Não há vista do centro histórico de Florença de onde ela não apareça. A gigantesca cúpula da Catedral Santa Maria del Fiore desenha, ao lado do campanário, um dos panoramas mais famosos – e, porque não?, um dos mais bonitos – de todo o velho continente. E se de longe ela já impressiona, é de pertinho que a gente consegue ter real noção de sua majestosidade. É que os mosaicos de mármore branco, verde e vermelho que colorem o exterior são detalhes que emprestam personalidade ao edifício.
Construída já na virada do século 13 para o 14, mais de 200 anos depois das catedrais das vizinhas Pisa e Lucca, a Catedral de Florença é uma das maiores do mundo: são 160 metros de comprimento, 43 de largura e 90 em sua nave transversal. O ponto mais alto da cúpula chega a 114 metros. Se você, como eu, não tem muita noção de espaço, te digo: é igreja pra caramba. Só perde para a Catedral de São Pedro em Roma, para a St. Paul de Londres e para o Duomo de Milão. E a cúpula ainda ostenta um primeiro lugar: é a maior do mundo construída em ladrilho. Apesar dos anos de atraso, a Catedral veio para afirmar o lugar de Florença como uma das capitais culturais e econômicas da Europa, enriquecida pelo comércio de lã e seda.
A igreja está localizada no centro da Praça do Duomo, o coração social e religioso da cidade. Ali também ficam duas outras construções importantíssimas para Florença: o campanário e o batistério. É possível – e aconselhável – visitar os três no mesmo dia. A entrada na Igreja é grátis, mas para subir a Cúpula, a Torre e entrar no Batistério é preciso comprar um ticket integrado (15 euros), que inclui também a cripta da Catedral, que abriga os restos arqueológicos das primeiras fundações, e o Museu de la Ópera del Duomo. O bilhete integrado representa uma economia de 13 euros no valor de todas as atrações separadas e vale por 48 horas a partir do primeiro uso. O ticket pode ser comprado online no site do Opera ou la em Florença mesmo, no Centro de Arte e Cultura bem ali na Praça do Duomo. Mas seja qual for a sua estratégia para a visita, chegue cedo e lembre-se de vestir-se apropriadamente. Florença está eternamente cheia e as filas podem te tomar um bom tempo.
Como subir Cúpula Brunelleschi da Catedral de Florença
Demorou mais de um século desde o início da construção da Catedral para que as autoridades de Florença se preocupassem em preencher o gigantesco buraco no teto da igreja e no coração da cidade. Antes revestida com uma estrutura de madeira que deixava a construção à mercê das intempéries, a Cúpula Brunelleschi, como é conhecida, só teve a construção iniciada em 1419. Com largura total de 46 metros e mais de 37 mil toneladas, foi a primeira cúpula com duplo emparedamento construída sem a necessidade de andaimes, em uma estrutura que se auto-sustenta. Para isso, foi utilizado um sistema de construção criado especificamente para o projeto, que foi inspirado no panteão de Roma.
Do alto da Cúpula da Catedral de Florença, os visitantes desfrutam de uma vista panorâmica do centro histórico, mas também de um olhar mais próximo dos afrescos que contam a história do Juízo Final, pintados por Giorgio Vasari e Federico Zuccari entre os anos de 1572 e 1579. Não é necessário entrar na igreja para aceder à Cúpula. A entrada está do lado de fora, na face norte da construção. São 446 degraus até o topo, com alguns trechos bastante estreitos e inclinados. Espere gastar entre uma hora e uma hora e meia ali, sem contar a espera na fila.
A Torre do Campanário
O alto e esbelto edifício do Campanário de Giotto faz companhia ao Duomo no panorama de Florença. Também é decorado hamonicamente com o mesmo padrão de mosaicos de mármore que reveste a igreja, além de 54 inscrições em baixo relevo e estátuas de santos e profetas. Hoje, as estátuas ali são cópias, mas as originais estão expostas no Museu da Ópera do Duomo.
Para ter acesso ao topo e desfrutar de uma vista panorâmica que inclui também a Catedral, é preciso vencer 414 degraus. A subida, no entanto, não é exageradamente pesada, uma vez que há andares intermediários para um merecido descanso. A altura da torre é mais ou menos a mesma da Catedral. Abre todos os dias de 8h30 a 19h30.
O Batistério de San Giovanni
Pra completar o conjunto arquitetônico da Praça do Duomo, vale a pena reservar um tempinho para visitar o Batistério de San Giovanni. A estrutura octogonal remete aos sete dias que Deus levou para criar o mundo, mais o oitavo dia, no qual os cristãos renascem. Assim como na Torre e Catedral, o que impressiona ali são as minúcias. As portas são decoradas com imagens que contam histórias bíblicas com riqueza de detalhes esculpidos em bronze e folheados a ouro. As que a gente vê, no entanto, são apenas réplicas. As originais, trabalho de Lorenzo Ghiberti que foram danificadas em uma enchente em 1966, foram restauradas e hoje estão no Museu da Ópera.
O interior do Batistério não deixa de impressionar. As paredes são revestidas com desenhos ricos em dourado, que também retratam cenas bíblicas. Vale a pena passar algum tempo com o pescoço inclinado para localizar algumas figuras curiosas. A Pia Batismal já batizou vários florentinos famosos, entre eles, Dante Alighieri.
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