos. Se esse for seu caso ou se você escolheu visitar a capital espanhola por outros motivos, não vai se arrepender. A cidade possui uma linda arquitetura e uma vida vibrante, cheia de pessoas nas ruas, parques e restaurantes, além de diversos museus de renome internacional.

Use a cidade como base para explorar a região. Existem tantas opções de viagem bate-volta compatíveis com uma visita a Madrid que, se tempo for um problema para você, vai ser até difícil escolher. Isso graças à excelente oferta de trens rápidos (AVEs) saindo da cidade (confira nossas dicas viagem para Madrid), que permitem chegar a lugares nem tão próximos assim em pouco tempo. Três dias são suficientes para conhecer todas as principais atrações na capital. O que sobra depois disso, aí você escolhe como gastar. Aqui estão três das opções mais comuns:

Toledo

Toledo é o bate-volta mais tradicional saindo de Madrid. A cidade medieval fica a apenas meia hora em AVE, que também saem de Atocha e deixam na estação de Toledo, que fica do lado de fora da cidade murada. De lá, será preciso pegar ainda um ônibus que te deixará dentro da parte medieval. Não se esqueça de comprar a passagem de volta antes de sair da estação.

Construída pelos romanos em 192 a.C, às margens do rio Tejo – sim, o mesmo de Lisboa -, Toledo é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e tem em suas ruelas cheias de história sua principal atração. Sua Catedral é o edifício mais proeminente, mas também há destaque para as ruínas da Mesquita do Cristo da Luz, uma construção que marca a grande mescla das culturas cristã, muçulmana e judia, que conviveram em paz na região por séculos.

Ávila

Ávila é uma das cidades medievais mais bem preservadas da Espanha. A bela muralha é apenas uma de suas principais atrações, que incluem igrejas, palácios e praças, algumas delas de arquitetura renascentista. Os trens para Ávila saem da estação Chamartín e levam 1h30 até o destino. No fim do dia, você pode voltar para Madrid ou seguir para Salamanca, que está a 1h30 dali.

Córdoba

Mesquita de Córdoba, Espanha

Córdoba é um dos bate-voltas saindo de Madri que só são possíveis graças aos trens rápidos. A cidade está a quase 400 km da capital mas, graças ao AVE, o trajeto é feito em apenas 1h45, saindo da estação Atocha. Se você tem pouco tempo na Espanha, essa é a melhor forma de ter um gostinho de sua região mais emblemática, a Andaluzia. Caso tenha mais tempo, você pode conjugar esse roteiro com o próximo e seguir explorando a região.

Com um dia, você poderá conhecer a famosa mesquita-catedral, a construção muçulmana mais importante do ocidente, e dar uma volta pelos bairros históricos da cidade, como a judiaria, e almoçar em um dos vários restaurantes que oferecem show de Flamenco de cortesia para os clientes. Caso você tenha mais tempo, durma na cidade e siga para Sevilha no dia seguinte. Veja aqui nossas dicas de o que fazer em Córdoba.

Roteiro de 14 dias: Mergulhando na Andaluzia

Esse roteiro pode ser feito em duas semanas, se unido ao roteiro anterior, ou em sete dias, se você quiser se concentrar apenas na Andaluzia. Comece por Córdoba e por ali fique dois dias, o suficiente para conhecer as mesquitas e as outras atrações principais da cidade. Depois, siga para Sevilha, a capital da Andaluzia, que está a apenas 45 minutos dali. A forma mais barata de fazer o trajeto é usando os ônibus que saem regularmente da estação de Córdoba, mas também há trens que ligam as duas cidades. Sevilha tem a fama de ser uma das cidades mais bonitas da Espanha. Para conhecer bem suas atrações, reserve três dias.

O que fazer em Sevilha: Plaza España

O destino seguinte é Granada, onde visitaremos uma das maiores pérolas andaluzes, a Alhambra. O conjunto de palácios é uma fortaleza que inclui jardins, uma pequena vila e templos, construída pela dinastía muçulmana dos nasridas, no último período da ocupação árabe na Península Ibérica.

Embora muita gente vá a Granada apenas para ver a Alhambra, a cidade é um charme só e merece pelo menos uma noite.  Para chegar lá, 248 km entre uma cidade e outra, ou cerca de três horas de estrada, que podem ser feitos de trem ou ônibus, outra vez a alternativa mais barata. Se você tem mais dois dias, considere passar por Málaga para conhecer a vibrante vida noturna e universitária da cidade.

Vai ficar mais? Confira dicas com roteiros de viagem pela Andaluzia, que incluem também Cadiz e os Pueblos Blancos. Esse roteiro pode ser feito a partir de Barcelona.

Descobrindo a Catalunha em 10 dias

Se a Catalunha vai algum dia se tornar um país independente, eu não sei. Mas é fato que a região tem cultura, história e gastronomia próprias, além de paisagens naturais belíssimas para os amantes da vida ao ar livre. Para explorar a região, o melhor ponto de partida é sua capital, Barcelona. Passe quatro dias por lá, entre praias, vizinhanças históricas e a agitada vida boêmia e cultural da cidade.

Depois, siga para Girona, uma bonita vila medieval que já foi usada como cenário da série Game of Thrones. Em geral, dá pra ver Girona em um dia, mas você pode escolher ficar mais para fazer um bate-volta a Fígueres e Besalú, duas cidades fáceis de serem combinadas no mesmo passeio. De Fígueres você pode tomar um ônibus para Cadaqués, um romântico município à beira-mar que já inspirou diversos artistas, entre eles o próprio Picasso.

onde ficar em girona

Se você viajar no inverno, pode alugar um carro e trocar Cadaqués por Cerdanya, uma cidade no meio dos Pirineus catalães onde fica a pista de esqui La Molina. Além de desfrutar das belas paisagens montanhosas da região, o lugar ainda oferece diferentes atividades para quem quer curtir um pouco a neve. Saiba aqui como alugar um carro na Europa, com segurança e garantindo o melhor custo/benefício.

Leia também: 10 ideias de bate-volta a partir de Barcelona

Vai viajar? O Seguro de Viagem é obrigatório em dezenas de países da Europa e pode ser exigido na hora da imigração. Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o seguro com o melhor custo/benefício e garanta promoções.

O post 4 roteiros de viagem pela Espanha apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

O Tinder, a homossexualidade e a Tailândia

Detesto o Tinder e todos os aplicativos de pegação. Acho que eles objetificam, fulanizam, industrializam as relações humanas. E, porque não me levo a sério, volta e meia estou lá dando a cara a tapa. Aprendi a usar em viagens como ferramenta útil para conhecer gays locais — independentemente de como a noite termina. Na maioria das vezes é só um papo regado à cerveja favorita dele (que eu peço para que escolha) em um ambiente que ele goste. De quebra já conheço: a) uma pessoa b) uma bebida c) um lugar.

Poucos países me deixaram tão interessado em ter esse contatinho local quanto a Tailândia. O que sabemos aqui no Ocidente sobre os LGBTQI+ do Oriente? O máximo que eu conhecia eram as ladyboys, travestis ou transexuais tailandesas famosas pela perfeição das formas. Mas como a sociedade as vê?

Abri o app com essa dúvida, mirando nos orientais e me esquivando de tiros europeus, que têm uma artilharia pesada naquela região e um exército de homens prontos para a guerra. Com outros ocidentais. Era recorrente a mensagem “no asians” no perfil deles. Posso escrever uma coluna completa sobre o racismo estrutural contra asiáticos disfarçado de “não curto”.

Quando vi, estava parado na porta do hotel em Chiang Mai, no norte do país, esperando por um tailandês que me apanhou de carro. Ele era franzino e se movia de um jeito inseguro que denunciava seu nervosismo. Desviava o olhar quando percebia que eu o encarava, como se me devesse respeito. Perguntou para onde iríamos, e eu pedi que me levasse ao seu lugar favorito. Ele sugeriu um parque, eu aceitei com a condição de comprarmos umas cervejas para tomar. Engatou a primeira e pousou a mão sobre a minha coxa, testando os limites com códigos corporais universais. Removi e devolvi ao câmbio do carro. Acho que naquela hora ele sacou que não ia rolar, relaxou, e permitiu que a noite fosse realmente legal.

Sentados em dois balanços, bebendo e com o céu estrelado sobre nós, ele me contou que Thai significa livre na língua local, e por isso o país leva esse nome, já que nunca foi colonizado. Explicou por que a morte do Rei Adulyadej, que acontecera poucas semanas antes, havia impactado tanto a Tailândia.

viagens Tailândia

Wat Chedi Luang, Chiang Mai

E não entendeu quando eu perguntei sobre como era a vida dos LGBTQI+ por lá. “Normal”, desdenhou. “Somos completamente aceitos, não é uma questão, nada é proibido no budismo”, concluiu. “Mas seus pais, amigos…”, insisti. Deu de ombros. Apesar de relatos de preconceito pontuais que se encontra na internet, ele pareceu ter razão.

No dia seguinte, ainda intrigado, fui ao Monk Chat, ou “Conversa com os Monges”, no suntuoso templo Wat Chedi Luang, de 1441. Os monges circulam por ali com seus mantos de cor laranja intensa e se sentam debaixo das árvores com os visitantes para discutir sobre o que quiserem, sempre à luz do budismo. Pode ser um papo em grupo ou individual, uma experiência única. Não diga a um jornalista que ele pode perguntar o que quiser, porque ele vai perguntar mesmo. Fui direto ao ponto: “como o budismo encara a homossexualidade?” “Para nós, o que importa é que você seja uma boa pessoa com você e com quem te cerca”, foi o que ele se limitou a dizer sobre o tema. Sem tabus. Sem julgamentos. O Ocidente tem muito a aprender.

Imagens: Shutterstock.com

O post O Tinder, a homossexualidade e a Tailândia apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos

A alheira, os judeus e a Inquisição em Portugal

No século 16, Portugal vivia sob as duras regras da Inquisição. O poderoso tribunal religioso julgava, punia, censurava a população, confiscava seus bens e mandava gente para a fogueira. Dentre os hereges perseguidos, estavam os cristãos-novos. Esse era o nome dado para os judeus convertidos ao catolicismo. Eles eram observados de perto, para garantir que cumpriam a sua nova fé. É claro, existia um movimento de resistência.

No Norte de Portugal, num cantinho chamado Mirandela, uma vila na montanhosa região de Trás-os-Montes, os cristão-novos tentavam manter sua fé original escondida – era o que se chamava de criptojudaismo. Um revés para os criptojudaicos é que, na época, todas as casas costumavam ter pendurados no teto os famosos enchidos portugueses: linguiças, chouriços, morcela. O problema: judeus não comem porco. E, consequentemente, seria muito fácil para os informantes da inquisição identificar as famílias sem linguiças.

Reza a lenda que alguém em Mirandela teve a brilhante ideia de inventar uma linguiça enchida com pão, alho, azeite, gordura e carnes de caça ou frango. A tal linguiça diferenciada, pendurada no teto, era o disfarce perfeito para aqueles que não comiam porco. O nome dado para a iguaria: alheira, que ficou tão famosa que até saiu em matéria da BBC.

Leia também: Comidas portuguesas que você precisa provar

Comidas portuguesas alheira

Alheira. Foto: Shutterstock

A história dos judeus e judiarias em Portugal

Já existiam judeus em Portugal muito antes da suposta criação da alheira. Desde a época do Império Romano, para ser mais exata. Porém, foi nos séculos 12 e 13, para povoar o país recentemente formado, que o número começou a crescer. As regiões próximas à fronteira com o Reino de Castela, como Trás-os-Montes, no norte; e as Beiras Interiores, nos arredores da Serra da Estrela; concentravam muitas comunidades.

Os judeus, inclusive, estabeleciam suas áreas específicas de habitação, as judiarias. Eram espaços administrativos e religiosamente autônomos, de acordo com o historiador Fernando Rosas, que fez um documentário sobre o tema para o canal português RTP. Chegaram a existir mais de cem espalhadas pelo território, inclusive três em Lisboa. Os reis de Portugal, apesar de pressões papais, promoviam uma política de tolerância, exatamente porque os judeus eram uma força produtiva e colonizadora, trabalhavam como artesãos, alfaiates, marceneiros, comerciantes. E, ao mesmo tempo, Rosas afirma, aqueles judeus que eram mais ricos e cultos moravam nas grandes cidades, atuavam com excelência como gestores financeiros, grandes mercadores, cientistas, médicos e astrônomos, entre outras funções. Eles foram imprescindíveis para que os reis da primeira dinastia portuguesa tivessem sucesso, eram seus conselheiros e investidores.

belmonte serra da estrela judiarias

Hoje em Portugal há uma Rede de Judiarias espalhada pelo país

Mesmo assim, cedendo a pressões, em 1465, no reinado de D. Afonso V, as judiarias foram guetizadas. Segundo o decreto real, explica o historiador, elas deveriam ficar num espaço limitado das cidades, protegido por muros e portões, que eram abertos no nascer do dia e fechados no final. Regras como proibição de judeus em cargos públicos ou obrigatoriedade de usar peças de vestuário que os identificassem também surgiram ao longo desses anos.

Porém, a vida dos judeus na península ibérica sofreu um verdadeiro golpe quando os reis católicos, D. Isabel e D. Fernando, em 1492, obrigaram os judeus de Castela e Aragão a escolher entre converterem-se ao cristianismo ou serem expulsos da Espanha. Essa era a época das Grandes Navegações e os judeus exerciam em Portugal um papel importante nos descobrimentos, colaborando com a abertura de novas rotas marítimas e comerciais. Esse foi o motivo principal, segundo Rosas, para que D. João II, rei de Portugal, permitisse a entrada dos refugiados em território português. O número superou 120 mil pessoas, segundo o site oficial da Rede de Judiarias. Alguns foram para ficar e outros utilizaram Portugal como local de passagem.

A entrada, porém, não era de graça. Um artigo no jornal português Observador explica que os judeus espanhóis precisavam pagar uma taxa em troca do salvo-conduto de oito meses. Profissionais de áreas úteis para economia portuguesa, como ferreiros, carpinteiros, oleiros e tecelões, tinham desconto.

Além disso, D. João II prometeu navios para levar quem quisesse para outros cantos. Só não contou para os judeus que os tais outros cantos seriam colônias africanas hostis, como Tânger e a Arzila. Para piorar a situação, já no ano seguinte, um decreto real ordenou que os filhos mais novos fossem retirados dos pais e enviados para São Tomé, uma colônia que precisava ser povoava. As crianças viraram, literalmente, comida de crocodilo. Quem sobreviveu morreu de fome.

judiaria e singagoga castelo de vide

Rua de antiga judiaria e sinagoga em Castelo de Vide, Alentejo

Dois anos depois, o rei morreu e quem subiu ao trono foi seu primo e cunhado, D. Manuel I. Após um ano de reinado, desejando estreitar suas relações com Castela, propôs casar-se com D. Isabel, que era filha mais velha dos reis católicos espanhóis. A condição determinada para o casamento foi: expulse os judeus.

Em novembro de 1496, o casamento aconteceu. E, já no mês seguinte, veio a ordem de expulsão do povo, que teria que sair do país até o próximo ano. As judiarias deixam de existir a partir daí. Mas, D. Manuel I também sabia da importância do povo judeu, suas riquezas e conhecimentos, para o reino.

O decreto real definia que os judeus seriam mortos e teriam bens confiscados caso permanecessem em Portugal, mas o Rei acabou voltando atrás e disse que quem se convertesse poderia permanecer no país. Assim surgiram os cristão-novos portugueses. D. Manuel obrigou que os judeus menores de 14 anos fossem entregues a famílias cristãs. E restringiu os números de portos de embarque para quem quisesse sair, obrigando a concentração em Lisboa.

praça do rossio lisboa

O motivo? Quando cerca de 20 mil pessoas estavam reunidas no Palácio dos Estaus, em Lisboa, local onde hoje fica o Teatro Nacional D. Maria II, na praça do Rossio (foto acima), muitos foram forçados a se converterem, sendo batizados contra a vontade. Nessa confusão, vários fugiram e se suicidaram.

Aqueles que ficaram e não foram batizados tornaram-se escravos do Rei, mas uniram-se com uma proposta para a coroa: aceitariam a “nova fé”, mas queriam a restituição de seus filhos e a garantia de que suas práticas religiosas não seriam questionadas por 20 anos. D. Manuel I aceitou as propostas e foi assim que surgiu o criptojudaismo, que era a prática clandestina da religião.

Um dos melhores exemplos de criptojudaismo ocorreu em Belmonte, uma vila no pé da Serra da Estrela, onde nasceu Pedro Álvares Cabral. Ali viveu a comunidade de judeus mais antiga da Península Ibérica, que conseguiu preservar seus ritos, orações e relações sociais por 400 anos. Como? Veja bem, os cristãos-novos de Belmonte continuaram a se casar entre si e conservavam as tradições completamente escondidas. A mãe passava para os filhos os ensinamentos, enquanto mantinham uma fachada de “normalidade cristã”.

Leia também: A aldeia história de Belmonte, terra de Cabral

belmonte serra da estrela sinagoga

Sinagoga em Belmonte

Ao mesmo tempo, vários judeus – com toda razão – duvidaram da palavra do Rei. Parte da comunidade resolveu juntar suas trouxas e sair do país, entre eles os mais ricos. Claro que o Rei não gostou nada disso e, em 1499, publicou leis para tentar impedir a fuga de fortunas: o negócio entre judeus estava proibido, o casamento entre cristão-novos também não seria permitido e eles não podiam sair do país sem a autorização régia, sob pena de confisco dos bens.

Essa tentativa de integração forçada obviamente não funcionou. Segundo a historiadora, Maria José Ferro Tavares, a maioria cristã, a essa altura, já tinha um forte sentimento anti-judaico. E, ao mesmo tempo, os cristãos-novos, mesmo sendo uma minoria, estavam entre os mais ricos do país. Após a conversão, os donos de grandes fortunas passaram a ter acesso, antes proibido, à nobreza, à administração e às universidades.

Os massacres em Lisboa e a Inquisição em Portugal

Até então, porém, os grandes atos de violência contra a população judia vinham da corte. Isso mudou na Páscoa de 1506. Era um período em que a peste assolava Lisboa. Uma confusão na comemoração de um milagre na Igreja de Santo Domingos levou um cristão-novo a ser arrastado e assassinado por uma multidão, que em seguida também matou o irmão da vítima numa fogueira. No meio da confusão, dois frades dominicanos começaram a discursar contra a comunidade judaica, incitando a população lisboeta a agir. Então, começou um massacre. Durante três dias, o povo, atiçado pela pregação dos padres, matou, estuprou e jogou na fogueira milhares de pessoas, arrastando-as de suas casas. Cerca de duas mil pessoas morreram no massacre.

memorial judeus lisboa

Memorial no Largo de São Domingos, em Lisboa. Crédito: Shutterstock

Apesar de terem havido punições aos culpados pelo massacre, infelizmente, não demorou muito para que mandar judeus para a fogueira viesse a ser uma decisão real institucionalizada. Em 1536, já no reinado de D. João III, foi instituído o Tribunal da Santa Inquisição em Portugal.

Durante os 225 anos seguintes, os inquisidores espalharam seus poderes por Portugal e vários judeus fugiram para o Brasil. A historiadora brasileira Anita Novinsky, que escreveu o livro “Os judeus que construíram o Brasil”, afirma, numa entrevista ao jornal O Globo, que a inquisição era um órgão político que se revestia do pretexto religioso. A instituição não tinha outra fronte de renda que não fosse o confisco de bens. Porém, ao mesmo tempo que eles acumulavam as riquezas dos homens e mulheres que iam para a fogueira, Portugal foi entrando em decadência, visto que a leitura e os estudos científicos foram proibidos.

A Inquisição Portuguesa só perdeu forças na época do Marquês de Pombal, explica Fernando Rosas, no documentário Os judeus e a inquisição em Portugal. Ciente da importância econômica dos judeus para o país e nada feliz com a força da igreja no governo, ele conseguiu convencer o Rei a proibir o confisco de bens por parte da inquisição e barrar leis que pregavam a discriminação dos cristãos-novos.

A comunidade criptojudaica de Belmonte foi reconhecida internacionalmente em 1989. Uma sinagoga foi inaugurada na vila nos anos 90. Nos anos 2000 foram abertos um cemitério judaico e o Museu Judaico, que conta a história de como eles sobreviveram.

belmonte serra da estrela museu judaico

Museu Judaico em Belmonte

No Largo de Santo Domingos, em Lisboa, há um monumento em homenagem às vitimas do massacre. Além disso, em 2013, o congresso em Portugal aprovou uma lei que permite que judeus descendentes daqueles que foram expulsos do país séculos atrás pudessem se naturalizar portugueses. Foi o segundo país do mundo a aprovar tal lei, até então existente apenas em Israel. Claro, poderosas razões econômicas motivaram a decisão.

Alheira, uma das maravilhas de Portugal

Também foi em 2013 que a Alheira de Mirandela foi certificada oficialmente pela União Europeia com a Indicação Geográfica Protegida (IGP). O selo protege os produtores locais: Só pode ser chamada de Alheira de Mirandela aquela feita nesse local, seguindo os métodos tradicionais de produção.

enchidos e alheira portugal

A alheira (amarelada) e os demais enchidos portugueses

Na verdade, há quem diga que os judeus já produziam seu próprio tipo de embutido muito antes da Inquisição. Ou que a cor da alheira, tão diferente das linguiças de porco, chamaria a atenção de informantes na mesma.

Independente disso, a moda pegou. Além da certificação europeia, a alheira é comum em mesas portuguesas e é considerada uma das 7 Maravilhas Gastronômicas de Portugal. O único revés é que muitos judeus já não podem mais comer a iguaria. É que a alheira mudou de lá para cá e, hoje em dia, o porco faz parte da receita.

O post A alheira, os judeus e a Inquisição em Portugal apareceu primeiro em 360meridianos.


Por: 360meridianos