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Helix 2×12: The Ascendant


O sorriso que definiu a série.


The Ascendant pode não ter sido a pré Season (Series?) Finale dos sonhos, especialmente por não ter conseguido criar uma expectativa explosiva para o último episódio, como aconteceu na primeiro temporada, mas vai ficar marcado como o episódio que solidificou a vocação satírica de Helix. E o símbolo que melhor representou esta consolidação foi o maravilhoso sorriso de Julia ao ser apresentada ao novo velho personagem “Eli”.


Aliás, por mais improvável que pudesse ser, Peter conseguiu a façanha de se tornar o personagem mais interessante da série nesta reta final, tornando sua metamorfose de cientista-invejoso-FDP-babaca em líder-de-seita-psicopata-sanguinário-babaca em algo extremamente factível. A cold open foi de arrepiar, mostrando o Casal 20 do Mosteiro destrinchando os corpos dos soldados derretidos pela chuva ácida com machadinhas e facões, sem se importar com o banho de sangue que estavam recebendo e encerrando com uma chuveirada sexual de tirar o fôlego. Tudo isso ao som da hipnótica Flower Duet, aquela mesma que fora tocada pela primeira vez na ópera do século XIX, Lakmé. Fantástico!



O grande problema deste episódio foi, justamente, colocar a cereja do sundae embaixo do sorvete de creme, uma vez que é consenso geral que a melhor e mais esperada cena é aquela “da musiquinha” (vocês não sabem o quanto eu ouço isso…). Porém, desta vez, a série decidiu abandonar de vez a falsa seriedade, que tomou conta dos últimos episódios e no exato momento que Eli, devidamente paramentado, é apresentado ao público, Julia (e todos nós) se desmancha numa deliciosa gargalhada, acompanhada de um inevitável “- Serious???”. E é neste momento que o fã pôde revisitar os 25 episódios e ficar aliviados por não ter sido enganado: “A série é uma galhofa mesmo. Posso comemorar.”



E se ainda fosse possível não estar convencido disso, duas cenas subsequentes reafirmaram o mesmo conceito. Primeiro, com a apresentação de Alan para o seu “filho”. A expressão de “CÊJURA???”, ao ver a transformação absurda de um ser semi-unicelular em um feto quase maduro, envasado num pote de maionese gigante foi impagável. E logo depois, quando Kyle, praticamente olha para a câmera e diz para o público: “Nothing on this island surprises me anymore. é praticamente a confissão assinada do quanto a série extrapolou nos quesitos bizarrice e non-sense nestas temporada.



E se o irmão caçula Farragut se destacou pela coerência, seu irmão mais pode ter tido um vislumbre de lucidez ao questionar Julia se ela já havia cogitado a possibilidade do Ilaria possuir de fato o NARVIK-C. Isto fecharia muitas pontas soltas, como toda a trajetória que levou Julia à busca do Agente Esterilizador na ilha, colocando todos os outros membros imortais da Corporação como arquitetos deste plano maquiavélico. E se este plano foi realmente concebido desta forma, o motivo da escolha de Julia era evidentemente o seu passado com Alan e a localização deste deveria ser de conhecimento da Ilaria.


Infelizmente, para um dos dois, este passado não foi suficiente para evitar o cliffhanger, onde, aparentemente, um atira no outro e, uma vez que Julia reaparece 30 anos no futuro viva e de antemão já sabe que o túmulo de Alan abriga um esqueleto que não é o dele, é de se imaginar que ela deva ser a atiradora.


E, enfim, esta semana Helix chega ao final da temporada, com o nada original, mas instigante Brave New World. É esperar para ver.





Por: Série Maníacos

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