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Um Olhar Maníaco Sobre: The Last Ship


Uma pandemia mundial mata mais de 80% da polução do mundo, e os integrantes do USS Nathan James são os encarregados de encontrar a cura e salvar a humanidade.


Por que o mundo precisava de mais um cenário pós-apocalíptico? Essa foi a pergunta alguns – amantes do gênero – fizeram quando souberam da premissa de The Last Ship. Há de se duvidar com apostas assim, já que Revolution, Falling Skies e até mesmo The Walking Dead – em alguns momentos – já deixaram a desejar por falta de algo instintivamente interessante em seus roteiros. Séries do gênero precisam ser completas. Devem possuir bons personagens, bons cenários e um bom roteiro. The Last Ship não possui todo esse conjunto, mas merece um pouco de atenção.


Michael Bay foi, para alguns, um bom cartão de visita para quem se interessou pela série. Conseguimos ver isso claramente no episódio piloto. Mas talvez o maior cartão de visita do show é mesmo o cenário. A maior parte da trama se passa dentro do USS Nathan James, navio da Marinha dos EUA. Sim, isso chega a ser cansativo às vezes, mas pra quem já se acostumou com Helix, isso é um mero detalhe. Por outro lado, quando os envolvidos pela produção querem mostrar serviço, eles nos presenteiam com bons cenários e momentos de tensão, como foi o segundo episódio.


Talvez o maior defeito da série seja mesmo os personagens, que possui alguns elos fracos, tendo como o mais notável Danny Green, cujo enredo é consistentemente maçante e de uma escrita pobre. Capitão Chandler, Dra. Scott, Slattery, Parnell e Tex Nolan são os que escapam, apesar de Chandler ter demorado alguns episódios para isso. Tex, apesar de não ser oficialmente do Nathan James, é pra mim o personagem mais legal e engraçado do navio. O mesmo digo de Adam Baldwin, como Slattery, principalmente quando ele faz a mesma cara de nervoso que fazia em Chuck. Já Rhona Mitra não é a mesma que acostumei a ver em Strike Back. Sua personagem, a Dra. Scott, tende a ser mais sensível, porém não menos durona. Os demais personagens, que são muitos, estragam os episódios às vezes. Quanto aos antagonistas, El Toro e o almirante Ruskov foram vilões bregas e desprezíveis. Já Amy Granderson, que defende a matança de civis infectados para o abastecimento da cidade, talvez seja o antagonista mais temível, mesmo que ele tenha aparecido apenas na season finale.


Apesar de todas as falhas que você provavelmente encontrará no decorrer da primeira temporada, a ideia da série é interessante. Os conflitos sociais e políticos que a doença global acarretará também têm algum potencial a ser observado, principalmente levando em conta de que a série estreou na mesma época em que o Ebola devastava parte da África. Como eu já havia dito, o cenário pós-apocalíptico que a série nos propõe pode ser atraente a muita gente em alguns momentos. Mas como disse Pedro Henrique na review do episódio piloto, o problema de The Last Ship é que ao passar o piloto inteiro dentro do navio, acaba não instigando o espectador a conhecer o mundo danificado e modificado que a doença transformou. Assim como Helix fez, The Last Ship isola seus personagens, quando eles podiam estar explorando e abrindo enormes possibilidades narrativas para a série, assim como The Walking Dead e The 100 fazem.


The Last Ship conseguiu preencher meu vazio de séries em 2014 e fez bom uso de sua premissa original. Apesar de ter demorado algum tempo para que os personagens realmente desenvolvessem em meio às histórias de sucesso ou perdas, a série nunca deixou de nos entreter com uma boa ação coerente e um elegante conjunto de peças. Se você ainda não está a bordo do Nathan James, agora é a hora, já que a segunda temporada estréia em junho.





Por: Série Maníacos

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