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Revenge 4×20: Burn

88 minutos de silêncio em respeito ao fim de Revenge.

Esta é, sem dúvida alguma, a review mais difícil que já escrevi nestes quatro anos. Por isso, me perdoem se ficar ruim, mas a verdade é que, sem querer fazer trocadilhos com a causa mortis alheia, o meu gás para seguir com Revenge acabou oficialmente depois de Burn.

Isso porque o meu combustível era, que me desculpem os haters, ligar a TV e ver as maravilhas que Victoria Grayson aprontaria semanalmente. Seus quotes maravilhosos, seus planos maléficos, seu império glamurosíssimo. Diante de uma protagonista fria e sem sentimentos, ficou fácil para a Victoria Grayson de Madeleine Stowe tornar-se a verdadeira alma e o verdadeiro atrativo de Revenge.

Por isso, e antes de chegarmos ao fatídico final do episódio, vale dizer que meu coração já estava partido muito antes de eu desconfiar do destino de Vicky. Ver uma rainha tão majestosa naquela situação, confinada, deprimida, presa por terríveis mentiras e campanhas de seus opressores, realmente doeu muito.

Mas toda a dor foi amenizada com a presença maravilhosa da minha, da sua, da nossa queridíssima Louise, que voltou a ser uma personagem deliciosa de assistir do início ao fim. Os insultos direcionados a Margô do tipo “querida, vc é boring demais, ainda bem que eu cheguei pra dar brilho à vida da Vicky” foram lindos até dizer “chega de tanta lindeza!” (e eu jamais diria “chega” pra ESSA Louise). E a desforra na festa de caridade do boy do Nolan? Nossa, fiquei tão feliz com aquela cena e só pensava “Louise, sua maravilhosa, BEM-VINDA DE VOLTA A REVENGE!!!” No fim das contas, tudo isso foi apenas um atestado de que Team Vicky >>>>> Team Ems. É só analisar Louise quando se situava em cada lado da guerra. Louise no Team Ems: depressiva, chata e pegajosa. Louise no Team Vicky: diva, glamurosa e de bem com a vida. Dá pra comparar? Ser #TeamVicky faz bem para a pele e para a alma, eu e Louise recomendamos a todos.

De fato, a série acabou trabalhando muito bem o conflito entre o braço direito e o esquerdo de Victoria, e, apesar de Margô ter sido vítima de uma tentativa de homicídio, achei bastante crível a maneira como ela lidou com a situação, resistindo e revoltando-se no início para, depois de ser acalmada por Victoria, perceber que aliar-se à (um pouco menos) maluquete seria benéfico para o #TeamVicky. A única coisa curiosa é que, quando a série tentou vender Margô como uma inimiga decente para Ems, era comum ver gente repetindo que a francesa controlava um dos maiores impérios de comunicação em todo o mundo. De repente, com tudo contra Victoria, a única coisa que Margô diz é “ai kirida, tentei, mas não deu pra fazer nada pra impedir a imprensa de te destruir, sorry :(”. Vai entender essa Revenge.

A resolução da “briga” entre Nolan e Ems foi bem fofa, mas a série exagerou um pouco ao tentar nos vender o desentendimento como algo mais importante do que ele realmente era. Nós sabíamos que as provas seriam arrancadas das mãos de Victoria, e nós sabíamos que nada aconteceria com a intocável Ems. Por isso, essa briga acabou não convencendo muito, assim como o tempo perdido na recuperação do pen drive foi uma bobagem imensa que todos sabíamos como iria terminar. Assim que o “bombeiro” passou pelos três descendo as escadas, eu imediatamente pensei “ó aí a Ems passando”, e não deu outra. Um grande abraço para o agente do FBI mais incompetente da história!

Deu muita pena de Vicky, porque não havia como não se identificar com ela, que estava vacinada como nós estamos, e sabia tudo que aconteceria. Ela estava muito mais preparada e não deveria ter entregado o pen drive para o agente, e sim se agarrado àquilo com unhas e dentes, passado superbonder na palma da mão e fechado segurando o pen drive. Ou ainda: quão difícil seria espetar o pen drive em um computador desconectado da internet e copiar seu conteúdo para milhares de outros dispositivos idênticos para Ems pensar que havia roubado o único existente? Não muito, né?

Ben continua não merecendo uma linha completa desta review, e agora ganhou um novo companheiro: o câncer de David, porque alguém na sala de roteiristas levantou a mão e lembrou que ainda faltava esse clichê novelesco para ser usado. Já a decisão de Jack, ao meu ver, só serviu para dar um gancho para o final de Ems. Sinto náuseas só de pensar que a protagonista terá um final feliz, mas ainda assim sou capaz de visualizar o seguinte: Ems forjará a própria morte (“Two Graves”) e fugirá (com ou sem o pai e a irmã) para encontrar Jack e ser feliz para sempre. Blargh!

A pergunta que ainda não quer calar é: afinal, quem foi que espancou Victoria Grayson e revirou sua bolsa atrás das provas? Tudo apontava para Ems (principalmente os requintes de crueldade), é verdade, mas geralmente nós vemos a protagonista tirando a máscara ou o gorro, e desta vez isso não aconteceu. Ainda temos um novo vilão misterioso pela frente, e, ainda que o “supervilão” que circulou a cara de Ems no fim de Exposure já tenha sido revelado, esse ataque fez com que o bafafá sobre Lydia e Conrad continuasse vivo entre os fãs da série, por enquanto.

No fim, Revenge fez a escolha óbvia e trouxe de volta Mason Treadwell, mas eu não posso criticar a série pela previsibilidade nesse caso. Essa ponta precisava ser amarrada, e coesão e coerência são bem mais importantes do que o shock value. Mas a pergunta que não quer calar é: por algum acaso Mason, Louise e Margô são capazes de dar trabalho a Ems pelos três próximos episódios? Sinto que teremos pelo menos uma semana chatíssima pela frente… a não ser, claro, que nossa rainha ainda tenha uma última carta na manga.

E isso nos leva ao principal acontecimento de Burn. Ri alto quando a série revelou que todo o suspense feito na calada da noite era simplesmente a entrega da poltrona real da nossa majestade. Quando Revenge quer abraçar a zoeira, ela o faz com maestria! Mas, quando Vicky diz ao capanga que ele não a verá mais, minha expressão facial mudou completamente, e tudo pareceu passar em slow motion pra mim daí em diante. Nossa, eu suava frio à medida que fui compreendendo o que ela pretendia fazer. Eu queria gritar, queria desligar a TV, queria impedir o inevitável, mas não teve jeito.

Nossa rainha foi-se pelos ares, transformando esse episódio naquele com o título mais literal da história de Revenge. Tremi de choque por alguns segundos antes de me recuperar daquela explosão. Não foi um fim muito inesperado para Vicky, mas o timing sem dúvida foi uma belíssima padmada nas nossas caras. Pareceu cedo demais, e por isso não teve como esse fato não nos pegar de surpresa.

Não me entendam mal, o fato de Burn ter mexido tanto comigo é um claro indicativo de que Revenge está longe de estar fora de forma. Mas, por um bom tempo, fiquei tentando me motivar a assistir aos próximos três episódios. Existe Revenge sem Vicky? Com certeza não. Eu sei disso, vocês sabem disso, e espero que Sunil Nayar também saiba disso, porque, com Madeleine Stowe fora de Revenge, eu declaro desde já que não estarei de volta para uma improvável quinta temporada. Assim, para marcar presença nos próximos três episódios, certamente a rainha preparou seu último plano antes de ir para o túmulo. Resta saber se, finalmente, a intocável Emily será atingida de alguma forma.

Se esse cenário se consolidar, ficarei bastante feliz com o final de Victoria Grayson. Victoria nos deixou como sempre viveu: sempre contra-atacando aqueles que lhe fazem mal, sempre esbanjando sua personalidade explosiva e iluminada. E, mais importante: ela se foi em seus próprios termos, ela foi a dona do próprio destino, não Emily. RIP Rainha Vicky, e muito obrigado por nos dar esses quatro maravilhosos anos! :´(

Desses quatro anos, passei ao menos três defendendo a perspectiva de Vicky nessa situação toda (na primeira temporada eu ainda era #TeamEms, ou melhor, era #TeamBarraco e não achava que havia nenhum lado certo ou errado). Por isso, ler a entrevista de despedida de Madeleine Stowe no TV Line foi um deleite ainda maior para mim como reviewer do que já seria apenas como espectador. Gostaria de finalizar esta review, em homenagem ao espetacular trabalho da atriz, com as palavras da própria e do amor que ela demonstrou ter por sua personagem.

“Acredito que seja uma questão de perspectiva. Eu acabei amando Victoria desde o script, e acho que há muita coisa que diz muito sobre ela.”, disse Stowe, mostrando que realmente compreendeu a personagem – o que é extremamente necessário para ter sucesso e render uma performance marcante como essa. “Victoria tomou a decisão de trair David porque seu filho estava sendo ameaçado, e muitas pessoas não prestam atenção nisso”, disse sabiamente a atriz.

Todos investem tanto emocionalmente em Amanda Clarke que não conseguem dar um passo para trás e enxergar o outro lado. Eu entendo Victoria, e eu entendo por que ela enxergou Amanda como o inimigo até o túmulo”

Madeleine, obrigado por ter lido as reviews de Revenge do Série Maníacos, sua linda! Estamos com você forever and ever! <3 #TeamVictoria


Por: Série Maníacos

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