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Backstrom 1×07: Enemy of my enemies


De volta à terra do xerife


Sempre chega um momento em que temos que enfrentar nosso passado e, a partir desse embate, descobrirmos se ainda somos ou não afetados por ele. Não poderia ser diferente para Everett Backstrom que, desde o primeiro episódio, se mostra atormentado toda vez que seu pai é mencionado. Nesse Enemy of my enemies, o detetive e seu pai finalmente se encontram e mostram que tudo o que há entre eles são farpas bem trocadas.


O policial Blue, pai do nosso detetive, está à procura de uma terrorista que entrou na jurisdição da unidade em que Everett trabalha. Em um primeiro momento isso se torna um sinal vermelho para o detetive entrar no caso, mas depois de uma conversa com Niedermayer (encarnando o psicólogo pedante nesse episódio), Backstrom filho percebe que o único jeito de enfrentar o seu passado é se tornando melhor do que ele. Uma premissa bem interessante, afinal, quem não gosta de uma história de superação? Mas o que vemos durante o episódio é uma bagunça de sentimentos e um pai muito mais carismático que seu filho (em uma atuação interessante de Robert Forster). Logo, não entendemos aquilo que tanto atormenta Everett até o momento final em que Blue realmente mostra a que veio, embora essa cena tenha muito menos impacto do que deveria. A cena de Niedermayer e Blue conversando sobre o castigo que Blue impôs ao filho é, por exemplo, muito mais inspirada e a única que conseguiu trazer o peso dramático necessário para realmente nos importarmos com o embate entre pai e filho e torcermos por Everett.


Além da retomada da relação familiar de Backstrom, o episódio trouxe de volta a ex-noiva do detetive. O romance, no entanto, continua sem apelo e química, parecendo que a única responsabilidade da personagem seja trazer à tona a sensibilidade que não vemos no detetive. Nesse sentido também achei esquisito não explorarem o casal Niedermayer e Paquet. Em certos momentos parece que os episódios de Backstrom são totalmente desconectados entre si, como se tivessem sido produzidos fora de ordem e juntados aleatoriamente. Isso prejudica totalmente o nosso interesse dentro do psicológico dos seus personagens.


O caso da semana foi simples, sem nenhum tipo de sofisticação e pareceu conter todos os clichês possíveis dentro de si: o nerd apaixonado, a porta escondida, o prêmio a quem encontrar o suspeito. Porém, o mais fail foram as cenas de ação, com Gravely não conseguindo alcançar a suspeita, em uma sequência totalmente sem nexo. Estamos realmente lidando com policiais? E Paquet trabalhando disfarçada? Vergonha alheia total. Em relação às piadas, a relação feminismo x lesbianismo é a mais batida possível e não traz nada novo ao gênero, apenas reconfirmando o humor negro da série. Quanto aos índios na cena da “sauna” só o que consegui lembrar foi daquele vídeo da Xuxa cantando “Vamos brincar de índios” perto dos verdadeiros índios.


Se tanto na ficção quanto na realidade, o nosso objetivo é nos tornarmos melhor do que nossos pais, o que temos de saldo, na série, é um protagonista que ainda tem dificuldades de saber quem é. E a série continua no mesmo caminho, sem se renovar, sem evoluir, sem mostrar que pode ser melhor do que começou, quando sabemos (pelo episódio 5) que tem potencial para isso.





Por: Série Maníacos

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