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Qual é a hora certa para viajar?

Todo mundo já se perguntou isso um dia. De vez quando bate aquela vontade de jogar tudo pro alto e pegar o primeiro avião seja lá para onde for. Você pode querer fugir só pelo final de semana, por alguns dias ou por um ano inteiro, não importa. Mal, mal a ideia se forma na sua cabeça, você já começa a listar os milhões de motivos que você tem para não colocá-la em prática.

– Eu não tenho dinheiro.

– Não posso me afastar da minha família nesse momento.

– É uma hora ruim no meu trabalho

– Acho que pode surgir uma oportunidade melhor nos próximos meses

estrada, viagens de carro

Vou te contar uma coisa: em qualquer momento da vida, você sempre vai encontrar centenas de bons motivos para não fazer algo, para não se mexer, não tomar as rédeas da sua vida, para continuar na sua zona de conforto. Basta dar atenção demais aos obstáculos que rapidinho você desiste.

E eu não estou falando só de decisões ligadas a viagens. Talvez seja da natureza humana: a gente se sente confortável com situações rotineiras, que a gente conhece. E por isso, ao menor sinal de mudança, já começamos a criar os imbatíveis guardiões imaginários das coisas como elas são.

Resistência: onde ela vive? De que se alimenta? Hoje, no Globo Repórter

A resistência foi um conceito que eu aprendi quando estava estudando empreendedorismo criativo. Você, provavelmente, já é íntima dela e nem sabe. É aquela vozinha irritante que tenta te desmotivar a realizar seus projetos. Sabe quando você escuta alguém gritar na sua cabeça que um sonho é complicado demais, que você não vai dar conta ou que aquele obstáculo é um Everest e você com certeza vai ser soterrado por uma avalanche antes de chegar ao topo? Prazer, essa é a resistência. E ela tem especial afeição pelos projetos que mais importam pra gente e, por isso mesmo, os que nos dão mais frio na barriga.

Viajante com câmera

Algumas coisas que você precisa saber sobre a danada resistência:

a) Ela faz parte de você, mas você não É a resistência.

b) Ela é exagerada e pessimista. Tem que desconfiar de tudo o que ela diz.

c) Não tem como fazê-la sumir pra sempre, mas dá para mandá-la passear de vez em quando.

d) Ela é alimentada pelos seus medos e inseguranças. Ataque-os e você vai vê-la minguar.

É claro que não é para ninguém fazer as malas agora mesmo e sair andando sem rumo. Para a maior parte das pessoas, essa vida de impulsos não é factível. Mas aquele impulso pode se transformar em um projeto, que vai virar uma viagem daqui a alguns meses. Por que não? Para isso, é preciso vencer a resistência, separando muito bem aquilo que é realmente um impedimento (podem existir alguns) daquilo que é medo, insegurança, estagnação e desculpa besta.

Uma coisa que eu me pergunto quando penso em algo que eu quero fazer, mas arrumo desculpas para me convencer de que eu não posso: “Qual é a pior coisa que pode acontecer se eu fizer isso?” e, logo depois, “Existe algo que eu possa fazer para eliminar ou contornar esses obstáculos?”. Em geral, nenhuma das consequências vislumbradas é catastrófica e a maior parte pode ser evitada com um pouco de planejamento e jogo de cintura.

Menina com mala de viagem

Um questão de prioridade

Quase todos os meus amigos são profissionais de comunicação na faixa dos 20 e tantos anos. Talvez por um alinhamento astrólogo bizarro no final dos anos 1980, todos temos mais ou menos os mesmos problemas: pessoas solteiras e sem filhos, com um estilo de vida meio boêmio, que estão na mesma faixa de renda e enfrentam algumas dificuldades pra botar essa tal vida de adulto no prumo. Se é assim, então o que explica que alguns deles sempre acham um jeito de viajar e outros não conseguem tirar os planos do papel?

Prioridade, só isso. E querer uma coisa é bem diferente de torná-la uma prioridade na sua vida. Uma das minhas amigas (que até viaja bastante) quer muito tirar um sabático, dar a volta ao mundo, fazer um intercâmbio, mas não vai porque a prioridade dela é manter o emprego dos sonhos que ela conquistou. Outra preferiu investir primeiro em um carro. Tem alguns que preferem viver uma vida sem (muita) economia, mesmo que isso signifique não colocar nada no cofrinho da viagem.

Eu não critico essas pessoas. Não é porque eu fiz uma escolha que ela é a resposta certa pra todo mundo. Está tudo bem dizer: “eu queria muito fazer isso, mas aquela outra coisa é mais importante para mim no momento”. Talvez você possa viajar mais tarde, talvez esse item nunca vá ocupar o topo da sua lista. Isso é você que sabe. Mas uma coisa é certa: você não precisa esperar ganhar na loteria ou que as estrelas se alinhem no ângulo perfeito para começar a viajar. Tudo o que você precisa é de prioridades.

E, respondendo a pergunta do título do post: qualquer hora pode ser boa ou ruim para viajar. Depende do que você decide que é.

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Por: 360meridianos

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