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23 abr Destaques Empreendedorismo

Jorge Paulo Lemann, um brasileiro que deu muito certo (fora do Brasil!). A história inspiradora do 3G Capital também incomoda: dá para considerá-los genuinamente brasileiros?

por Plataforma Brasil
há 59 minutos

Jorge Paulo Lemann, um brasileiro que deu muito certo (fora do Brasil!)

Jorge Paulo Lemann e seus sócios - Foto: Webb Chappell Photography

Por Carlos Jenezi, especialista em marketing e desenvolvimento de produtos, e articulista da Plataforma Brasil Editorial.

Carro leitor, semanas atrás fomos surpreendidos com o anúncio de mais uma megaoperação financeira capitaneada pelo 3G Capital, a fusão das gigantes do setor de alimentação Kraft Foods e Heinz.

A criação do colosso Kraft Heinz, de receitas estimadas em US$ 28 bilhões/ano, foi mais uma realização do trio de brasileiros Jorgel Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles (com a ajuda nada modesta de Warren Buffett, mais uma vez).

Mesmo se tratando de uma operação envolvendo o já famoso trio de megainvestidores brasileiros, tal notícia ainda causa sentimentos contraditórios nesse tão maltratado ouvido. Um misto de esperança em perceber que o capitalismo pujante e arrojado ainda existe, e tristeza em perceber que essa pujança e dinamismo não encontra abrigo no meio empresarial brasileiro.

Claro que enxergar o 3G Capital como um grupo empresarial exclusivamente brasileiro é uma falácia, considerando não somente suas ramificações internacionais, mas o fato de que os negócios mais relevantes envolvendo o trio já são feitos fora do país há tempos. Mas, na ausência de referências de magnitude similar em território nacional, infelizmente é o “pouco” que nos resta.

Analisar a história desse grupo e de seus fundadores nos dá, além das migalhas de um efêmero orgulho nacionalista, uma visão clara e um tanto quanto perturbadora do quanto estamos anos-luz do que se pode chamar de um país desenvolvido.

Quando falo em desenvolvimento e seus indicadores, obviamente não me refiro aos números do Bolsa Família ou dos milhões de brasileiros recém-chegados (e muitos já recém-saídos) da chamada nova classe média. Refiro-me a um país de governo eficiente, instituições sólidas, população instruída e, por que não, empresas fortes, lucrativas e lastreadas em conceitos perenes de gestão.

Quando analisamos esse último, percebemos que o abismo é colossal! Nossos estandartes empresarias genuinamente brasileiros são construtoras atoladas em corrupção, empresas familiares se segurando já na segunda ou terceira geração e, claro, a Petrobrás, que nesse momento de sua história não merece qualquer comentário.

Claro que não podemos nos esquecer de Eike Batista, o garoto prodígio do novo Brasil que, assim como nosso país na capa da “The Economist”, decolou e tão logo caiu.

O Brasil representa hoje o ambiente mais assustador para qualquer iniciativa empresarial séria, a começar por um sistema fiscal caótico, uma legislação trabalhista arcaica, mão de obra pouco especializada e uma infraestrutura capenga, além de governo intervencionista e com profunda aversão pela iniciativa privada.

Todos esses fatores nos deixam cada vez mais distantes de uma base empresarial séria, sólida, que funcione junto com o governo como verdadeira força motriz do desenvolvimento. A consequência mais grave, além do vácuo de desenvolvimento, é o preenchimento desse espaço vazio por aventureiros, especuladores, corruptos e claro, “amigos” do governo.

Enquanto a situação não muda, só nos resta compensar a frustação comendo um hambúrguer com bastante ketchup, tomando uma lata de cerveja e, quem sabe, um chocolate para arrematar. Um brinde ao Brasil que deu certo, ainda que so far away. Até o próximo.

Plataforma Brasil

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Analisar a história desse grupo e de seus fundadores nos dá, além das migalhas de um efêmero orgulho nacionalista, uma visão clara e um tanto quanto perturbadora do quanto estamos anos-luz do que se pode chamar de um país desenvolvido.

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Quando analisamos esse último, percebemos que o abismo é colossal! Nossos estandartes empresarias genuinamente brasileiros são construtoras atoladas em corrupção, empresas familiares se segurando já na segunda ou terceira geração e, claro, a Petrobrás, que nesse momento de sua história não merece qualquer comentário.

Claro que não podemos nos esquecer de Eike Batista, o garoto prodígio do novo Brasil que, assim como nosso país na capa da “The Economist”, decolou e tão logo caiu.

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Especialista diz que, apesar do cenário adverso de preços, a Petrobras manteve seus investimentos e reduziu custos de exploração nas novas áreas

por Portal Brasil publicado: 22/04/2015 17h01 última modificação: 22/04/2015 19h40

As áreas do Pré-Sal estão se tornando rapidamente uma realidade na exploração de petróleo do País. Em março deste ano, houve um aumento de 70% na produção desses poços que ficam nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP). Eles bateram o recorde de 672 mil barris por dia. Esse volume ficou bem acima dos 395 mil barris registrados no mesmo mês de 2014.

Segundo a Petrobras, o Pré-Sal já responde por 24,3% do que a empresa explora – que hoje tem uma média diária total de 2,764 milhões de barris. Os números indicam que o Pré-sal poderá responder por metade de toda a produção nacional no ano de 2018. Trata-se de um avanço significativo de áreas que começaram a ser exploradas a partir de 2010.

Para o diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates, o Pré-Sal mantém uma trajetória de crescimento de produção porque a Petrobras continuou a investir e não se abalou tanto com o cenário de queda de preços internacionais – que passaram de US$ 100 por barril em junho de 2014 para US$ 47 março deste ano.

“A Petrobras manteve uma velocidade de cruzeiro com o Pré-Sal, porque responde ao esforço estratégico do País”, disse Prates. “Enquanto isso, os Estados Unidos estão desmobilizando os investimentos no ‘shale gas’ (gás de xisto) que dependem das empresas privadas.”

Segundo o consultor, as estimativas em 2006 indicavam a viabilidade do Pré-Sal apenas no caso de o barril de petróleo ficar acima de US$ 40. “Arrisco dizer que hoje o Pré-Sal pode ser viável com um piso de US$ 28 por barril. O conhecimento tecnológico adquirido sempre reduz os custos de exploração”, afirmou.

Prates lembrou que o cenário atual tem semelhanças com a situação de meados dos anos 1980, quando o preço do petróleo atingiu níveis históricos baixos, após bater recordes de alta na década anterior. Segundo ele, foi naquele momento que a Petrobras apostou todas as fichas nos investimentos em exploração de águas profundas. Já as grandes empresas privadas decidiram se retirar de regiões como o Golfo do México e o Mar do Norte e depois seguiram os passos da estatal brasileira.

“Essa é a importância de se ter uma estatal, que mantém sua estratégia. O mercado de petróleo não para por conta de conjuntura ruim”, avalia o consultor. “Quem sabe, passado o cenário atual, a Petrobras não vai ensinar outras empresas a explorar óleo do Pré-Sal na costa da Índia.”

Info Pré-Sal 2

Mais tecnologia

O Pré-Sal exige investimentos significativos em tecnologias de exploração em águas profundas. A fabricação de plataformas vem aquecendo nos últimos anos a indústria naval – além de sondas e barcos de apoio. No dia 26 de março, a Petrobras colocou em funcionamento um novo tipo de duto de aço na bacia de Santos que amortece os impactos dos movimentos das plataformas e melhora o desempenho da produção.

Segundo a Petrobras, a produtividade do Pré-Sal está melhor do que se previa. Em 26 de fevereiro de 2015, quando foi alcançado o novo recorde de produção na camada Pré-Sal, 17 poços operaram na Bacia de Santos, nos campos de Lula e Sapinhoá. Esses poços apresentaram uma produção média diária de aproximadamente 25 mil barris, acima da estimativa da produção inicial por poço que era de 15 a 20 mil barris. 

Produção do Pré-Sal cresceu 70% em março

Fonte:

Portal Brasil 


Por: RSS - Economia e Emprego

Economia e Emprego

Até o fim do prazo, são esperadas um total de 27,5 milhões de declarações

por Portal Brasil publicado: 22/04/2015 18h17 última modificação: 22/04/2015 18h17

Até as 11 horas desta quarta (22), mais de 14.246.371 declarações foram recebidas pela Receita Federal. O prazo de entrega termina em 30 de abril e são esperadas um total de 27,5 milhões de declarações.

Pendências de declarações retidas em malha

Os contribuintes que estiverem com declarações retidas em Malha e ainda não foram intimados podem solicitar a Antecipação de Análise da declaração do Imposto de Renda.

Nesse caso, é preciso realizar previamente o agendamento do atendimento por meio do "Atendimento virtual (e-CAC)", acessando o serviço "Extrato do Processamento da DIRPF", disponível na aba "Declarações e Demonstrativos" e obter senha específica para preencher o formulário eletrônico no sistema e-Defesa.

Intimação Fiscal IRPF

Os contribuintes que receberam uma intimação fiscal podem respondê-la por meio do preenchimento de um formulário eletrônico disponível no e-Defesa.

Todas as informações sobre a declaração do IRPF 2015 estão disponíveis no endereço

Fonte:

Receita Federal com informações do Portal Brasil

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons CC BY ND 3.0 Brasil CC BY ND 3.0 Brasil


Por: RSS - Economia e Emprego

Anúncio foi feito nesta quarta-feira (22) pelo ministro Manoel Dias, durante visita às áreas atingidas

por Portal Brasil publicado: 22/04/2015 16h03 última modificação: 22/04/2015 18h43

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, garantiu apoio do Governo Federal para reconstrução de municípios atingidos por tornados em Santa Cantarina, durante sua passagem pelo estado nesta terça-feira (21) e quarta-feira (22). O Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), reconhecerá estado de calamidade pública por procedimento sumário em Xanxerê e situação de emergência em Ponte Serrada, no Oeste do estado. A portaria com os reconhecimentos será publicada na edição desta quinta-feira (23) do Diário Oficial da União.

O ministro do Trabalho e Emprego,Manoel Dias, visitou as áreas atingidas, acompanhado do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e anunciou um mutirão de documentação para atendimento das vítimas 

Eles devem ficar sediados na Prefeitura Municipal e também devem repassar informações para a retirada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por parte dos atingidos pela tempestade.

“Há pessoas que perderam quase tudo o que tinham e, neste momento, recuperar seus documentos é um passo importante para que elas possam reconstruir suas vidas”, destacou o ministro.

Dias lembrou que a carteira é gratuita e que serão levados ao município os kits que permitem a entrega do documento no ato da emissão. Os funcionários devem ser deslocados de cidades vizinhas à Xanxerê.

Fundo de Garantia

Já a liberação do FGTS, no caso de Xanxerê, depende do reconhecimento do decreto de calamidade pública pela Defesa Civil nacional, ligada ao Ministério da Integração Nacional.

Depois disso, a prefeitura deve fazer o levantamento dos atingidos e informar diretamente a Caixa Econômica Federal. Em seguida a instituição financeira, deve chamar as famílias atingidas para um processo de comprovação de que residiam na área afetada.

Com a confirmação, o saque do benefício é liberado. O prazo para o saque é de até 90 dias depois da publicação do decreto. A Caixa ficará responsável por ajudar a prefeitura na homologação da documentação necessária e pela divulgação de um cronograma para o saque do benefício.

Saque do FGTS por calamidade

Na ocorrência de situação de emergência ou estado de calamidade pública, decretada pelo governo do município ou do estado, o titular de conta vinculada do FGTS, que resida em área afetada, poderá movimentar a referida conta por motivo de necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorram de desastre natural. Essa movimentação observa os procedimentos operacionais que se seguem, em conformidade com o Decreto nº 5.113/04.

A decretação pelo Município deve ocorrer no prazo máximo de trinta dias, contados do primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência do desastre natural.

A movimentação de conta vinculada ao FGTS somente poderá ocorrer após o reconhecimento da situação de emergência ou do estado de calamidade pública em Portaria do Ministro de Estado da Integração Nacional e durante o prazo de 90 dias desse ato de reconhecimento.

Após o reconhecimento, o governo do município deverá fornecer à Caixa a declaração das áreas comprovadamente atingidas por desastre natural. Após o recebimento e conferência dos documentos enviados pela autoridade municipal, a Caixa inicia o atendimento aos trabalhadores para solicitação do saque. O trabalhador deve comprovar o endereço residencial para exercer o direito de saque.

Apoio do Exército

O ministro da Integração, Gilberto Occhi,  visitou o município em Santa Catarina e confirmou a presença do Exército para ajudar na remoção dos escombros e na limpeza da cidade e mantém contato com defesa civil local para levantamento dos estragos.

Ontem pela manhã, a presidenta Dilma Rousseff conversou com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), sobre as condições da região atingida pelo tornado no estado. A presidenta determinou a imediata mobilização do governo federal.

Os moradores estão recebendo rolos de lonas, 570 kits de acomodação, 630 colchões e 300 cestas básicas. Além disso, prefeitura do município de Jaraguá do Sul, enviou colchões e cobertores para ajudar as vítimas.

Números

Dados atualizados pela Defesa Civil de Santa Catarina mostram que pelo menos 10 mil pessoas foram afetadas pelo tornado que atingiu o município.

Mais de mil pessoas estão desabrigadas e um balanço preliminar informa que 2,6 mil imóveis foram afetados. A Defesa Civil divulgou também que mais de 300 pessoas receberam atendimentos médicos e 120 foram hospitalizadas.

Fonte:

Ministério do Trabalho e Emprego com informações do Ministério da Integração


Por: RSS - Economia e Emprego

Economia e Emprego

Exportações somaram US$ 10,7 bilhões, 25% das vendas brasileiras ao exterior

por Portal Brasil publicado: 22/04/2015 11h34 última modificação: 22/04/2015 12h09

Divulgação/EBC A mineração foi responsável por US$ 4,9 bilhões desse total
  • Setor mineral tem superávit de US$ 4,2 bilhões no 1º trimestre

A mineração foi responsável por US$ 4,9 bilhões desse total

A balança comercial do setor mineral brasileiro apresentou saldo positivo de US$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano. As exportações do setor somaram US$ 10,7 bilhões, com participação de 25% do total das exportações do país.

Segundo análise feita pela Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, no primeiro trimestre de 2015, as importações da mineração (extrativa) totalizaram US$ 1,7 bilhão, avançando 6,2%, em relação ao mesmo período do ano anterior, atribuído ao aumento dos preços dos principais minérios importados: potássio, fosfato e enxofre bem como ao aumento, em volume, das importações de carvão metalúrgico.

No primeiro trimestre de 2015, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), os royalties da mineração, totalizaram R$ 358 milhões, registrando queda de 27% em relação ao mesmo trimestre de 2014, quando somaram R$ 487 milhões.

No período, foram concedidas 162 portarias de Lavra e 2.360 alvarás de pesquisa.

Fonte:
Ministério de Minas e Energia

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons CC BY ND 3.0 Brasil CC BY ND 3.0 Brasil


Por: RSS - Economia e Emprego

Café com manteiga: mistura está tornando Asprey muito famoso (Photographer: Michael Friberg)

(SÃO PAULO) – Dave Asprey segue sua rotina matinal comum: beber café e tomar algumas drogas. É uma terça-feira em março, e Asprey está em seu escritório na cidade rural de Cobble Hill. Suas crianças brincam em casa, a apenas alguns passos de distância. Ele chega a um armário cheio de garrafas, cuidadosamente retira cerca de 20 e as lava com água. Então ele pega um pouco de café. O líquido marrom leitoso cai em sua caneca de plástico como se fosse uma cerveja Guinness.

Asprey, de 42 anos, se autodenomina um “biohacker” – alguém que usa ciência e tecnologia para fazer com que seu corpo funcione mais eficientemente. Há cerca de 100.000 biohackers ao redor do mundo, estima Asprey, e entre essas pessoas, ele é uma celebridade. Seu site, bulletproofexec.com, contabilizou 6 milhões de visitantes únicos no ano passado. Quase 50.000 pessoas o seguem no Twitter, e ele possui outros 140.000 fãs no Facebook. Desde 2009 ele publica textos de blog e podcasts sobre coisas como óculos alaranjados - os quais ele diz que bloqueiam espectros de luz azul fazendo com que nosso sono seja tão bom que necessitamos de apenas seis horas ou menos – e o mínimo de dias que um homem deveria esperar entre orgasmos, um protocolo que Asprey descobriu em um texto antigo Taoísta: idade menos 7 dividida por 4.

Mas dentre tudo o que ele prega sobre saúde, é o café que ele está bebendo – misturado com manteiga produzida com leite de vaca alimentada com grama e um óleo de cadeia média de triglicerídios (MCT) derivado de óleo de coco – que está tornando Asprey mais famoso.

Ele chama sua mistura de “café à prova de balas”. Consuma a bebida, o nome implica, e você se sentirá invencível. “Gordura e cafeína ajudam a estimular o cérebro”, diz Asprey em seu escritório, tomando outro gole. O café, junto com o coquetel de remédios que acabou de engolir, que inclui vitaminas K e C assim como aniracetam, um farmacêutico desenvolvido para melhorar as funções cerebrais, tem a intenção de fornecer horas de iluminação. “Há uma noção de melhora cognitiva, onde tudo o que você quer dizer está na ponta da língua”, ele diz. “É como comprar um novo computador: você nunca vai querer voltar a usar o antigo”.

Ex-executivo de tecnologia, Asprey passou 15 anos fazendo experiências com sua dieta, sono e exercícios. Ele pagou centenas de milhares de dólares em testes médicos, desde chapas de seu cérebro a sequenciamento de genoma, e chegou a algumas conclusões radicais. Ele desmantelou completamente a pirâmide alimentar – o gráfico de 1992 que aconselhava pessoas a fazer uma alimentação rica em carboidratos e pobre em gordura – e argumenta que a dieta mais correta deveria consistir em aproximadamente 70% de gordura.

É algo parecido com a dieta paleolítica, que proíbe qualquer alimento que não estava disponível no período pré-histórico, com algumas modificações, como permitir arroz branco. “Seus hormônios são feitos de gordura saturada, e a membrana de cada célula de seu corpo é feita de gordura”, diz Asprey. “Quando você entra em uma dieta com pouca gordura, você limita a performance de tantos sistemas chave que é de se esperara que você se sinta cansado”.

No dia 28 de abril, Asprey inaugurará a primeira loja o Bulletproof em Santa Monica, Califórnia, onde o café será servido juntamente coam alimentos gordurosos. Ele também explicou que a marca incluirá suplementos, como seu próprio óleo MTC, proteína de colágeno, que ele diz ser importante para “conter os efeitos degenerativos do envelhecimento”; entre outros.

Em dezembro, ele publicou o livro The Bulletproof Diet, no qual clama que as pessoas que seguem sua dieta rica em gordura podem perder meio quilo por dia. Sua meta final: um dia chegar a vender seu café a prova de balas em uma rede do tamanho do Starbucks.

Asprey me passa um copo, e eu dou um gole. “Bebível?”, ele pergunta. Na verdade é bastante bom. É cremoso e deixa um gosto agradável de oleosidade na língua e nos lábios. “Beber o bulletproof e tomar os remédios inteligentes de manhã é épico”, ele diz. “Não há maneira melhor de começar o dia”.

Em seu núcleo, a Bulletproof é uma varejista de café e suplementos, e é a história de Asprey de redenção biológica que movimenta o produto. Ele viaja o mundo pregando a palavra do seu produto e servindo café em eventos desde o CrossFit Games na Califórnia até o Fórum Econômico Mundial na Suíça.

Ele também fala no Bulletproof Radio, um podcast sobre biohack que teve 10,5 milhões de downloads em 2014. Em um dos dias em que eu visitei Asprey, ele estava gravando com Maximilian Gotzler, que tenta começar um podcast de biohacking ana Alemanha. A mesa de Asprey fica em frente a um minibar repleto de aparatos relacionados ao café a prova de balas, como uma prensa francesa e um liquidificador. Acima da geladeira há uma foto dos anos 1990 de um homem atirando em outro com uma pistola a uma distância curta. O homem que leva o tiro usava um colete a prova de balas.

“Eu pesava 130 kg”, diz Asprey a Gotzler. “Eu fazia exercáicios seis duas por semana e eu cortei meu consumo para cerca de 1.800 calorias ai dia por dois anos. E eu ainda era gordo. Eu comia saladas e meus amigos comiam onion rings, e eles ainda eram magros. Eu disse, ‘isso não está certo’”.

Ao mesmo tempo, a carreira de Asprey estava explodindo. Ele havia ajudado a fundar uma das primeiras companhias de computação em nuvem, a Exodus Communications, em 1998. “Mas eu estava com o pensamento travado”, ele diz. “Meus níveis de energia estavam realmente ruins. E eu era um babaca”.

Após fazer um comentário desagradável a um de seus chefes, Asprey decidiu que estava na hora de algumas mudanças. Em 2005, uma companhia em que ele trabalhava chamada Speedera Networks foi vendida, e ele saiu de lá com US$6 milhões. Ele usou parte desse dinheiro em testes e consultas médicas e estabeleceu uma combinação de drogas “inteligentes”, uma dieta saturada e uma gama de vitaminas e suplementos.

Em 2009, Asprey comia até 4.500 calorias por dia. Ele havia eliminado “alimentos criptonita”, como frutas, que ele diz que causam inflamações e picos nos níveis de insulina e contribuem para o ganho de peso. Ele perdeu tanto peso que, pela primeira vez em sua vida, tinha um “tanquinho”.

Essa dieta incluía o café amanteigado. Em 2004, Asprey havia viajado para Nepal e Tibete para fazer uma trilha no Himalaia. “Eu me sentia péssimo com a altitude”, ele disse. “Então eu experimentei um chá com manteiga”. Asprey diz que a bebida local o transformou, fazendo-o sentir quase sobre humano. “Eu sei que foi o chá. E eu não conseguia parar de beber”. Quando ele voltou aos EUA, ele tentou reproduzir o que havia tomado. Nada funcionava. “Tinha um gosto horrível”, ele diz. Então ele trocou para o café, que havia parado de tomar anos antes porque se sentia mal. Após algumas pesquisas, ele se perguntou se isso ocorria porque estava tomando café de baixa qualidade. “Muito café possui mofo”, ele diz, “e a maior parte dele é tóxica”. Asprey descobriu alguns grãos com pouco mofo da Guatemala, e misturou esses grãos com o óleo de coco e a manteiga. Era delicioso. O café a prova de balas nascia aí.

Em dezembro de 2010, quando era vice-presidente de segurança em nuvem na Trend Micro, ele publicou a receita e falou sobre os benefícios à saúde em seu site. Ele conseguiu pouca atenção. Em dezembro de 2011 ele passou a vender grãos de café no mesmo site. Novamente, houve pouco interesse. Ele falou em um painel chamado “Hack Your Brain” em um festival de tecnologia em 2012. Durante o dia, ele trabalhava na Trend Micro e à noite escrevia posts de blog. Ele diz que suas técnicas de sono permitiam que ele dormisse cinco horas por noite durante dois anos. Ele não sabe dizer exatamente quando, mas em algum momento seu café saiu de um interesse de nicho da cena tecnológica para a última super-comida de Hollywood.

“Parecia estranho”, disse Rick Rubin, co-fundador da Def Jam Records, “mas quando eu provei, eu realmente gostei. E havia calorias o suficiente para me manter satisfeito por horas”. O ator Jeremy Piven, o surfista Laird Hamilton e alguns membros do Lakers falaram sobre a bebida. Ao tor Brandon Routh, mais conhecido pelo seu papel de Superman, disse que o café melhorou sua memória e humor. No Tonight Show, Jimmy Fallon falou sobre o produto com a atriz Shailene Woodley. “Vai mudar sua vida”, ela disse. (“Eu engordei 20 kg”, Fallon brincou).

Em 2013, Asprey largou seu emprego para cuidar do Bulletproof em tempo integral. Ele diz que as vendas de seus produtos cresceram mais de 100% no ano passado – ainda que não tenha dito qual foi o total – que levantou US$2 milhões de investidores-anjo e que a companhia agora tem mais de 20 funcionários. “Cada uma das celebridades que endossaram publicamente, descobriram o produto por outras pessoas, não por mim. Geralmente uma outra celebridade que sentiu os benefícios”, diz Asprey.

Não são muitos os médicos que corroboram com as ideias de Asprey sobre nutrição. “Parece apenas mais uma dieta gorda”, diz Dr. Walter Willet, presidente do departamento de nutrição da Harvard Medical School. “É fraca em açúcares refinados e carboidratos, e isso é bom. Estudos mostraram que o café faz bem, também. Mas adicionar manteiga e carne vermelha não é uma boa ideia. Isso aumenta o colesterol ruim”.

Asprey argumenta o contrário. Em seu livro, ele cita um estudo de 2014 publicado no Annals of International Medicine que disse que gordura saturada não parece ser associada com risco de doenças coronárias. Mas ele se posiciona contra as regras estabelecidas por médicos. “Esse estudo foi feito em retalhos”, diz Christopher Gardner, professor e especialista em dietas na Stanford University School of Medicine. “Os analistas não conseguiram explicar o que mais era diferente nas dietas baseadas em alto consumo de gordura saturada”. Gardner também aponta que o fato de uma sieta ter funcionado para Asprey não significa que ela funcionará para as outras pessoas.

Apesar de não ter treinamento médico, Asprey gosta de argumentar com médicos. Em 2011 ele disse em seu blog que uma dieta rica em carboidratos promovida pelo dr. Dean Ornish havia ajudado a matar Steve Jobs. Ornish comentou na postagem, dizendo que Asprey estava sendo injusto: segundo ele, Jobs havia sido aconselhado a realizar uma cirurgia, mas Jobs insistiu em tentar a dieta primeiro. “O fato é, estamos ambos tentando ajudar as pessoas, mas um de nós está muito errado”, diz Asprey.

Uma noite, Asprey prepara para o jantar uma refeição tipicamente a prova de balas. Ele pica uma couve-flor e a coloca em um liquidificador com uma quantidade gigante de manteiga. Então ele esfrega gordura de porco em um cordeiro, criado em uma fazenda vizinha. Quando esse cordeiro sai do forno, eu pego um pedaço. É cremoso e salgado, e eu não consigo não repetir o prato. Alimentos como esse estarão nas lojas, que servirá todas as refeições. Os preços são salgados: o café custa mais que o dobro do Starbucks. “Nosso café passa por testes caros em laboratórios para garantir que não há toxinas”, diz Asprey. “Você paga por qualidade – algo que não fará você sentir-se mal”.

Especialistas em nutrição basicamente dispensam essa ideia. Sim, o café pode conte mofo, mas isso não necessariamente contém toxinas em um nível perigoso. Dito isto, Asprey está vendendo café de boa qualidade. Mesmo que o mofo no café não traga grandes danos à saúde, o gosto é afetado. “O café fica amargo”, diz Joe DeRupo, porta-voz da Associação Nacional de Café nos EUA.

Os pontos de venda serão equipados com uma iluminação que ajuda que clientes se sintam dispostos durante o dia e durmam melhor à noite; cadeiras e mesas elétricas, que devem dissipar carga estática inflamátória e plataformas de vibração – placas quadradas que vibram, onde as pessoas podem “estimular o fluxo linfático e aumentar níveis de energia”.

A primeira loja está localizada estrategicamente em Santa Monica, porque “Hollywood nos ama”, Asprey diz. Ele estuda outros mercados para expansão. “Eu só quero que as pessoas provem. Se se sentirem melhor, provavelmente vão querer mais”.

Em sua cozinha, eu pergunto a Asprey se ele não se preocupa que pessoas podem ter problemas no futuro ao comer tanta gordura. “De maneira nenhuma. Quando eu comecei a tentar, estava preocupado. Todos os dados me diziam que não era certo, então eu pensei: ‘se eu começar a morrer, não está funcionando’. Mas eu fiquei mais saudável.”

Traduzido por Paula Zogbi


Por: InfoMoney : Bloomberg

Levy: Levy foi enfático sobretudo em relação ao cumprimento da meta no próximo ano

(SÃO PAULO) -- A perspectiva de que a política monetária terá de continuar apertada para assegurar a convergência da inflação para a meta ganha um reforço com os últimos comentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que vão além do seu compromisso com a meta fiscal de 1,2% para este ano.

Embora o combate à inflação seja responsabilidade direta do Banco Central, Levy foi enfático sobretudo em relação ao cumprimento da meta no próximo ano. O comentário de Levy tem peso porque ainda existe dúvida no mercado sobre o rigor do compromisso do BC com o centro da meta, e é esse rigor que determinará até quanto a Selic vai subir e quando a taxa voltará a cair.

“A gente tem que perseguir muito” a meta de inflação em 2016, disse Levy dia 20 de abril em Nova York, após o fechamento do mercado. Frase parece corroborar o discurso mais recente do BC reiterando vigilância contra a inflação e que tem sido visto por alguns participantes como mais severo do que a postura observada nos anos anteriores.

Levy ainda comentou que ter a inflação na meta, ou perto dela, é “muito importante” e um “esforço para continuar”. Levy, mesmo reconhecendo que expectativa para 2016 já se aproximou da meta, dá a entender que a melhora é insuficiente. “O Focus para 2016 está em 5 e pouco. Acho que a gente pode fazer melhor do que isso”.

A ênfase de Levy em uma seara de responsabilidade direta do BC demonstra a relevância do cumprimento rigoroso da meta para reconstruir a confiança do investidor. Com Alexandre Tombini no comando do BC e com Dilma Rousseff na presidência, em nenhum ano o IPCA fechou na meta de 4,5% ao ano, uma frustração que abalou a credibilidade do BC.

Embora o BC ultimamente esteja sendo visto como mais hawkish, analistas do mercado ainda têm dúvidas. Além do rigor em perseguir o centro da meta, não está claro se Tombini e sua equipe tomarão decisões dando mais peso às suas próprias projeções ou às do mercado. Em 2011, o mercado previa IPCA acima da meta e o BC se ancorou em seus estudos para reduzir a Selic inesperadamente, iniciando um ciclo que levou a taxa para um recorde de baixa de 7,25% em 2012.

Os comentários de Levy sugerem que, para ele, a baliza para o cumprimento da meta é o centro, de 4,5%. A referência é a expectativa do mercado, que, ao contrário das projeções melhor comportadas do BC, segue apontando IPCA mais de 1 ponto acima da meta em 2016. E ainda há muito trabalho pela frente.


Por: InfoMoney : Bloomberg

Citi: setor bancário tornou esses homens bilionários, mas ninguém sabia disso (Craig Warga/Bloomberg)

(SÃO PAULO) - Ladeado por compatriotas vestidos com camisas guayabera, Camilo Atala fumava um charuto Rocky Patel e desfrutava da brisa caribenha no Indura Beach Golf Resort, no norte de Honduras.

O grupo se reuniu para discutir a migração infantil em um momento em que Atala, que é coproprietário do resort, fechava um negócio para compra de parte dos ativos do Citigroup Inc. na Nicarágua. Atala havia comprado as operações hondurenhas do Citigroup um ano antes, uma jogada que ajudou a transformar o banco Grupo Financiero Ficohsa no maior conglomerado financeiro de Honduras.

Do outro lado da fronteira, na Nicarágua, Ramiro Ortiz Mayorga estava de olho em outros ativos do Citigroup na região após a aquisição do Banco de la Producción SA, do Equador, em 2013. As aquisições de ambos os banqueiros ajudaram a criar dois dos maiores conglomerados financeiros da América Central.

“Nós acreditamos que os bancos locais têm um papel importante no desenvolvimento econômico do país”, disse Atala, 52, em entrevista em fevereiro. “Nada contra os bancos estrangeiros. Nós somos um player ativo no processo de crescimento”.

O setor bancário tornou os dois homens bilionários, segundo o Bloomberg Billionaires Index. Com um patrimônio líquido de US$ 1,4 bilhão, em grande parte derivado da participação majoritária de sua família no Grupo Financeiro Ficohsa, com sede em Tegucigalpa, Atala é o banqueiro mais rico da América Central. Ortiz, nascido em 1947, tem uma fortuna de US$ 1,3 bilhão, a maior parte dela proveniente de sua participação majoritária no banco nicaraguense Grupo Promerica. Eles jamais apareceram em um ranking internacional de riqueza.

Expansão caribenha

Ortiz começou a erguer seu conglomerado há 24 anos após deixar a empresa hoje conhecida como BAC Credomatic, que foi vendida pelo colega bilionário nicaraguense Carlos Pellas em 2010.

Em suas duas décadas à frente do Grupo Promerica, Ortiz expandiu a empresa a nove países da América Central e do Caribe. Hoje ela possui US$ 11 bilhões em ativos e um valor contábil de US$ 1 bilhão. Ele também mantém uma participação no jornal El Nuevo Diario após resgatá-lo, em 2011, e tem interesses no setor imobiliário e na agricultura.

Mais recentemente, ele vem procurando oferecer serviços bancários juntamente com um canal interoceânico de US$ 50 bilhões na Nicarágua proposto pelo bilionário Wang Jing, de Hong Kong. As empresas de Atala vão da Guatemala ao Panamá e possuem US$ 4,2 bilhões em ativos. Os Atala também dividem o controle da empresa de varejo Colonia com a família Faraj e são donos da incorporadora imobiliária Proyectos Servicios Inmobiliarios.

Pobreza, violência

Após o golpe de Estado em 2009, Atala liderou um conselho empresarial local que fez lobby contra o retorno do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya. A pobreza e a violência dispararam em um dos países mais jovens da América Latina após o golpe.

Atala, que já foi ministro de investimentos, contou com uma certa ajuda externa para erguer sua fortuna. A International Finance Corp., do Banco Mundial, fez um investimento de US$ 70 milhões em 2011 para, segundo a empresa, criar empregos expandindo o acesso ao crédito para pequenas empresas.

“Camilo foi inteligente ao vender ações ao Banco Mundial”, disse Jaime Rosenthal, um colega hondurenho que dirige a empresa Grupo Continental. “O Ficohsa atualmente está crescendo no ramo de cartões de crédito, um dos segmentos mais rentáveis dos mercados financeiros em Honduras”.

Falha em política

O IFC apurou as práticas adotadas para os empréstimos do Ficohsa em um relatório de um ombudsman, em agosto de 2014, que apontou que a instituição não entendia completamente o ambiente operacional arriscado e os clientes do banco. Entre esses clientes estão a Corporación Dinant, uma empresa de azeite de dendê africano (óleo de palma) ligada ao tráfico de drogas que foi acusada de usar de violência para desapropriações forçadas de terras de agricultores.

A Dinant nega qualquer irregularidade. O porta-voz Roger Piñeda disse, em resposta por e-mail, que a empresa está cooperando com os investigadores e que desarmou suas equipes de segurança em uma tentativa de estabilizar a situação.


Por: InfoMoney : Bloomberg

(SÃO PAULO) – As empresas de energia desesperadas para evitar uma potencial falta de financiamento estão ganhando uma segunda chance no mercado de bonds, o que lhes permite continuar perfurando enquanto procuram resistir à queda do preço do petróleo.

A Halcon Resources Corp., dirigida por um dos arquitetos do boom do xisto nos EUA, vendeu na terça-feira US$ 700 milhões em bonds que pagam yields junk e comprometeu ativos como garantia da dívida. A empresa de Houston se une às exploradoras Energy XXI Ltd. e Goodrich Petroleum Corp. como as principais emissoras de quase US$ 10 bilhões em ofertas de bonds com garantias de segundo grau nos EUA neste ano, um ritmo recorde para a emissão desses títulos, segundo dados compilados pela Bloomberg.

As empresas estão recebendo uma tábua de salvação no momento em que os bancos estão reduzindo as linhas de crédito atreladas ao valor das reservas de petróleo. Elas têm conseguido acumular mais dívidas porque suas obrigações existentes – a maioria das quais foi emitida no auge do boom do xisto – excluem as restrições a empréstimos exigidas normalmente pelos investidores em bonds junk. Agora, esses detentores de dívida estão sendo punidos porque os novos credores terão direitos mais fortes sobre os ativos.

“É algo assim como a última bala no revólver para muitas dessas companhias em situação mais precária”, disse John McClain, gerente de recursos que ajuda a supervisionar US$ 15 bilhões na Diamond Hill Investment Group, com sede em Columbus, Ohio, em entrevista por telefone. “Vimos cláusulas fracas no espaço geral da energia, portanto a capacidade de emitir garantias de segundo grau certamente existia. É algo negativo para os detentores sem garantias, já que dilui sua reivindicação”.

Ajustes

As petroleiras estão enfrentando ajustes em suas linhas de crédito neste mês, porque os bancos estão reavaliando a quantidade máxima de dinheiro que elas podem pedir emprestado, uma determinação com base no valor de suas reservas de petróleo. Normalmente, os empréstimos são reajustados em abril e outubro, o que implica que o aperto atualmente em andamento pode piorar.

Apesar de alguns exploradores de petróleo e gás terem sido completamente barrados dos mercados de capitais, a estabilização dos preços do petróleo está incentivando os investidores a emprestar dinheiro àqueles com as maiores possibilidades de sobrevivência.

A Halcon aumentou o tamanho da sua oferta de bonds com garantias de segundo grau em 40 por cento ontem depois de oferecer um yield de 8,625 por cento, mostram dados compilados pela Bloomberg. Ao mesmo tempo, os US$ 2,8 bilhões da empresa em bonds sem garantias caíram, perdendo US$ 86 milhões em valor de mercado.

Energy XXI

A Energy XXI vendeu US$ 1,45 bilhão em bonds em março para ajudar a pagar empréstimos em sua linha de crédito e evitar um potencial aperto pelos seus bancos. Esses bonds foram emitidos a uma das taxas mais acentuadas para um mutuário com rating junk no mercado dos EUA neste ano, com um yield de 12 por cento sobre as notas.

Os US$ 650 milhões em notas da empresa sem garantias a 6,875 por cento caíram 17 centavos de dólar, para 35,75 centavos por dólar, desde o anúncio da sua oferta com garantias de segundo grau, mostram dados do Trace, o sistema de informação de preços de bonds da Autoridade Reguladora da Conduta Financeira dos EUA.

Em março, a Goodrich Petroleum disse que concordou em vender US$ 100 milhões em notas com garantias de segundo grau para ajudar a reembolsar uma linha de crédito que estava sendo eliminada. A empresa deve US$ 12,47 pelo equivalente a cada barril de petróleo em suas reservas comprovadas, a segunda maior quantidade entre as empresas do índice Bloomberg Intelligence E&P para as quais existiam dados disponíveis no fim do ano.

“As notas com garantias de segundo grau podem fornecer a liquidez necessária para a sobrevivência de uma empresa”, disse McClain da Diamond Hill. “A maioria das coberturas desaparecerá perto do fim deste ano ou no começo do ano que vem. Será quando elas começarão a sentir as consequências negativas se não foram capazes de limpar o balanço”.


Por: InfoMoney : Bloomberg

Wall Street: Venezuela é um país que deixou de divulgar até mesmo os dados econômicos mais básicos (Steven Brahms/ Bloomberg News)

(SÃO PAULO) - Os investidores em bonds suspeitam que o governo venezuelano está com o caixa quase vazio. Mas a que ponto? Essa é uma pergunta complicada.

Afinal de contas, a Venezuela é um país que deixou de divulgar até mesmo os dados econômicos mais básicos -- coisas como inflação e gastos do governo -- com regularidade.

Considerando o tamanho das apostas, e com muitos investidores se preparando para o calote iminente, analistas de Wall Street se esforçam para preencher a lacuna. Empresas como Bank of America Corp. e Barclays Plc criaram suas próprias séries estatísticas para tentar ajudar os investidores a entender o tamanho da restrição de caixa do país. É um exercício desafiador, disseram eles.

“Nós tivemos que construir essa série com base em tudo o que você possa imaginar”, disse Francisco Rodríguez, um venezuelano que cobre o país para o Bank of America, por telefone, de Nova York. “Eu me sinto um detetive particular. Você tem que tentar encontrar os dados. A polícia pelo menos tem poder para reunir provas -- eu não tenho”.

Embora a ausência de dados -- ou a falta de dados confiáveis -- complique a vida dos investidores há anos em países como Argentina e Grécia, o vácuo na Venezuela se tornou especialmente problemático porque a queda de 50 por cento nos preços do petróleo, de junho para cá, está estrangulando a fonte de quase todas as receitas em dólares do país.

Jogo de adivinhação

Com cerca de US$ 10 bilhões em pagamentos de bonds com vencimento em fevereiro do ano que vem, os traders de derivativos apostam que a probabilidade de o país ficar sem dinheiro para pagar dívidas no ano que vem é de quase 50 por cento -- a mais alta do mundo depois da Ucrânia e da Grécia.

O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu a um pedido de comentário enviado por e-mail a respeito da confiabilidade dos dados.

Embora as autoridades do Fundo Monetário Internacional digam que não há grandes problemas nos dados da Venezuela, os analistas de bonds afirmam que a situação ficou claramente pior de dezembro de 2013 para cá. Foi quando o governo do presidente Nicolás Maduro, que havia ocupado o lugar do falecido Hugo Chávez seis meses antes, começou a atrasar a divulgação das estatísticas de inflação, segundo o economista Armando Armenta, do Deutsche Bank AG.

A Venezuela reportou dados sobre o custo de vida no país pela última vez há quase cinco meses, quando informou que os preços ao consumidor haviam subido 68,5 por cento em relação ao ano anterior. Esta é, de longe, a maior taxa de inflação do mundo.

Substitutos criativos

Alejandro Grisanti, economista do Barclays, diz que agora observa a receita tributária da Venezuela para obter uma estimativa de inflação. Com base em um aumento reportado na arrecadação de impostos no primeiro trimestre, de mais de 120 por cento -- em um momento em que a economia na verdade encolheu --, ele projeta que a inflação tenha superado os 100 por cento.

Enquanto Chávez esteve no poder, “sempre houve atrasos e talvez o nível de detalhamento e a qualidade dos dados fossem baixos”, disse Grisanti, por telefone, de Nova York. “Agora, parece que o presidente Maduro optou por uma política estatal de não publicar dados”.

Para Robert Rennhack, vice-diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, os dados econômicos da Venezuela “não são um problema”. O FMI censurou a Argentina em 2013 por informar dados inexatos de estatísticas como, por exemplo, da inflação

“Eles fornecem dados em uma base suficientemente razoável”, disse ele a repórteres em Washington no dia 17 de abril.

Isso não é suficiente para confortar os detentores de bonds em um momento em que as reservas estrangeiras da Venezuela não chegam a cobrir os quase US$ 30 bilhões em pagamentos de dívidas do país com vencimento até 2017. Apenas 15 por cento das reservas do país eram realmente mantidas em dinheiro no fim de março, segundo o Bank of America.

“A disponibilidade de informações macro e financeiras com regularidade de tempo é essencial para saber onde colocar seu dinheiro”, disse Fernando Losada, economista da AllianceBernstein, por e-mail.


Por: InfoMoney : Bloomberg

Petróleo: aumento da produção em um momento em que o crescimento econômico mundial cambaleia acarreta mais perdas para commodities (Bloomberg)

(SÃO PAULO) – As depressões do petróleo bruto, do minério de ferro e do carvão provavelmente se estendam até chegar a US$ 40, segundo o Merchant Commodity Fund, que retornou 59 por cento no ano passado.

O aumento da produção em um momento em que o crescimento econômico mundial cambaleia acarreta mais perdas para as commodities, que recuaram pelo menos 31 por cento nos últimos doze meses, segundo o fundo de US$ 280 milhões, administrado por Doug King e Michael Coleman. A demanda por matérias-primas diminuirá à medida que a China utilizar commodities menos intensivamente, disse Coleman.

Dados publicados na semana passada mostraram que a economia da China se expandiu ao menor ritmo desde 2009 no primeiro trimestre, e os dados sobre produção, investimentos e varejo apontam para um aprofundamento da desaceleração. A economia do país está em transição, afastando-se da fabricação industrial e da construção, e a Europa está lidando com os efeitos de uma crise de dívida e crescendo a metade da taxa dos EUA.

“US$ 40 é o número”, disse Coleman na segunda-feira em uma entrevista na Financial Times Commodities Global Summit em Lausanne, Suíça. “Para ter mercados de commodities fortes, é preciso um crescimento do PIB global de 5 por cento”.

A economia mundial se expandirá 2,9 por cento neste ano e 3,2 por cento em 2016, segundo previsões de economistas compiladas pela Bloomberg. A cifra se compara a 4 por cento em 2010.

O West Texas Intermediate, o petróleo bruto de referência para os EUA, caiu 46 por cento nos últimos doze meses, para US$ 56,16 por barril, já que a Organização de Países Exportadores de Petróleo manteve sua produção diante de uma superabundância mundial causada pelo boom da produção nos EUA. O minério de ferro declinou 55 por cento, para US$ 51,57 por tonelada seca, e os preços do carvão na Europa recuaram 31 por cento, para US$ 57 por tonelada.

Minério de ferro

É improvável que os preços do minério de ferro, que neste mês caíram para seu menor valor desde 2005, se recuperem porque a China subsidia seus produtores, e a desaceleração do crescimento está prejudicando a demanda por carvão, disse Coleman, cujo fundo subiu 9,6 por cento neste ano até março. A economia da China se expandirá 7 por cento em 2015, a taxa mais baixa desde 1990, predizem os economistas.

As commodities estão voltando a ter desempenhos observados nas décadas de 1980 e 1990, quando o crescimento econômico alcançou 5 por cento durante períodos breves e os preços se mantiveram estáveis durante intervalos prolongados, disse ele. O Goldman Sachs Group Inc. e o Citigroup Inc. predisseram o fim do “superciclo” de alta dos preços das commodities.

A recuperação de 34 por cento do petróleo ocorrida desde meados de março é prematura, disse Coleman, cujo fundo observou um crescimento dos ativos sob gestão de US$ 136 milhões no começo do ano passado para US$ 280 milhões no fim de março. Apesar de que os perfuradores dos EUA estão utilizando menos torres depois do afundamento, eles poderiam voltar a ativá-las rapidamente se os preços subissem para US$ 60 por barril, disse ele.

“Provavelmente estejamos um pouco mais pessimistas do que as oscilações dos preços têm sido nas últimas seis semanas”, disse ele, acrescentando que o petróleo continuaria baixo enquanto o crescimento mundial não chegar a 5 por cento. “Desativar torres de perfuração tem a ver com a produção de amanhã. Ninguém fez nada para parar a produção de hoje”.


Por: InfoMoney : Bloomberg

Kaisa: construtoras chinesas não estão em sua melhor forma (Sun xinming/AP Photo)

(SÃO PAULO) – A Kaisa Group Holdings tornou-se a primeira construtora inadimplente em sua dívida em moeda norte-americana após não conseguir honrar pagamentos em dois bonds em dólares.

A companhia não pagou US$52 milhões em taxas em notas de 2017 e 2018 com vencimento no mês passado, de acordo com um comunicado da bolsa de Hong Kong na segunda-feira. A Kaisa tinha até segunda para realizar os pagamentos após um período de 30 dias que expirou no fim de semana.

A dívida da companhia segue uma série de contratempos ocorridos desde dezembro, coroados pelo retorno surpreendente do fundador Kwok Ying Shing na semana passada. A construtora promoveu maneiras de servir 65 bilhões de iuanes (US$10,5 bilhões) em dívidas que devia a credores enquanto também envolveu-se em investigações de corrupção realizadas pelo presidente Xi Jinping.

A Kaisa “foca em facilitar o lançamento de seus resultados financeiros auditados de 2014”, de acordo com um comunicado. Depois desse lançamento, a companhia “continuará seus esforços para atingir uma reestruturação consensual de suas dívidas restantes”.

No mês passado, a Kaisa atrasou o anúncio de seus resultados de 2014, dizendo que os auditores precisavam de mais tempo para verificar suas contas. Pode haver um “ajuste significativo” nos números, disse a companhia no dia 31 de março, sem dizer quando os resultados seriam lançados.

Os lucros de algumas construtoras chinesas devem deteriorar-se em 2015 e mais inadimplências podem acontecer, disse o S&P em um relatório na sexta-feira. Resultados anuais de construtoras em 2014 indicam que muitas estão em uma forma “muito pior” do que estavam no ano anterior.

A Moody’s espera que construtoras chinesas tenham resultados mais estáveis nesse ano, por conta de uma regulamentação mais solta e expansão mais cautelosa, disse um relatório da companhia na sexta-feira.


Por: InfoMoney : Bloomberg

Bolsa: opções podem tornar negociações mais difíceis para investidores (ChinaFotoPress via Getty Images)

(SÃO PAULO) – As pessoas que gerenciam o gigante fundo soberano da Noruega fizeram uma descoberta. Acontece que quando o comércio de ações é realizado em muitos lugares diferentes, pode ser mais difícil para investidores conseguir um bom acordo – ou ao menos conseguir saber se estão fazendo um bom acordo. Uma reportagem da Bloomberg disse o seguinte:

“’Há uma taxa de aluguel em todos esses intermediários’, disse Oeyvind Schanke, diretor de estratégia de fundos de ativos, disse por telefone na sexta-feira. ‘tentamos convencer as pessoas de que precisamos trazer um poucoa disso de volta para onde começamos ao levar os participantes a encontrar-se, criando uma utilidade que está lá para a fatia de blocos de transações de tamanho institucional”.

Para mim, o que eles chamam de “utilidade” tem outro nome: mercado financeiro.

Na verdade, esse nome provavelmente não daria certo, porque o mercado possui uma definição muito específica. Em um artigo lançado na semana passada, o Norges Bank Investment Managment define as transações ocorridas na bolsa como “espaços transparentes e iluminados” onde outras pessoas podem ver seus pedidos. A bolsa de valores evoluiu para trabalhar dessa maneira por diversas boas razões, mas isso sempre foi um problema para investidores com grandes blocos de ações para comprar ou vender – em uma transação, o preço se move contra você quando outros no mercado reagem ao conhecimento de que alguém está tentando vender uma tonelada de ações.

Como resultado, havia uma tradição de “transações no degrau acima” que ultrapassam o piso da troca. Iniciada nos anos 1960, conforme investidores institucionais como fundos de pensão começaram a ocupar o papel principal em mercados de ações dos EUA, corretoras – com a liderança do Goldman Sachs – construíram um negócio de bloquear transações nas quais eles corriam o risco de mover grandes blocos de ações. Em 1986, a Instinet automatizou esse processo com um leilão “after-hours” que combinava pedidos no preço de fechamento do dia. Vladimir Markov e Tito Ingargiola escreveram em um artigo informativo de 2013:

“Isso se mostrou popular, conforme permitia que participantes do mercado realizassem negociações com pouco ou nenhum impacto de mercado quando elas realmente fossem negociadas, e prevenia o vazamento de informações quando um acordo não fosse alcançado, já que os pedidos não eram expostos ao mercado luminoso”.

Markov e Ingargiola trabalharam no Liquidnet (Markov ainda trabalha), outro “reservatório de blocos de mercado às escuras” que começou suas operações em 2001. No início dos anos 2000, transações bloqueadas eram um quarto do volume de ações dos EUA. Com a crescente fatia de ações detidas por instituições e novas maneiras espertas de conseguir negócios como a Liquidnet, você poderia imaginar que negociações em blocos continuaram a crescer.

Em vez disso, em meio a uma explosão de competição, encorajada por reguladores e permitida pela tecnologia, esse tipo de negociação entrou em colapso. Em 2012, menos de 5% das ações negociadas em mercados norte-americanos estavam em blocos de 10.000 ou mais. Em vez de negócios em grandes blocos, as instituições agora quebram seus pedidos em pedaços muito menores que então são encaminhados algoritmicamente por corretoras para qualquer troca ou liquidez que pareça oferecer o melhor preço.

Ou algo do gênero – os muitos parágrafos que os noruegueses dedicam a estratégias de transações com algoritmos no jornal as semana passada não são inteiramente compreensíveis para um leitor leigo. O cenário de negócios pelo qual eles tentam navegar parece estar no mesmo universo que Michael Lewis descreveu em “The Flash Boys”. Mas muito mais confuso, da perspectiva de um investidor. Os noruegueses acreditam que estão fazendo um ótimo negócio, e aprenderam a evitar algumas enrascadas, mas eles gostariam muito se pudessem voltar a negociar mais de suas ações em grandes blocos.

Na verdade, ações em bloco vêm ressurgindo timidamente, tanto da maneira amis antiga, com corretoras, quanto em versão eletrônica. Muitas novas transações em blocos foram lançadas recentemente, entre elas a IEX, startup no coração da reportagem de Lewis.

Mas isso não é necessariamente melhor, porque, como escrevem os noruegueses, “a probabilidade de encontrar um acordo diminui geometricamente com o número de locais”. Em outras palavras, conforme o número de ações negociadas em bloco cresce, as chances de que você encontre alguém disposto a comprar essas 20.000 ações de suas mãos encolhe.

Você pode imaginar que a competição resolveria esse problema levando todas as negociações em blocos a um agrupamento vencedor, mas na verdade a competição entre blocos tem levado a “rápidas mudanças no mercado relativo, lideradas pela estrutura de taxas, bem como serviços complementares oferecidos pelo local de trocas”. Em um dia, um bloco é o melhor; no dia seguinte, o cenário é outro. É muito difícil para os investidores manterem um radar. É por isso que os Noruegueses gostariam de ver investidores institucionais juntos, construindo ou promovendo a construção de uma utilidade de ações em blocos. De um artigo da Bloomberg:

“Somos a favor de reduzir o número de espaços para negociações em blocos”, disse Schanke. “Apenas um provavelmente seria perfeito”.

Agora lembre-se, isso é como as coisas funcionavam no passado, quando a bolsa de valores possuía algo próximo de um monopólio nas negociações de ações listadas. Mudanças regulatórias e tecnológicas quebraram esse monopólio. Mas acontece que nas bolsas de valores, um monopólio pode ser útil.


Por: InfoMoney : Bloomberg

HSBC: maior banco da Europa, tem enfrentado pedidos de mudar seu domicílio (Bloomberg)

(SÃO PAULO) – O HSBC Holdings Plc considerará mudar sua sede para fora de Londres quando o ambiente regulatório ficar mais claro, disse o presidente Douglas Flint.

“Estamos começando a observar a forma final da regulamentação e da reforma estrutural e assim que essa garoa se dissipar o suficiente, nós começaremos novamente a ver qual é o melhor lugar para o HSBC”, disse Flint, 59, em uma reunião de acionistas em Hong Kong nesta segunda-feira depois que um investidor o instou a abandonar Londres.

O HSBC, o maior banco da Europa, tem enfrentado pedidos de mudar seu domicílio e sair da capital britânica depois que o governo aumentou a taxa cobrada aos balanços de bancos pela oitava vez neste ano. O HSBC é o mais afetado pelo imposto e pagou 750 milhões de libras esterlinas (US$ 1,1 bilhão). Os partidos Trabalhista e Conservador prometeram um regime fiscal mais oneroso para os bancos nos seus manifestos para a eleição do Reino Unido em 7 de maio.

“Os bancos e os salários continuam sendo bucha de canhão fácil para os políticos”, disse Jonathan Tyce, analista bancário sênior da Bloomberg Intelligence em Londres. “As linhas entre os partidos Trabalhista e Conservador estão mais embaçadas do que o normal e em nenhum caso o horizonte é prometedor para os bancos e os banqueiros”.

Pressão dos acionistas

O Standard Chartered Plc, outro banco britânico que, como o HSBC, ganha a maior parte dos seus lucros na Ásia, também está sendo impelido pela Aberdeen Asset Management Plc, sua segunda maior acionista, a se relocalizar na Ásia devido ao custo de estar em Londres.

O HSBC adiou uma revisão da possibilidade de mudar sua sede para fora de Londres em 2012, dizendo que enquanto o ambiente regulatório não estivesse mais claro, era impossível se tomar uma decisão. Entes reguladores do mundo inteiro têm pressionado os bancos para que assinalem mais capital contra potenciais prejuízos a fim de evitar uma repetição da crise financeira de 2008.

O CEO Stuart Gulliver também pediu desculpas aos acionistas na reunião pelo escândalo que submergiu sua unidade de serviços bancários privados na Suíça. Ele foi criticado pelos legisladores britânicos depois que documentos vazados mostraram que a operação assessorava clientes sobre como sonegar impostos. O banco, que pagou ou assinalou US$ 3,7 bilhões para multas e compensações a clientes, também é objeto de um inquérito penal na França por sonegamento de impostos.

Gulliver disse que o banco está comprometido a aumentar seu dividendo, mas Flint disse que o imposto adicional limita a quantidade de dinheiro disponível. O banco pagou US$ 9,6 bilhões em dividendos aos acionistas no ano passado.


Por: InfoMoney : Bloomberg

(SÃO PAULO) – A pressão da China sobre o domínio dos EUA no mercado de comércio e finanças pode envolver ouro – muito ouro.

O metal não é mais usado como apoio ao dinheiro em papel, mas permanece uma grande fatia das reservas de bancos centrais nos EUA e na Europa. A China tornou-se a segunda maior economia do mundo em 2010 e aumentou esforços para fazer do iuane um competidor viável conta o dólar; Isso levou a especulações de que o governo estocou ouro como parte do plano para diversificar US$3,7 trilhões em reservas em moeda estrangeira.

O Banco da China pode ter triplicado suas reservas do metal precioso desde a última atualização em abril de 2009, para 3.510 toneladas métricas, de acordo com a Bloomberg Intelligence, com base em dados de comércio, saída doméstica e números da China Gols Association. Uma reserva dessa magnitude seria menor apenas que a de 8.133,5 toneladas dos EUA.

“Se você quer se posicionar como uma moeda reserva, você pode querer possuir ativos em seu balanço ao invés de outras moedas”, disse Bart Melek, diretor de estratégia de coammodities na TD Securities. O ouro é “certamente visto como um estoque viável de valor para uma potência global em ascensão”, segundo ele.

A China pode estar se preparando para atualizar sua divulgação de bens, porque políticos estão pressionando para adicionar o iuane à cesta de moedas do FMI, conhecida como Direito de Saque Especial, que inclui dólar, euro, iene e libra esterlina. O registro pode ocorrer antes das reuniões do FMI no mês que vem ou em outubro, disse a Nomura Holdings em relatório do dia 8 de abril.

Função monetária

O ouro ocupava um papel central no sistema monetário internacional até o colapso do âmbito de taxas de câmbio Bretton Woods em 1973, de acordo com o FMI. O papel do metal precioso diminuiu desde então, mas o fundo ainda possui 2.814 toneladas e a maioria dos bancos centrais possui alguma reserva em seus balanços. A Rússia mais que triplicou suas reservas desde 2005.

A China é a maior produtora de ouro e ficou atrás apenas da Índia entre os maiores consumidores no ano passado, mas a quantidade do metal que seu bancoa central reportou em 2009 é apenas 1% das reservas em moeda estrangeira, que cresceu mais de cinco vezes em uma década e é a maior do mundo. A maior parte dessa reserva está em dólares.

O FMI estima que o dólar corresponda a 63% dos acúmulos de bancos centrais, sendo que o segundo colocado, o euro, contabiliza apenas 22%. Dados da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais mostram que a moeda norte-americana era usada para 43% dos pagamentos ao redor do mundo em fevereiro.

Programas aprovados

A China está promovendo o iuane internacionalmente, mas dados mostram que a moeda foi usada em apenas 1,8% dos pagamentos internacionais em fevereiro. Investidores privados – chineses ou não – podem fazer transações para dentro e fora do país apenas através de programas aprovados e em quantias limitadas, e mudanças no valor da moeda são permitidas apenas limitadamente.

A adição de ouro e outros ativos diminuiria a dependência chinesa no dólar, disse Nathan Chow, economista no DBS Group Holdings.

Isso poderia alimentar a visão de que a China possui “uma moeda que é bem apoiada por uma gama de ativos diferentes”, disse Steven Dooley, estrategista de câmbio na Western Union. “As moedas com mais liquidez tendem a possuie mais reservas em moeda estrangeira”.

Mistério de mercado

Com a China divulgando tão pouco sobre seus acúmulos, descobrir quanto o banco central possui em seus cofres é de grande interesse para negociadores. Uma confirmação de mais reservas sinalizaria a importância do metal como reserva e impulsionaria esse sentimento do mercado, disse Melek. Em um momento em que os preços estão caindo, a compra poderia fornecer apoio, disse Suki Cooper, diretor de commodities no Barclays Plc em NY.

Em um raro comentário sobre ouro, Yi Gang, vice governador do banco central disse em março de 2013 que o país poderia investir apenas até 2% de seus ativos em moeda estrangeira em ouro, porque o mercado era pequeno demais.

Mais escopo

“Eu não esperaria um grande salto em ativos de ouro”, disse Andy Ji, estrategista de câmbio no Commonwealth Bank of Australia em Singapura.

Anish Bhatia, gerente de relações governamentais do Conselho Mundial de Ouro, disse que há muito espaço para a China expandir. É ideal para bancos centrais possuir de 4 a 10% de seus ativos em ouro, ele disse. O PBOC pode já deter ao menos 3.000 toneladas, disse Warren Hogan, economista chefe no Australia & New Zwaland Banking Group em Sidney.

“Durante a história chinesa, o ouro sempre foi uma forma de demonstrar poder”, disse Kenneth Hoffman, analista de metais e mineração da Bloomberg Intelligence no dia 9 de abril. “Eles estão pensando sobre como fazer com que sua moeda seja mais internacional, então essa é uma possível razão pela qual estariam comprando tanto ouro”.


Por: InfoMoney : Bloomberg

Tecnologia: ações do setor se encontram na difícil situação de terem que gerar US$ 320 bilhões em lucros neste ano (Stephen Morton/Bloomberg)

(SÃO PAULO) – Poucas companhias se beneficiaram mais com o mercado em alta dos EUA que começou em 2009 do que as empresas de tecnologia, e não há companhias com as quais os investidores contem mais para gerar os lucros necessários para continuar adiante.

Como grupo, as ações de empresas de informática e biotecnologia que formam o Nasdaq 100 Index observaram um salto no seu valor de mercado de US$ 3,3 trilhões desde março de 2009, mais do que qualquer outro setor. Agora, elas se encontram na difícil situação de terem que gerar US$ 320 bilhões em lucros neste ano, somatório maior do que aquele ganho pelas empresas tecnológicas no auge da mania pela internet.

Caso não consigam, o fracasso entraria em uma lista cada vez maior de preocupações dos investidores, que abrange das taxas de juros do Federal Reserve (Fed) até uma série de relatórios econômicos decepcionantes. Os comunicados coletivos sobre as avaliações quase não fazem sentido em um grupo cujos múltiplos apresentam a maior variação nos últimos quinze anos. Mas o mercado está perdendo a paciência com os fracassos.

“Essas empresas têm que acertar em cheio”, disse Jeff Sica, que supervisiona US$ 1,5 bilhão como presidente e CEO da Circle Squared Alternative Investments em Morristown, Nova Jersey. “Se elas não se saírem bem, você pode começar a contar os minutos até o fim deste mercado em alta”.

Surpresas

A possibilidade de elas fracassarem também é remota. Entre dois dos quatro maiores colossos da tecnologia que anunciarão resultados nesta semana, o Facebook Inc. e a Microsoft Corp., somente três dos últimos 18 relatórios trimestrais das duas companhias ficaram aquém do esperado. No caso do setor inteiro, na temporada iniciada há duas semanas, cerca de 80 por cento das empresas de tecnologia informaram lucros acima da média de estimativas dos analistas.

Tampouco há pânico entre os investidores. As ações do Nasdaq caíram junto ao resto das ações mundiais na sexta-feira, mas elas estão se aproximando de um marco histórico. Treze anos depois de tocar fundo no colapso das empresas pontocom, que apagou US$ 6 trilhões do valor das ações, o Nasdaq 100 está a 8 por cento de voltar a alcançar o recorde estabelecido em 2000 depois de crescer 317 por cento desde 2009.

Dentro do Nasdaq 100, a diversidade de avaliações raramente foi mais ampla. A média de desvios da média de razões entre preços e ganhos é de 106 por cento, com múltiplos de lucros que vão de um máximo de 2.654 até um mínimo de 8,3, mostram dados compilados pela Bloomberg. Sem contar o impacto do Facebook, que realizou sua abertura de capital em 2012, o único momento em que as diferenças foram maiores foi em 2000.

O diferencial representa a brecha entre empresas mais antigas, cuja linhagem se remonta à década de 1990 ou ainda antes, e nova estirpe de empresas de redes sociais e biotecnologia. A Micron Technology Inc., a Intel Corp. e a Qualcomm Inc. estão entre as ações com razões entre preço e lucros inferiores a 15, ao passo que as do Facebook e da Regeneron Pharmaceuticals Inc. superam 70.

Microsoft, Facebook

A Microsoft informará os resultados para o terceiro trimestre fiscal em 23 de abril. Os analistas antecipam uma queda de 23 por cento dos lucros e uma alta de 3 por cento das vendas, segundo dados compilados pela Bloomberg. Suas ações foram negociadas a 15,8 vezes os lucros nos últimos 12 meses, perto da média desde 2005 e mais de 2 pontos abaixo do S&P 500.

Os analistas dizem que o Facebook terá um crescimento dos lucros de 19 por cento e uma expansão das vendas de 43 por cento no primeiro trimestre. Avaliadas a quatro vezes o múltiplo do S&P 500, as ações da empresa continuam sendo muito mais baratas do que nos últimos três anos, quando a razão média entre preço e lucros superava 300.

“Eu não diria que as avaliações das ações de empresas de tecnologia são exageradas”, disse Jason Benowitz, gerente sênior de carteiras em Nova York que ajuda a supervisionar US$ 4,5 bilhões na Roosevelt Investment Group Inc., em entrevista por telefone. “Muitas empresas de tecnologia são avaliadas com ações com razões baixas entre preços e lucros”.


Por: InfoMoney : Bloomberg