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Moradores de Sussuarana aproveitaram o projeto Boca de Brasa |
Nem a chuva que caiu ontem em Salvador atrapalhou a quarta edição de 2015 do projeto Boca de Brasa, realizado pela Fundação Gregório de Matos, que aconteceu na Rua Antônio de Freitas, em Sussuarana Velha. O evento reuniu 20 apresentações de música, dança, audiovisual, teatro e poesia que foram resultado de oficinas realizadas no bairro.“Foram seis oficinas realizadas na última semana. De elaboração de projeto e gestão de grupos, sarau literário, teatro, danças urbanas, audiovisual, e criativas de música e homestudio”, explicou Cibele Américo, produtora da Mil Produções, licitada pela FGM para organizar o evento.
No caminhão-palco, que ano passado esteve em dez bairros da cidade, e vai percorrer mais dez até o fim de 2015, o ator Jackson Costa comandou a mostra. “Sempre gostei do Boca de Brasa, desde a época que o Bertrand Duarte fazia o que estou fazendo hoje. Isso estimula a riqueza das pessoas daqui, e mostra que elas podem produzir ainda mais riquezas”, disse.
Para o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, o grande destaque é mostrar o celeiro cultural da cidade. “Temos muita diversidade gerada nos bairros. Isso mostra a necessidade de uma política pública voltada para isso, que é o que a Fundação faz com o Boca de Brasa”, apontou.
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Já passava das 18h quando a primeira atração da programação foi apresentada: um curta -metragem feito pelos integrantes da oficina de audiovisual, ministrada pelo cineasta Paulo Alcântara. Antes, foi exibido um trailer do próximo filme dele - Estranhos - que vai ser lançado em maio. “O objetivo das aulas é despertar a curiosidade para que eles descubram aquela arte e tenham vontade de continuar profissionalmente ou não”, disse Paulo.Em seguida, foi a vez do grupo infantil Filó Brincante. Adriana Ventin, uma das integrantes do grupo contou que eles também acompanham o Boca de Brasa há algum tempo. “Participamos sempre do projeto fazendo teatro e brincadeiras da cultura popular, trazendo alegria para os bairros”, comemorou.O grupo Ventila Salvador, formado pelos músicos Agnoell Djyrubê Crioulo, Shalin Way e Tavis Magalhães, levou música para a plateia. “Já tinha participado de uma oficina na edição anterior e resolvi trazer o meu grupo para cantar. Essa interação com o bairro é importante para divulgar o trabalho”, disse Agnoell.
O hip hop teve destaque da programação. Uma das atrações responsável por isso foi o grupo Dazone. “Participamos da oficina de música e homestudio, que é muito importante para os músicos que estão começando e querem aprender a gravar algo em casa”, afirmou Daniel Souza, 17 anos.
A noite ainda contou com o show de encerramento da Banda Adão Negro, que levou o som do reggae baiano para os moradores de Sussuarana. “Isso aqui é interessantíssimo”, exclamou a cobradora Rebeca Maciel, 27, que chegou cedo com a filha Maria Eduarda, de dez anos, e não saiu até a última apresentação.O próximo bairro a receber o projeto será o Beiru/Tancredo Neves.
No dia 13 de maio, o Boca de Brasa realiza o seu primeiro festival, às 20h, no Teatro Castro Alves. “Vamos levar os grupos que se destacaram nas 13 apresentações anteriores [dez no ano passado e as três anteriores à de Sussuarana] com cachê e toda a estrutura que um local como o TCA oferece”, adiantou Guerreiro.
Tags: Cultura, Música, Teatro, Artes, Grupos, Caminhão-palco
Por: iBahia
