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Backstrom 1×11: I Like To Watch

Discutir o que é arte e o que ela representa é sempre muito pessoal. Assim como visto no maravilhoso filme Beleza Americana, uma sacola voando sem direção pode ser a cena mais significativa e bela para alguns e simplesmente uma banalidade para outros. É nessa questão complexa que Backstrom entrou no episódio I Like To Watch, o qual não poderia ter um título melhor para descrever a relação que tive com ele: interessante e divertido na medida certa, consagrando-se como um dos melhores episódios da temporada.

Essa semana nosso grupo de detetives estava diante da morte de um artista performático, baleado por uma arma que ele mesmo usaria em seu show. Embora um pouco distante do nosso cotidiano no Brasil, esse tipo de arte é muito comum nos EUA. Fora do contexto (e talvez do tipo de público), eu sei, mas isso me remeteu imediatamente ao filme Ela é Demais, naquela cena ótima do Freddie Prinze Jr improvisando uma performance com uma bolinha de tênis. Nostalgia à parte, já era de se esperar que Backstrom não considerasse essa forma de expressão como verdadeira arte e, é esse contraste um dos principais motes cômicos do episódio. Com atuações comedidas dos personagens e centradas em piadas mais interessantes que forçadas, dessa vez, senti que o roteiro acertou a mão e presenteou-nos com momentos bem divertidos. A cena em que Backstrom divide o “palco” (ou seria, a caixa) com uma atriz foi um dos pontos altos do episódio, além de mostrar que é possível que o detetive tenha química com alguém que não Amy (zzZZZzz).

O mistério envolvendo o crime foi também bem construído e empolga em seu desenvolvimento, embora a conclusão tenha sido bem óbvia. No entanto, é durante a resolução do assassinato que temos outra sequência divertidíssima: o suspeito Moss descobrindo que seu patrão estava realmente morto. Gostei bastante da composição do personagem e, de longe, ele foi meu segundo favorito do episódio. O melhor como não podia deixar de ser foi Valentine. Thomas Dekker continua se firmando como o coadjuvante mais carismático da série. Os episódios que revelam parte da história do rapaz sequenciam-se como os melhores. Além de interessante por si só, Valentine também torna Backstrom mais palatável, o que aconteceu nesse episódio, em que, sendo mais sentimental, o detetive aproximou-se mais do público. A cena dele falando sobre o amor (possivelmente sobre Amy) e a final foram muito inspiradas.

Com esse tipo de episódio, Backstrom mostra que tem todo um potencial não utilizado. Vamos torcer para que os roteiristas tenham se acertado em sua concepção do que é a arte e o modo como eles querem entregá-la para nós, a plateia não vista.


Por: Série Maníacos

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