Porque “Mom” nunca dá um tempo…
Mais dois episódios se passaram, e mais uma vez dois novos assuntos entraram em cena. Se por um lado isso é ótimo, porque mostra que a criatividade não está em falta na cabeça dos roteiristas, por outro, já é hora de nos preocuparmos com seus desfechos.
Em minha última review falamos sobre a reaproximação de Christy e Gabriel, assim como a volta de Regina. Ambos os assuntos nem se quer foram abordados dessa vez. Isso só reforça a ideia de que a ordem dos episódios apresentada nem sem sempre pode ser a mesma em que eles são gravados.
Há muito tempo Violet não ganhava um episódio de destaque, que teve como grande plot a gravidez na adolescência em sua primeira temporada. É nítido como a personagem possui uma grande “raiva interior”, um sentimento que a leva e levará a cometer loucuras, tanto para desafiar sua mãe e avó, como bem para chamar a atenção delas.
E dessa vez a garota pegou pesado. Um relacionamento com alguém que tem a idade de seu pai por si só já renderia assunto para alguns episódios. Foi bem interessante trazer Baxter para esse episódio, para que esse embate fosse feito, mesmo que o personagem é tudo, menos durão.
Mas a história foi caminhando tão velozmente, que chegamos ao ponto em que a garota agora vai casar!? Realmente não sei o que esperar dessa história, tanto que ela nem foi abordada no episódio seguinte, que chegou trazendo outro plot extremamente interessante.
O vício em remédios é algo mais difícil de se encontrar numa série, ainda mais numa sitcom. A gente sempre pensa primeiro em drogas, depois álcool, e sexo, e quase nos esquecemos que os remédios também viciam.
Interessante o recurso usado, fazendo com que Bonnie e Christy conversassem com o frasco de analgésicos. Uma situação boba, a escorregada de Bonnie na banheira, conseguiu dar espaço a algo tão sério. A sacada foi extremamente certeira.
O que eu tiro desses últimos episódios é a seguinte conclusão: por mais que a gente adore esses momentos “dramáticos” que a série quase sempre aborda, e que por si só já fazem com que ela se destaque em meio a tantas outras comédias, na verdade eles também são usados como justificativas para que os próprios personagens passem credibilidade.
Se “Mom” fosse uma comédia voltada somente para o lado engraçado da vida, o vício de Bonnie pelos remédios soaria extremamente falso. Mas aqui não. A gente acompanha o quanto a vida já deu e dá rasteiras nela (e em sua filha e neta também), o que faz com a gente aceite essas novas situações toda vez que elas são trazidas para a tela.
Engraçado como essas três mulheres não conseguem umas três semanas de sossego. E isso acaba se refletindo em mais uma temporada cheia de assuntos interessantes. Pare para pensar em quantas situações cada uma delas já viveu ao longo de quase duas temporadas. É bem mais do que personagens em muitas outras comédias, que caminham a passos curtos.
Se tem uma coisa que “Mom” parece não cansar é o de sempre inserir suas mulheres em duras situações, sabendo que elas sempre darão a volta por cima. Enquanto Bonnie carrega o luto de perder o ex-marido / atual namorado, e Violet o luto de ter “perdido” o filho, Christy se desdobra em várias para manter a família unida. Se lá no começo da série a personagem era questionada sobre não ter respaldo para isso, hoje ela prova o quanto é essencial para a mesma. Mesmo com seus próprios problemas, e reclamações de todos os lados, Christy é hoje a pilastra principal que sustenta toda a família e agregados do caos.
Sigo extremamente feliz com a série, e ansioso pelos últimos episódios. Por mais episódios assim e que os desfechos necessários sejam todos apresentados! Até a próxima!
Por: Série Maníacos
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