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Visita à Catedral de Sevilha e La Giralda

“Façamos uma igreja tão grande que aqueles que a virem terminada pensem que estamos loucos!”. A frase até parece uma daquelas ideias megalomaníacas que a gente tem em mesa de bar e que ninguém nunca leva a sério no dia seguinte, mas, para o bem de Sevilha, o cônego autor da sentença devia ter bastante moral entre os religiosos da cidade no século 15, tanto que eles toparam renunciar a metade de seus salários para financiar a construção. E, seis séculos depois, o resultado está lá: a gigantesca Catedral de Santa Maria da Sede, ou apenas Catedral de Sevilha, bem no miolo do centro histórico, força olhares e caídas de queixo só com sua presença.

Uma das maiores igrejas católicas do mundo, atrás apenas da St. Paul de Londres e de São Pedro, no Vaticano, a Catedral de Sevilha, assim como tantos outros importantes monumentos da Andaluzia, tem raízes muçulmanas. Foi erguida entre 1402 e 1506, sobre as bases de uma antiga mesquita moura – herança da ocupação árabe na cidade – que acabou em ruínas depois de um forte terremoto, em 1356.

Na época, Sevilha florescia econômica e culturalmente e isso precisava ser demonstrado na construção do novo templo. E tudo ali é feito com esse objetivo. São 80 capelas, a nave central mais comprida da Espanha, quatro naves laterais igualmente impressionantes e uma área de 23.500 metros quadrados. Quando foi finalmente inaugurada, a igreja tomava o lugar da Hagia Sophia, em Istambul, como maior catedral do mundo.

Fundos da Catedral de Sevilha

Catedral de Sevilha

Embora grande parte dos símbolos do islã tenham desaparecido ou sido cristianizados ao longo dos anos, a influência moura ainda é bastante evidente na Catedral de Sevilha. Em especial no Pátio de los Naranjos, um jardim de laranjeiras que, antigamente, servia de local para ritos e festas islâmicas, e a torre La Giralda, minarete do século 12 transformado em campanário, que é um dos cartões-postais mais conhecidos da cidade. Sobre ela, há até um dito popular que diz que “não se sabe se foram os homens que a construíram para subir aos céus ou os anjos para baixarem à terra”.

Catedral de Sevilha e La Giralda

E se você acha que a Catedral de Sevilha não poderia ficar mais interessante, é ali dentro que, dizem, jazem os restos mortais de Cristóvão Colombo, aquele mesmo, o das Américas. Seu túmulo é sustentado por estátuas que representam os reinos de Castela, Aragão, Navarra e Leão, que mais tarde vieram a formar parte daquilo que a gente hoje conhece como Espanha. Não faltam motivos para que a igreja conste na lista de Patrimônios Culturais e Históricos da Humanidade da Unesco, onde figura desde 1987, e a visita é sem dúvidas um dos grandes momentos de qualquer viagem à Andaluzia.

Catedral de Sevilha e La Giralda – Informações para visita

Detalhe da Catedral de Sevilha

A Catedral de Sevilha abre diariamente, mas é preciso lembrar que acessos e horários podem ser alterados para celebrações religiosas, principalmente aos fins de semana.

Horários e preços:

De setembro a junho: segunda-feira (de 11h às 15h30), de terça a sábado (de 11h às 17h) e domingos (de 14h30 ås 18h).

Em julho e agosto: segunda-feira (das 9h30 às 14h30), terça a sábado (das 9h30 às 16h) e domingos ( das 14h30 às 18h).

Há oferta de passeios guiados gratuitos pela tarde, mas é preciso reservar com antecedência pelo email info@catedraldesevilla.es.

Adultos pagam 8 euros, estudantes menores de 26 anos e crianças pagam 3.

La Giralda

A subida da torre La Giralda é bastante cansativa, mas a vista lá de cima recompensa os mais corajosos. A torre abre todos os dias e a entrada, independente da entrada na igreja, custa mais 8 euros.

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Por: 360meridianos

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