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E aí, tudo bem com vocês? Sei que devem estar pensando: Gente último dia de agosto e a Nique já pensando no Dia das Crianças? Pois é, na verdade não foi eu, a culpa é da minha caixa de email que sempre tem essas fofuras que não resisto, adoro e preciso compartilhar aqui. Unindo o…
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Por: Mãe ao ³

A história das tatuagens e seus significados

O Ötzi é a prova morta de que tatuagem não é coisa só para gente jovem e moderninha. Com não uma, nem duas, mas 61 tattoos espalhadas pelo corpo, ele se tornou famoso na década de 1990, quando foi encontrado nos Alpes, após um sono gelado de 5300 anos. Seria só mais uma múmia localizada no norte da Itália, não fossem as dezenas de marcas espalhadas (e ainda visíveis) pelo corpo do homem: Ötzi é o ser humano tatuado mais antigo que se tem notícia.

Até mesmo pela quantidade de tatuagens, provas de que esse era um costume já comum quando Ötzi viveu, os pesquisadores acreditam que o recorde logo será quebrado – mais dia, menos dia, aparecem tatuagens mais antigas por aí. Além dele, múmias tatuadas já foram encontradas em diversos lugares do planeta, dos Andes à Asia.

O que é curioso, já que as tatuagens chegaram ao século 20 com polêmica – aposto que seus avós não veem o costume com bons olhos -, mas se popularizaram com as gerações X e Y. Em 2006, a Academia Americana de Dermatologia estimava que 36% dos jovens dos Estados Unidos tinham pelo menos uma tatuagem, enquanto um número parecido foi encontrado por pesquisas feitas na Grã-Bretanha. No Brasil, a única pesquisa feita sobre o assunto é da Revista Superinteressante, que revelou que quase metade dos tatuados brasileiros tem até 25 anos.

história da tatuagem

Foto: Ivan River, Shutterstock

A história das tatuagens

Por falar nela, a terra da Rainha tem papel importante na história da tatuagem. Quem garante isso é Julio César, ele mesmo, o romano. Ele invadiu a ilha em 55 a.C., durante as chamadas Guerras da Gália. E escreveu: “todos os britânicos marcam a si mesmos com pastel (uma planta usada para fazer corante), o que produz uma coloração azul que torna terrível o momento em que eles surgem no campo de batalha”. Costume que gerou até o nome atual da ilha. Segundo etimologistas, Bretanha vem de “Pretannia”, uma palavra celta que significa “aqueles que são pintados” ou o “povo tatuado”. Sim, a tatuagem era o símbolo de um povo, o que amedrontava césares e faz da Rainha Elizabeth II a monarca da galera tatuada.

O costume perdeu força – e chegou até a ser mal visto – quando o cristianismo se tornou a religião do Império Romano. É que a Bíblia condena a prática no livro de Levítico, que orientou os hebreus a “não fazerem cortes em seus corpos e nem tatuagens”. Hoje, muitas religiões cristãs entendem que essa proibição se restringe aos judeus, para quem o Antigo Testamento teria sido escrito, mas mesmo assim tatuagens ainda não são um consenso em ambientes religiosos do cristianismo. Apesar disso, a tatuagem nunca sumiu da Europa, em especial entre marinheiros, comerciantes, peregrinos e expatriados – ou seja, viajantes em geral.

Veja também: Como fazer uma tatuagem: dicas e sugestões

25 ideias de tatuagem para quem ama viajar

A tatuagem voltou com força total a partir das Grandes Navegações, principalmente com marinheiros. Foi nessa época que a palavra tattoo apareceu pela primeira vez, escrita por Joseph Banks, um naturalista que participou das expedições do lendário navegador James Cook, para o Taiti e a Polinésia. “Os dois sexos pintam seus corpos, tattow, como eles falam no idioma deles. Isso é feito por incrustar a cor preta por debaixo da pele, de forma que seja permanente”, ele escreveu, acrescentando que era uma “operação dolorosa e feita uma vez na vida”.

Segundo uma reportagem do site History Today, no final do século 19 quase 90% dos marinheiros do Reino Unido tinham pelo menos uma tatuagem. Marcar o corpo era quase que trazer um suvenir de viagens por terras distantes. Foram esses marinheiros que, ao se aposentarem, abriram os primeiros estúdios de tatuagem no Reino Unido, no começo apenas em regiões portuárias.

Mas logo as tatuagens viraram modinha Londres. E envolvendo um grupo com fama de careta: a nobreza. Quem começou o movimento foi o Rei Edward VII, que voltou de Jerusalém com uma cruz tatuada no braço. Os filhos dele seguiram o exemplo e também resolveram fazer a primeira tatuagem enquanto estavam na estrada. Foi assim que o futuro rei George V, o avô da Elizabeth II, ganhou o desenho de um dragão no braço, durante uma viagem pelo Japão.

O Rei da Dinamarca, Frederico IX, gostou tanto que encomendou um desenho parecido, assim como o czar Nicolau II, último monarca da Rússia – o Japão do século 19 virou expert em fazer tatuagens de dragão em reis e imperadores. Da nobreza para gente comum foi um pulo, e logo as tatuagens começaram a se popularizar, deixando de estarem restritas a certos grupos.

tatuagem monarquia

Frederico IX da Dinamarca

Mas vamos falar do oriente, porque esse assunto também rende por lá. Há registros de tatuagens no Japão há pelo menos dois mil anos, mas o costume foi estigmatizado no país mais ou menos na mesma época em que era exportado para monarcas mundo afora. É que ter uma tattoo virou sinônimo de ser da yakuza, organização criminosa cujos membros têm muitas tatuagens pelo corpo. As tatuagens se tornaram ilegais no Japão no final do século 19, o que só mudou em 1948. Mesmo assim, o tema ainda é polêmico por lá e pessoas com tatuagens podem ser proibidas nos tradicionais banhos públicos, por exemplo.

Na Tailândia o problema é outro, e em geral é causado por turistas que aproveitam uma passagem pelo país para fazer tatuagens com imagens religiosas locais, como desenhos do Buda. “Turistas veem essas tatuagens como moda”, afirmou Niphit Intharasombat, ministro da cultura da Tailândia, ao anunciar uma varredura em estúdios de tatuagem do país que ofereciam essas imagens sagradas a estrangeiros. “Eles não pensam no respeito à religião ou não estão cientes de que esse tipo de tatuagem pode ser ofensivo”.

significado tatuagens

Foto: Alexey Volkov, Shutterstock.com

Os significados das tatuagens

Os significados por trás das tatuagens mudam conforme o local e a época. Entre os marinheiros dos séculos 18 e 19, desenhar uma tartaruga no corpo significava que a pessoa tinha cruzado o equador; uma âncora simbolizava que o marinheiro tinha navegado pelo Atlântico; enquanto andorinhas indicavam que o dono da tatuagem já tinha navegado mais de cinco mil milhas náuticas.

E tinha gente que era mais, digamos, prática na hora de escolher o desenho: “Alguns marinheiros tatuavam a imagem de Jesus nas costas, esperando que isso fizesse com que oficiais pegassem mais leve na hora das chibatadas, explica Aitken-Smith, autor do livro The Tattoo Dictionary.

Até entre presidiários, outro grupo em que as tatuagens são muito comuns, cada desenho simboliza algo – muitas vezes os crimes pelos quais a pessoa foi presa. Há um estudo brasileiro que indica que presidiários que se envolveram na morte de policiais tatuam imagens do Coringa, personagem do Batman. A tatuagem foi introduzida no mundo do crime como punição ou para marcar e identificar prisioneiros, mas acabou se tornando fonte de orgulho.

“Nenhum índio (mesmo eu tendo perguntado para centenas) me deu uma razão sequer para as tatuagens”, escreveu Joseph Banks, ao falar do costume dos povos do Taiti. E completou: “provavelmente é uma superstição ou algo do tipo. Nada mais poderia explicar um costume tão absurdo”. Primeiro homem europeu a analisar as tatuagens da polinésia e um dos responsáveis pela popularização do costume no Velho Continente, Joseph Banks simplesmente não entendia a tal da tattow. Mas isso não impediu que muitos de seus homens voltassem tatuados daquela viagem. Tá aí uma coisa que não mudou: no fundo, o que importa é o que a tatuagem representa para a pessoa, mesmo que não faça o menor sentido para os outros.

*Imagem destacada: shutterstock.com

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Por: 360meridianos

Apátridas: a vida dos excluídos sem cidadania

Irina nasceu na Suíça, em 1998. Filha de brasileiros que residiam no país, mas não tinham a cidadania, até o nove anos de idade ela não era oficialmente considerada cidadã de nenhum país. Isso porque, entre 1994 e 2007, vigorou no Brasil uma lei que dizia que era brasileiro quem nascia em território nacional. Como na maior parte dos países Europeus, a Suíça estabelece que a nacionalidade é passada pelo sangue, Irina caiu em um limbo legal. Até que o Brasil passasse a conceder cidadania automática a crianças nascidas no exterior que tenham pelo menos um progenitor brasileiro, Irina pertenceu a um grande grupo de pessoas espalhadas por todo o globo, mas que compartilham a invisibilidade causada pela ausência de vínculos legais entre elas e um Estado, os apátridas.

O artigo 15º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, estipula que todos os indivíduos têm direito a ter uma nacionalidade, mas isso está longe de ser realidade. Segundo dados do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, existem 5,8 milhões de apátridas no mundo, mas como há uma dificuldade em contar esses casos, pela ausência de registro dessas pessoas, o mesmo órgão estima que o número real está mais próximo dos 15 milhões.

Não ter um país para chamar de seu gera inúmeras barreiras na vida dos apátridas: além de não possuírem acesso a serviços de saúde e educação, direitos de propriedade, casamento legal e de deslocar-se livremente, eles ainda se tornam mais sucetíveis a receber um tratamento arbitrário por parte das autoridades, à marginalização na sociedade onde vivem e a crimes como o tráfico de pessoas. A ONU reconhece dois tipos de casos de apatridia: o de jure e o de facto. O primeiro, que pode ser definido como uma apatridia legal, é quando um indivíduo não é considerado um cidadão pelas leis de nenhum país. No entanto, em alguns casos a pessoa ou grupo possui uma nacionalidade formal, mas tem negados direitos usufruídos por todos os nacionais, como o de retornar a seu país e residir nele, como é o caso de alguns refugiados.

Apátridas

“Nós somos todos imigrantes, nossa casa é a Terra”

Caminhos para a Apatridia

Além do caso de Irina, em que as regras de concessão de cidadania dos países se tornam um empecilho para o reconhecimento da nacionalidade de algumas pessoas, existem outras razões que levam alguém a entrar em situação de apatridia. Conflitos e questões políticas que acabam causando a criação, conquista, divisão, descolonização ou libertação de um país, por exemplo, podem transformar em apátridas milhares de pessoas de uma só vez. Foi o que ocorreu durante a dissolução da União Soviética e da Federação Iugoslava, nos anos 1990, quando os novos países criados a partir desses eventos acabaram tirando de muitos o direito a uma cidadania.

Na URSS, era comum o deslocamento de pessoas para trabalho ou estudo entre os Estados membros. Quando Mikhail Gorbachev declarou o fim da URSS, cada país criou sua própria legislação. A Estônia, por exemplo, que tinha a população majoritariamente formada por pessoas etnicamente estoniana, criou 100 mil apátridas de origem russa que nasceram e cresceram no país durante o regime. Hoje com algo entre 30 e 40 anos, essas pessoas precisam se submeter a uma prova de estoniano para regulamentar a situação. Como eles passaram a juventude usando o russo como primeira língua, muitos deles não conseguem alcançar – ou se recusam – o nível de proficiência necessária.

Casos de fuga de países em guerra ou sob regimes totalitários também podem resultar em apatridia. Como durante a sangrenta ditadura do Khmer Vermelho, no Camboja, que matou cerca de dois milhões de pessoas. Milhares de outras fugiram para países próximos, como o Vietnã, mas perderam os direitos de cidadania em seu país. Sem conseguir a naturalização no país de destino, começar uma vida do zero se tornou um desafio ainda maior para elas.

Desde 2014, o Brasil oferece cidadania a pessoas que não tem nacionalidade, fazendo cumprir os termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas da ONU, do qual é um dos poucos signatários: apenas 65 países países assinaram a convenção e poucos a colocam em prática de fato. Nas Américas, 20 países assinaram, mas apenas México, Brasil e Uruguai incluem os apátridas nas suas legislações sobre imigração.

Maha Mamo foi uma das beneficiadas nesse processo. Filha de uma mão muçulmana e um pai cristão, ambos da Síria, ela e seus dois irmãos nasceram em Beirute, no Líbano, onde seus pais alugaram um apartamento de um quarto depois que tiveram que deixar o país de origem, já que a legislação síria não permitia a união entre pessoas de religião diferentes. Como eles tampouco tinham direito a nacionalidade libanesa, que é transmitida através do pai, eles cresceram como apátridas. Mahu chegou a perder uma bolsa de estudos no Canadá por não ter direito a um passaporte, mas nunca se deu por vencida. Ela e os irmãos começaram a escrever para as embaixadas de diversos países em Beirute, até que foi aceita pelo Brasil.

Eles chegaram ao país em 2014 e já contam com carteira de identidade, de trabalho e um passaporte especial que permite que ela viaje para fora do país – esse foi, inclusive, o primeiro documento que ela recebeu na vida -, mas inda está em processo de aquisição da cidadania, que, pela democracia, pode demorar 15 anos para sair. Hoje em dia, Maha mora em São Paulo e é embaixadora informal do programa “I Belong” do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Fotos: Shutterstock

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Por: 360meridianos

Aldeia da Luz, em Portugal, a vila que não se afogou

“O sertão vai virar mar, dá no coração, o medo de que algum dia o mar também vire sertão”. Não sei se vocês conhecem essa música do Sá e Guarabyra, mas era nela que eu pensava quando visitei a Aldeia da Luz, em Portugal. A música trata da barragem de Sobradinho, na Bahia. E a Aldeia da Luz viveu basicamente a mesma coisa. A grande questão é que, no caso da aldeia portuguesa, houve uma decisão peculiar sobre o destino dos habitantes

Em fevereiro de 2002, a barragem do Alqueva fechou as comportas, a água começou a encher um grande território no Alentejo, formando o maior reservatório artificial de água da Europa Ocidental. Com isso, a antiga Aldeia da Luz foi parar debaixo d’água. Desde 1981 havia uma discussão sobre o que fazer com aquelas pessoas. As hipóteses seriam indenizar os antigos habitantes, transferir todo mundo para uma vila nas proximidades ou construir uma nova aldeia. Essa última foi a alternativa escolhida.

aldeia da luz portugal

O único prédio que restou da antiga Aldeia da Luz

Então, de 1998 a 2002, foi construída uma nova aldeia, exatamente com a mesma estrutura da original, com a lógica ‘casa por casa, terra por terra’. O plano era manter as relações de vizinhança e a configuração urbana, mas com mudanças no estilo das ruas. Novas terras de cultivo seriam distribuídas para população, assim como foram construídas 212 casas, ruas, largos, estradas, lojas, bar, escola, centro de saúde, praça, mercado, jardim público e até mesmo cemitério. Isso mesmo, os túmulos e os mortos foram transferidos para a nova aldeia, não sem uma boa dose de polêmica e reclamações dos habitantes da Luz, população de maioria idosa.

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A nova Aldeia da Luz. Foto: Miguel Tavares Cardoso – CC BY-NC 2.0

O santuário de Nossa Senhora da Luz, uma igrejinha do século XV, foi reconstruído. E para contar toda essa história, um museu bem contemporâneo foi criado, o Museu da Luz. Uma mesma dupla de arquitetos, um português e uma francesa, foi contratada pela empresa responsável pela barragem para projetar o novo museu, o cemitério e a igreja.

aldeia da luz portugal

Foto: Miguel Tavares Cardoso – CC BY-NC 2.0

Da Aldeia da Luz antiga só sobrou mesmo o Monte dos Pássaros, uma casa tradicional que hoje pertence ao museu e fica bem perto da água da barragem. Aliás, uma das partes mais interessantes da visita à Aldeia da Luz foi ver a antiga estrada, que leva hoje diretamente para a barragem.

Outra informação muito interessante é que próximo à aldeia também ficavam as ruínas de um castelo romano. Não seria possível mudar o monumento de lugar, mas também seria um absurdo destruí-lo. A solução foi proteger o castelo com uma carapaça de sacos de areia e terra. E assim ele esta lá, escondido embaixo da água.

O resultado disso tudo, porém, não é tão feliz quanto os planos. Acontece que muitos dos moradores da Aldeia da Luz não gostaram da mudança. É que não tem planejamento urbano que resolva questões de familiaridade e afetividade. As reclamações, mais de dez anos depois das mudanças, são de que a aldeia se tornou uma aldeia-fantasma. Sem vida comunitária, sem alguns dos espaços que faziam a pequena comunidade florescer.

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Museu da Luz e a barragem. Foto: Divulgação

De fato, achei a aldeia bastante vazia durante a minha visita. Mas acredito que se você estiver indo visitar Monsaraz, vale a pena passar por ali, ver a aldeia e visitar o premiado museu, que conta toda essa história e ainda tem exposições temporárias sobre costumes e a vida local. O bilhete custa €2 – consulte os horários de entrada no site oficial.

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Por: 360meridianos

O Castelo de Chapultepec e a história do México

Aos 19 anos, Juan Escutia sabia que ia morrer. Último defensor do Castelo de Chapultepec, que era atacado por tropas dos Estados Unidos, o cadete do Colégio Militar da Cidade do México tinha entrado voluntariamente no conflito, junto com colegas de escola. Seis adolescentes acabaram sendo os últimos defensores do castelo. E foram mortos, um a um, pelas tropas estadunidenses.

Juan foi o último – e teria optado por encarar a morte de frente. Diz a lenda que o garoto pegou a bandeira mexicana, para evitar que ela caísse em mãos inimigas. Enrolado no símbolo máximo de seu país, ele se jogou do alto do castelo. Anos mais tarde, esse momento foi imortalizado no painel do pintor Gabriel Flores, que hoje decora o teto da construção. É difícil saber como as coisas realmente aconteceram, mas, para o panteão militar do país, Juan é um herói de guerra.

história do México

Juan e os cinco últimos defensores do castelo tinham entre 13 e 19 anos. Hoje, dão nomes de ruas em várias cidades do país, ganharam um feriado nacional (13 de setembro) e são homenageados com um monumento no Bosque de Chapultepec. Eles entraram para a história do México como os Niños Héroes.

E os seis adolescentes não são os únicos heróis mexicanos que morreram em Chapultepec. Além dos muitos soldados que perderam a vida ali, defendendo a fortaleza, hoje o país se lembra com carinho dos 30 do Batalhão de São Patrício. Eram imigrantes, em sua maioria europeus, que tinham abandonado o exército dos Estados Unidos e entrado na guerra ao lado dos mexicanos.

bosque de chapultepec

Monumentos dos Niños Héroes, no Bosque de Chapultepec 

Capturados em outra batalha, eles foram julgados e condenados à morte. Estavam na forca, montada no castelo, apenas aguardando a hora do fim. Que foi ordenada no momento exato em que a bandeira mexicana era substituída pela dos Estados Unidos. Foi a última imagem que eles viram.

Voltando no tempo: a história da guerra

Quando isso ocorreu, em 1847, o Castelo de Chapultepec era uma fortaleza a alguns quilômetros da Cidade do México. Construído por um Vice-Rei espanhol como casa de campo para a nobreza, o castelo virou sede do Colégio Militar depois da Independência do país. Essa era a função do prédio quando começou a guerra mexicano–americana, que durou dois anos e deixou dezenas de milhares de mortos. Por conta da posição estratégica, no alto de uma colina, o Castelo de Chapultepec era usado na defesa da Cidade do México e logo virou alvo das tropas dos Estados Unidos.

A Batalha de Chapultepec foi um dos últimos capítulos desse confronto e só foi possível porque os Estados Unidos fizeram o maior desembarque anfíbio até então, com o objetivo claro de capturar a Cidade do México. Guerra que foi um ponto definidor na história dos dois países: o México perdeu metade do seu território; os Estados Unidos ampliaram bastante o deles. Uma multa milionária foi paga pelos Estados Unidos ao México, por conta dos territórios perdidos. Foi assim que cidades como Los Angeles, San Francisco, San Diego e quase 25% do atual território dos EUA passaram a fazer parte do país.

Castelo de Chapultepec

Nomes importantes dessa guerra acabaram se tornando presidentes dos EUA, como o tenente Ulysses S. Grant e o general Zachary Taylor. E o hino dos fuzileiros navais dos Estados Unidos tem, até os dias de hoje, a frase de abertura como uma homenagem ao confronto vitorioso na Cidade do México (From the Halls of Montezuma).

Por fim, o confronto acabou apressando a Guerra Civil dos Estados Unidos. É que não havia escravidão nos territórios conquistados do México, ao contrário do que ocorria nos tradicionais estados sulistas do país. Essa diferença acabou levando a uma nova guerra e, anos depois, ao fim da escravidão.

museu de história do méxico

Interior do Castelo de Chapultepec, hoje Museu Nacional de História

Não foi, porém, o fim dos dias sangrentos para o Castelo de Chapultepec. Anos mais tarde e enquanto ainda se recuperava da guerra com os Estados Unidos, o México foi invadido por tropas francesas. Um príncipe austríaco, Maximiliano de Habsburgo, foi declarado Imperador do país, com o auxílio dos políticos conservadores locais e do Imperador da França.

Maximiliano I, que era primo do nosso Dom Pedro II, governou por três anos, até que o exército europeu deixou o país. Durante seu breve governo,  Maximiliano morava no Chapultepec. Ele mandou construir um grande boulevard, bem à moda parisiense, que levava do castelo até o centro da cidade. Essa via é hoje uma das mais importantes da Cidade do México: o Paseo de La Reforma.

O Castelo de Chapultepec ainda foi residência oficial de vários presidentes do México, incluindo Porfirio Díaz, até ser transformado no Museu Nacional de História, em 1939.

museu de história do México

Interior do Castelo de Chapultepec, hoje Museu Nacional de História

Visita ao Museu e o Bosque de Chapultepec

O tempo trouxe a Cidade do México para perto do Castelo de Chapultepec. Hoje, essa é uma das áreas mais valorizadas e bonitas da capital do país. Vale muito a pena visitar o castelo, agora convertido em museu, que funciona de terça a domingo, de 9h às 17h. A entrada custa 65 pesos. Além do acervo, impressiona a vista, uma das mais bonitas da cidade.

castelo de chapultepec

Gaste o resto do seu dia caminhando pelo Bosque de Chapultepec, uma das maiores áreas verdes urbanas da América Latina. Lagos, pistas de caminhada, zoológico, jardim botânico e muito verde dividem espaço com monumentos e outros museus, como o de Arte Moderna, o Museu Rufino Tamayo, que é de arte contemporânea, e, claro, o Museu Nacional de Antropologia, que é um passeio imperdível. Lá estão guardados vários artefatos pré-colombianos, entre eles a Pedra do Sol. A estação Auditório do Metrô (linha 7) te deixa praticamente na porta.

bosque de chapultepec

Veja também: Visita ao Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México

Onde ficar na Cidade do México: dicas de hotéis e bairros

Onde comer na Cidade do México: dicas de restaurantes

Na frente do Museu de Antropologia, que merece praticamente um dia inteiro de visita só pra ele, ocorrem diariamente apresentações dos Voadores de Papantla, um ritual de origem totonaca. Homens, vestidos com trajes típicos, pulam do alto de um tronco de 20 metros. Amarrados com cordas, eles “voam” sem medo.

Por fim, reserve um tempo para conhecer as feiras de comidas de rua, relaxar lendo um livro debaixo das árvores ou simplesmente ver o tempo passar. E lembre-se que muita coisa importante aconteceu por ali.

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Por: 360meridianos

Você já se perguntou como era mochilar há 15 anos?

A autora deste post é a Ana Luiza Ogg Strauss, que comanda o blog “Viagem com Crianças por Ases a Bordo“. Junto com seu marido, André Strauss, autor do blog “Viagem com Milhas“, criaram o canal no YouTube “Ases a Bordo” para incentivar famílias a viajarem com seus filhos.

Se você está aí, se ensaiando para cair na estrada, com mil e uma dúvidas se faz ou não seu mochilão, este post é especial para você. Vou te provar que mochilar hoje em dia é molezinha. 

Talvez eu seja 10 anos mais velha do que você, ou quem sabe 20. Cheguei aos quarenta, mas não me sinto nada “velha”, acho que ainda tenho muita estrada pela frente. Se a expectativa de vida das mulheres hoje é de 80 anos, estou na metade. E, olhando para trás, tenho muito orgulho da minha jornada até aqui.

Arrozal em Bali

Se eu pudesse entrar num DeLorean (ixi… talvez você nem saiba o que é um DeLorean), voltaria 15 anos. Marcaria 2002 no painel, o ano do meu primeiro mochilão. O ano em que tudo começou: Lá estava eu, morando na Austrália, fazendo um curso de Cinema e TV. Confesso que queria estar em Los Angeles ou Nova York, mas o dólar tinha subido (sim, não é de hoje que o dólar sobe de uma hora pra outra) e por isso minha rota mudou. Naquela época, a Austrália não estava na moda e meus pais ficaram de cabelo em pé, afinal, “era do outro lado do mundo!”.

Para pagar os estudos, o aluguel e as contas, eu trabalhava nos famosos subempregos. Fui cleaner, kitchen hand e delivery. Eu e meu marido, que naquela época era meu namorado, sempre passávamos por uma agência de viagens, que ficava no caminho do trabalho, mas nunca entrávamos. Nosso salário já tinha destino.

Até o dia em que vimos um cartaz na vitrine: “Round the World Tickets on sale“. Naquela altura eu já até dominava as gírias, então entramos para perguntar “What the heck is a “Round the World Ticket?” (sendo educados, claro!). Na parede, um mapa-múndi gigante, cheio de bolinhas marcando os destinos que os agentes conheciam, fez meus olhinhos brilharem. O agente, muito simpático, nos explicou tim tim por tim tim.

Foi quando descobri que, pelo mesmo preço de uma passagem Austrália – Brasil – Austrália, eu poderia dar uma volta no mundo. Sim, uma volta no mundo básica, além da chance de dar uma passadinha no Brasil e matar as saudades do guaraná, do churrasco, do doce de leite e da família. Voltamos para casa com a cabeça a mil! Já existia internet naquela época (êee… também não sou tão velha assim!), mas comprar passagem online não era nada comum. Você tinha que confiar no agente e rezar pra que ele fosse “smart enough” para encontrar a melhor passagem, pelo menor preço.

Com o nosso RTW ticket poderíamos fazer cinco paradas em quatro continentes diferentes. E, após longas horas sentados nos banquinhos duros da Students Flight, quebrando a cabeça com datas, destinos e rotas que funcionassem, finalmente chegamos a um itinerário: Brisbane (Austrália) –  Auckland (Nova Zelândia) – São Paulo (Brasil) – Londres (Inglaterra) – Singapura (Singapura) – Bali (Indonésia) – Sydney (Austrália)…. ufa! E ainda desbravaríamos a Europa de ônibus e trem, incluindo no roteiro: Paris (França), Amsterdam (Holanda), Roma e Veneza (Itália), Budapeste e Sopron (Hungria), Viena (Áustria), Madrid e Barcelona (Espanha) e Lisboa (Portugal).

Casal em Barcelona

Nossa aventura duraria quatro meses, de dezembro a março, matando um mês de aula. Sorry, mãe e pai, eu menti, mas foi para o bem de todos. Tudo muito lindo e mágico. Mas, espera aí. Isso aconteceu há 15 anos, não parece tanto. É verdade, mas se você pensar bem, temos um abismo tecnológico entre o que tínhamos disponível naquela época e o que temos hoje.

Você não tinha acesso a toda e qualquer informação em uma tela touch screen portátil que cabe dentro do seu bolso. Levamos um calhamaço de folhas impressas com informações, vouchers, endereços e mapas. Vários hostels não tinham nem endereço de email, nem mesmo do finado Hotmail.

Compramos três guias de viagem, que mais pareciam tijolos de tão pesados, para levar na mochila. Minha vontade era de jogá-los fora a cada etapa cumprida. Mas a certeza de que as informações contidas neles eram super valiosas me fez carregá-los até o destino final (sim, meu caro… blogs de viagem com relatos detalhadíssimos de pessoas descoladas, como este que você está lendo neste exato momento, era como água no deserto).

A mochila, deixamos para comprar no Brasil mesmo, mais baratinha, em real. Mas pensa você que existiam as milhares de opções que se tem hoje? Lojas online, que entregam em até cinco dias úteis, sem cobrar o frete? Sonho meu! Só encontramos duas lojas físicas, que vendiam praticamente os mesmos modelos de mochilas. 

Florença, Ponte Vecchio

Primeira etapa da viagem foi cumprida. Nova Zelândia foi espetacular, mesmo tendo que subir dois lances de escada com malas de rodinha no hostel. E o Brasil? Maravilhoso! Especialmente para quem estava homesick já há um ano fora da terrinha. Mas a aventura nos chamava e novamente tivemos uma despedida chorosa no aeroporto. Meus pais, que antes estavam de cabelo em pé com a Austrália, ficaram quase sem cabelo, afinal, estávamos partindo pelo mundo.

Tínhamos celular, mas o que pagaríamos de roaming era tão absurdo que ele ficou em casa. Comprávamos cartões telefônicos com limite de tempo. Você discava um número 0800 de um orelhão (tá bom, agora você deve estar se perguntando “o quê?”) e fornecia para uma telefonista um código que estava atrás do cartão.

Calling Card

Chegamos no velho mundo. Era muito diferente, queríamos tirar foto de tudo que víamos, mas isso também era complicado. A recém lançada câmera digital de 1 mega pixel era muito cara. Como tive aulas de fotografia no curso de cinema, levei a minha SRL Pentax linda e pesada para praticar.

Na mochila, negativos de 36 poses, ou fotos, para os menores de 30 anos. Sim, você tinha que pensar muito antes de tirar uma fotinha qualquer. Nem dava pra fazer de vários ângulos. Filtro, como rola hoje no Instagram, era aquele vidrinho colocado na frente da lente. Mas a pior parte era só ver que foto estava uma caca depois de revelar, após meses.

Lisboa, mochilão

Aliás, compartilhar fotos do nosso prato esquisito em Cingapura, ou fazer um Snap pra mostrar as coisas horrorosas que eles comem lá, era inimaginável. Gravamos vários vídeos, mas eles ficavam nas fitas mini-dv (será que preciso explicar o que eram fitas?). Nosso sonho era montar um programa de TV na volta, mas também não existia YouTube naquela época.

Confesso que a impossibilidade de se comunicar a qualquer momento era o que mais nos dava medo. No final da viagem, passamos um perrengue em Bali. Combinamos um passeio ao redor da ilha toda com um senhorzinho. Na era pré-Facebook ou pré-WhatsApp não dava pra perguntar quem poderia indicar um transporte seguro nos lugares, muito menos ler uma review no TripAdvisor. Você escolhia na sorte. Olhava a cara do motorista e falava com ele, marcava o passeio na fé, só se o santo batesse.

Acontece que o senhorzinho simpático, que falava um inglês mais ou menos, parecia ser do bem e ainda tinha uma van ajeitadinha, no dia marcado, deu pra trás. Trouxe um amigo para nos levar. Um carinha com uma van podre, que não falava uma palavra em inglês e tinha uma cara de serial killer. Aí ferrou. E eu estou sendo educada de novo, imagine a outra palavra com F*.

Meninas em Bali

Como não tinha GPS, meu caro, abríamos aquele mapão mesmo, que vinha colado no guia, e tentávamos descobrir se o motorista estava levando a gente para o lugar certo ou iria nos abandonar esquartejados no meio dos arrozais. Mas, tirando a tensão, deu tudo certo e Bali foi realmente inesquecível.

De volta à Austrália, para mais um ano de estudo, a mochila voltou cheia de negativos, fitas de vídeo e algumas poucas lembrancinhas. Mas bagagem cheia mesmo era aquela que trouxemos na cabeça e no coração. A partir dali, nossas vidas mudaram, e para muito melhor. Alguns chamam de wanderlust, itchy feet, asinha no pé ou formiga na bunda. Aquela foi a primeira aventura de outras inúmeras durante estes 15 anos. Hoje, viajamos com duas malinhas lindas, nossos novos companheiros. Agora somos quatro viajantes.

Saímos de casa com gps, smartphone, ipad, aplicativos de guia, de hotel, de companhia aérea e mídias sociais. Tiramos inúmeras fotos, compartilhamos com nossos pais (hoje avós carecas) em tempo real. Criamos o sonhado programa de viagem, no nosso canal do YouTube, para mostrar que ter filhos não é desculpa para ficar em casa.

Só que hoje, infelizmente, sentimos falta de muitas coisas. De se perder e encontrar lugares incríveis, em vez de recalcular a rota. Das sugestões dos nativos sobre comidas deliciosas, e não simplesmente ler avaliações de turistas. De olhar para paisagens e pensar qual será o melhor ângulo, no lugar de bater dezenas de fotos todas iguais. De fazer amigos ao pedir para alguém bater sua foto, em vez de esticar o pau de selfie. De caminhar e olhar o horizonte a olho nu, e não através de uma tela. De ter tempo de sentir saudades de quem ficou pra trás, em vez de falar a todo momento. De guardar alguns momentos da sua viagem para si, sem ter a necessidade de compartilhar absolutamente tudo. De ficar sem wifi, para realmente se conectar. Pense nisso, crie coragem e tenha a melhor viagem da sua vida.

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A Cidade das Artes e das Ciências de Valência, na Espanha

É quase que mudar de cidade: o centro histórico de Valência é bem parecido a qualquer outro na Espanha, mas se você caminha desavisado para fora dali e dá de cara com a Cidade das Artes e das Ciências, pode pensar que foi transportado para uma metrópole modernosa por aí.

O complexo, que tem lá sua cara de megalomania, foi construído pela prefeitura para desenvolver a região de Valência que crescia às margens do rio Turia. Como o tal rio vivia inundando, acabou aterrado e a vizinhança ganhou um espaço de cultura para botar inveja em qualquer capital. O objetivo era também alavancar o turismo na cidade. Para isso, contou com o projeto dos arquitetos famosinhos Felix Candela e Santiago Calatrava. E funcionou, diga-se de passagem.

Cidade das Artes e das Ciências de Valência

Cidade das Artes e das Ciências de Valência

As construções brancas de formato futurista que formam a Cidade das Artes e das Ciências se espalham por uma área de 350.000 metros quadrados, que é justo o local onde o rio costumava fluir. As enormes estruturas, junto com o espelho d’agua azul que passa entre elas, acabam gerando um efeito visual de filme de ficção científica, mas sem deixar de ser impressionante e bonito de se ver.

No espaço, funciona um planetário, Museu de Ciências, Aquário, Cinema, uma Casa de Shows e um jardim. De tudo isso, eu só visitei a área externa e o Museu de Ciências, que é uma atração bem legal para quem viaja com crianças ou para quem, como eu, acha o máximo a experiência interativa desses museus educativos. Se você pretende ver outras atrações, reserve um dia inteiro só para passear por ali.

Cidade das Artes e das Ciências de Valência

Cidade das Artes e das Ciências de Valência

Mas decidir o que você vai visitar é o de menos. A grande atração da Cidade das Artes e das Ciências é a cidade em si. Caminhar entre as estruturas modernistas já é uma experiência e tanto. A cada volta se descobrem novas formas e ângulos, em um grande trabalho de arquitetura que contrasta com a atmosfera predominantemente histórica do velho continente.

Leia também: Onde ficar em Valência

Cidade das Artes e das Ciências de Valência

Atrações da Cidade das Artes e das Ciências

Hemisféric: Foi o primeiro prédio a ser inaugurado no complexo. É a maior sala de cinema da Espanha, com uma tela côncava de 900 metros quadrados.

Museu das Ciências: Um museu que reúne exposições interativas sobre novas tecnologias, avanços da ciência, física, química e biologia. Também promove atividades educativas para crianças e adultos, como observações astronômicas, palestras e oficinas.

Oceànografic: É o maior aquário da Europa, no qual estão representados os principais ecossistemas marinhos de todo o planeta. (Nós desencorajamos visitas a atrações que envolvem animais em cativeiro).

Hemisféric - Cidade das artes e das Ciências

Hemisféric

Palau de les Arts: Uma casa de shows com quatro salas, duas delas com capacidade para mais de 1.400 pessoas, e outras duas menores. Também possui espaços para realizações de oficinas e outras atividades relacionadas à arte e à cultura.

Umbracle: Um jardim futurista que serve também de galeria de arte e que, além de tudo, proporciona uma vista incrível de todo o complexo.

Ágora: Um bonito espaço de eventos de diferentes naturezas.

Cidade das Artes e das Ciências de Valência: Horários, preços e informações para a vista

Cidade das Artes e das Ciências de Valência

As atrações possuem entradas individuais e os bilhetes podem ser comprados online ou diretamente na bilheteria de cada edifício. Há combos que oferecem descontos na visita a mais de uma atrações. Para ver as tarifas atualizadas e as opções de combos, visite o site oficial. A compra via internet deve ser feita aqui.

Os horários de cada atração podem ser consultados aqui.

Como chegar: De metrô, pelas linhas 3 e 5, descendo na estação Alameda, que está a 15 minutos de caminhada dali. Eu recomendo ir a pé ou de bicicleta do Centro Histórico. Não é tão longe e ainda é uma caminhada agradável, que passa pelos jardins que foram construídos no leito do Rio Turia e que vão desde a saída da cidade murada (centro histórico) e terminam já na Cidade das Artes e das Ciências.

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Skin Corrector Normaderm – Vichy

E aí, tudo bem com vocês. E vamos de resenha mais uma vez pra você, desta vez uma resenha para cuidados para a pele, principalmente pra quem sofre com pele oleosa com tendência à acne e com diferenças na tonalidade da pele. O produto é o Skin Corrector Normaderm de uma marca que particularmente comecei…
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Viajante gourmet: O que comer em Nova York – 10 comidas típicas para experimentar

O que comer em Nova York: 10 comidas típicas incluindo é claro, um ótimo hambúrguer! Foto: GC/Blog Vambora!

O que comer em Nova York: 10 comidas típicas para comer, incluindo é claro, um ótimo hambúrguer! Foto: GC/Blog Vambora!

A resposta mais rápida para a dúvida “O que comer em Nova York?” deveria ser “Tudo!”, isso porque Nova York é uma cidade global, com comidas e restaurantes de diversos países. A vontade que dá é comer de tudo mesmo!

Mas Nova York, como uma boa cidade cosmopolita, também “criou” pratos típicos que nasceram ou foram aperfeiçoados lá e que dai ganharam o mundo. O fato é que tem comidas para todos os gostos e o mais legal, esses pratos cabem no bolso de todo o visitante que vai para a cidade. Vambora então experimentar o que Nova York tem de mais gostoso e típico!

O que comer em Nova York: 10 comidas típicas para experimentar na cidade!

10-) Hot dog

Hot Dog em NY no Papaya Dog. Foto: GC/Blog Vambora!

Hot Dog em NY no Papaya Dog. Foto: GC/Blog Vambora!

Vamos começar do básico e clássico: hot dog ou o famoso cachorro-quente nova-yorkino! De verdade: deve ter praticamente uma barraquinha ou restaurante de hot dog em cada esquina de Nova York!

Obviamente não são todos bons, aliás, na primeira vez que estive em Nova York comi um fraquíssimo num carrinho de uma esquina qualquer. Em outra viagem voltei com foco para experimentar um bom e dai não decepcionei! Na lista dos melhores hot dogs de Nova York estão o dos restaurantes Gray’s Papaya, o Papaya Dog e o Nathan’s Famous.

Papaya Dog, um dos melhores cachorros quentes de Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Papaya Dog, um dos melhores cachorros quentes de Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

O Nathan’s, um dos mais tradicionais hot dogs de Nova York, é de 1916, criado em Coney Island no Brookyn. Uma verdadeira instituição nova-yorkina, o Nathan’s Famous possui várias unidades em Nova York, mas quem puder vale ir no local original em Coney Island e aproveitar para curtir uma praia (SIM, Nova York tem PRAIA!), além do parque de diversão Luna park em Coney Island, pertinho de Manhattan! Veja mais nesse post: Coney Island: praia e parque de diversão em Nova York!

9-) Bagel

Diferentes tipos de bagel. Foto: Ess-a-Bagel/Divulgação

Diferentes tipos de bagel. Foto: Ess-a-Bagel/Divulgação

De origem judaica, o bagel é um pão redondo (com um furo no meio) que é cozido e depois assado, fato que transforma totalmente a sua textura e sabor, diferenciando-o de um pão comum. Como a comunidade judaica em Nova York é bem grande, o Bagel logo dominou as ruas da cidade, se transformando no café da manhã nº1 de praticamente todo nova-yorkino.

Existem diversas variações de bagel, que vão desde o básico sem nada, até com massa integral e os polvilhados com sementes e papoula, esse meu favorito, já que deixa a casquinha super crocante. Se pode comê-lo puro ou a forma tradicional de Nova York, servido com cream cheese, salmão defumado e cebolinha. É maravilhoso e serve muito bem para qualquer refeição e não só café da manhã.

Bagel com salmão defumado e cream cheese, clássico de Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Bagel com salmão defumado e cream cheese, clássico de Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Praticamente todas “Delicatessen” ou “Delis”, como os moradores costumam chamar, servem, mas há alguns lugares especializados em bagel em Nova York, como o Absolute Bagels e o Ess-A-Bagel. Dá para encontrar ótimos também em mercados como o Whole Foods e o Zabar’s.

8- ) Pastrami

Katz's Deli NY

Sanduíches incríveis de pastrami do Katz’s Deli em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Pastrami é uma das carnes mais famosas de Nova York: trata-se de um corte de boi, a parte do peito, que é curada, defumada e depois cozida no vapor, junto com uma série de especiarias que dão uma crosta saborosa e uma carne super tenra, quase desmanchando. É um outro prato típico judaico, que ganhou as ruas de Nova York nas “Delicatessen”.

Sal‹o do restaurante Katz's Deli em Nova York, famoso pelo sanduíche de pastrami. Foto: GC/Blog Vambora!

Sal‹o do restaurante Katz’s Deli em Nova York, famoso pelo sanduíche de pastrami. Foto: GC/Blog Vambora!

O pastrami é geralmente servido com pão de centeio e mostarda e deve ser provavelmente um dos melhores sanduíches que você comerá em Nova York, especialmente se for ao Katz’s Deli. A casa, aberta em 1888, guarda com segredo a receita do seu pastrami, sendo o restaurante favorito de muitos moradores, além dos turistas, é claro. Simples, despretensioso e delicioso! Veja mais nesse post: Isso que é sanduíche! Katz’s Deli em NY

7-) Lobster roll

Lobter roll ou o sanduíche de lagosta em Nova York. Foto: Divulgação/Luke's Lobster

Lobter roll ou o sanduíche de lagosta em Nova York. Foto: Divulgação/Luke’s Lobster

Nascido na costa de New England, o Lobster roll nada mais é do que um sanduíche de lagosta, temperado com maionese, saladinha e geralmente servido num pão “tipo” de cachorro quente. Pode parecer uma heresia servir lagosta assim, mas numa área com tanta abundância do crustáceo, servi-las no pão, até parece um pouco natural.

Ed's Lobster Bar em Nova York. Foto: Divulgação/Ed's Lobster Bar

Ed’s Lobster Bar em Nova York. Foto: Divulgação/Ed’s Lobster Bar

Em Nova York, o sanduíche é um sucesso, tanto que existem restaurantes especializados nele, como o Ed’s Lobster Bar e o Luke’s Lobster, ambos considerados os dois melhores da cidade para essa comida típica americana.

6-) Noodle e Lámen

Lámen em Nova York

Lámen em Nova York: influência oriental dominando as ruas da cidade. Foto; GC/Blog Vambora!

Deu para ver que Nova York é o lar de muitos imigrantes, com judeus e italianos, influenciando muito a culinária da cidade. O que Nova York possui também é uma grande influência asiática, criando por lá uma cultura do noodle e lámen, o macarrão oriental.

Momofuko Noodle Bar NYC

Ambiente moderno e descolado do Momofuko Noodle Bar em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

O noodle possui muitas variações, com as mais conhecidas da cozinha japonesa, chinesa e coreana. Uma das mais famosas é o lámen, com a massa cozida num caldo e servida com uma série de acompanhamentos (como vegetais, carne de porco, ovo, algas, brotos, etc.). No frio, especialmente é o tipo de comida barata, reconfortante e que sustenta, por isso os nova-yorkinos amam e há centenas de restaurantes que servem ou se especializaram no prato na cidade.

Momofuco Noodle Bar

Noodle/Lámen delicioso do Momofuko em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Um dos que mais gostei, foi o Momofuku, restaurante moderno e com ótimos preços, onde o noodle ganhou versões mais ousadas e super deliciosas. O clima é jovem, descontraído, com decoração moderna, onde se senta no balcão ou mesas coletivas. Vale ir para ter uma experiência nova-yorkina única! A gente já contou mais dele nesse post: 8 restaurantes em Nova York para dar uma volta ao mundo.

5-) Eggs Benedict

Eggs Benedict no brunch em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Eggs Benedict no brunch em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

O “Brunch”, aquela refeição que mistura café da manhã com almoço, é quase uma instituição nova-yorkina, sendo tradicional aos finais de semana. E um dos, se não, o prato mais famoso para se comer num “brunch” em Nova York são os Eggs Benedict, ou em português ovos beneditinos.

A história diz que o prato foi criado em Nova York, por isso é super comum encontrá-lo na maioria dos restaurantes que servem brunch e café da manhã. Alguns dos mais famosos e bem recomendados são o Norma’s, Sarabeth’s, Russ & Daughters Café e o tradicional Delmonico’s, onde dizem que os ovos beneditinos “nasceram” em Nova York. 🙂

Brunch em NY: tradição aos finais de semana. Foto: GC/Blog Vambora!

Brunch em NY: tradição aos finais de semana. Foto: GC/Blog Vambora!

Para resumir, o “Eggs Benedict”, trata-se de ovos poché (com a gema molinha no meio), servidos com bacon, molho hollandaise (feito de ovo, manteiga e limão) e na base um pão (podendo ser bagel, muffin inglês, etc.). É possível encontrar muitas variações, como com salmão defumado, tomates, etc. É delicioso!!

4-) Cheesecake

Cheesecake do Junior's em NY. Foto: GC/Blog Vambora!

Cheesecake do Junior’s em NY. Foto: GC/Blog Vambora!

O cheesecake é uma sobremesa tradicional americana, sendo uma espécie de torta de queijo, com uma base de massa de bolacha doce, podendo ou não ter uma cobertura. Em Nova York há uma versão própria: no “New York style Cheesecake”, além do cream cheese é usado também heavy cream ou sour cream, o que deixa o recheio bem mais denso e substancioso que os demais.

Eileen's Special Cheesecake de morango. Foto: Divulgação

Eileen’s Special Cheesecake de morango. Foto: Divulgação

Em Nova York, há até uma briga para saber qual é o melhor cheesecake da cidade, sendo a disputa mais acirrada entre o Junior’s e a Eileen’s Special Cheesecake. Eu que não sou muito chegada em Cheesecake gostei muito do Junior’s, mas aviso: o pedaço é bem grande então dá fácil para dividir. A Cheesecake Factory, rede americana famosa por todo país, possui unidades em Nova York, mas ainda que tenha muitas variedades de cobertura, o doce aqui não é tão bom e recomendado quanto nos outros dois restaurantes.

3-) Cupcake

Cupcake da Magnolia Bakery em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Cupcake da Magnolia Bakery em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

A moda dos cupcakes parece ter diminuído pelo mundo, mas não em Nova York. Aqui, o bolinho continua sendo protagonista de muitas docerias na cidade. A Magnolia Bakery, por exemplo, é uma das mais famosas lojas de cupcake em Nova York mas eu, honestamente achei muito doce.

Magnolia Bakery em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Magnolia Bakery em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Ainda que não tenham a mesma fama e publicidade, quem quiser outras opções de lugares, a Two Little Red Hens e Georgetown Cupcake são também super famosas pelos seus cupcakes em Nova York.

Cupcakes lindos da Georgetown Cupcake em Nova York. Foto: Divulgação

Cupcakes lindos da Georgetown Cupcake em Nova York. Foto: Divulgação

Os sabores variam muito de loja em loja, incluindo misturas inusitadas incluindo até bacon, mas os clássicos Red Velvet, chocolate, baunilha e banana pudin, são os eternos favoritos de quem ama cupcakes.

2-) Pizza

Totono's Pizza em Coney Island

Totono’s Pizza em Coney Island, uma das mais tradicionais de Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Uma das comidas universais mais famosas do mundo e que ganhou em Nova York um lugar permanente no coração de moradores e turistas: a Pizza!

Com tantos imigrantes italianos, é claro que Nova York seria famosa também por sua pizza e por isso mesmo, não é estranho encontrar em qualquer esquina (junto com os hot dogs), algum lugar vendendo pizza, especialmente em fatias. Os americanos, e os nova-yorkinos em especial, adoram comer pizza com a mão!

Artichoke, nossa pizza favorita em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Artichoke, nossa pizza favorita em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Em Nova York, a massa tende a ser um pouco mais fina do que no Brasil, bem como com um pouco menos de recheio (mais parecido com a Itália), mas mesmo assim há lugares com pizzas excelentes!

Em Little Italy e no Brooklyn, por exemplo, bairros com muitos descentes de italianos, há pizzarias super famosas como a Totonno’s (que a gente já falou nesse post sobre Coney Island) e a Grimaldi’s. Já em Manhattan, nossa favorita é a Artichoke, super despretensiosa e cujo sabor mais famoso é o que dá nome a pizzaria: de Alcachofra, com muitoooo queijo e espinafre! Pode parecer estranho, mas surpreende e é super saborosa! Vale a visita.

1-) Hambúrguer

Hambúrguer do Shake Shack em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Hambúrguer do Shake Shack em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Como boa cidade americana, o hambúrguer não poderia faltar nessa lista de sugestões comidas típicas para comer em Nova York! Aliás, foi em Nova York que o hambúrguer, há alguns anos, voltou a ganhar status de “comida de verdade” e não mais apenas comida de fast food.

O prato está presente do menu do restaurante 5 estrelas até na delicatessen da esquina, cada um com a sua receita especial. São muitos os lugares que servem bons hambúrgueres em Nova York, mas temos dois favoritos:

Shake Shack no Madison Square Park em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Shake Shack no Madison Square Park em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

1º – Shake Shack: Até hoje o melhor hambúrguer de Nova York para nós! Super macio e suculento, com um pão também delicioso, o Shake Shack é mesmo excelente! A principal loja, localizada no Madison Square Park, onde tudo começou, continua sendo um dos melhores lugares para experimentar, ainda que as filas possam desanimar. Até a versão vegetariana dele, com cogumelos e queijo é de deixar qualquer carnívoro com água na boca. Veja mais sobre a nossa experiência no Shake Shack de Nova York, nesse post: Shake Shack: Um hambúrguer para deixar de ser vegetariano.

Burger Joint em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

Burger Joint em Nova York. Foto: GC/Blog Vambora!

2º – Burger Joint: Como o Shake Shack acima, o Burger Joint nasceu despretensioso, com objetivo de voltar as origens do verdadeiro hambúrguer, sem firulas, com ingredientes de qualidade. O ambiente do Burger Joint é também bem descolado, podendo os clientes inclusive desenharem e escreverem em qualquer superfície do local. A loja original, “escondida” no hall do hotel Le Parker Meridien continua sendo uma das mais legais para ir, especialmente pela experiência de entrar numa “portinha” dentro desse hotel 5 estrelas, pagando poucos dólares por um excelente hambúrguer!

Ótimo hambúrguer do Burger Joint em Nova York! Foto: GC/Blog Vambora!

Ótimo hambúrguer do Burger Joint em Nova York! Foto: GC/Blog Vambora!

Deu para ver que há comidas típicas, com a cara de Nova York, para todos os gostos e bolsos! Existem muitos restaurantes e comidas deliciosas para experimentar na cidade, mas essas são as nossas favoritas! E as suas? Compartilhe com a gente nos comentários as que mais gostou!

Depois dessas dicas, já decidiu então onde e o que comer em Nova York? Vambora!

*** Veja mais dicas de NOVA YORK no blog:
 10 lojas essenciais para se comprar em Nova York
– Dicas para usar ônibus e metrô em Nova York
– Roteiro pelo Central Park
– TODAS as dicas de NOVA YORK do blog

Este artigo foi publicado originalmente no Blog Vambora


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