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[Flashback] Six Feet Under 1×01: Pilot


NATHANIEL SAMUEL FISHER (1943-2000)


Muitos já devem ter ouvido falar do célebre Series Finale de Six Feet Under, considerado por muitos – inclusive eu – como o melhor de todos os tempos, mas antes disso precisamos mergulhar de cabeça nessa jornada de 5 temporadas. Em 2015 fazem 10 anos desde que o último episódio foi ao ar, junto com meus amiguinhos de Série Maníacos: Cléverton, Filipe e Thaís, faremos a coluna de flashback com esse clássico da TV, apertem os cintos que o modo como você enxerga a vida e consequentemente a morte mudará após essa maratona.


A morte é uma, se não a coisa mais difícil que o ser humano lida ao longo da vida, ironicamente é a única certeza que temos. Cada um lida com o luto de alguma forma, uns não esboçam nenhuma emoção mesmo que por dentro estejam morrendo, outros se descabelam de tanto chorar e acham que a vida não terá mais sentido depois da morte daquela pessoa e outros apenas seguem em frente. É muito difícil perder alguém próximo, seja da forma que for, em 2013 eu perdi uma das minhas melhores amigas e até hoje doi lembrar que não ligarei mais para ela para contar de uma novidade seja ela boa ou ruim, não a verei mais pessoalmente, o vazio ele nunca vai embora, mas há maneiras de seguirmos em frente ao invés de nos fecharmos para o mundo. Coincidentemente ou não, foi exatamente na mesma época que eu estava maratonando Six Feet Under pela primeira vez que a morte dela aconteceu, de uma forma ou de outra a série me ajudou muito. E depois que finalizada eu nunca mais fui a mesma, pode até ser papinho de fã chata, mas algumas séries tem poderes transformadores sobre as pessoas e Six Feet Under é a que até hoje mantém esse poder sobre mim. Devaneios finalizados, vamos ao que importa.


A família Fisher poderia ser uma família normal como outra qualquer de Los Angeles, porém a disfuncionalidade deles já começa pelo tipo de empresa que eles tem, uma funerária, e não para por aí. Passa por um primogênito, Nate (Peter Krause), que “fugiu” de casa e de todo esse ambiente na primeira chance que teve. Um filho do meio, David (Michael C. Hall), frustrado e a beira de um colapso a todo o momento. Uma caçula, Claire (Lauren Ambrose), praticamente 20 anos mais nova que seus dois irmãos o que acarreta em ser a estranha no ninho, além de todos os problemas que uma adolescente tem na fase mais conturbada da sua vida. Chegando à uma mãe, Ruth (Frances Conroy), mais frustrada e reprimida que seu filho Nate. Finalizando com um pai, Nathaniel (Richard Jenkins), aparentemente o mais normal, mas que com o seu acidente muda o rumo da família Fisher completamente. Sem contar Brenda (Rachel Griffiths), uma mulher aparentemente bem resolvida e que se interessa por Nate e todos os problemas que a vida dele a proporciona. E por último mas não menos importante Keith (Mathew St. Patrick), um policial que tinha tudo para seguir a cartilha dos estereótipos dos policiais negros de Hollywood mas que nos surpreende do início ao fim, sendo um personagem totalmente diferente do que imaginávamos.


Six Feet Under é sim uma série sobre como a dor do luto é tratada por diversos níveis, como a vida deixa todos ali mais calejados para a morte, mas que mesmo convivendo diariamente com ela e ganhando dinheiro por causa dela, nenhum ali está devidamente preparado para a partida de alguém próximo. Muitos podem dizer que a série é sobre a morte, mas eu vou mais afundo, ela é sobre a vida, sobre como pessoas problemáticas convivem com frustrações, alegrias, perdas, amores. E no piloto já se percebe isso como cada um desses personagens lida com diversas emoções e com o simples fato de seguir em frente mesmo buscando o lado mais pessimista do que o otimista das coisas.


Com um piloto dirigido e escrito pelo inspirado Alan Ball (também criador da série), vindo do sucesso de crítica e público de Beleza Americana, o roteirista mostra que não foi por um acaso ter ganho o Oscar e o Globo de Ouro de melhor roteiro original com o filme. Um drama para ninguém colocar defeito, com o roteiro feito sob medida, conseguindo num episódio só nos despertar as mais diferentes emoções. Atuações excelentes desse elenco maravilhoso, fazendo nos apresentar de forma mais que satisfatória todos os personagens que acompanharemos ao longo das 5 temporadas, mesmo sabendo que todos estão prestes a explodir. Preparados? A imersão na vida daqueles ali está acabando de começar e independente do fim, aproveitem a jornada!


P.s.*: A sacada genial dos comerciais fúnebres mostrando cada etapa do que uma funerária faz de forma mórbida e um pouco creepy é de se aplaudir.





Por: Série Maníacos

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