Em Bloodline a paciência é necessária… E a trama é deliciosa.
Se na mitologia grega Atlas recebeu o castigo de carregar o mundo nas costas, na mitologia ‘bloodlineana’ é John Rayborn que, ‘desmerecidamente’, recebe esse castigo. Mas não é o mundo que John carrega nas costas e sim os problemas de sua família.
Bloodline chegou à sua reta final, e o penúltimo episódio nos mostrou que os Rayborn’s realmente não são pessoas más, porém fizeram algo ruim. Frase nenhuma descreveria melhor o show da Netflix que, mais uma vez, nos prenderam do início ao fim.
Existem dramas que, por mais que sejam agradáveis, possuem momentos tediosos e cenas insignificantes. Em Bloodline isso é diferente. Cada cena aparentemente insignificante é, no fundo, um detalhe a ser observado e que será usado outras vezes. Danny, sem dúvida alguma, é um grande exemplo disso. Ele chegou a ser um personagem cujo todos tinham pena, mas no decorrer da temporada isso foi desaparecendo até que sua morte, nos minutos finais do episódio, tornou-se motivo de comemoração. Joffrey sentiria inveja.
O penúltimo episódio deixou bem claro que Danny havia voltado para causar estragos. Esse era o plano desde o começo. Esforçou-se para descobrir os segredos de cada um da família, como fez com Meg. Conhecia Kevin o suficiente para provocá-lo sem temê-lo. Fingia dar amor à sua mãe, sendo que Sally era a pessoa que ele mais odiava na família. E isso ficou claro para ela. Quanto à John, Danny deu uma chance para que o irmão provasse sua lealdade de caráter. A ideia de contar sua localidade para seu amigo Eric fazia parte do plano. John não se esforçou para protegê-lo, e Danny deixou isso bem claro depois. O queixo caído de John mostrou que a laranja podre da família era uma cabeça pensante. Talvez por isso que a morte de Danny fosse a única saída. John sabia que essa era a luz no fim do túnel para que sua família vivesse em paz.
A série é definitivamente um show com bolhas lentas. A paciência é necessária, mas o fim do jogo é enorme. Houve um momento no episódio 11 que eu sentei ansiosamente na borda de meu assento. Neste episódio também foi uma viagem infernal. Uma delícia devastadora. Podemos classificar isso como um Thriller, mas a série nunca vai ao fundo do poço. Ela nunca cai em melodramas sem esperança. Apesar das voltas e reviravoltas obscuras, os produtores de Bloodline trabalham duro para manter as coisas realistas e mais relacionáveis possível.
Part 12 trouxe todo o sentimento de Danny à tona, e o diálogo entre ele e John ao final do episódio nos ajudaram a entender um pouco seu lado. Sem dúvida alguma era a cena que todos nós precisássemos. Palmas, mais uma vez, para os envolvidos.
Por: Série Maníacos
0 comentários:
Postar um comentário